Diácono
COMPLEMENTO
Abade
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Bispo (1053-1132)
Hugo de Grenoble, Santo
Nasceu S. Hugo em Castelo Novo, nas margens do Isére, no Delfinado (França), cerca do ano de 1053. Seu pai acabou ditosamente os seus dias na Cartuxa, fazendo-se discípulo de S. Bruno. O então bispo de Die, Legado do papa Gregório VII e depois arcebispo de Lião, cativado pelas belas prendas e eminente virtude do jovem, quis tê-lo consigo. Celebrava o Legado um Concílio em Avinhão, quando chegaram os deputados da igreja de Grenoble, cuja cadeira episcopal tinha vagado, a pedir-lhe Hugo para bispo. O Legado concedeu-lhes o que pediam. Mas não foi fácil vencer a resistência dele, fundada em profunda humildade. O Legado levou-o consigo a Roma para que o próprio Papa o sagrasse. Fê-lo Sua Santidade sem atender às razões que Hugo alegava para não ser bispo. Quando voltou de Roma e foi tomar posse da sua Igreja, ficou penetrado de dor ao ver o lastimoso estado em que se encontrava toda a diocese. Com rigorosas penitências, oração, vigílias, exortações, instruções e visitas, esforçou-se o mais possível para que o Senhor abrisse os olhos àquele rebanho cego. Ganhou os corações de todos com a paciência, a bondade e os exemplos, e dentro em pouco mudou todo o bispado de Grenoble. Mas não é possível explicar o muito que teve de padecer. Um contínuo escrúpulo o afligia; o de ter consentido, segundo pensava, com demasiada facilidade na sagração. Dois anos depois, partiu secretamente para a Abadia da Casa de Deus, na diocese de Clermont, na provincia de Alvérnia; vestiu o hábito de S. Bento. Informado, porém, o papa Gregório VII do que se passava, enviou-lhe preceito formal para que voltasse quanto antes à sua Igreja. Apesar da repugnância, viu-se obrigado a obedecer. Passados quase três anos, depois da voltar, veio procurá-lo o famoso S. Bruno com os seus seis companheiros para lançar os primeiros fundamentos do que viria a ser a austeríssima Ordem da Cartuxa. Poucos dias antes tinha tido Hugo um sonho misterioso: sete estrelas resplandecentes, desprendendo-se do céu, pareciam ir esconder-se num espantoso deserto da sua diocese, chamado Cartuxa. Recordando-se do sonho, recebeu a Bruno e a seus companheiros com amor e respeito; e dizendo-lhes que eles só buscavam uma solidão retirada e escondida, desde logo lhes indicou e lhes deu o deserto da Cartuxa, cinco léguas distante de Grenoble. Edificou à sua custa a capela e as celas da habitação. Contente por ter dentro do seu bispado o que tinha ido procurar ao deserto da Casa de Deus, retirava-se para a Cartuxa todo o tempo que lhe deixava livre as funções indispensáveis do seu ministério episcopal. E vivia em Grenoble como na Cartuxa. O seu jejum era perpétuo; pregava quase todos os dias; não o conheciam senão pelo nome de pai dos pobres; quis vender os seus cavalos para os socorrer, resolvido a visitar a pé o bispado. A tão extraordinária virtude não podiam faltar sofrimentos e mortificações. Padeceu-as o santo durante toda a vida. Deus não só lhe provou a paciência com frequentes dores intensíssimas de estômago e de cabeça, efeitos naturais das penitências e da aplicação ao estudo; mas também, para purificar mais e mais o seu coração, permitiu que, por mais de quarenta anos, fosse combatido por molestíssimas tentações. O seu amor da justiça e o desinteresse, juntos ao elevado conceito em que era tida a sua eminente santidade, fizeram-no árbitro de todas a contendas e pacificador de todas as inimizades.
Hugo de Grenoble, Santo
A grande brandura não estava em desacordo com a energia quando se interpunham os interesses de Deus e da Igreja. Mostrou singular energia no Concílio celebrado em Viena do Delfinado, no ano de 1112, contra os excessos do imperador Henrique V, que tinha tratado indignamente o Papa Pascoal II, e contra a ambição do antipapa Pedro de Lião, em defesa do legitimo pontífice Inocêncio II. Hugo foi um dos bispos que se juntaram para excomungar Pedro de Lião, e aquele que mais contribuiu para extinguir o cisma. Obrigado Inocêncio a refugiar-se em França, pela perseguição do cismático concorrente, Hugo foi recebê-lo e beijar-lhe o pé a Valência. Ali suplicou-lhe com as maiores instâncias que houvesse opor bem exonerá-lo do bispado e confiar a Igreja de Grenoble a pessoa digna, que emendasse os seus muitos erros, apresentando-lhe a sua avançada idade e molestíssimos achaques. Tudo foi baldado. Mas vendo finalmente que as veementes dores de cabeça lhe tinham debilitado extraordinariamente a memória, próximo ao fim da sua santa vida condescendeu com ele o pontífice, para que renunciasse ao bispado. Os poucos meses que sobreviveu à renúncia, passou-os em oração quase contínua. por fim, consumido pelo rigor das penitências, dos trabalhos apostólicos e das penosas enfermidades, e cheio de merecimentos, morreu em Grenoble em 1132. O papa Inocêncio II, que tão bem tinha conhecido a sua virtude, ordenou ao beato Guido, quinto Prior da Grande Cartuxa e amigo íntimo do santo bispo, que fizesse uma relação das suas virtudes e milagres; e depois de a ler e aprovar, canonizou-o solenemente no ano de 1134,estando na cidade de Pisa, onde celebrava um concílio. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
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Macário, Santo
Confessor (830)
Nascido em Constantinopla por meados do século VIII, este menino, chamado Cristóvão, recebeu dos pais educação cristã e abraçou a vida monástica na Abadia de Pelecete. Foi então que recebeu o nome de Macário. As virtudes que praticou atraíram sobre ele a atenção dos seus irmãos; foi nomeado abade ou higúmeno, e recebeu o sacerdócio das mãos do patriarca S. Tarásio. No tempo do imperador Leão, o Arménio (813-820), que fazia guerra às imagens santas, Macário foi perseguido e enviado para o exílio. Miguel, o Gago, chamou-o em 821 e ele pôde então retomar o governo do seu mosteiro; mas um pouco mais tarde, Teófilo (829-842) desterrou-o para uma ilha da Propôntida chamada Afúsia. Estava devastada pela fome. Macário procurou pão para os habitantes, e realizou lá um bom número de milagres; assim conseguiu a cura dum monge; mas não tardou que ele próprio morresse. O biógrafo não indicou o ano; diz apenas que a morte sucedeu a 18 de Agosto. Novos milagres, realizados depois da morte de Macário, confirmaram a fama de santidade que rodeava o seu nome. Macário fugira neste dia no martirológio romano sem dúvida por causa duma transladação de relíquias. Primeiro, foi celebrado a 18 ou 19 de Agosto. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Caros Amigos:
Hoje, como podem verificar a lista de Santos e Beatos (incluindo a Nuno Álvares Pereira, que morreu em 1 de Abril, embora seja celebrado o (seu dia no mês de Novembro, de 1 a 6, em Portugal…) é bastante extensa (40 nomes…), embora só haja 15 biografias (todas traduzidas por mim próprio…). Apesar do trabalho que tive, estou satisfeito. Espero que tenha valido a pena. Obrigado. António Fonseca
Nuno de Santa Maria Alvares Pereira, Santo
Nuno de Santa Maria Alvares Pereira, Santo
