Amadeo IX de Saboya, Beato
Nascido em Thonon (Alta Saboia), no dia 1 de fevereiro de 1435, Amadeu IX, duque de Saboia, era neto de Amadeu VII, que foi eleito antipapa em 1438 e abdicou abnegadamente alguns anos depois. Aquele, prometido desde o nascimento a Iolanda, irmã de Luís XI, rei de França, desposou-a em 1451 e teve dela sete filhos. Em 1465 sucedeu a seu pai Luís I, no Piemonte e na Saboia, mas durante os sete anos do seu ducado, sofreu de ataques epilépticos e teve por isso de partilhar o poder com a duquesa, sua mulher. Aliás, a união entre os dois esposos foi perfeita, pois tanto um, como outra apenas pensavam no bem temporal e espiritual dos súbditos. Embora vivesse de acordo com a sua alta posição e estivesse preparado para enfrentar a morte a todo o momento, Amadeu nunca desejou oprimir os seus povos nem expô-los a derramar o sangue inutilmente. Só os libertinos, os concussionários e os blasfemadores eram objecto da sua severidade. Seguindo o seu exemplo, Francisco Sforza, duque de Milão, impôs multas aos cortesãos que fossem apanhados a praguejar e, com as somas assim arrecadadas, construiu uma capela que pôde ornar com magnificência. Observando a extrema bondade e indulgência que Amadeu testemunhava aos pobres, o mesmo príncipe disse-lhe uma vez: “Percorrendo os vossos estados , fica-se com, a impressão de viver nos antípodas. Por toda a parte, em geral, é melhor ser rico do que ser pobre, mas, nos vossos Estados, os pobres é que são honrados e os ricos desprezados.”. O duque praticou sempre a oração e a penitência. Aos que pretendiam dissuadi-lo de jejuar tão rigorosamente, respondia que nada lhe era tão necessário à saúde. Nos últimos anos de vida, agravam-se-lhe os padecimentos. À esposa e aos familiares, que se entristeciam por o verem assim decaído, observava , ao terminarem as crises: “Porque vos afligis dessa maneira? As humilhações abrem o caminho para o reino de Deus”. Morreu em Vercelli (Piemonte), na segunda-feira de Páscoa, 30 de Março de 1472, com trinta e oito anos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuita.pt
Abade (649)
Juan Clímaco, Santo
O monte Sinai, com tantas recordações bíblicas, forma um maciço de cumes e vales pedregosos e muito secos, quase sem vegetação. Quando o visitou a religiosa Etéria (de naturalidade galega, do século IV ou V), o Sinai estava povoado de monges. Etéria viu diferentes mosteiros, capelas guardas por monges, covas em que moravam anacoretas “e uma igreja no alto do vale; diante da igreja há um ameníssimo jardim com água abundante, no qual está a sarça; muito perto, indica-se o lugar onde se encontrava São Moisés quando Deus lhe disse: «Desata a correia do teu calçado»”. O mosteiro de Santa Catarina, único a manter a vida monacal naquelas paragens agrestes, está situado a mais de 2 000 metros do sopé de Djebel-Musa ou monte de Moisés. Vive no mosteiro uma comunidade de monges ortodoxos gregos e conserva sua famosa biblioteca com 500 manuscritos antigos. No século XIX foi descoberto nela o Códice Sinaítico, do século IV, com todo o Novo Testamento e a maior parte da versão grega do Antigo. A recordação de Moisés e de Elias, aos quais falou Deus neste monte, atraiu desde os primeiros tempos muitos anacoretas. Estes viveram em recintos fechados e só se permitia a vida solitária dentro da clausura. Cada mosteiro regia-se a seu modo, sem regra comum; mas todas estas se inspiravam nos preceitos que S. Basílio dera aos monges. Os divinos ofícios duravam seis horas. O resto do dia ocupavam-no em trabalhos manuais e no estudo. Teciam para si os vestuários; túnica áspera de pelo de cabra ou de cordeiro, faixa, manta e sandálias. Preparavam pergaminhos, transcreviam e iluminavam códices. Comiam uma só vez ao dia e praticavam jejum rigorosíssimo na Quaresma e no Advento. A caridade em forma de hospitalidade era característica dos monges. Junto a cada mosteiro estava a hospedaria para peregrinos e viajantes. Nesse ambiente correu a vida de S. João Clímaco, o mais popular dos escritores ascéticos daqueles séculos, devido à sua única obra Escada do paraíso. Os poucos dados biográficos que chegaram até nós, conhece-mo-los principalmente pelo monge Daniel. Este redigiu-os pouco depois da morte do Santo, como introdução ao livro dele.
