Nº 1367 - (217-12) - 4 DE AGOSTO DE 2012
SÃO JOÃO MARIA VIANNEY
Sacerdote /1786-1859)
João Maria foi o nome que o santo pároco de Ars recebeu quando foi batizado, no dia 8 de Maio de 1786; vinte e um anos depois, ao ser confirmado, escolheu S. João Baptista como padroeiro adicional e passou a assinar-se João Maria Baptista ou João Baptista Maria Vianney. Passou a infância numa época de vexames policiais e perseguições religiosas. Na casa do pai, em Dardillly, perto de Lião, o crucifixo e outros emblemas religiosos tinham sido retirados. O pequeno Vianney teve de ir fazer a primeira comunhão, às escondidas, na aldeia vizinha de Écully. Guardava os rebanhos do pai e ajudava o irmão nos trabalhos do campo. Em Écully vivia um santo sacerdote, o Padre Balley, que se encarregou de o instruir.
Foi pelos 18 anos que aprendeu a ler e obteve do pai licença para se fazer sacerdote. Pouco depois, em 1809, Napoleão precisou de homens para a guerra de Espanha e João Maria foi chamado para o serviço militar. Mas caiu doente e, tendo sido declarado refractário, contra a sua vontade de ir esconder-se nas montanhas de Forez, no Loire; tinha de escapar à polícia,. Esteve lá catorze meses, até que o Padre Balley conseguiu que ele fosse admitido ao seminário. Mas, como nada lhe entrava na cabeça, foi mandado embora ao fim de dois anos. O Padre Balley voltou a ensiná-lo e apresentou-o a um exame de repetição; mas ficou de novo mal. Passou o tempo, e o vigário geral, prescindindo do latim e da filosofia, que ele desconhecia, interrogou-o em francês no que pôde. Havia muita falta de padres na diocese de Lião e a virtude do candidato era evidentíssima. Decidiram-se então a ordená-lo sacerdote (13 de Agosto de 1815); tinha já 30 anos. Previa-se não lhe ser concedida jurisdição para ouvir confissões, pois era julgado incapaz de compreender o estado das almas e de as encaminhar pelo justo caminho. Foi mandado como coadjutor do Padre Balley na referida paróquia de Écully. Mas o seu benfeitor morreu três anos mais tarde, legando-lhe os instrumentos de penitência. Algumas semanas depois, o padre Vianney foi nomeado pároco de Ars, aldeia de 230 almas, onde tinham sido abolidas todas as práticas religiosas. Precisou de nada menos de 25 anos para transformar a paróquia. Ele não brilhava pela eloquência no púlpito, mas as suas prédicas eram muito fervorosas e equilibradas. E obteve completíssimo triunfo precisamente no campo que lhe tinham pensado vedar. Quando ele se sentava no confessionário, o Espírito de Deus iluminava-o. Lia o que se passava nos corações, muito para além das acusações que fazia cada pecador; restituía a fé àqueles que a tinham perdido, convertia os pecadores, e despedia toda a gente com boa consciência e paz. Ars depressa se tornou célebre.
A partir de 1830, começaram a chegar, do resto da França e do estrangeiro, 100 000 peregrinos por ano. Para os atender, o pároco Vianney levantava-se à uma da manhã e passava diariamente de 12 a 18 horas no confessionário. Acompanhava o trabalho aturadíssimo com muita penitência; açoitava-se longamente, dormia no chão duro e alimentava-se de batatas frias e pão seco. Teve de aguentar 35 anos os ataques violentos do demónio (1824-1858). Julgando-se incapaz, e para o clero ficar livre dum padre tão inferior à sua tarefa, tentou muitas vezes ir encerrar-se num mosteiro da Trapa «para lá chorar os seus pecados». Um dia, ao despedir-se do Cura d’Ars, um poeta célebre disse-lhe maravilhas da santidade daquele varão apostólico: «Senhor Abade, nunca vi a Deus tão de perto». «Realmente Ele não está longe», respondeu o santo, apontando-lhe para o sacrário. Era ali onde estava o segredo de tanta virtude e do poder com que ele subjugava as almas. Quando pregava, era ordinário vê-lo parar de repente e, de mãos postas, cravar os olhos no Sacrário, como a ouvir dos próprios lábios de Jesus o que devia dizer aos fiéis. Sobreveio-lhe o fim em meio duma serenidade perfeita. Num sábado, 31 de Julho de 1859, recebeu, com as lágrimas nos olhos, o Viático e a Unção dos enfermos e, na quarta-feira seguinte, 4 de Agosto, exalou o último suspiro, com um sorriso nos lábios. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic.net/santoral e o seguinte artigo em Juan María Vianney, Modelo de Perseverança, além de www.santiebeati.it. Aproveito para RECORDAR que o Venerável Papa João Paulo II implementou o Ano Sacerdotal em que o Padre João Vianney (Cura d’Ars) foi nomeado Padroeiro de todos os Sacerdotes, e que decorreu com várias celebrações em toda a Igreja Católica, desde Junho de 2009 a Julho de 2010, o que também, foi mencionado neste blogue, na devida altura e, por diversas ocasiões. Áudio da RadioVaticana: RadioRai: e RadioMaria:
• Francisco Bandrés Sánchez, Beato
Agosto 3 Sacerdote y Mártir
Agosto 3 Sacerdote y Mártir
• Juan María Vianney, Santo
Agosto 4 Cura de Ars, 4 de agosto
Agosto 4 Cura de Ars, 4 de agosto
• Federico Janssoone, Beato
Agosto 4 Presbítero franciscano, 4 de agosto
Agosto 4 Presbítero franciscano, 4 de agosto
• Aristarco, Santo
Agosto 4 Discipulo de San Pablo, 4 de agosto
Agosto 4 Discipulo de San Pablo, 4 de agosto
• Cecilia Cesarini, Beata
Agosto 4 Religiosa, 4 de agosto
Agosto 4 Religiosa, 4 de agosto
• Enrique Krzysztofik, Beato
Agosto 4 Presbítero y Mártir, 4 de agosto
Agosto 4 Presbítero y Mártir, 4 de agosto
• Guillermo Horn, Beato
Agosto 4 Monje y Mártir, 4 de agosto
De WWW.SANTIEBEATI.ITAgosto 4 Monje y Mártir, 4 de agosto
90683 > Sant' Aristarco Discepolo di san Paolo
56790 > Beata Cecilia Cesarini Vergine
93036 > Sant’ Eleuterio Martire
92955 > Beato Enrico Giuseppe (Henryk Jozef) Krzysztofik Sacerdote e martire
94559 > Beati Giovanni della Croce ed Egidio da Siviglia Mercedari
23900 > San Giovanni Maria Vianney Sacerdote 4 agosto – Memoria
92926 > Beati Giuseppe Batalla Parramon, Giuseppe Rabasa Betanachs ed Egidio Rodicio Rodi Salesiani, martiri
65470 > Beato Gundisalvo (Gonsalvo) Gonzalo Martire
65440 > Sant' Onofrio Eremita
65460 > San Rainerio (Raniero) di Cagli Vescovo - Áudio da RadioVaticana:
COMPILAÇÃO DE
ANTÓNIO FONSECA
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