Nº 1550 - (3)
Desejo a continuação de
BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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ESTÊVÃO VIII
Estêvão VIII
(939-942)
Era um dos homens da confiança de Alberico II, o qual terá tido influência na sua eleição, em 14 de Julho de 939, no mesmo dia do funeral de Leão VII.
Continuou a proteção aos mosteiros de Cluny.
Teve uma intervenção conciliadora entre Luís IV, rei de França, e Hugo. o Grande, chegando a ameaçar de excomunhão populações de França e da Borgonha no caso de não se submeterem ao rei.
A nível pastoral esforçou-se por incentivar a doutrina evangélica nos poderosos do Oriente e do Ocidente.
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MARINHO II
Marinho II
(942-946)
Tal como os seus antecessores foi eleito, em 30 de Outubro de 942, por influência de Alberico, o irmão do papa João XI, que dominava Roma.
Foi um papa amigo dos pobres e preocupou-se com a disciplina monástica e clerical, sendo conhecidas as suas intervenções e privilégios outorgados aos mosteiros de Fulda, Monte Cassino e outros.
Nomeou legados com poderes especiais para a Alemanha e França, conhecendo-se a sua intervenção enérgica, com ameaça de excomunhão, junto do bispo de Cápua, rodeado de clérigos ignorantes e leigos indisciplinados que perturbavam a disciplina dos monges do monte Gargano.
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AGAPITO II
Agapito II
(946-955)
Foi eleito na mesma semana da morte de Marinho II, e entronizado em 10 de Maio de 946, sob a proteção de Alberico II, revelando-se um papa prudente.
Na condução da Igreja fez uma campanha de moralização e disciplina em Roma e renovou as relações com países estrangeiros, o que há vários anos se não verificava.
Morto inesperadamente, ou assassinado, Lotário, o jovem rei, Berengário de Ivrea assenhoreou-se da Itália.
Receoso e necessitando de apoio, Agapito pede ajuda a Otão de Saxónia, de acordo com Berengário, que, prometendo vassalagem a Otão, é investido no governo de Itália, continuando Alberico senhor absoluto de Roma.
Mesmo tendo de resolver estes problemas, Agapito II preocupou-se com a disciplina monástica em Itália, França e Alemanha, conhecendo-se uma carta sua em que intervém de modo enérgico contra os abusos praticados pelos monges de Monte Cassino.
Convocou dois concílios, o de Ingelheim e outro para tentar conciliar Luís d’Outromar com o duque Hugo, de França.
Está sepultado em São João de Latrão.
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JOÃO XII
João XII
(955-964)
Antes de morrer e durante o pontificado de Agapito II, Alberico, prefeito de Roma, fez jurar ao clero e nobreza que elegeriam papa o seu filho Pedro Octaviano, um jovem de apenas 18 anos que havia abraçado a carreira eclesiástica. E assim foi, sendo eleito em 16 de Dezembro de 955 um jovem imaturo para pontífice, que, talvez, num assomo de consciência que o seu nome de Pedro iria ofender São Pedro, mudou o nome para João XII.
Agiu sempre como senhor temporal, metendo-se em conflitos nem sempre bem sucedidos.
Levava uma vida dissoluta e, segundo Luitprando, vivia na companhia de mulheres impudicas e em camaradagem com jovens estouvados, chegando a consagrar como bispo um jovem de 10 anos.
O pontificado estava entregue ao filho do governador de Roma, Alberico, neto de Marózia, vivendo João XII «mergulhado num lodaçal e em depravações».
Em Itália, o marquês de Ivrea, Berengário II apoderou-se do reino dos Longobardos. A viúva despojada, a encantadora Adelaide, pede o auxilio de Otão que entra em Roma em 951. Os longobardos aclamam-no rei e ele desposa Adelaide, regressando com ela e confiando a administração do reino a Berengário.
Quatro anos mais tarde, esmaga os húngaros e, passados seis anos, tendo Berengário conduzido mal o reino (chegara a apoderar-se de Ravena), Otão é de novo chamado, desta vez pelo papa que pede o seu auxilio, prometendo-lhe a coroa imperial.
Otão chega a Roma à frente de um poderoso exército e é recebido com aplausos, sendo depois coroado pelo papa, à imitação de Carlos Magno, em 2 de Fevereiro de 962. Acabava de renascer o Sacro Império Romano-Germânico que existiria até à sua extinção por Napoleão em 1806.
Mas o jovem papa não cumpriu o prometido a Otão e estabeleceu pactos com inimigos do imperador, que, irritado, marchou de novo sobre Roma em 963. depôs João XII, num sínodo com bispos alemães e italianos, onde o papa foi acusado de tudo, menos de heresia. Logo que o imperador se afastou, João XII, com o apoio dos seus partidários, expulsou o papa eleito Leão VIII, chamando-o até de antipapa e declarou inválidas as ordens sagradas que tinha recebido.
Logo que soube o que se passava, Otão regressa a Roma, mas, entretanto, João XII já havia falecido subitamente, apenas com 27 anos, vitimado por um ataque de apoplexia ou, como citam alguns historiadores, assassinado por um marido ciumento.
É. contudo, impressionante que um jovem como este, mais príncipe do que papa, entregue à vida mundana, tal como seu tio João XI, não tivesse emitido qualquer documento que contenha um erro sequer em matéria de fé e moral eclesiástica.
Pela sua Regesta, sabe-se que interveio na nomeação do bispo de Canterbury, se preocupou com a Igreja alemã e com a Sé de Roma, que enviou missionários à Hungria em 958 e que auxiliou o mosteiro de Subiaco.
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Post colocado em 3-2-2013 – 10H15
ANTÓNIO FONSECA
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