domingo, 18 de março de 2012

Nº 1228-3 - A RELIGIÃO DE JESUS - 2º, 3º e 4º Domingos da Quaresma–2012 - 18 de Março de 2012

 

Uma NOTA INICIAL

Caros amigos:

Por motivos inexplicáveis (pois não tenho qualquer desculpa para o facto – “a não ser pura distração”) – não publiquei os textos do livro A RELIGIÃO DE JESUS, referentes aos 2º e 3º Domingos da Quaresma – 2012. Tendo agora verificado a referida lacuna, resolvi publicá-los, hoje todos juntos no 4º Domingo, fazendo Votos para que não me volte mais a distrair com os Compromissos que tomei para convosco. Note-se que a mesma é feita sob a sua ordem ascendente, ou seja:

1228 (18-3); 1221 (11-3) e 1217 (10-3)  

pelo que deverão ser lidos debaixo para cima.

As minhas desculpas e Obrigado. AF

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Nº 1228-3

Do livro, A RELIGIÃO DE JESUS, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo B (2011-2012) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

Estrela O texto dos Evangelhos, que anteriormente (no Ano A) estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora transcritos através da 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (editada em 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.

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18 DE MARÇO DE 2012

4º Domingo da Quaresma

Jo 3, 14-21

4º DOMINGO DA QUARESMA

«Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também tem de ser levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que n’Ele crer tenha a vida eterna. Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas, para que o mundo seja salvo por Ele. Quem n’Ele crê não é condenado e quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus. E a causa da condenação é esta: A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para não serem postas a descoberto as suas obras. Mas quem pratica a verdade, aproxima-se da luz, a fim de que as suas obras sejam, manifestas, pois são feitas em Deus»

1 – Antigamente, a serpente era um símbolo que representava aos deuses curandeiros. Na Bíblia fala-se da serpente de bronze que curava os hebreus mordidos por serpentes no deserto (Nm 21, 8; Sb 16, 5.7). Trata-se de um símbolo de saúde e de vida. Como o é Jesus para todos os que o veem com fé. O novo símbolo da vida não é um rito mágico, mas sim Jesus, vítima da sua extrema generosidade.

2 – Deus não se apresentou neste mundo, na pessoa e vida de Jesus, porque se sentisse ofendido, indignado ou irritado. Deus fez-se presente no mundo, no nome de Jesus de Nazaré, porque quer tanto ao mundo, que não suportava mais estar longe, distante, desconhecido. Deus humanizou-se em Jesus.

3 – Humanizando-nos, encontramos a luz e amamos a luz. Endeusando-nos, encontramos as trevas e toda a nossa vida projeta escuridão. Não há coisa mais turva e escura que uma pessoa que só aspira a subir, trepar, instalar-se. Como não há luz mais poderosa que a luz do que é tão humano que não tem nada que ocultar, de forma que suas obras, sua vida, contagiam bondade e humanidade.

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11 DE MARÇO DE 2012

3º Domingo da Quaresma

Jo 2, 13-25

3º DOMINGO DA QUARESMA

A purificação do Templo – A Páscoa dos judeus estava próxima, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no Templo os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas e os cambistas abancados. Com umas cordas, fez um chicote e expulsou-os a todos do Templo, com as ovelhas e bois. Deitou por terra o dinheiro dos banqueiros, derribou-lhes as mesas, e disse aos que vendiam pomba: «Tirai tudo isto daqui e não façais da casa de meu Pai, casa de comércio». E os Seus discípulos lembraram-se do que estava escrito: «Devorar-Me-á o zelo pela Tua casa». Então, os judeus tomaram a palavra e disseram-Lhe: «Que sinal nos apresentas para justificares o teu proceder Jesus respondeu: «Destrui este santuário e Eu em três dias o levantarei». Os judeus replicaram: «Foram, precisos quarenta e seis anos para edificar este santuário e Tu reedificá-lo-ás em três dias?» Mas Ele falava do santuário do Seu corpo. Por isso, quando Ele ressuscitou dos mortos, recordaram-se os discípulos do que tinha dito e acreditaram na Escritura e na Palavra que Jesus dissera. Enquanto Ele estava em Jerusalém, pela festa da Páscoa, muitos, vendo os milagres que fazia, acreditaram no Seu nome. Mas Jesus não Se fiava neles, pois conhecia-os a todos, e não precisava de ser informado acerca de homem algum, porque Ele próprio conhecia o interior de cada um.

1 – Seguramente este facto sucedeu em vésperas da Paixão, como indicam os sinópticos. João o adianta no começo da vida pública. Para destacar, desde o princípio, que este tremendo conflito com a religião marca o que o IV Evangelho quer ensinar. Segundo o Evangelho de João, o lugar de encontro com Deus já não é o Templo (com seus sacerdotes, rituais e cerimónias), mas sim o ser humano. Ou seja, Deus não se encontra na sacralidade das relações religiosas, mas sim na laicidade das relações humanas.