Martirológio Romano: Em Lisboa, de Portugal, santo Nuno Álvares Pereira, que primeiro foi posto à frente da defesa do reino e mais tarde recebido entre os irmãos oblatos na Ordem Carmelita, onde levou uma vida pobre e escondida em Cristo. Data de canonização: 26 de Abril de 2009 pelo Papa Bento XVI. Nasceu em Portugal em 24 de Junho de 1360, muito provavelmente em Cernache do Bonjardim. Era filho ilegítimo de Álvaro Gonçalves Pereira, cavaleiro da Ordem Hospitalária de São João de Jerusalém, e de Iria Gonçalves do Carvalhal. Cerca de um ano depois de seu nascimento, foi legitimado por decreto real e pôde receber a educação de cavalaria típica dos filhos das famílias nobres de seu tempo. Aos treze anos entrou a formar parte dos pajens da rainha Leonor; acolhido na corte, cedo foi nomeado cavaleiro. Aos dezasseis anos, por vontade de seu pai, se casou com uma jovem viúva rica, dona Leonor de Alvim. De sua união nasceram três filhos, dois varões, que morreram prematuramente, e uma menina, Beatriz, que depois se casou com Afonso, primeiro duque de Bragança, filho do rei João I. Quando morreu o rei Fernando, sem herdeiros varões, em 22 de Outubro de 1383, seu irmão João lutou pela coroa lusitana contra o rei de Castela, que se havia casado com a filha do rei defunto. Nuno tomou partido por João, o qual o escolheu como seu condestável, quer dizer, comandante em chefe do exército. Nuno levou o exército português à vitória em várias ocasiões até à batalha de Aljubarrota, 14 de Agosto de 1385, com a que concluiu o conflito. As capacidades militares de Nuno estavam temperadas por uma espiritualidade sincera e profunda. Seu amor à Eucaristia e à Virgem Maria constituíam os eixos de sua vida interior. Assíduo à oração mariana, jejuava em honra de Maria às quartas-feiras, às sextas-feiras, aos sábados e nas vigílias de suas festas. Participava diariamente na missa, ainda que só podia receber a Eucaristia nas festividades maiores. O estandarte que elegeu como insígnia pessoal levava as imagens de Cristo crucificado, de Maria e dos santos cavaleiros Santiago e Jorge. Fez construir à sua costa numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais o convento do Carmo de Lisboa e a igreja de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Quando morreu sua mulher, em 1387, não quis voltar a casar-se e foi exemplo de vida casta. Ao estabelecer-se a paz, doou aos veteranos grande parte de seus bens, aos que renunciou totalmente em 1423, quando entrou na Ordem de Irmãos da Bem-aventurada Virgem do Monte Carmelo, no convento que ele próprio havia fundado. Tomou o nome de frei Nuno de Santa María. Impulsionado pelo Amor abandonou as armas e o poder para se revestir da armadura espiritual recomendada pela Regra do Carmelo. Assim mudou radicalmente sua vida, coroando o caminho de fé autêntica que sempre havia seguido. Desejou retirar-se para uma comunidade longe de Portugal, mas o filho do rei, dom Duarte, o impediu. Sem embargo, ninguém pôde proibir-lhe que se dedicasse à esmola em favor do convento e sobretudo dos pobres: organizou para eles uma distribuição diária de alimentos. Apesar de seus grandes títulos —condestável do rei de Portugal, comandante em chefe do exército, fundador e benfeitor do convento...— não quis privilégios; elegeu o posto mais humilde: frade donato, e dedicou-se completamente ao serviço do Senhor, de Maria e dos pobres, nos que via o rosto mesmo de Jesús. Morreu, significativamente, no domingo de Páscoa, 1 de Abril de 1431. Imediatamente se difundiu sua fama de santidade. O povo começou a chamá-lo "o santo condestável". Essa fama aumentou com o tempo. Em 1894 se introduziu o processo para o reconhecimento de seu culto ab immemorabili —desde tempos imemoriais—, que se concluiu em 23 de Dezembro de 1918 com o decreto Clementissimus Deus do Papa Bento XV. Em 3 de Julho de 2008, o Santo Padre Bento XVI dispôs a promulgação do decreto sobre o milagre para sua canonização e foi canonizado em 26 de Abril de 2009 pelo mesmo Papa. Em Portugal é recordado de 1 a 6 de Novembro.
Ágape e Quionia, Santas
Virgens e Mártires
Ágape y Quionia, Santas
Martirológio Romano: Em Tessalónica, cidade de Macedónia, santas Ágape e Quionia, virgens e mártires, que na perseguição sob o imperador Diocleciano, por se negarem a comer carne sacrificada aos ídolos, foram entregues ao prefeito Dulcécio, que as condenou a ser queimadas vivas. No ano 302, o imperador Diocleciano publicou um decreto que condenava à pena de morte a quem possuísse ou guardasse uma parte qualquer da Sagrada Escritura. Naquela época viviam em Tessalónica de Macedónia três irmãs cristãs, Ágape, Quionia e Irene, filhas de pais pagãos, que possuíam vários volumes da Sagrada Escritura. Tão bem escondidos os tinham, que os guardas não os descobriram senão no ano seguinte, depois de que as três irmãs haviam sido presas por outra razão. Dulcicio presidiu ao tribunal, sentado em seu trono de governador. Seu secretário, Artemiso, leu a folha de acusações, redigida pelo procurador. O conteúdo era o seguinte: "O pensionário Sandro saúda a Dulcicio, governador de Macedónia, e envia a sua Alteza seis cristãs e um cristão que se recusaram a comer a carne oferecida aos deuses. Seus nomes são: Ágape, Quionia, Irene, Cássia, Felipa e Eutíquia. O cristão se chama Agatão". O juiz disse às mulheres: "¿Estais loucas? ¿Como se vos meteu na cabeça desobedecer ao mandato do imperador? Depois, voltando-se para Agatão, lhe perguntou: "¿Porque te negas a comer a carne oferecida aos deuses, como o fazem os outros súbditos do imperador?" "Porque sou cristão, replicou Agatão. "¿Estás decidido a seguir sendo-o?" "Sim". Então, Dulcicio interrogou a Ágape sobre suas convicções religiosas. Sua resposta foi: "Creio em Deus e não estou disposta a renunciar ao mérito de minha vida passada, cometendo uma má ação". "E tu, Quionia, ¿que respondes?" "Que creio em Deus e por conseguinte não posso obedecer ao imperador". À pergunta de porquê não obedecia ao édito imperial, Irene respondeu: "Porque não quero ofender a Deus". "¿E tu, Cássia?", perguntou o juiz. "Porque desejo salvar minha alma. "¿De modo que não estás disposta a comer a carne oferecida aos deuses?" "¡Não!" Felipa declarou que estava disposta a morrer antes que obedecer. O mesmo disse Eutíquia, uma viúva que cedo ia a ser mãe. Por esta razão, o juiz mandou que a conduzissem de novo à prisão e seguiu interrogando a seus companheiros: "Ágape, perguntou, ¿mudaste de decisão? ¿Estás disposta a fazer o que fazemos quem obedecemos ao imperador?" "Não tenho direito a obedecer ao demónio", replicou a mártir; tudo o que digas não me fará mudar". "¿Qual é tua última decisão, Quionia?", prosseguiu o juiz. "A mesma de antes". "¿Não possuís nenhum livro ou escrito referente a vossa impia religião?" Não. O imperador nos há arrebatado todos". À pergunta do juiz de quem as havia convertido ao cristianismo, Quionia respondeu simplesmente: "Nosso Senhor Jesus Cristo". Então Dulcício ditou a sentença: "Condeno a Ágape e a Quionia a ser queimadas vivas por haver procedido deliberada e obstinadamente contra os éditos de nossos divinos imperadores e césares e porque se negam a renunciar à falsa religião cristã, aborrecida por todas as pessoas piedosas. Enquanto aos outros quatro, condeno-os a permanecer prisioneiros até que se julgue conveniente".
