antoniofonseca1940@hotmail.com
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Caros Amigos:
Findei ontem (30/8/12) a transcrição completa dos textos insertos no NOVO TESTAMENTO – 12ª edição (1979) – DIFUSORA BÍBLICA – Missionários Capuchinhos – livro este distribuído pelos Catequistas às crianças que fizeram a sua Profissão de Fé (pelo menos a meus filhos gémeos…) em 1982, nomeadamente, na Paróquia da Senhora do Porto, onde se encontra situada a Comunidade de São Paulo do Viso. Estes textos foram as Epístolas (ou Evangelhos) de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas e S. João; Actos dos Apóstolos, CARTAS DE SÃO PAULO (Carta aos Romanos, 1ª e 2ª aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, 1ª e 2ª aos Tessalonicenses, 1ª e 2ª a Timóteo, a Tito, a Filémon, e aos Hebreus), Carta de S. Tiago, 1ª e 2ª cartas de S. Pedro, 1ª, 2ª e 3ª Cartas de S. João e, finalmente, a Carta de S. Judas.
Como está expresso no título, enceto hoje a transcrição do livro do APOCALIPSE, escrito por S. João. Este é talvez, senão o maior, mas pelo menos um dos mais importantes testemunhos dos Apóstolos, rico em conteúdo teológico. Seguirei exactamente o mesmo método que apliquei nas anteriores transcrições, por capítulos e sem mencionar os números de versículos.
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Como afirmei inicialmente, Envolvi-me nesta tarefa, pois considero ser um trabalho interessante, pois servirá para que vivamos mais intensamente a Vida de Jesus Cristo que se encontra sempre presente na nossa existência, mas em que poucos de nós (eu, inclusive) tomam verdadeira consciência da sua existência e apenas nos recordamos quando ouvimos essas palavras na celebração dominical e SOMENTE quando estamos muito atentos, – o que se calhar, é raro, porque não acontecendo assim, não fazemos a mínima ideia do que estamos ali a ouvir e daí, o desconhecimento da maior parte dos cristãos do que se deve fazer para seguir o caminho até Ele.
Como Jesus Cristo disse, aos Apóstolos, no dia da sua Ascensão ao Céu:
“IDE POR TODO O MUNDO E ENSINAI TODOS OS POVOS”.
É apenas isto que eu estou tentando fazer. AF.
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Nº 1394 - 2ª Página
31 de Agosto de 2012
A P O C A L I P S E
INTRODUÇÃO
Juízo Final
Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
INTRODUÇÃO
1 - Género literário - O Apocalipse pertence a um género literário especial, muito em voga nos ambientes judeus a partir do século II, a.C. É um tipo de literatura próprio das épocas de perseguição. Procura descobrir os caminhos de Deus sobre o futuro, a fim de consolar os deprimidos, infundindo-lhes coragem com a certeza de que a vitória final será dos bons. Nos livros canónicos do AT aparece, por vezes, este estilo principalmente em Daniel. Nele e nos apocalipses apócrifos, parece ter-se inspirado o Apóstolo João para escrever esta obra.
O estilo apocalíptico caracteriza-se por imagens grandiosas e simbólicas constituídas por elementos da natureza e apresentadas em forma de visões. Estilo estranho para nós, ocidentais do século XX, enquadra-se perfeitamente na mentalidade semita. Com efeito, enquanto nós pensamos linearmente – silogismo, conclusão – os semitas pensam dum modo circular, em forma de espiral. Exprimem-se através duma sucessão de imagens diferentes que uma a outra vez voltam sobre o tema em questão, explicitando novos aspectos. esta forma mental, subjacente a todo o pensamento semita, tem um campo especialmente apropriado nos apocalipses. Nestes, tudo são símbolos, incluídos os próprios números. Não admira, pois, que nem sempre nos seja muito clara a mensagem do Apocalipse.
2 – Autor, ocasião e finalidade - O género apocalíptico, como dissemos, é típico dos períodos de crise, de perseguição. Supõe-se, portanto, um desses períodos na Igreja Apostólica. O autor apresenta-se a si mesmo como João e escreve em Patmos – pequena ilha do mar Egeu – onde se encontra desterrado por causa da fé (Ap 1, 9). A tradição eclesiástica identifica este João com o Apóstolo do mesmo nome (Mt 4, 21; 27, 56; Jo 21, 1-14). Assim, tudo leva a concluir que se está sob a perseguição de Domiciano, por volta do ano 95. Violenta tempestade sacudia então as cristandades da Ásia Menor: as perseguições, as doutrinas pagãs do culto ao imperador e as heresias dos nicolaitas e marcionitas. O Apóstolo João, como pastor zeloso, escreve então o Apocalipse, para encorajar os cristãos à perseverança, consolando-os com a certeza de que Jesus está com os Seus, os meus serão punidos, os bons premiados e que a vitória dos cristãos está para breve.
3 – Teologia do Apocalipse – É rico em conteúdo teológico. Exprime a fé da Igreja Apostólica na sua mais avançada fase. A doutrina do Corpo Místico (1 Cor 12, 12 ss ), que no 4º Evangelho aparece sob a alegoria da videira e dos ramos (Jo 15, 1 ss ), recebe aqui novas imagens: Cristo está no meio das sete lâmpadas (1, 13) e tem na Sua mão direita as sete estrelas (1, 16), símbolos das sete igrejas que personificam a totalidade da Igreja. Cristo e a Igreja formam uma só coisa.
Cristo é apresentado do mesmo plano que Javé, com iguais atributos. Ele é «Senhor dos senhores e Rei dos reis». Aquele que tem «um nome que ninguém conhece a não ser Ele mesmo» (cf 1, 7.8.18; 5, 13; 7, 10; 19, 16 etc.).
A História da Salvação continua a desenvolver-se no tempo da Igreja, sob o controlo da Divina Providência. Por isso, acontecimentos como o Êxodo, pragas, teofanias, destruição da Babilónias, etc., servem de pano de fundo para apresentar as novas intervenções de Deus na História.
A existência de anjos e demónios, o juízo de Deus sobre bons e maus, o castigo deste e a glória daqueles, a ressurreição futura, etc., são realidades fortemente atestadas no Apocalipse.
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31 de Agosto de 2012 - 10,15 h
ANTÓNIO FONSECA
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