terça-feira, 17 de abril de 2012

Nº 1258 - 2ª Página – ACTOS DOS APÓSTOLOS – Evangelista S. Lucas – 17 DE ABRIL DE 2012

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Nº 1258-2ª Página

ACTOS DOS APÓSTOLOS
 
 
VI – PRISIONEIRO DE CRISTO
 
 
21  a)  Subida a Jerusalém – Depois de nos separarmos deles, embarcámos e, navegando diretamente, chegámos a Cós, no dia seguinte a Rodes, e de lá, a Pátara. Encontrámos um barco que ia partir para a Fenícia e fizemo-nos ao mar. Chegando à vista de Chipre, que deixámos à esquerda, seguimos em direção à Síria e aportámos em Tiro, pois era ali que o barco ia descarregar. Tendo encontrado os discípulos, passámos sete dias com eles,. Inspirados pelo Espírito diziam a Paulo que não subisse a Jerusalém. Mas, no fim da nossa estadia, partimos. Acompanharam-nos todos, com as mulheres e os filhos. até fora da cidade. Ajoelhámo-nos ma margem para rezar, despedi-mo-mos e subimos para o barco, enquanto eles regressavam às suas casas. E nós, terminada a travessia, fomos de Tiro para Ptolemaida. Depois de termos saudado os irmãos e de termos ficado um dia com eles, partimos no dia seguinte para Cesareia. Fomos a casa do evangelista Filipe, um dos sete, e ficámos em sua companhia. Ele tinha quatro filhas virgens, que eram profetizas. Como lá passámos bastantes dias, desceu da Judeia um profeta de nome Agabo; o qual foi ter connosco, pegou no cinto de Paulo, e, ligando-se de pés e mãos, disse: «Isto diz o Espírito Santo: o Homem a quem pertence este cinto será ligado assim em Jerusalém pelos judeus, e eles entregá-lo-ão às mãos dos pagãos». Quando ouvimos isto, nós e os naturais da terra suplicámos a Paulo que não subisse a Jerusalém. Paulo então respondeu: «Porque estais a chorar e a despedaçar-me o coração? Quanto a mim, estou pronto, não só a ser amarrado, mas também a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus». Como não havia meio de o dissuadir, cessámos os nossos rogos, dizendo: «Seja feita a vontade do Senhor!» Decorridos esses dias, fizemos os nossos preparativos e subimos a Jerusalém,. Acompanharam-nos alguns discípulos de Cesareia, que nos levaram a casa de um certo Mnasão, natural de Chipre, discípulo da primeira hora.
 
Em Jerusalém – Quando chegámos a Jerusalém, os irmãos receberam-nos com  alegria. No dia seguinte, Paulo foi connosco a casa de Tiago, e todos os anciãos aí se reuniram. Depois de os saudar, começou a expor, minuciosamente, tudo quanto Deus havia feito entre os pagãos, pelo seu ministério. Quando acabaram de o ouvir, deram glória a Deus e disseram-lhe: «Vês irmão, quantos milhares de judeus abraçaram a fé sem deixarem de ser ardentes defensores da Lei. Ora, a teu respeito, disseram-lhes, que ensinais, a todos os judeus espalhados entre os pagãos a apostasia em relação à lei de Moisés, aconselhando-lhes a não circuncidarem os filhos e a não seguirem os costumes». Que fazer então? Decerto. hão-de ouvir dizer que tu chegaste. Faze, pois, o que te vamos sugerir: Temos aqui quatro homens que têm um voto a cumprir. Leva-os contigo, submete-te com eles, aos ritos da purificação e paga-lhes as despesas para raparem a cabeça. Toda a gente ficará, assim sabendo que nada há de verdadeiro nos rumores postos a circular a teu respeito, mas que, pelo contrário, te manténs fiel cumpridor da Lei. Quanto aos pagãos que abraçaram a fé, já lhes demos a conhecer por escrito a nossa decisão: Que se abstenham de carnes imoladas ídolos, do sangue das carnes sufocadas e da união ilegítima».
 
b)  Prisão de Paulo no TemploNo dia seguinte, Paulo levou consigo esses homens, purificou-se com  eles e entrou no Templo, onde anunciou a data na qual terminavam os dias da purificação, ao fim dos quais deveria ser oferecido  o sacrifício por cada um deles. Quando os setes dias estavam já a terminar, os judeus da Ásia viram-no no Templo, e, amotinando o povo, gritaram: «Homens de Israel, acudi! Este é o homem que a todos prega, e em toda a parte, contra o nosso povo, contra a lei e contra este Lugar! Além disso, até gregos introduziu no Templo e profanou este Santo Lugar». De facto, tinham visto antes, na cidade, o efésio Trófimo com  ele e pensaram que Paulo o introduziu no Templo. A cidade inteira ficou alvoroçada e o povo corria de todos os lados. Apoderaram-se de Paulo e arrastaram-no para fora do Templo, cujas portas imediatamente fecharam. Preparavam-se para o matar quando chegou ao tribuno da coorte a denúncia de que Jerusalém se encontrava toda em alvoroço. Reunindo, sem perda de tempo, soldados e centuriões, precipitou-se com eles contra os manifestantes que, ao verem o tribuno e os soldados, cessaram de bater em Paulo. Então o tribuno aproximando-se, mandou-o prender e ordenou que o algemassem com duas cadeias. Depois perguntou-lhes quem era e o que tinha feito. Mas cada qual no meio da multidão gritava o que lhe apetecia. Não podendo, devido ao tumulto, obter nenhuma informação precisa, mandou conduzir Paulo para a fortaleza. Quando chegou aos degraus, os soldados tiveram de o levar por causa da violência da multidão, pois o povo seguia em massa, a gritar: «À morte!». Já quase dentro da fortaleza, Paulo disse ao tribuno: «Ser-me-á permitido dizer-te uma palavra?» «Tu sabes grego? disse este. «Não és então o egípcio que, há tempos provocou um a rebelião e arrastou para o deserto, os quatro mil sicáriosPaulo respondeu: «Eu sou um  judeu de Tarso, cidadão de uma notável cidade de Cilícia. Peço-te que me autorizes a falar ao povo». Concedida a autorização, Paulo, de pé nos degraus, acenou com a mão ao povo. Fez-se profundo silêncio, e ele dirigiu-lhe as palavras em língua hebraica.
 
  
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Amanhã, dia 18/4/12, se Deus o permitir, prosseguirei esta transcrição.

António Fonseca

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