terça-feira, 14 de agosto de 2012

14 DE AGOSTO DE 1385 - 14 de agosto de 2011 - 626 anos depois da Batalha de Aljubarrota

NOTA ESPECIAL:

Como Português e como admirador incondicional de Nuno Álvares Pereira (ou Beato Nuno de Santa Maria) - (ou ainda SÃO NUNO DE SANTA MARIA) não podia deixar de celebrar mais uma vez a efeméride gloriosa da Batalha de Aljubarrota, ocorrida precisamente em 14 de Agosto de 1385. Na impossibilidade de fazer menção mais detalhada da referida Batalha, pelo facto do meu computador não estar a corresponder aos meus esforços de recuperação total do sistema informático, que se tem revelado muito dificil ( se não impossível...) de conseguir!!! Vejam-se as dificuldades com que luto diariamente para regularizar esta publicação, dado que não posso recorrer ao Windows Live Writer que não está instalado correctamente, pois o sistema Windows Vista  não o permite - MAS ESPERO QUE ESTE PROBLEMA DEIXE DE O SER... - como ia dizendo, na impossibilidade de efectuar uma história mais detalhada, repito o texto publicado em 2011, conmforme segue:
Caros Amigos Portugueses (e não só):

Hoje decorrem 627 anos sobre a Batalha de Aljubarrota que marcou definitivamente as páginas mais lindas da História de Portugal que deverá orgulhar todos os Portugueses, – que nos perdoem o Patriotismo – os nossos Irmãos de Espanha, - pois os tempos e as gentes eram outros e pensava-se de diferente maneira, tanto na Península Ibérica, como no mundo inteiro, de então; enquanto se formavam as nações, existiram muitas guerras e desentendimentos entre as pessoas que originavam estes mal entendidos, que aliás, ainda hoje e talvez, quem sabe, no futuro breve ou longínquo, essas diferenças que separam os povos, venham finalmente a acabar, assim Deus o permita. Tenhamos fé!
Entretanto, e para despertar a memória dos acontecimentos, lembrei-me de transcrever neste blogue, a descrição desta  Batalha que ditou o destino de Portugal naquelas Eras. Esta descrição é transcrita do livrinho – Biografia de NUN´ÁLVARES – Condestável e Santo – escrito por D. António dos Reis Rodrigues – c/anexos e Ilustrações: Subsídios para a iconografia do grande condestável – ALETHEIA Editores – em Abril de 2009. E-mail: aletheia@aletheia.ptwww.aletheia.pt, e, com a devida vénia:
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«… Nuno nasceu, muito provavelmente, em Flor da Rosa, nos arredores do Crato, em 24 de Junho de 1360, festa litúrgica de São João Baptista. Era filho bastardo de Álvaro Gonçalves Pereira, prior da Ordem Militar dos Hospitalários ou do Crato, havendo sido legitimado por ato do rei D. Pedro, quando tinha de idade pouco mais de um ano. Em casa de seu pai, recebeu a mais aprimorada educação: foi "”criado a grã viço” Estrela.
Da sua infância, conservam-se as palavras memoráveis que respondeu a D. Fernando, em Santarém. A corte portuguesa procurava nesta cidade, por esse tempo vila, livrar-se da ação das tropas castelhanas, contra os quais o rei, em virtude dos muitos desconcertos, a que fizemos alusão, da sua política relativamente ao país vizinho, andava em guerra. O exército de Castela marchava sobre Lisboa, passando por ali perto, e D. Fernando mandou reconhecer as forças inimigas precisamente por Nun’Álvares, acompanhado de seu irmão Diogo, ambos então na corte com o pai e alguns cavaleiros hospitalários. No regresso, o jovem emissário limitou-se a informar: “que lhe parecia muita gente mal acautelada; e que pouca gente com bom capitão, bem acautelada, os poderia desbaratar”. Ainda não perfizera 13 anos; era, portanto, uma criança. Mas nesta informação estava já o seu retrato em corpo inteiro. O «bom capitão» não tardaria a ser ele próprio, como dizem que lhe foi profetizado, logo depois de ter nascido: vencedor de batalhas. E o pai tinha por certo o mesmo: «que aquele seu filho havia de haver tão boas andanças que em todas as batalhas que entrasse sempre delas seria vencedor».