Carlos I de Habsburgo, Beato
Carlos I de Habsburgo, Beato
Data de beatificação: 3 de Outubro de 2004 pelo Papa João Paulo II. Carlos de Áustria nasceu em 17 de agosto de 1887 no Castelo de Persenbeug, na região da Áustria Inferior. Seus pais eram o arquiduque Otto e a Princesa María Josefina de Saxónia, filha do último rei de Saxónia. O imperador José I era o tio avô de Carlos. Carlos recebeu uma educação expressamente católica e desde sua meninice foi acompanhado com a oração por um grupo de pessoas, porque uma religiosa estigmatizada lhe havia profetizado grandes sofrimentos e ataques contra ele. Daqui surgiu, após a morte de Carlos, a «Liga de oração do imperador Carlos pela paz dos povos», que em 1963 se converterá numa comunidade de oração reconhecida na Igreja. Muito cedo cresceu em Carlos um grande amor pela Santa Eucaristia e pelo Coração de Jesús. Todas as decisões importantes provinham da oração. Em 21 de outubro de 1911 casou-se com a princesa Zita de Bourbon-Parma. Durante os dez anos de vida matrimonial feliz e exemplar o casal recebeu o dom de oito filhos. No leito de morte, Carlos dizia ainda a Zita: «!Te quero sem fim»! Em 28 de junho de 1914, após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro ao trono, num atentado, Carlos converte-se no herdeiro ao trono do Império Austro-Húngaro. Enquanto se encarniçava a primeira Guerra Mundial, com a morte do imperador Francisco José, em 21 de novembro de 1916, Carlos converte-se em imperador de Áustria. Em 30 de dezembro é coroado Rei apostólico de Hungria. Este dever Carlos o concebe, também, como um caminho para seguir a Cristo: no amor pelos povos a ele confiados, no cuidado por seu bem e na doação de sua vida por eles. O dever mais sagrado de um rei – o compromisso pela paz - Carlos o pôs no centro de suas preocupações ao longo da terrível guerra. Foi o único, entre os responsáveis políticos, que apoiou os esforços pela paz de Bento XV. Pelo que respeita à política interna, inclusive em tempos extremamente difíceis, abordou uma ampla e exemplar legislação social, inspirada no ensino social cristão. Seu comportamento fez possível no final do conflito uma transição a uma nova ordem sem guerra civil. Apesar disso foi desterrado de sua pátria. Por desejo do Papa, que temia o estabelecimento do poder comunista na Europa Central, Carlos intentou restabelecer sua autoridade de governo na Hungria. Mas os intentos fracassaram, porque ele queria em qualquer caso evitar o estalar de uma guerra civil. Carlos foi enviado para o exílio na ilha da Madeira (Portugal). Como ele considerava sua missão como um mandato de Deus, não pôde abdicar de seu cargo. Submerso na pobreza, viveu com sua familia numa casa bastante húmida. Por causa disso adoeceu de morte e aceitou a enfermidade como um sacrifício pela paz e pela unidade de seus povos. Carlos suportou seu sofrimento sem lamento, perdoou a todos os que não o haviam ajudado e morreu em 1 de abril de 1922 com o olhar dirigido ao Santíssimo Sacramento. Como ele mesmo recordou ainda no leito de morte, o lema de sua vida foi: «Todo o meu compromisso é sempre, em todas as coisas, conhecer o mais claramente possível e seguir a vontade de Deus, e isto no modo mais perfeito». Reproduzido com autorização de Vatican.va - Se conhecer informação relevante para a canonização do Beato Carlos, contacte a: - Gebetsliga Kaiser Karl für den Frieden der Welt - Domplatz 1 - A-3100 St. Pölten, AUSTRIA NOTA: Em alguns santorais menciona-se o dia 21 de Outubro, mas consideramos que o correto é celebrar o dia de seu ingresso na casa do Pai.
ATUALIZAÇÃO
O beato Carlos de Habsburgo, último imperador do Império Austro-Húngaro, poderia ser canonizado por um suposto milagre obrado por sua intercessão. Uma mulher baptista de Florida afirma haver sido curada do câncer de mama que padecia. A mulher, da localidade de Kissimmee na Florida, recebeu de uma amiga uma estampa do beato, cuja vida conheceu durante uma viagem à Europa. Segundo informou o periódico Orlando Sentinel, os médicos e o tribunal da Diocese de Orlando estão de acordo em que aparentemente não há explicação médica para a recuperação da mulher, cuja identidade se mantém em reserva. Para o Bispo de Orlando, Mons. Thomas Wenski, "é uma honra para nossa diocese ser parte de algo que é maior que nós". ver nota em vídeo de ACItv
Celso de Armagh, Santo
Arcebispo
Celso de Armagh, Santo
Martirológio Romano: No lugar chamado Ardpatrick, na região de Munster, na Irlanda, são Celso, bispo de Armagh, que trabalhou em favor da instauração de Igreja (1129). Etimologicamente: Celso = Aquele que é excelso, é de origem latino. Como seus oito predecessores, Celso era laico, ao assumir a sede em 1105, aos vinte e seis anos de idade. Consagrado bispo, foi um excelente pastor. Foi muito assíduo nas visitas pastorais, administrou sabiamente as possessões de sua diocese e restaurou a disciplina eclesiástica. Com este último ponto se relaciona sua presença no grande sínodo de Rath Breasail, a que assistiram não menos de cinquenta bispos, sob a presidência do legado pontifício Gilberto de Limerick. O povo não recebeu de bom grado nem as reformas que levou a cabo o sínodo, nem a nova divisão das dioceses. Os anais de Four Masters contam que São Celso reconstruiu a catedral de Armagh. A época em que viveu foi muito agitada; teve que exercer o oficio de mediador nas discórdias dos príncipes irlandeses e sofreu as invasões dos O´Rourke e dos O´Brien. Em todas suas dificuldades lhe assistiu São Malaquias, que foi primeiro arquidiácono seu e depois bispo de Connor. Pouco antes de sua morte, ocorrida em Ardpatrick de Munster, em 1129, o santo acabou com o costume da sucessão hereditária, nomeando por sucessor a Malaquias. Segundo seu desejo, foi enterrado em Lismore.