Juan Clímaco, Santo
João Clímaco viveu na segunda metade do século VI e primeira metade do VII. Era muito novo quando um dia se apresentou no mosteiro do Sinai, disposto a consagrar-se a Deus. Nem os bens de família, que eram muitos, nem a educação distinta que recebera, nem um porvir risonho, foram obstáculo para iniciar uma vida humilde e austera. Tudo foi esquecendo heroicamente com as instruções dum excelente religioso chamado Martírio, e depois de três anos de noviciado - a duração que preceituava a regra – entrou na comunidade de monges. Daniel afirma sem rodeios que ele era monge submisso e instruído em letras. Uns anos depois, morreu o monge Martírio e o nosso Santo retirou-se para o extremo do monte, a uns cem metros duma ermida. Ali vivia mais perto de Deus, num antro apertado ou cela natural, que foi testemunha, durante muitos anos, das suas prolongadas orações, contemplações, penitências e lágrimas. Aprendeu aí o que, alguns anos mais tarde, aconselharia ao abade de Raytun numa carta ainda existente: “entre todas as ofertas que podemos fazer a Deus, a mais agradável a seus olhos é indiscutivelmente a santificação da alma por meio da penitência e da caridade”. Aí venceu o demónio da gula, comendo pouco, ao mesmo tempo que dominava a vanglória, comendo de tudo o que lhe permitia a regra monástica, pois sabia que as abstinências extremas foram motivo de ostentação noutros monges. Passou 40 anos alheio à indolência, dado ao estudo e ao trabalho, sendo a oração prolongada e breve o sono, e mantendo-se parco no comer e benigno com os visitantes incómodos. No princípio viveu completamente isolado; correu porém a fama da sua erudição e santidade, e várias pessoas iam ter com ele em busca de conselho. João instruiu-as com toda a caridade. Não faltaram invejoso que o censuraram de charlatão, por isso ele mesmo se impôs a penitência de não ensinar com palavras, mas com obras de penitência, de doçura e de modéstia. Isto durou até que os mesmos que o tinham difamado, foram pedir-lhe que reavivasse os seus divinos ensinamentos. passou horas de tristeza e desânimo, com vontade de tudo deixar correr. Mas logo se tranquilizava pensando agradar a Jesus Cristo e terem muitos chegado à santidade por esse caminho. Quando morreu o abade do Monte Sinai, os monges foram à procura de João e pediram-lhe que aceitasse o cargo de lhe suceder. O Santo, perante a insistência, sempre aceitou e foi para o mosteiro acompanhando-os. Não se tinham equivocado: João desempenhou o cargo com sabedoria, bondade de carácter e vida exemplar. Sendo abade, redigiu, ou pelo menos terminou, a Escada do paraíso, fruto de longa experiência ascética. Compõe-se de 30 graus, que são outros tantos capítulos em que o santo explica, em forma de aforismos e sentenças, as virtudes do monge e os vícios que terá de vencer. O estilo é muito simples e claro. Serve-se de exemplos vividos nos mosteiros. Assim diz-nos que, edificando-o a virtude do monge cozinheiro lhe perguntou uma vez como podia andar recolhido,a cada momento, praticando um trabalho tão material. O cozinheiro respondeu-lhe: “Quando sirvo os monges, imagino comigo que sirvo ao próprio Deus na pessoa dos seus servidores, e o fogo da cozinha recorda-me as chamas que abrasarão os pecadores eternamente”. Os primeiros graus da Escola do paraíso são: a renúncia à vida do mundo, aos afectos terrenos, ao afecto pelos parentes, e a obediência, a penitência, o pensamento da morte e o dom de lágrimas ou, como diz, a tristeza que nos causa a alegria. “Caríssimos