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Nº 1261-2ª Página
ACTOS DOS APÓSTOLOS
VI – PRISIONEIRO DE CRISTO
24 d) Paulo acusado pelos judeus perante o Governador romano – …Cinco dias depois, o Sumo Sacerdote Ananias desceu com alguns anciãos e um advogado, um certo Tértulo, e apresentaram ao governador queixa contra Paulo. Este foi chamado e Tértulo iniciou a acusação nestes termos: «A grande paz de que beneficiamos pela tua ação e as reformas que este país deve à tua providência são recebidas por nós, excelentíssimo Félix, em tudo e por toda a parte com profunda gratidão. Mas, para não te importunar, além do necessário, rogo-te que nos escutes por uns instantes, com a benevolência que te é peculiar. Nós verificámos que este homem é uma peste: Fomenta discórdias entre todos os judeus do mundo inteiro e é cabecilha da seita dos Nazarenos. Até tentou profanar o Templo, e então, prendêmo-lo. - (Mas o tribuno Lísias interveio, com muita violência, e arrancou-o das nossas mãos) * Esta frase é duvidosa pois não aparece em mais nenhum manuscrito. – e ordenou aos seus acusadores que se apresentassem diante de ti. Interrogando-o pessoalmente, poderás, verificar a autenticidade das nossas acusações». E os judeus apoiaram o advogado, afirmando que tudo era assim.
Discurso de Paulo - …Como o governador lhe acenasse para falar, Paulo respondeu: «Eu sei que, desde há muitos anos, este país e se encontra sob a tua jurisdição; por isso, confiadamente tomo a palavra para defender a minha causa. Podes verificar que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém, para fazer a minha adoração. Nunca me viram a discutir no Templo com qualquer pessoa, nem a incitar o povo à revolta, quer nas sinagogas, quer pela cidade. São incapazes de provas as acusações que agora fazem contra mim. No entanto, confesso-te: Sirvo o Deus dos nossos pais como ensina a “Via”, a que eles chama partido. Acredito em tudo quanto há na Lei e em tudo o que está escrito nos Profetas, e tenho a esperança em Deus, que eles também, aceitam, de que que há-de haver a ressurreição, dos justos e dos pecadores. Por isso, eu me esforço por manter sempre uma consciência irrepreensível, diante de Deus e dos homens. Ora, decorridos vários anos, vim trazer esmolas ao meu povo e fazer oblações. Foi nessa altura que me encontraram no Templo, já purificado, sem ajuntamento nem tumulto. Certos judeus da Ásia é que deviam estar aqui para me acusarem, se tivessem alguma coisa contra mim. Que estes, aqui presentes, digam ao menos de que delito me reconheceram culpado quando me apresentei diante do Sinédrio. A não ser que se trate desta frase que proferi em voz alta, quando estava no meio deles: «É por causa da ressurreição dos mortos que estou hoje a ser julgado na vossa presença».
Cativeiro de Paulo em Cesareia – …Félix, que conhecia com muita precisão tudo quanto se relacionava com a “Via”, adiou a audiência, dizendo: «Quando o tribuno Lísias vier cá abaixo, examinarei o vosso caso». E ordenou ao centurião que retivesse Paulo preso, mas que lhe concedesse alguma liberdade e não impedisse nenhum dos seus de lhe prestar assistência. Uns dias depois, Félix apareceu acompanhado de Drusila, sua mulher, que era judia. Mandou chamar Paulo e ouviu-o falar acerca da fé em Cristo Jesus. E como estava a discorrer sobre a justiça, a continência e o julgamento futuro, Félix, dominado pela inquietação, respondeu: «Por agora podes ir. Chamar-te-ei na primeira oportunidade». Ao mesmo tempo, também esperava que Paulo lhe desse dinheiro. Por isso, mandava-o chamar frequentemente, para conversar com ele. Entretanto, decorreram dois anos e Félix teve como sucessor Pórcio Festo. Desejando cair nas boas graças dos judeus, Félix deixou Paulo na prisão.
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Amanhã, dia 22/4/12, se Deus o permitir, prosseguirei esta transcrição.
António Fonseca
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