Beato Juan Bretton, mártir
Em York, - Inglaterra, beato Juan Bretton, mártir, que, sendo pai de família, mostrou uma grande constância na fé da Igreja Romana durante o reinado de Isabel I e, ameaçado várias vezes, se manteve firme, pelo que no fim, falsamente acusado de sedição, foi estrangulado (1598).
Gilberto de Caithness, Santo
Gilberto de Caithness, Santo
Martirológio Romano: Em Caithness, na Escócia, santo Gilberto, bispo, que erigiu a igreja catedral em Dornoch e dispôs hospedarias para os pobres, e ao morrer recomendou o que ele próprio havia observado durante sua vida, a saber, não fazer dano a nenhum ser, levar com paciência as correções divinas e a ninguém dar ocasião de tropeço. (c. 1245) Os escoceses honraram desde há muito a São Gilberto como a um grande patriota, porque defendeu a liberdade da Igreja escocesa contra as ameaças de Inglaterra, segundo conta a tradição. Nascido em Moray, São Gilberto recebeu as ordens sagradas e foi nomeado arquidiácono de Moray. Segundo a tradição, sendo ainda muito jovem, foi convocado com os bispos da Igreja de Escócia a um concilio que teve lugar em Northampton, em 1176. Como porta-voz dos bispos escoceses, se opôs com fervor e eloquência à ideia de converter aos prelados do norte de Grã Bretanha em sufragâneos do Arcebispo de York. Susteve firmemente que a Igreja de Escócia havia sido livre desde o principio e que só estava sujeita à autoridade do Papa; portanto teria sido injusto submetê-la à autoridade de um metropolitano inglês, tanto mais quanto que os ingleses e os escoceses, viviam perpetuamente em guerra. Segundo parece, esta foi a ideia que se impôs en el concilio. É certo que no sínodo de Northampton um clérigo chamado Gilberto pronunciou um discurso neste sentido, mas é muito difícil provar que se tratava de Gilberto que foi nomeado bispo de Caithness, em 1223. Segundo o Breviário de Aberdeen, São Gilberto serviu a vários monarcas, A lenda conta que seus amigos queimaram os livros em que guardava as contas, com a esperança de o desacreditar; mas as orações do santo lograram que os livros aparecessem íntegros. Depois do assassinato do bispo Adam, Alexandre nomeou a Gilberto bispo de Caithness. O santo governou sua diocese sabiamente durante vinte anos, construiu vários albergues para os pobres, erigiu a catedral de Dornoch e, com sua pregação e exemplo, contribuiu para a civilização de seu povo. Em seu leito de morte disse aos que o rodeavam: "Vos recomendo três máximas que eu tratei de observar toda minha vida: Não façais dano a ninguém nem trateis de vingar-vos se os fazem. Suportai com paciência os sofrimentos que Deus vos envie, tendo presente que Ele purifica assim a seus filhos para o céu. Por último, obedecei à autoridade para não escandalizar a ninguém."
Hugo de Bonnevaux, Beato
Hugo de Bonnevaux, Beato
Martirológio Romano: No mosteiro cisterciense de Bonnevaux, no Delfinado, em França, beato Hugo, abade, cuja caridade e prudência lograram a harmonia entre o papa Alexandre III e o imperador Federico I. (1194) Data de beatificação: 9 de dezembro de 1903 pelo Papa São Pío X. Numa de suas cartas São Bernardo prodigaliza grandes louvores a um noviço chamado Hugo, que havia renunciado a uma fortuna considerável e entrado na abadia de Méziéres sendo muito jovem, contra os desejos de seus parentes. Se tratava de um sobrinho de Santo Hugo de Grenoble. Um dia em que o assaltavam terríveis tentações de voltar ao mundo, entrou numa igreja a pedir o auxilio divino. A Virgem de la Merced apareceu-lhe, o olhou com grande carinho, e disse-lhe: "Mostra que és homem e abre teu coração à fortaleza de Deus. Podes estar seguro de que jamais te assaltará de novo esta tentação". Hugo se entregou a penitências tão severas, que acabou com sua saúde e começou a perder a memória; mas logrou restabelecer-se graças ao sentido comum de São Bernardo, que lhe enviou à enfermaria com instruções de que o atendessem bem e o deixassem falar com quem quisesse. Pouco depois, Hugo foi nomeado abade de Bonnevaux, e a abadia floresceu muito sob seu governo. Se conta que podia ler o pensamento e que tinha um sentido especial para descobrir as tentações de seus irmãos. Os relatos que chegaram até nós confirmam seus dons de adivinhação e exorcismo. Como o de tantas outras luminárias da vida monástica, o zelo de Hugo não se confinava a seu mosteiro nem à sua ordem. Movido por divina inspiração, foi a Veneza em 1177 para atuar como mediador entre o Papa Alexandre III e o imperador Federico Barbarroja. Graças a ele, se fez a paz entre os dois. Santo Hugo morreu em 1194. A imagem que vemos é da moderna estátua do Beato Hugo que dá as boas vindas aos visitantes de sua abadia.