amigos, – escreve o Santo – na hora da morte o juiz supremo não nos lançará em rosto termos feito milagres, ou não termos sabido subutilizar em matérias elevadas de teologia, como também não termos chegado a um grau elevado de contemplação, mas sim de não termos chorado os nossos pecados de modo que merecêssemos o perdão”-. Os graus seguintes são: a doçura que triunfa da cólera, esquecimento das injúrias, fugir da maledicência, pois esta seca a virtude da caridade; amor ao silêncio, porque muito falar leva à vanglória; fugir da mentira, que é acto de hipocrisia; combater o enfado e a preguiça, uma vez que esta última destrói por si só todas as virtudes; praticar a temperança, porque gulosar é hipocrisia do estômago, o qual diz nos vamos saciar com aquilo que realmente não sacia. Contentando a intemperança, vem a impureza; daqui se segue que no grau seguinte seja o amor à castidade. A castidade – diz – é dom de Deus, e para obtê-lo convém recorrer a Ele, pois a natureza não a podemos vencer só com as nossas forças. Seguem os graus que tratam da pobreza, virtude oposta à avareza, do endurecimento do coração, que é a morte da alma; do sono, do canto dos salmos; das vigílias, da timidez efeminada, da doçura da alma, humildade, vida interior, paz de alma, oração e recolhimento. O último grau do livro está dedicado às virtudes teologais. Levado pela caridade prática, mandou edificar uma hospedaria para peregrinos a pouca distância do mosteiro. Informado disto, o papa S. Gregório Magno quis ajudá-lo enviando-lhe uma quantia juntamente com uma carta, ainda conservada, em que se recomenda às orações de Clímaco. Morreu com a mesma simplicidade com que vivera. A sua Escada do paraíso, depressa se tornou famosa. O livro copiou-se e leu-se em todos os mosteiros, foi traduzido para latim, e o autor imortalizou-se com o sobrenome de Clímaco, do grego clymas, que significa “escada”. Também, lhe chamaram João o Escolástico, designação que apenas se dava a pessoas de muita doutrina. João Clímaco é um dos Santos Padres da Igreja grega. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuita.pt
Júlio Álvarez Mendoza, Santo
Presbítero e Mártir
Júlio Álvarez Mendoza, Santo
Martirológio Romano: Na aldeia de São Julián, no território de Guadalajara, no México, são Júlio Álvarez, presbítero e mártir, que na cruel perseguição religiosa atestou com seu sangue sua fidelidade a Cristo Senhor e a sua Igreja (1927). Etimologicamente: Júlio = Aquele que nasceu no mês de Julho, é de origem latino. Nasceu em Guadalajara em 20 de Dezembro de 1866. Ajudado por benfeitores ingressou no seminário de Guadalajara, foi ordenado sacerdote em 1894. Logo se desempenhou como capelão de Mechoacanejo e se distinguiu por seu zelo pastoral, a atenção ao catecismo e o fervor com que atendia ao culto divino. Era um homem amável, bondoso com todos, muito comunicativo e simples. Quando estalou a perseguição e enquanto podia deixar sua paróquia e esconder-se optou por permanecer ao cuidado de seus fieis. Em 26 de Março de 1927 em caminho a um rancho para celebrar uma missa foi surpreendido por uma partida de soldados. O conduziram, atado à sela de uma cavalgadura, por várias cidades. Em León, o general Amaro deu a sentença para que o fuzilassem. Ao amanhecer do dia 30 o conduziram ao lugar da execução.Seu cadáver foi atirado para uma lixeira perto do templo paroquial. No lugar de seu martírio se erigiu um monumento em sua honra. Foi beatificado em 22 de Novembro de 1992 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 21 de Maio de 2000. Foram muitos os fieis que sofreram o martírio por defender sua fé, de entre eles apresentamos agora a vinte e cinco que foram proclamados santos da Igreja por João Paulo II. Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 foram: 1 - Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote, 2 - Roman Adame Rosales, Sacerdote, 3 - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote, 4 - Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote, 5 - Luis Batis Sainz, Sacerdote, 6 - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote, 7 - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote, 8 - Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote, 9 - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote, 10 - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote, 11 - Margarito Flores Garcia, Sacerdote, 12 - José Isabel Flores Varela, Sacerdote, 13 - David Galvan Bermudez, Sacerdote, ,14 - Salvador Lara Puente, Laico, 15 - Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote, 16 - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote, 17 - Manuel Morales, Laico, 18 - Justino Orona Madrigal, Sacerdote, 19 - Sabas Reyes Salazar, Sacerdote, 20 - José Maria Robles Hurtado, Sacerdote, 21 - David Roldan Lara, Laico, 22 - Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote, 23 - Jenaro Sanchez Delgadillo, 24 - David Uribe Velasco, Sacerdote - 25 - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX Faz Click AQUI
Leonardo Murialdo, Santo
Fundador
Leonardo Murialdo, Santo
Martirológio Romano: Em Turim, também em Itália, são Leonardo Murialdo, presbítero, que fundou a Pia Sociedade de São José, para educar na fé e a caridade cristãs às crianças abandonadas (1900). Etimologicamente: Leonardo = Aquele homem com a força de um leão, é de origem germânica. Leonardo Murialdo não é um homem longínquo: nasce em Turim (Itália) em 26 de Outubro de 1828 e morre na mesma cidade em 30 de Março de 1900. É uma pessoa doce e nobre, um irmão que se entrega todo a outros irmãos que não têm casa e família, que estão sós e sem carinho, que não conhecem a Deus. Aos 17 anos, depois de uma crise religiosa, decide consagrar-se a Deus e em 1851 recebe a ordenação sacerdotal. É o cura dos bairros pobres, o apóstolo dos pequenos limpa chaminés, dos rapazes da rua, dos encarcerados, dos jovens operários. Pensa na formação profissional dos jovens, em sua capacidade para o mundo adulto e operário. Em 1866 aceita dirigir o colégio "Artesanitos", uma instituição para rapazes pobres e órfãos. Dócil à vontade de Deus e para dar continuidade a sua missão educativa, em 19 de Março de 1873 deu vida à Congregação de São José (Josefinos de Murialdo), formada por sacerdotes e laicos. A pedagogia de são Leonardo se pode resumir "no espírito de doçura, de paciência e de familiaridade, porque este é o segredo para realizar o bem entre as crianças e os jovens". Este estilo educativo encontra sua fonte no amor misericordioso de Deus que Murialdo experimentou desde sua juventude. Tudo isto se pode resumir no viver com os meninos e jovens como "amigo, irmão e pai". Hoje os Josefinos de Murialdo continuam na Igreja seu amor para com as crianças e os jovens nos centros juvenis, colégios, casa-lar, paróquias, missões... Estão presentes em vários países de América Latina, de Europa e de África. Em 3 de Maio de 1970 Leonardo Murialdo é proclamado santo pelo Papa Paulo VI. Sua festa se celebra em 30 de Março, os salesianos o festejam em 18 de Maio.