2 – Jesus não pretendeu “purificar” o templo, mas sim “acabar” com ele. Quando as autoridades religiosas (“os judeus”: Jo 1, 19; 11, 47; 19, 7.12; cf. 8, 31; 11, 19 12, 11) pedem explicações a Jesus, ele responde: «destruí este templo e em três dias o levantarei». E referia-se à Sua pessoa. Para Jesus, o templo é o ser humano. E assim pensava a Igreja primitiva; cada cristão é o templo de Deus (1 Co 3, 17; 6, 19; 2 Co 6, 16). E cada ser humano é uma pedra viva do santuário que Deus quer (Is 66, 1 s; Act 7, 49-51; 17, 24).

3 – Nós cristãos temos restaurado o que Jesus destruiu. Agora merecem mais respeito as igrejas que as pessoas. E nas catedrais volta a correr o dinheiro. Isso sim, com umas liturgias observadas ao pé da letra, por mais pesadas e insuportáveis que resultem. Dá a impressão de que em Roma preocupa mais o Ritual que o Evangelho.

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4 DE MARÇO DE 2012

2º Domingo da Quaresma

Mc 9, 2-10

2º DOMINGO DA QUARESMA

Jesus transfigurado – Decorridos seis dias, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-Se diante deles. As Suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma sobre a terra as poderia branquear assim. Apareceu-lhes Elias juntamente com Moisés e ambos falavam com Ele. Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas; Uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam cheios de medo. Formou-se então uma nuvem, que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o Meu Filho muito Amado, Ouvi-O». De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser Jesus só, com  eles. Ao descerem do monte, ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos. Eles guardaram o facto para si, discutindo uns com os outros o que seria ressuscitar dentre os mortos.

1 – Está claro que este relato, no segundo Domingo da Quaresma, aponta claramente para a Ressurreição de Jesus. O relato o sugere ao apresentar Jesus transfigurado, deslumbrante. E o próprio Jesus faz referência expressa à sua própria ressurreição dentre os mortos. Estamos portanto, perante um evangelho de vida que transcende a morte e pretende manter viva a esperança. Além disso, a palavra do Pai diz muito claramente, de entre a nuvem, que escutassem somente a Jesus. O que era dar as máximas garantias de credibilidade ao que Jesus ia dizer aos seus discípulos.

2 – Mas o relato termina dizendo que eles não se inteiraram do que Jesus lhes anunciou. Por isso discutiam que queria dizer aquilo. Não era a primeira vez, nem a última, que os discípulos se enterravam perante o anúncio da ressurreição. Sempre que, segundo parece, Jesus lhes anunciou este desenlace final (Mt 16, 21; Mc 14, 28; Lc 9, 22; Mc 8, 31; 9, 8-10; 9, 31) não se inteiraram nem souberam de que falava, nem aquilo lhes serviu de motivo para a esperança. Prova disso é que, segundo os relatos das aparições do Ressuscitado, os discípulos resistiram a crer que aquilo era verdade.

3 – A transfiguração é a antecipação de algo que a muitos não entra na cabeça: a vida de Jesus não é uma recordação de história passada, mas sim que segue presente na nossa história, na história de todos os tempos. Porque Jesus é o Vivente, que transcende o espaço e o tempo. Por isso agora e sempre podemos seguir “escutando” sua palavra. E por isso não nos deve surpreender que nos pareça tão complicado o que quer dizer.

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Viso - mapa

http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.

Compilação (e tradução dos comentários) por António Fonseca
http://bibliaonline.com.br/acf;
NOTA FINAL:
Continuo a esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO.

Mais um esclarecimento,

No passado dia 27 de Novembro, comecei uma nova página que tem saído diariamente (e procurarei que o seja sempre), na qual vou transcrevendo alguns capítulos dos Evangelhos. Acho um trabalho interessante, porque serve para que vivamos mais intensamente a Vida de Jesus Cristo que se encontra sempre presente na nossa existência, mas que poucos de nós (eu, inclusive) tomam verdadeira consciência da sua existência e apenas nos recordamos quando ouvimos essas palavras na celebração dominical e SOMENTE quando estamos muito atentos, porque não acontecendo assim, não fazemos a mínima ideia do que estamos ali a ouvir e daí, o desconhecimento da maior parte dos cristãos do que se deve fazer para seguir o caminho até Ele.

Como Jesus Cristo disse, na sua Ascensão ao Céu: “IDE POR TODO O MUNDO E ENSINAI TODOS OS POVOS”.

É apenas isto que eu estou tentando fazer.

Desculpem e obrigado. AF

aarfonseca0491@hotmail.com

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