Jorge Vargas González, Beato
Jorge Vargas González, Beato
Data de beatificação: 20 de novembro de 2005, pelo Papa João Paulo II, como parte de um grupo formado por ele e outros 8 mártires mexicanos. Nasceu em Ahualulco, Jalisco, em 28 de setembro de 1899. Foi o quinto de onze irmãos. Recebeu o batismo em 17 de outubro desse ano, impondo-lhe o nome de Jorge Ramón, ainda que durante sua vida utilizou só o primeiro. Sendo menino, sua familia se trasladou a Guadalajara. Como muitos jovens católicos no México, Jorge participou dos anseios e das inquietações de quem sofria o flagelo da perseguição religiosa; exemplos em sua familia não faltavam, em especial o de sua íntegra e piedosa mãe. Durante a perseguição religiosa, em 1926, sendo Jorge empregado da Companhia hidroeléctrica, seu lar serviu de refúgio a muitos sacerdotes perseguidos, entre outros, o padre Lino Aguirre, que seria logo bispo de Culiacán, Sinaloa, de quem Jorge foi custódio e companheiro de correrias. Em finais de março de 1927, os Vargas González receberam em seu lar o proscrito líder Anacleto González Flores, coluna de la resistência católica de Jalisco e seus arredores; a familia conhecia de sobra o que podia custar sua acção. Nesse lugar os surpreendeu a cilada de 1 de abril. Todos, homens, mulheres e crianças, entre vexações e sobressaltos, foram presos pelo chefe da policia de Guadalajara. Um mesmo calabouço serviu para alojar a três dos Vargas González: Florentino, Jorge e Ramón; seu crime, haver alojado a um católico perseguido. Horas depois encerraram numa cela contigua a Luis Padilla Gómez e a Anacleto González Flores. Se lamentou logo de não poder receber a Comunhão, sendo esse dia sexta-feira primeiro, mas seu irmão Ramón disse-lhe: "Não temas, se morremos, nosso sangue lavará nossas culpas". A inteireza de ânimo dos irmãos se manteve, charlando com desenfado antes de ser executados. Por uma ordem de último momento, um dos três irmãos, Florentino, foi separado do resto.Antecedeu a morte de Jorge algum tipo de tormento, pois seu cadáver apresentou um ombro deslocado, contusões e marcas de dor no semblante; o certo é que chegada a hora, com um crucifixo na mão, e esta junto ao peito, o servo de Deus recebeu a descarga do batalhão, que executou a sentença. Durante o sepelio, quando a mãe das vítimas estreitou em seus braços a Florentino, disse-lhe: "¡Ai, filho! ¡Que perto esteve de ti a coroa do martírio!; deves ser o melhor para a merecer"; o pai, por seu lado, ao saber como e porque morreram, exclamou: "Agora sei que não é os pêsames o que devem dar-me, mas sim felicitar-me porque tenho a sorte de ter dois filhos mártires".O grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005, está descrito na biografia acima de José Anacleto González Flores.
• José Anacleto González Flores
e 8 companheiros, Beato
Mártires México
Etimologicamente: Anacleto = Aquele que é requerido ou chamado, é de origem grego. José Anacleto González Flores nasceu em Tepatitlán, Jalisco, em 13 de julho de 1888, num ambiente de extrema pobreza. Em 1908 ingressou no seminário auxiliar de San Juan de los Lagos; cedo alcançou grandes avanços nas ciências e até pôde suprir com crescimento as ausências do catedrático, ganhando o apodo de toda sua vida: "Mestre Cleto". Quando compreendeu que sua vocação não era o sacerdócio ministerial ingressou na Escola livre de leis. Notável pedagogo, orador, catequista e líder social cristão, converteu-se em paladino laico dos católicos de Guadalajara. Possuidor de vasta cultura, escreveu alguns livros cheios de espírito cristão, assim como centenas de artigos periodísticos. Em outubro de 1922 contraiu matrimónio com Maria Concepción Guerrero, que não assimilou o amor ao apostolado de seu marido; contudo foi esposo modelo e pai responsável de seus dois filhos. Muito fiel a seu prelado, o servo de Deus Francisco Orozco y Jiménez, propôs aos católicos a resistência pacífica e civilizada aos ataques do Estado contra a Igreja; constituiu por esse tempo a obra cimeira de sua vida, a União Popular, que chegou a contar com dezenas de milhares de filiados. Ao finalizar o ano 1926, depois de haver esgotado todos os recursos legais e cívicos existentes, e perante a iminente organização da resistência ativa dos católicos, apoiou com seu prestigio, seu verbo e sua vida, os projetos da Liga nacional defensora da liberdade religiosa. Alimentado com a oração e a comunhão diária, fortaleceu seu espírito para dar seu voto com sangue pela liberdade da Igreja católica. Na madrugada de 1 de abril de 1927 foi preso no domicilio particular da familia Vargas González; foi transferido ao quartel Colorado, onde se lhe aplicaram tormentos muito cruéis; exigiam-lhe, entre outras coisas, revelar o paradeiro do arcebispo de Guadalajara: "Não o sei, e se o soubesse, não o diria", respondeu. Os verdugos, sob as ordens do general de divisão Jesús María Ferreira, chefe de operações militares de Jalisco, desconjuntaram suas extremidades, levantaram-lhe as plantas dos pés e, golpeando-o, desencaixaram um braço. Antes de morrer, disse a Ferreira: "Perdoo–lhe de coração, muito cedo nos veremos ante o tribunal divino, o mesmo juiz que me vai a julgar, será seu juiz, então terá você, em mim, um intercessor com Deus". O militar ordenou que o traspassassem com o fio de uma baioneta calada. Sua morte afundou em luto aos tapatíos.
O grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005,
é completado por:
Anacleto Gonzalez Flores, Laico, 1 Abril - José Dionisio Luis Padilla Gómez, Laico, 1 Abril - Jorge Ramon Vargas González, Laico, 1 Abril - Ramón Vicente Vargas González, Laico, 1 Abril - José Luciano Ezequiel Huerta Gutiérrez, Laico, 3 Abril - José Salvador Huerta Gutiérrez, Laico, 3 Abril - Miguel Gómez Loza, Laico, 21 Março - Luis Magaña Servin, Laico, 9 Fevereiro - José Sanchez Del Rio, Laico, 10 Fevereiro
Nesse mesmo dia também foram beatificados os mártires:
Andrés Sola Molist, Sacerdote, 25 Abril - José Trinitad Rangel Montano, Sacerdote, 25 Abril - Leonardo Pérez Larios, Laico, 25 Abril - Dario Acosta Zurita, Sacerdote, 25 Julho
(as datas indicadas correspondem à de seus martírios).