Ludovico de Casoria, Beato
Fundador
Ludovico de Casoria, Beato
Martirológio Romano: Em Nápoles, beato Ludovico (Arcángel) Palmentieri de Casoria, Presbítero da Ordem dos Frades Menores, que, empurrado por amor e caridade para os pobres em Cristo, fundou as Congregações dos Irmãos da Caridade e as Monjas Franciscanas de Santa Isabel. Etimologicamente: Ludovico = nome de origem germânica equivalente a Luis, seu significado é: Aquele guerreiro que é popular Ludovico de Casoria, sacerdote professo da Ordem dos Frades Menores, fundador da Congregação dos irmãos da Caridade, chamados “Bigi”, e da Congregação das religiosas Franciscanas de Santa Isabel, chamadas “Bigie”, empenhou sua vida em obras de caridade, assistência e promoção em favor dos enfermos e dos pobres, assim como em projetos missionários. Nasceu em 1814 e morreu em Nápoles no ano 1885. Ludovico (no século, Arcángelo Palmentieri) nasceu em Casoria (Nápoles) em 11 de Março de 1814 e foi batizado no dia seguinte. Atraído pelos Frades Menores do vizinho convento de Santo António em Afragola (Nápoles), entrou no convento de São João del Palco em Taurano (Avellino) em 17 de Junho de 1832. Recebeu a ordenação sacerdotal em 4 de Junho de 1837. Em 1847, enquanto orava, o Senhor lhe indicou o novo caminho que devia percorrer, ao serviço dos pobres e dos enfermos. A eles, convertido em homem novo, dedicou seus primeiros cuidados: em sua cela do convento de São Pedro em Aram, Nápoles, montou uma farmácia para os frades enfermos. Mais tarde adquiriu uma quinta, chamada La Palma, onde criou uma enfermaria para os frades. Ali quis que estivesse também a sede da Obra dos «Moretti», que, em seus planos de evangelização missional, devia servir para educar aos jovens africanos e fazê-los apóstolos de África (África converterá a África). Com a mesma finalidade missionária, deu vida depois à Obra das «Morette», que encomendou às Irmãs Estigmatinas da serva de Deus Anna Fiorelli Lapini. Criou diversas obras assistenciais: asilos para anciãos, escolas, colónias agrícolas, hospícios, montes de piedade, tipografias... Em seu imenso desejo de fazer o bem, promoveu também a cultura, que considerava como a via para a fé e meio de promoção humana, pondo em marcha modernas iniciativas culturais, como um observatório meteorológico, cinco revistas, a tradução a italiano das Obras de são Boaventura, uma edição de bolso da Bíblia, etc. Circundado de grande fama de santidade, o padre Ludovico concluiu sua missão terrena em Nápoles, no Hospício Marino (última criada por ele, em pró dos marinheiros anciãos), em 30 de Março de 1885, Segunda-feira Santa. Ali repousam seus restos mortais desde 1887, sob a custódia de suas filhas espirituais, as Irmãs Elisabetinas Grises (“Elisabettine Bigie”), que havia fundado em 1862. Em 12 de agosto de 1885, passados apenas 135 dias de seu trânsito, se abria em Nápoles o processo canónico para sua beatificação. Suas virtudes heroicas foram solenemente reconhecidas pelo Papa Paulo VI em 13 de Fevereiro de 1964. O milagre para sua beatificação, obrado em Salerno em 2 de Abril de 1885 em favor de soror Luisa Capecelatro, Filha da Caridade, foi aprovado em 11 de Julho de 1992 por João Paulo II, que o beatificou em 18 de Abril de 1993.
María Restituta Kafka, Beata
Virgem e mártir,
María Restituta Kafka, Beata
Martirológio Romano: Perto de Viena, Áustria, beata María Restituta (Helena) Kafka, virgem, da Congregação das Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã e mártir, que, nascida na Bohemia, trabalhava num hospital, e durante a guerra foi detida pelos inimigos da fé e decapitada (1943). Etimologicamente: María = eminência, excelsa. É de origem hebraica. Etimologicamente: Restituta = Aquela que vive uma segunda juventude, é de origem latina. Nascida em 1 de Maio de 1894 na República Checa, ingressou na Congregação das Irmãs Franciscanas da Caridade Cristã em 1914, desempenhou como enfermeira em hospitais públicos, e em 1942 foi tomada prisioneira pelo regime nacional-socialista (Nazi), por difundir a fé católica, os símbolos da fé e o patriotismo. Da homilia de João Paulo II na missa de beatificação (Viena, 21-VI-1998) - Soror Restituta Kafka não havia alcançado ainda a maioridade quando expressou sua intenção de entrar