(…), Aos 16 anos, aliás sem que tivesse resistido a tal proposta, visto que «era coisa de que ele trazia a vontade muito afastada», pensou a família, com o apoio do soberano, em dar-lhe estado. D. Leonor Alvim, jovem «dona viúva» de Vasco Gonçalves Barroso, poderosa fidalga de Pedraça, nas terras de basto, foi escolhida para noiva, e o casamento efetuou-se em 15 de Agosto de 1376. Desse casamento, cedo interrompido pela morte de Leonor, ficar-lhe-á uma filha, Beatriz, mais tarde casada com o 1º Duque de Bragança, bastardo de D. João I. Nun’Álvares ainda na flor da vida, não consentirá em passar a segundas núpcias, apesar das instâncias dos seus amigos. Tinha outro sonho a realizar e queria guardar-se todo para ele. (…), (…), (…) Nos últimos dias de 1383, a morte de Andeiro, amante de Leonor Teles, precipitou os acontecimentos. Reunido no mosteiro de São Domingos, «o comum povo livre e não sujeito a alguns que o contrário disto sentissem» proclamou o Mestre de Avis regedor e defensor do reino, o qual prestes organizou o seu Conselho de Governo, chamando Nun’Álvares a fazer parte dele. Nas ruas estalava a revolução, que alastrou rapidamente de Lisboa a numerosas terras do país, com  particular vigor nas do Alentejo, transformado em verdadeiro «baluarte da revolução». (…), (…), (…).
(…) E, logo no dia seguinte, ou mesmo, segundo alguns, no próprio dia da eleição, em 6 de Abril, aniversário da batalha dos Atoleiros, Nun’Álvares recebia do soberano as funções de Condestável, comandante supremo do exército português. (…), (…) Foi, portanto a determinação de Nun’Álvares que resolveu o incidente, disposto a avançar sozinho – «com estes poucos e bons portugueses que comigo vão» –, caso o rei o não quisesse acompanhar. Mas o rei inclinou-se para a decisão do amigo. Mandou aparelhar o seu exército, marchando ao encontro do Condestável, que se tinha adiantado e o aguardava perto de Tomar. Reunidas as duas forças, seguiram por Ourém em direção a Porto de Mós, onde passaram o dia 13 de Agosto que era domingo. Enquanto a tropa descansava, Nun’Álvares fez o reconhecimento do local onde a batalha deveria travar-se, «dali a uma pequena légua», perto de Aljubarrota, e possivelmente nesse dia mandou lançar abatizes (obstáculos compostos de troncos de árvores…) no caminho pelo qual supôs se aproximaria o inimigo e executar no terreno apressadas obras de fortificação, fossos e covas de lobo, obras rudimentares sem dúvida mas eficazes, que ainda em parte lá existem e foram, há anos descobertas. No dia seguinte, celebrava-se a Vigília da Festa de Nossa Senhora da Assunção, e era dia de jejum. «Bem cedo, de madrugada, mandou o conde tocar trombetas; e de noite, antes que amanhecesse, começou a ouvir suas missas; e naquela tenda onde ele estava davam o Santo Sacramento a quantos comungar queriam clérigos que para aí eram prestes». Logo que rompeu a alvorada, saiu a hoste para o campo de batalha. Ali chegado, Nun’Álvares formou os soldados, que se calculam em número aproximado de 7000 homens, segundo o dispositivo que adoptara, olhando ao norte, as alas num extremo e noutro da frente, cravadas nela como dois poderosos baluartes. Uma dessas alas, a da direita, era a famosa Ala dos namorados. Horas depois, já ia alto o sol, chegaram os castelhanos. O caminho de Leiria, donde vinham, era efetivamente, como constava, um rio caudaloso de gente, de cerca de 32 000 homens. Mas à vista do campo português, o rio deteve-se e obliquou o seu curso para poente, com o fim de contornar o nosso quadrado e atacá-lo pela retaguarda, na região planáltica mais acessível. Com uma flexibilidade surpreendente, que marca as suas extraordinárias qualidades de comando, o Condestável mandou inverter a posição. E o choque entre os dois exércitos decorreu segundo o esquema previsto desde o início. Os pormenores não vale a pena enumerá-los. Uma coisa, por todas, é digna de referência : a batalha foi fulminante, visto que demorou somente o curto espaço de meia hora. Os castelhanos, deixando a frente juncada de mortos e de feridos, retiraram em desordem.(…)

Siga-se lendo, se possível, o livro acima citado.AF.
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Estrela Crónica do Condestável (Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira, revisão, prefácio e notas de Mendes dos Remédios), cap II, Coimbra, F. França Amado, 1911, p. 3.

14 de agosto de 2012
Transcrição de excertos do livrinho – Biografia de NUN´ÁLVARES – Condestável e Santo – escrito por D. António dos Reis Rodrigues, – já acima citado.
Por António Fonseca

1 comentário:

  1. Gostei deste bela transcrição de uma data histórica para nós portugueses e ainda sobre um herói santo que sempre admirei. História foi uma das minhas disciplinas preferidas e continua a ser uma paixão. Fiz há poucos dias um périplo em algumas cidades e vilas portuguesas que guardam um passado glorioso que todos deviam conhecer.
    Parabéns por este espaço que vou seguir.
    Graça

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