Reproduzido com autorização de Vatican.va
Luis Padilla Gómez, Beato
Luis Padilla Gómez, Beato
Data de beatificação: 20 de novembro de 2005, pelo Papa João Paulo II, como parte de um grupo formado por ele e outros 8 mártires mexicanos. Nasceu em Guadalajara, Jalisco, em 9 de dezembro de 1899. Recebeu uma esmerada educação no seio de uma familia distinta e cristã. Em 1917 ingressou no seminário conciliar de Guadalajara, onde se destacou por sua conduta intocável e a pureza de seus costumes; abandonou a instituição em 1921 para aclarar certas dúvidas vocacionais. Uma vez fora do seminário, passou a professor, repartindo aulas sem retribuição alguma a meninos e jovens pobres. Foi sócio fundador e membro ativo da Associação católica da juventude mexicana, onde desenvolveu um intenso apostolado, sobretudo no campo da promoção social; tinha uma fervente devoção à Santíssima Virgem. Ao estalar a perseguição do Estado contra a Igreja católica, Luis filiou-se na União Popular para trabalhar através de meios pacíficos na defesa da religião. Em repetidas ocasiões expressou seu desejo de seguir a Jesús até à dor, o sofrimento e a entrega total da vida. No dia 1 de abril de 1927, às duas da manhã, foi acordado seu domicilio por um grupo de soldados do exército federal, sob as ordens do mesmo chefe de operações militares do Estado de Jalisco, general de divisão Jesús María Ferreira, que com luxo de força ordenou o saque da morada e a apreensão de seus habitantes, além de Luis, sua anciã mãe e uma de suas irmãs. O jovem Luis foi remetido ao quartel Colorado, suportando no trajeto golpes, insultos e vexações. Pouco depois foram apreendidos outros quatro cristãos. Pressentindo seu fim, Luis expressou seu desejo de se confessar sacramentalmente; seu companheiro de apostolado e de prisão, Anacleto González Flores, o confortou dizendo-lhe: "Não, irmão, já não é hora de confessar, mas sim de pedir perdão e de perdoar. É um Pai e não um juiz o que te espera. Teu próprio sangue te purificará". Já no paredão enquanto Luis, ajoelhado, oferecia sua vida a Deus com fervente oração, os verdugos descarregaram suas armas sobre ele, consumando, aos 26 anos cumpridos, sua oblação a Deus até ao derramamento de sangue. O grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005, está descrito na biografia acima de José Anacleto González Flores.
Ludovico Pavoni, Beato
Sacerdote e Fundador
Ludovico Pavoni, Beato
Martirológio Romano: Em Bréscia, de Lombardia, na Itália, beato Ludovico Pavoni, presbítero, que se entregou com ânimo decidido à formação dos jovens pobres, interessando-se sobretudo na sua educação religiosa e artesã, fundando para isso a Congregação dos Filhos de María Imaculada (1848). Etimologicamente: Ludovico = nome de origem germânico equivalente a Luis, seu significado é: Aquele guerreiro que é popular. Ludovico Pavoni nasce em Bréscia em 11 de setembro de 1784, o primeiro de cinco irmãos, do matrimónio Alexandre e Lelia Poncarali. Viveu numa época caracterizada por profundas mudanças políticas e sociais: a Revolução Francesa (1789), a Jacobina (1797), o domínio napoleónico com suas diferentes denominações e por fim, desde 1814, o Austríaco. Mas a «política» de Ludovico Pavoni, ordenado sacerdote em 1807, foi sempre e unicamente a política do amor. Renunciando a alcançar altos cargos eclesiásticos, aos que parecia estar chamado quando o bispo Monsenhor Gabrio María Nava o quer como seu secretário (1812), soube dedicar-se com criatividade generosa a quem tinha mais necessidade: os jovens e entre estes os mais pobres. Para eles abriu um centro formativo, seu «Oratório» (1812). Ao mesmo tempo, se entregava, como destacará o bispo, «em apoio dos párocos para instruir, catequizar por meio de homilias, de catequese, de exercícios espirituais sobretudo à juventude e especialmente à mais pobre que tinha maior necessidade, com muitos bons resultados». Em 16 de março de 1818 é nomeado Canónico da Catedral e se lhe confia a reitoria da Basílica de S. Barnabé. Notando, então, que muitos dos rapazes de seu Oratório, sobretudo os pobres, decaíam em seu empenho e se desviavam do bom caminho, quando tinham que se inserir no mundo do trabalho, que por desgraça não garantia um são ambiente moral e cristão, Ludovico Pavoni decide fundar «um Instituto ou Escola de Artes de carácter benéfico e privado, onde ao menos os órfãos, ou abandonados por seus próprios pais fossem acolhidos, mantidos gratuitamente, educados cristãmente, e capacitados para desempenhar alguma arte, a fim de os formar queridos para a religião, e úteis para a sociedade e o Estado». Nasce assim, em 1821, o Instituto de S. Barnabé. Entre as artes, a mais importante foi a Tipografia, querida por Pavoni como «Escola Tipográfica», que se pode considerar a primeira Escola gráfica de Itália e que cedo chega a ser uma verdadeira Casa Editorial. Com a passagem do tempo se multiplicam os ofícios ensinados em S. Barnabé: em 1831, Pavoni detalha oito ofícios existentes: Tipografia, encadernação de livros, papelaria, prateiros, serralheiros, carpinteiros, torneiros, sapateiros. O Instituto de S. Barnabé unia por primeira vez o aspecto educativo, o assistencial e o profissional, mas a fisionomia mais profunda «a ideia característica» do novo Instituto era que «os rapazes pobres, abandonados por seus pais e seus parentes mais próximos, encontrassem tudo o que haviam perdido: ... não somente... pão, vestido e educação nas letras e nas artes, mas também o pai e a mãe, a familia, dos quais a má sorte os privou, e com o pai, a mãe, a familia tudo o que um pobre podia receber e gozar». Durante a cólera de 1836, «com um simples convite Municipal, e sem a esperança de receber nenhuma contribuição económica, são acolhidos gratuitamente no Pío instituto, alimentados e educados com verdadeiro amor paterno. ... muitos, e muitos rapazes ainda incapazes». Assim se lê nas atas da reunião extraordinária do Município de Bréscia de 21 de agosto de 1841. Pavoni pensou também nos lavradores e projetou uma Escola Agrícola.em 1841, acolhe no Instituto aos Surdo mudos. Em 3 de junho de 1844 era condecorado pelo Imperador de Áustria com o título de Cavaleiro da Coroa de ferro. Para sustentar e continuar o Instituto, Ludovico Pavoni já desde havia algum tempo andava amadurecendo a ideia de formar com seus jovens mais fervorosos «uma Congregação, que unida com os estreitos vínculos da caridade, e baseada nas virtudes