no convento. Seus pais se opuseram, mas a jovem permaneceu fiel a seu objectivo de ser religiosa «por amor a Deus e aos homens». Queria servir ao Senhor especialmente nos pobres e os enfermos. Ingressou na congregação das religiosas m Mödling se converteu cedo numa instituição. Sua competência como enfermeira, sua eficácia e sua cordialidade fizeram que muitos a chamaram soror Resoluta e não soror Restituta. Por seu valor e sua integridade não quis calar nem sequer frente ao regime nacional-socialista. Desafiando as proibições da autoridade política, soror Restituta colocou crucifixos em todas as habitações do hospital. Na quarta-feira de Cinzas de 1942 foi detida pela Gestapo. Na cadeia começou para ela um calvário, que durou mais de um ano e que concluiu no patíbulo. Suas últimas palavras foram: «Hei vivido por Cristo; quero morrer por Cristo». Contemplando a beata soror Restituta, podemos vislumbrar a que alturas de maturidade interior pode ser conduzida uma pessoa por Deus. Pôs em perigo sua vida com seu testemunho do Crucifixo. E conservou em seu coração o Crucifixo, dando um novo testemunho dele pouco antes de ser levada à execução capital, quando pediu ao capelão da cadeia que lhe fizesse «o signo da cruz sobre a frente». Muitas coisas nos podem tirar aos cristãos. Mas a cruz como sinal de salvação não nos a deixaremos arrebatar. Não permitiremos que seja desterrada da vida pública. Escutaremos a voz da consciência, que diz: «É preciso obedecer a Deus antes que aos homens» (Hch 5,29). Texto reproduzido com autorização de Vatican.va - Se tiverem informação relevante para a canonização da Beata María Restituta, contacte a: Hartmanngasse 7, A-1050 - Wien, AUSTRIA
Osburga, Santa
Abadessa,
Osburga, Santa
Martirológio Romano: Em Coventry, em Inglaterra, santa Osburga, primeira abadessa do mosteiro deste lugar. Não sabemos nada desta santa, sua existência é a miúdo questionada por alguns estudiosos. É bastante difícil a exata localização terrenal de sua vida, segundo alguns, a data de sua morte é por volta de 1018, enquanto que segundo outros estudiosos teria vivido no século VII. Estudos recentes têm documentado que o dinamarquês Cnut teria fundado o convento de monjas em Coventry, pondo a Osburga como sua primeira abadessa. Esta versão é algo estranha já que os mesmos dinamarqueses demoliram o convento em 1016, mas logo o mosteiro masculino construído em 1043 foi dedicado a Osburga, o que nos faz pensar que o culto à santa era já algo muito estabelecido. O novo mosteiro foi fundado pelo cavaleiro Leofrico junto com sua mulher Godiva, na igreja abacial a tumba de Osburga se converteu no centro dos vizinhos. Se verificaram ali tantos milagres pela intercessão da santa, que o clero e os fieis de Coventry no ano 1410 solicitaram ao bispo oficiar uma celebração em sua honra. Desde então a festa da santa se há realizado anualmente em todo o diaconato de Coventry. Durante o renascimento do catolicismo inglês no século XIX, a primeira igreja construída em Coventry, por vontade do arcebispo Ullathorne, foi dedicada a Santa Osburga. Em 9 de setembro de 1845, o novo edifício religioso foi consagrado ao culto divino pelo Cardeal Wiseman, e é este aniversário que a santa é recordada no calendário diocesano para evitar que coincida com a Quaresma. No Martirológio Romano a comemoração segue sendo em 30 de março. responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta
Pedro Regalado, Santo
Patrono de Valladolid
Pedro Regalado, Santo
Martirológio Romano: Em Aguilera, na região espanhola de Castela, são Pedro de Valladolid Regalado, presbítero da Ordem de Irmãos Menores, conspícuo pela humildade e o rigor da penitência, que fundou dois conventos, para que neles vivessem só doze irmãos solitários (1456). «Pisai rapidamente, pois debaixo destas lousas descansam os ossos de um santo» dizia Isabel a Católica às damas de seu séquito naquela dia de verão de 1493, quando visitava o convento de Aguilera. Se referia à tumba que guardava os restos de Pedro Regalado, frade franciscano, pobre e humilde que havia morrido ainda não fazia quarenta anos. Antes que a rainha havia estado ali mesmo o cardeal Cisneros nas postrimerías da vida do santo. Logo viriam também o imperador Carlos -o que dizia que ao