sábado, 9 de fevereiro de 2013

Nº 1556 - 3 - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (53) - 9 de Fevereiro de 2013

Nº 1556 - (3)

BOM ANO DE 2013

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Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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SILVESTRE III

 

Silvestre III

Silvestre III

(1045)

 

O papa Bento IX, homem de baixa conduta moral, viu-se atacado pelos Romanos e foi obrigado a fugir. Todos entenderam que a fuga de Bento IX equivalia à renúncia do pontificado e, por isso, elegem Giovanni de Sabina, em 20 de Novembro de 1045, como papa, com o nome de Silvestre III, embora a eleição tenha sido tumultuosa e não aceite por todos.
Bento IX regressa três meses depois apoiado por forças militares e reassume a autoridade papal, pelo que alguns historiadores não consideram Silvestre III como verdadeiro papa, mas sim antipapa.
Eleito Gregório VI (1045-1046), tanto Silvestre III como Bento IX pretendem fazer valer os seus direitos ao pontificado, o que gera enorme confusão, vendo-se o povo perante três papas e só o Sínodo de Sutri, ordenado pelo imperador, resolve a situação condenando e depondo Silvestre III, Gregório VI e Bento IX, e procedendo à eleição de um novo papa, que seria o bispo Suidgero, de Bamberga (Alemanha), a ser eleito com o nome de Clemente II.
 

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GREGÓRIO VI

Gregório VI

Gregório VI

(1045-1046)

Homem piedoso, diz-se que chegou a papa porque ele e os seus partidários terão dado a Bento IX 1500 libras de ouro para que abandonasse o papado.
Outros alegam que esse dinheiro teria sido uma espécie de pensão. A verdade é que São Pedro Damião apoiou Gregório VI.
Foi eleito em 5 de Maio de 1045 e teve a grande virtude de escolher como auxiliar e seu conselheiro o jovem monge Hildebrando, que, mais tarde, como Gregório VII, levaria o papado a um grande prestigio.
Quando Gregório VI foi eleito, a situação em Roma era terrível. Os bens da Igreja estavam em mãos profanas; as basílicas em ruínas e os bandidos infestavam a cidade.
Segundo Gregorovius, «Os peregrinos eram assaltados e espoliados, cometendo-se, com frequência, assassínios, que tornavam os caminhos inseguros e até a própria nobreza romana ousava entrar em São Pedro de espada desembainhada, para roubar as ofertas que almas piedosas colocavam sobre os altares».
Gregório VI procurou pôr cobro a esta situação, criando até um corpo de intervenção sob as suas ordens, mas nada conseguiu.
Entretanto, quer Silvestre III quer Bento IX voltavam a tentar fazer valer os seus direitos ao pontificado.
O povo estava desorientado. Se existiam três papas, qual era o verdadeiro?
Apareceu então, dizem os cronistas da época, um ermitão da Boémia que enviou um poema ao imperador, pedindo-lhe para acabar com «Uma igreja adulterina, casada com três maridos». O poema terminava assim: «Que outro papa se procure / Que na cadeira perdure / Pois valerá muito mais / Que milhares desses tais».
O certo é que, por influência ou não do poema, o imperador, ligado à reforma cluniacense, ordenou um  sínodo realizado em Sutri em 1046 e nele foram depostos Silvestre III, Bento IX e Gregório VI, sendo este acusado de simoníaco, procedendo-se depois, à eleição de um novo pontífice, o qual escolheu o nome de Clemente II.
Gregório VI morreu em, Cluny, em 20 de Dezembro de 1046, sempre acompanhado pelo monge Hildebrando de Soane, futuro Gregório VII.
 

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CLEMENTE II

Clemente II

Clemente II

(1046-1047)

Foi eleito em 24 de Dezembro de 1046, após o Sínodo de Sutri, que depôs Silvestre III, Gregório VI e Bento IX, por vontade do imperador Henrique III, que preferiu um  candidato germânico, tomando o nome de Clemente II.

Após a eleição procede de imediato às coroação do imperador Henrique III, que, por sua vez, assume o encargo de defender a Igreja.

Com o apoio do imperador, reúne em Roma, em Janeiro de 1047, um importante concílio que condena os abusos que, entretanto, se tinham infiltrado nas ordenações do clero e na atribuição de bens eclesiásticos.

Infelizmente, o papa de quem muito se esperava esteve poucos meses à frente do pontificado.

Não se sentindo seguro em Roma, aceita o convite do imperador acompanhando-o no seu regresso à Alemanha, onde iria tratar de importantes reformas e onde canonizou Santa Viborata, mártir.

De regresso a Itália, morreu subitamente em Pesaro, suspeitando alguns cronistas da época que tenha sido envenenado.

Foi sepultado na sua Catedral de Bamberga, onde fora bispo.

 

Continua:…

Post colocado em 9-2-2013 – 10H15

ANTÓNIO FONSECA

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