evangélicas, se consagrasse a acolher e a educar aos rapazes abandonados, e dilatasse gratuitamente seus cuidados também a favor das Casas de Indústria, que talvez por falta de Mestres sábios e hábeis nas artes, sentem prejuízos, e agravos»: assim já em 1825 escrevia ao Imperador Francisco I, de visita em Bréscia. Obtido o elogio do fim da Congregação, com decreto de 31 de março de 1843 de parte do papa Gregório XVI, chega por fim a aprovação imperial em 9 de dezembro de 1846. Monsenhor Luchi, Vigário Geral Capitular, fazendo uso da faculdade outorgada pela Santa Sede, erige canonicamente a Congregação dos Filhos de Maria, em 11 de agosto de 1847. Depois de haver dado formalmente em 29 de novembro as demissões do Capítulo da Catedral, em 8 de dezembro de 1847, solenidade da Imaculada, Pavoni emite sua profissão perpétua. Acerca da fisionomia da nova familia religiosa, os contemporâneos reconhecem unanimemente a novidade e a originalidade, pois se compõe de Religiosos sacerdotes para a direção espiritual, disciplinar e administrativa da obra e de religiosos Laicos para levar adiante as oficinas e a educação dos jovens. Aparece assim a nova figura de religioso trabalhador e educador: O irmão coadjutor pavoniano, inserido diretamente na missão específica da Congregação, com igualdade de direitos e de deveres com os Sacerdotes. No dia depois de estalar a insurreição contra os Austríacos, chamada de «os Dez Dias», no sábado 24 de março de 1849, Ludovico Pavoni acompanhava a seus rapazes à colina de Salano, a doze quilómetros de Bréscia, para os pôr a salvo de saque e dos incêndios causados pela revolta, que justamente na praça de S. Barnabé havia montado uma barricada. Não muito bem de saúde, em 26 de março se agrava e ao amanhecer de um de abril de 1849, domingo de Ramos, morre. A beatificação de Ludovico Pavoni confirma o decreto que em 5 de junho de 1947 Pío XII emanou sobre as virtudes heroicas, no qual é chamado «outro Felipe Néri... precursor de são João Bosco... perfeito emulador de S. José Cottolengo». Beatificado por S.S. João Paulo II em 14 de Abril de 2002. Reproduzido com autorização de Vatican.va
María Egipcíaca, Santa
Eremita Penitente
María Egipcíaca, Santa
Martirológio Romano: Em Palestina, santa María Egipcíaca, célebre pecadora de Alexandria, que pela intercessão da Bem-aventurada Virgem se converteu a Deus na Cidade Santa, e levou uma vida penitente e solitária na outra margem do Jordão (s. V). Etimologicamente: María = eminência, excelsa. É de origem hebraica. Uma formosa tradição muito antiga conta que no século V um santo sacerdote chamado Zósimo depois de haver passado muitos anos de monge num convento de Palestina dispôs ir-se a terminar seus dias no deserto de Judá, junto ao rio Jordão. E que um dia viu por ali uma figura humana, que mais parecia um esqueleto que uma pessoa robusta. Se acercou e lhe perguntou se era um monge e recebeu esta resposta: "Eu sou uma mulher que vim para o deserto a fazer penitência de meus pecados". Segundo a tradição aquela mulher lhe narrou a seguinte história: Seu nome era Maria. Era de Egipto. Desde os 12 anos levada por suas paixões sensuais e seu exagerado amor à liberdade fugiu de casa. Cometeu toda classe de impurezas e até se dedicou a corromper a outras pessoas. Depois se uniu a um grupo de peregrinos que de Egipto iam ao Santo Sepulcro de Jerusalém. Mas ela não ia a rezar mas a divertir-se e a passear. E sucedeu que ao chegar ao Santo Sepulcro, enquanto os demais entravam fervorosos a rezar, ela sentiu ali na porta do templo que uma mão a detinha com grande força a puxava para o lado. E isto lhe sucedeu por três vezes, cada vez que ela tratava de entrar ao santo templo. E uma voz lhe disse: "Tu não és digna de entrar neste sitio sagrado, porque vives escravizada ao pecado". Ela se pôs a chorar, mas cedo levantou os olhos e viu ali perto da entrada uma imagem da Santíssima Virgem que parecia fitá-la com grande carinho e compaixão. Então a pecadora se ajoelhou chorando e lhe disse: "Mãe, se me é permitido entrar no templo santo, eu te prometo que deixarei esta vida de pecado e me dedicarei a uma vida de oração e penitência. E lhe pareceu que a Virgem Santíssima lhe aceitava sua proposta. Tratou de entrar de novo no templo e desta vez lhe foi permitido. Ali chorou largamente e pediu por muitas horas o perdão de seus pecados. Estando em oração lhe pareceu que uma voz lhe dizia: "No deserto mais além do Jordão encontrarás tua paz". María Egipcíaca foi para o deserto e ali esteve por 40 anos rezando, meditando e fazendo penitência.
María Egipcíaca, Santa
Alimentava-se de pétalas, de raízes, de lagostas e às vezes baixava a tomar água no rio. No verão o terrível calor a fazia sofrer muitíssimo e a sede a atormentava. No inverno o frio era seu martírio. Durante 17 anos viveu atormentada pela tentação de voltar outra vez ao Egipto a dedicar-se à sua vida anterior de sensualidade, mas um grande amor à Santíssima Virgem lhe obtinha fortaleza para resistir às tentações. E Deus lhe revelava muitas verdades sobrenaturais quando ela estava dedicada à oração e à meditação. A penitente fez prometer ao santo ancião que não contaria nada desta história enquanto ela não tivesse morrido. E pediu-lhe que lhe trouxesse a Sagrada Comunhão. Era Quinta-feira Santa e Santo Zósimo levou-lhe a Sagrada Eucaristia. Ficaram de se encontrar no Dia de Páscoa, mas quando o santo voltou encontrou-a morta, sobre a areia, com esta inscrição num pergaminho: "Padre Zósimo, passei à eternidade em Sexta-feira Santa dia da morte do Senhor, contente por ter recebido seu santo corpo na Eucaristia. Rogue por esta pobre pecadora, e devolva à terra este corpo que é pó e em pó tem de converter-se". O monge não tinha ferramentas para fazer a sepultura,mas então chegou um leão e com suas garras abriu uma sepultura na areia e se foi. Zósimo ao voltar dali narrou a outros monges a emocionante história, e cedo junto àquela tumba começaram a operar-se milagres e prodígios e a fama da santa penitente se estendeu por muitos países. Santo Afonso de Ligório e muitos outros pregadores narraram muitas vezes e deixaram escrita em seus livros a história de María Egipcíaca, como um exemplo do que obra numa alma pecadora, a intercessão da Santíssima Mãe do Salvador, a qual se digne também interceder por nós pecadores para que abandonemos nossa vida de maldade e comecemos já desde agora uma vida de penitência e santidade.
