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Nº 1257-2ª Página
ACTOS DOS APÓSTOLOS
VI – O EVANGELHO ALCANÇA A EUROPA
20 g) De novo na Macedónia e na Grécia – Logo que cessou o tumulto, Paulo reuniu os discípulos, fez-lhes as suas recomendações, despediu-se deles e partiu para a Macedónia. Percorreu toda aquela região, exortou demoradamente os fiéis e depois chegou à Grécia, onde esteve três meses. Uma conspiração fomentada contra ele pelos judeus, quando ia embarcar para a Síria levou-o a tomar a decisão de regressar pela Macedónia. Acompanharam-no Sóprato, filho de Pirro, de Bereia; Aristarco e Secundo, de Tessalónica; Gaio, de Derbe, e Timóteo; Tiquíco e Trófimo da Ásia. Estes partiram à frente e esperaram-no em Tróade. Quanto a nós, embarcámos em Filipos depois dos dias dos Ázimos e encontrá-mo-nos, cinco dias depois, em Tróade, onde passamos sete dias.
Em Tróade – ressurreição dum morto – No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para partir o pão, Paulo, que devia partir no dia seguinte, começou a falar com eles e prolongou o seu discurso até à meia-noite. Havia bastantes lâmpadas na sala de cima onde estávamos reunidos. Ora um rapaz de nome Eutico, que estava sentado sobre a janela, adormeceu profundamente enquanto Paulo se alongava no seu discurso. Dominado pelo sono, caiu do terceiro andar e levaram-no já morto. Paulo, desceu, e lançando-se sobre ele, apertou-o nos braços e disse: «Não façais barulho, pois a sua alma está nele». Depois, voltou para cima, partiu o pão, comeu e falou demoradamente até de madrugada. Só então se retirou. Quantio ao rapaz, levaram-no vivo e isso foi motivo de grande consolação.
De Tróade a Mileto – Quanto a nós, partindo à frente pelo mar, largámos para Asso, onde deveríamos encontrar Paulo, que assim havia determinado. Ele iria por terra. Quando nos reunimos em Asso, levá-mo-lo para bordo e seguimos para Mitilene. Partimos de lá, e, no dia seguinte, estávamos em frente de Quio. No outro dia navegávamos para Samos e no dia imediato chegámos a Mileto. Paulo tinha decidido passar ao largo de Éfeso, a fim de não perder tempo na Ásia. ia com pressa, pois diligenciava estar em Jerusalém, se possível, no dia de Pentecostes.
h) O adeus aos anciãos de Éfeso – De Mileto mandou chamar a Éfeso os anciãos da Igreja. Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia, procedi sempre convosco. Tenho servido o Senhor com toda a humildade e com lágrimas, no meio das provações que as ciladas dos judeus me acarretaram. Jamais recuei perante qualquer coisa que vos pudesse ser útil. Preguei e instruí-vos, tanto publicamente como nas vossas casas, afirmando a judeus e gregos a necessidade de se converterem a Deus e de acreditarem em Nosso Senhor Jesus Cristo. A agora, aqui vou, preso em espírito, a Jerusalém, sem saber o que lá me espera; Só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me avisa que me aguardam cadeias e tribulações. Mas, a meus olhos. a vida não tem valor algum, desde que eu possa concluir a minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus, dando testemunho da Boa Nova da graça de Deus. Agora sei que não mais vereis o meu rosto, vós todos, nos meio dos quais passei proclamando o sangue de todos, pois jamais recuei, quando era preciso anunciar-vos todos os desígnios de Deus. Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho de que o Espírito Santo vos constitui administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o Seu próprio Sangue. Sei que, depois de eu partir, se hão-de introduzir, entre vós, lobos temíveis que não pouparão o rebanho e que, mesmo no meio de vós, se hão-de erguer homens de palavras perversas para arrastarem os discípulos atrás de si. Estai, pois, vigilantes e recordai-vos de que, durante três anos, de noite e de dia, não cessei de exortar, com lágrimas, cada um de vós.E agora confio-vos a Deus e à palavra da Sua graça, que tem o poder de construir o edifício e de vos conceder parte na herança com todos os santificados. Jamais cobicei prata, nem ouro, nem o vestuário de alguém. E bem sabeis que foram estas mãos que proveram às minhas necessidades e à dos meus companheiros. Em tudo vos demonstrei que deveis trabalhar assim, para socorrerdes os fracos, recordando-vos das palavras que o próprio Senhor Jesus disse: «A felicidade está mais em dar do que em receber». Depois destas palavras, ajoelhou-se com todos eles e rezou. Todos romperam em pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, começaram a abraçá-lo,consternados sobretudo com as palavras que lhes dissera: «Não mais vereis o meu rosto». Em seguida, acompanharam-no ao barco.
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Amanhã, dia 16/4/12, se Deus o permitir, prosseguirei esta transcrição.
António Fonseca
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