segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nº 1263 - 2ª Página – ACTOS DOS APÓSTOLOS – Evangelista S. Lucas – 22 DE ABRIL DE 2012

Como digo nas páginas anteriores, este texto era para ter saído ontem Domingo, mas só o pude fazer hoje.AF
 
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Nº 1263-2ª Página
 
ACTOS DOS APÓSTOLOS
 
VI – PRISIONEIRO DE CRISTO
 
 
26 f) Defesa de Paulo perante Agripa – Agripa disse a Paulo: «Estás autorizado a falar em tua defesa». Então, estendendo a mão, Paulo começou a sua defesa: «Sinto-me feliz, ó Rei Agripa, por ter de me defender hoje diante de ti das acusações apresentadas pelos judeus contra mim, tanto mais que estás ao corrente de todos os costumes dos judeus. Rogo-te, por isso, que me oiças com paciência. A minha vida, a partir da mocidade, tal como decorreu desde os primeiros tempos, no meu país e em Jerusalém, sabem-na todos os judeus. Conhecem-me de longa data e, se quiserem, podem, atestar que eu vivi, como fariseu, segundo o partido mais severo da nossa religião. E agora encontro-me aqui a ser julgado por causa da minha esperança na promessa feita por Deus a nossos pais, promessa que as nossas doze tribos esperam ver realizada, servindo a Deus noite e dia, continuamente. É a respeito dessa esperança que os judeus me acusam. Porque é que entre vós, se afigura incrível que Deus ressuscite dos mortos? Quanto a mim, julguei dever levantar grande oposição ao nome de Jesus de Nazaré. E foi precisamente o que fiz em Jerusalém: Com o pleno assentimento dos sumos sacerdotes, meti na prisão grande número de santos, e, quando eram mortos, eu dava o meu voto. Muitas vezes ia de sinagoga em sinagoga e obrigava-os a blasfemar à força de torturas. Num excesso de fúria contra eles, perseguia-os até nas cidades estrangeiras. Foi assim que, indo para Damasco com poder e delegação dos príncipes dos sacerdotes, vi no caminho, ó rei, uma luz vinda do céu, mais brilhante que o sol que refulgia em volta de mim e dos que me acompanhavam. Caímos todos por terra e eu ouvi uma voz dizer-me em língua hebraica: «Saulo, Saulo, por que Me persegues?» «É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão». Perguntei: «Quem ,és Tu, Senhor?» E o Senhor respondeu: «Eu sou Jesus a quem tu persegues. Ergue-te e firma-te nos pés, pois para isto te apareci. Para te constituir servidor e testemunha do que acabas de ver e do que ainda te hei-de mostrar, livrando-te do povo e dos pagãos, aos quais eu vou enviar-te, para lhes a abrires os olhos e fazê-los passar das trevas à luz e da sujeição de Satanás para Deus.n Alcançarão, assim, o perdão dos seus pecados, e a parte que lhes cabe na herança, juntamente com os santificados pela fé em Mim». Desde então, ó  Rei Agripa, não resisti à visão celeste. Pelo contrário,  aos habitantes de Damasco em primeiro lugar, depois aos de Jerusalém e de toda a província da Judeia, em seguida, aos pagãos, preguei que se arrependessem e voltassem para Deus, fazendo obras dignas de tal arrependimento. Eis o motivo por que os judeus se apoderaram de mim no Templo e tentaram matar-me. Amparado pela proteção de Deus, continuei a dar o meu testemunho diante de pequenos e grandes, sem nada dizer além do que os profetas e Moisés predisseram que havia de acontecer: Que o Messias tinha de sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar dos mortos anunciaria a luz ao povo e aos pagãos».
 
 
Agripa reconhece a inocência de Paulo - Estava ele, em sua defesa a falar destas coisas, quando Festo exclamou em voz alta: «Estás doido, Paulo! A tua grande sabedoria fez-te perder o juízo». «Eu não estou doido, excelentíssimo Festo, disse Paulo, estou, pelo contrário, a falar a linguagem da verdade e do bom senso. O rei está inteirado destas coisas e, por isso, lhe falo francamente, pois não creio que ele ignore nada dito, tanto mais que não foi a um canto que tudo se passou! Acreditas nos profetas rei Agripa? Eu sei que acreditas». Agripa respondeu a Paulo: «Por pouco não me persuades a fazer-me cristão». Prouvera a Deus, disse Paulo, que por pouco ou por muito, não só tu, mas todos quantos hoje estão a ouvir-me se fizessem tais como eu sou, à exceção destas cadeias». O rei levantou-se, assim como o governador, Berenice e os que estavam sentados com eles. Ao retirarem-se, diziam entre eles: «Este homem nada fez que mereça a morte ou os grilhões». Agripa disse a Festo: «Este homem poderia ser posto em liberdade se não tivesse apelado para César».

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