Valério de Lauconne, Santo
Valério de Lauconne, Santo
Martirológio Romano: Em Lauconne, perto de Amiens, em França, são Valérico ou Valério, abade, que atraiu a não poucos companheiros para a vida eremítica. Hoje 01 de Abril a Igreja Católica recorda a São Valério que nasceu em Alvérnia, no seio de uma familia humilde. Guillermo o Conquistador mandou expor solenemente suas relíquias para obter do céu um vento favorável a fim de que zarpasse sua expedição a Inglaterra. O santo, que era seu pastor, as arranjou para aprender a ler enquanto cuidava do gado e chegou a conhecer de memória o saltério. Um dia, seu tio o levou a visitar o mosteiro de Autumo, Valério insistiu em ficar e seu tio lhe permitiu continuar aí sua educação, ainda que não é de todo, certo que o santo haja tomado o hábito nesse convento. Alguns anos depois. Passou à abadia de São Germán de Auxerre, mas não parece que haja vivido aí muito tempo. Naquela época dois monges podiam passar livremente de um convento a outro, alguns eram simplesmente espíritos inquietos, incapazes de se estabelecer num sitio mas outros mudavam de mosteiro por verdadeiro espírito de perfeição, em busca de diretores espirituais capazes de os ajudar a santificar-se. São Valério se contava entre últimos sítios. A fama de São Columbano e seus discípulos moveu-o a ir a Luxueil para se colocar sob a direção do grande santo irlandês. Com ele foi seu amigo Bobo, um nobre a quem Valério havia convertido e que abandonou todas suas posses para o seguir. Ambos se estabeleceram en Luxueil, onde encontraram o diretor espiritual e a forma de vida que necessitavam. São Valério estava encarregado de cultivar uma parte do horto. Os outros monges consideraram como um milagre que os insectos não atacassem a parte do horto confiada a Valério, enquanto que devastavam todo o resto, também parece que isto foi o que moveu a São Columbano, que tinha já uma ideia muito elevada da santidade de Valério, a admiti-lo à profissão depois de um noviciado excepcionalmente breve. O rei Teodorico expulsou o abade do mosteiro e só permitiu que partissem com ele os monges obteve permissão de acompanhar a um monge chamado Waldolano, que ia a partir para uma missão de evangelização. Se estabeleceram em Neustria, onde pregaram com grande liberdade, a eloquência e os milagres de Valério lograram numerosos conversões. Sem embargo o santo se sentiu cedo chamado de novo para se retirar do mundo, desta vez à vida eremítica. Seguindo o conselho do bispo Bercundo, escolheu um sitio solitário junto do mar, na desembocadura do rio Somme. Mas, apesar de todos seus esforços por se ocultar, não conseguiu permanecer ignorado, cedo se lhe reuniram alguns discípulos e as celas começaram a multiplicar-se no que mais tarde se converteria na célebre abadia de Lauconne. São Valério partia, de vez em quando, a pregar missões na região, obteve um êxito tão grande, que se conta que evangelizou não só o que agora se chama Pas-de-Calais, mas toda a costa oriental do estreito. São Valério era alto e de figura ascética, sua singular bondade suavizou a rigidez da regra de São Columbano com excelentes resultados. Os animais acudiam a ele sem temor, os pássaros iam pousar sobre seus ombros e a comer em suas mãos, em mais de uma ocasião, o bom abade disse aos que iam a visitá-lo. "Deixai comer em paz a estas inocentes criaturas de Deus". São Valério governou o mosteiro durante seis anos pelo menos e morreu a propagar rapidamente seu culto. Duas povoações francesas lhe devem seu nome: Saint-Valéry-sur-Somme e Saint-Valéry-en-Caux. Ricardo Coração de Leão trasladou as relíquias do santo a esta última cidade, que se acha na Normandía, mas mais tarde foram novamente levadas a Saint-Valéry-sur-Somme para a abadia de Lauconne.
Santos Venâncio, bispo, e companheiros de Dalmácia e de Ístria,
Anastásio, Mauro, Pauliniano, Télio, Astério, Septímio,
Antioquiano e Gayano, mártires
Em Roma, comemoração dos santos mártires Venâncio, bispo, e companheiros de Dalmácia e de Ístria, a saber, Anastásio, Mauro, Pauliniano, Télio, Astério, Septimio, Antioquiano e Gayano, que a Igreja se compraz em honrar juntamente (s. III/IV).
Vicente Vargas González, Beato
Vicente Vargas González, Beato
Data de beatificação: 20 de novembro de 2005, pelo Papa João Paulo II, como parte de um grupo formado por ele e outros 8 mártires mexicanos. Nasceu em Ahualulco, Jalisco, em 22 de Janeiro de 1905. Foi o sétimo de onze irmãos; três notas o distinguiram deles: a cor ruiva de seu cabelo, com que ganhou o sobrenome de Colorado, sua elevada estatura e sua jovialidade. Seguiu os passos de seu pai ao ingressar na Escola de medicina, onde se destacou por seu bom humor, sua camaradagem e sua clara identidade católica. Enquanto pôde fazê-lo, atendeu gratuitamente à saúde dos pobres. Aos 22 anos, próximo a concluir seus estudos universitários, recebeu em seu lar, com responsabilidade subsidiária, a Anacleto González Flores, que não tardou em advertir as qualidades de Ramón, pedindo-lhe para se juntar aos acampamentos da resistência ativa como enfermeiro: «Por você faço o que seja, Mestre, mas ir ao monte, não», respondeu o interpelado. Na madrugada de 1 de abril de 1927 alguém açoitou a porta dos Vargas González; Ramón atendeu o chamado; ao entreabrir a porta, um nutrido grupo de policias se apoderaram da casa. Vistoriou-se a vivenda e prendeu-se a seus ocupantes. Ramón manteve a calma pese a sua indignação; na rua, aproveitando o tumulto, pôde escapar sem que o advertissem seus captores, mas não tardou em voltar sobre seus passos e entregar-se. Quando soube que ia a morrer, sua hombridade de bem e sua esperança cristã lhe bastaram para unir seu sacrifício ao de Cristo. Perante uma exclamação de seu irmão Jorge, respondeu: «Não temas, se morremos nosso sangue lavará nossas culpas». Para atenuar a cruel sentença, o general de divisão Jesús María Ferreira, ofereceu deixar em liberdade o mais novo dos irmãos Vargas González; o indulto correspondia a Ramón, mas este, sem admitir reclamações, cede seu lugar a Florentino. Era mais de meio dia, urgia matar aos réus quanto antes. Antes de ser fuzilado, Ramón flexionou os dedos de sua mão direita formando o sinal da cruz. O grupo dos 9 mártires beatificados por Bento XVI em 20 de Novembro de 2005, está descrito na biografia acima de José Anacleto González Flores.
48273 > Sante Ágape e Chionia Martiri a Salonicco MR
90303 > Sant' Alessandro di Sicilia Martire mercedario
92571 > Beati Anacleto Gonzalez Flores e 3 compagni Laici e martiri
48100 > San Celso (Cellach) di Armagh Vescovo MR
94308 > Beato Enrico (Alfieri) d'Asti Francescano
48160 > San Gilberto di Caithness Vescovo MR
48190 > Beato Giovanni Bretton Martire MR
90604 > Beato Lodovico Pavoni Sacerdote MR
48200 > Santa Maria Egiziaca MR
48140 > Beato Ugo di Bonnevaux Abate MR
48050 > Sant' Ugo di Grenoble Vescovo MR
48130 > San Valerico (Valerio) di Leuconay Abate MR
48110 > Santi Venanzio e compagni Martiri in Dalmazia e Ístria MR
Temporariamente, segundo informações do site www.santiebeati.it não é possível aceder às imagens dos santos acima descritos, pelo que agradeço a vossa compreensão. António Fonseca
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