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Nº 1270-2ª Página
CARTAS DE S. PAULO
CARTA AOS ROMANOS
4
I - SÓ POR CRISTO PODEMOS SER SALVOS (2)
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4 – O exemplo de Abraão – Também ele justificado pela fé. – Que diremos, pois, ter obtido Abraão, nosso pai, segundo a carne? É que, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar; não, porém, diante de Deus. Que diz a Escritura? «Abraão creu em Deus e isso foi-lhe tido em conta de justiça». Ora, ao que trabalha, não se lhe atribui o salário como dom gratuito; é coisa devida. Ao que não trabalha, mas crê n’Aquele que justifica o ímpio atribui-se-lhe a fé à conta de justiça; assim também David proclama feliz o homem a quem Deus atribui justiça independente das obras: «Felizes aqueles cujos delitos foram perdoados e cujos pecados foram cobertos! Feliz do homem a quem o Senhor não atribuir nenhum pecado». Ora esta bem-aventurança é somente para os circuncisos, ou também para os incircuncisos? Pois nós dizemos que a Abraão se atribui a fé à conta da justiça. Como foi então atribuída? Sendo ele circunciso, ou incircunciso? Não foi depois da circuncisão, mas antes dela. E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé, antes da circuncisão, a fim de que fosse pai de todos os crentes incircuncisos, para que também a eles a fé lhes seja atribuída à conta de justiça, e seja pai dos circuncisos, daqueles que não têm somente a circuncisão, mas, além disso, seguem, as pisadas da fé, que possuía nosso pai Abraão antes de ser circuncidado.
Herdeiro, independentemente da Lei – E assim, não foi mediante a lei que se verificou a promessa feita a Abraão e à posteridade, de que receberia o mundo como herança, mas por meio da fé. Porque se os que dependem da lei é que são os herdeiros, a fé é inútil e a promessa ineficaz, porque a lei produz a ira; e onde não há lei, também não há transgressão. Portanto, é pela fé que vem a herança, a fim de que a promessa seja gratuita e certa para toda a posteridade, não somente para o que é da lei, mas também para o que é da fé de Abraão, que é pai de todos nós. Conforme está escrito: «Constitui-te pai de numerosas nações», perante Aquele em quem acreditara, o Deus que dá a vida aos mortos, e chama o que não existe como se existisse. Ele mesmo, contra o que podia esperar, acreditou que havia de ser pai de muitas nações, conforme tinha sido anunciado: «Assim será a tua descendência». Sem vacilar na fé, não tomou em consideração o seu próprio corpo, já sem vigor por ser quase centenário, nem o seio de Sara, já sem vida. Perante a promessa de Deus, não hesitou por falta de fé, antes se fortaleceu na fé, dando glória a Deus, plenamente convencido de que Ele era capaz de cumprir o que tinha prometido. Por este motivo é que isso lhe foi atribuído à conta de justiça. E não é só por causa dele que está escrito: «Isso foi-lhe atribuído». É também por nossa causa, a quem tal será atribuído, e cremos n’Aquele que ressuscitou dos mortos a Jesus Cristo, Nosso Senhor, o Qual foi entregue por causadas nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação.
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Amanhã, dia 30/4/12, se Deus o permitir, prosseguirei a transcrição das CARTAS DE S. PAULO, com o nº 5 da Carta aos Romanos.
António Fonseca
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