segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nº 1264 - 2ª Página – ACTOS DOS APÓSTOLOS – Evangelista S. Lucas – 23 DE ABRIL DE 2012

 
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Nº 1264-2ª Página
 
 
ACTOS DOS APÓSTOLOS
 
 
VI – PRISIONEIRO DE CRISTO
 
 
27 g) A caminho de Roma – Quando o nosso embarque para Itália foi decidido, entregaram Paulo e mais alguns presos a um centurião da coorte augusta, chamado Júlio. Embarcámos num navio de Adramítio que ia para as costas da Ásia, e fixe-mo-nos ao mar. Aristarco, macedónio de Tessalónica, ia connosco. No dia seguinte, fizemos escala por Sidónia, e Júlio, que tratava Paulo com humanidade, permitiu-lhe que fosse ter com os amigos e deles recebesse os seus cuidados. Levantámos ferro e passámos a sotavento de Chipre, porque os ventos eram contrários. Atravessámos, depois, os mares da Cilícia, e da Panfília e chegámos ao fim de quinze dias, a Mira, na Lícia. Lá o centurião encontrou um barco de Alexandria que ia de viagem para Itália e mandou-nos subir para bordo. Durante vários dias, navegámos lentamente, até que chegámos, a custo às imediações de Cnido, onde o vento não os permitiu arribar. Contornámos então, a sotavento de Creta, por alturas de Salmona. E, depois de a termos penosamente costeado chegámos a um lugar denominado Bons-Portos a curta distância da cidade de Laseia. O tempo ia passando e a navegação tornou-se perigosa, por já ter mesmo passado o jejum. Paulo fez-lhes a seguinte advertência: «Meus amigos, eu vejo que a travessia não poder ser levada a cabo sem trisco e graves prejuízos, tanto para a carga e para o barco, como também para as nossas vidas». Mas o centurião deu mais crédito ao que o piloto e o capitão diziam do que à observação de Paulo. Como o porto não era adequado para passar o Inverno a maior parte foi de parecer que largassem dali, para ver se podiam alcançar Fenice, e lá invernar, por ser um porto de Creta, voltado para sudoeste e noroeste. Começou,  então, a soprar um ligeiro vento sul e julgaram-se capazes de levar avante o seu projeto, pelo que levantaram ferro e começaram a costear Creta de Perto.
 
 
A tempestade e o naufrágioEm breve, porém, se desencadeou, vindo da ilha, um vento ciclónico, chamado Euro-aquilão. Sem poder resistir ao vento, o barco foi arrastado e deixámos-nos ir à deriva. Passando velozmente a sotaventeio duma ilhota chamada Clauda, conseguimos, com grande dificuldade, lançar mão ao escaler. Depois de o içarem, empregaram-se os recursos de emergência; amarraram o navio com cabos, e, com receio de caírem na Sirte, deixaram a âncora solta e assim se deixaram ir. No dia seguinte, como éramos violentamente açoitados pela tempestade, começaram a alijar a carga e, ao terceiro dia, lançaram, com as próprias mãos, o aparelho do navio. Durante vários dias, nem o Sol nem as estrelas foram visíveis e a tempestade continuava a torturar-nos furiosamente. Desde então, foi-se desvanecendo toda a esperança de salvação. Havia já muito tempo que ninguém comia. Então, Paulo, postou-se a meio deles e disse: «Devíeis ter-me escutado, meus amigos, e não largar de Creta. Isso ter-nos-ia poupado a estes riscos e a estes prejuízos. Seja como for, convido-vos a ter coragem pois ninguém perderá a vida aqui, apenas o navio se vai perder. Esta noite, apareceu-me um anjo de Deus a Quem pertenço e a Quem sirvo e disse-me: «Nada receies Paulo. É indispensável que compareças diante de César, e por isso, Deus concedeu-te a vida de todos quantos navegam contigo». Portanto, coragem, meus amigos, pois tenho confiança em Deus, que tudo sucederá como foi dito. Contudo, temos de encalhar numa ilha». Quando chegou a décima quarta noite, indo nós baloiçados no Adriático, suspeitaram os marinheiros, pelo meio da noite, que uma terra estava próxima. Lançaram a sonda, e encontraram vinte braças; um pouco mais adiante, lançaram-na outra vez e encontraram quinze. Receando que fossemos bater em qualquer ponto, contra os recifes, lançaram da ponte quatro âncoras e ficaram, impacientemente à espera do dia. Os marinheiros, todavia, procuravam fugir do barco e, sob pretexto de irem largar as âncoras da proa deitaram o escaler ao mar. Paulo, apercebendo-se de tudo, disse ao centurião e aos soldados. «Se esses homens não ficarem no barco, não podereis salvar-vos». Então, os soldados cortaram as amarras do escaler e deixaram-no cair. Enquanto esperavam pelo dia, Paulo foi aconselhando a todos que tomassem alimento. «Hoje, dizia ele, é o décimo quarto dia que vos conservais na expectativa, em jejum, sem tomar nada. Aconselho-vos, portanto, a tomar algum alimento, pois é a vossa própria salvação que está em jogo. Nenhum de vós perderá um só cabelo da cabeça». Dito isto, tomou um pão deu graças a Deus diante de todos, partiu-o e começou a comer. Então, cobraram ânimo e também, eles se alimentaram. Éramos ao todo duzentas e setenta e seis pessoas no barco. Uma vez saciados, aliviaram o barco, lançando trigo ao mar.
 
Os náufragos alcançaram terra – Quando o dia surgiu, não reconheceram a terra. Divisavam, porem, uma enseada com a sua praia e pretenderam impelir para lá o barco. Soltaram as âncoras, abandonando-as ao mar e, ao mesmo tempo, afrouxaram as cordas dos lemes. Depois içaram ao vento o artemão e seguiram rumo à praia. Mas, tendo batido num baixio, que tinha mar de ambos os lados, fizeram encalhar o navio. A proa. bem fincada, manteve-se firme, mas a popa foi-se desconjuntando com a forças das vagas. Os soldados resolveram então matar os prisioneiros para que nenhum deles fugisse a nado. Mas o centurião, querendo salvar Paulo, impediu-os de executar os seus planos e ordenou aos que sabiam nadar que alcançassem a terra, atirando-se ele à água antes dos outros. Quantos aos mais, foram para terra, quer sobre pranchas, quer sobre os destroços do barco. E, assim, chegaram todos a terra sãos e salvos.
 
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Feita esta publicação fica em dia esta rubrica.
Como tal amanhã, dia 24/4/12, se Deus o permitir, prosseguirei esta transcrição.

António Fonseca

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