sair de Aranda até La Aguilera devia ir o visitante com a cabeça descoberta-, dom Juan de Áustria, Felipe II e tantos bispos, núncios e legados papais. Eram tempos dourados; se haviam unido as duas Castelas, se havia descoberto o novo mundo, se reconquistou Granada e se havia expulso aos mouros de Espanha. Nasceu Pedro em Valladolid, no ano 1390. Aos treze anos -bem jovem- entrou no convento dos franciscanos da cidade que então era Corte. Quando tem quinze anos se faz companheiro inseparável do ancião e enxuto Pedro Villacreces - antigo professor de Salamanca, franciscano andante por Guadalajara- que tem sonhos de reforma e há obtido permissão do bispo de Osma para fundar por terras burgalesas, em La Aguilera. Desde essa época serão mestre e discípulo, dos frades com verdadeiros desejos de santidade; o mais velho porá ao jovem na órbita da mais pura observância franciscana. Para a Igreja não andam muito bem as coisas. Os redutos dos monges não são modelo nem de na clerezia alta e baixa. A peste negra deixou também vacilando os mosteiros que abriram suas portas para repor números - que não vocações - a gente não preparada. Reforma, o que é reforma, sim se necessitava. E lá vão os dois Pedros dispostos a dar entre os monges a batalha franciscana. Desde muito cedo se lhes juntam em La Aguilera jovens que querem dar sua vida e o mestre Pedro Villacreces pode formá-los desde os cimentos, sem as má-formações e tibiezas de outros frades mais velhos que tiveram juntas pesadas tarefas. Frei Pedro Regalado foi percorrendo em onze anos todos os cargos próprios de um convento pobre: esmoler, sacristão, cozinheiro e encarregado de dar esmola aos pobres que chamam à porta. Villacreces vai de novo a Valladolid, funda em El Abrojo, e agora é Pedro Regalado o mestre de noviços. Madura em todas as virtudes: tempo de oração e muita penitência, cumprimento estrito, por amor, de toda a Regra; prega nos povos dos arredores com simplicidade e persuasão propiciando conversões numerosas e a gente fala de sua exemplar presença, e até de milagres. Em 1422 os religiosos de La Aguilera e El Abrojo elegem a Regalado prelado ou vigário, quando morre Villacreces. A reforma se vai estendendo com novas fundações até chegar a ser conhecidas como «as sete da fama» onde se respeitam doze horas de oração diárias repartidas entre o dia e a noite, trabalhos no campo para ajudar aos agricultores e obter esmolas, proibição absoluta de armazenar provisões, celas pobres para dormir, silêncio quase contínuo e nada de dinheiro por missas ou celebrações litúrgicas. Passa o tempo de um convento a outro distinguindo-se pela discrição de espíritos e pela pregação eloquente com ciência aprendida mais na oração que nos livros. La Aguilera lhe proporciona o melhor dos retiros e a melhor contemplação para os últimos anos de sua vida. Não abandona a penitência habitual, mas acrescenta jejum diário, disciplinas que mortificam a carne, e três pilares onde baseia com toda intensidade sua força: amor à Eucaristia, devoção terníssima à Santíssima Virgem e recordação da Paixão. ¿Algo chamativo? Contam que mais de uma noite se o podia ver pelo cerro da Aguila, próximo ao retiro, seguindo os passos da Paixão do Senhor com uma soga ao pescoço, cruz de madeira pesada nos ombros e uma coroa de espinhas na sua testa. Também se conhece um facto milagroso de sua vida recolhido no processo de canonização e que oferece os elementos iconográficos de Pedro Regalado. Na madrugada de 25 de março, festa da Anunciação, está o frade Pedro rezando matinas no convento de El Abrojo; sente amor por honrar a María no convento de La Aguilera consagrado por ele à Virgem sob essa invocação; os anjos o transportam pelos ares nos oitenta quilómetros que separam as casas e o devolvem de novo a El Abrojo, cumprido seu desejo. O simples e santo patrono de Valladolid, o Poverello de Castela, morreu com fama de taumaturgo em 1456.
Régulo de Senlis, Santo
bispo,
Régulo de Senlis, Santo
Martirológio Romano: Em Senlis, na Gália lugdunense, hoje França, são Régulo (ou Rieul), bispo. São Régulo é o patrono da cidade e diocese de Senlis – no norte de França -, de onde se diz que foi o primeiro bispo.Provavelmente viveu no século III, já que se fala dele como contemporâneo de outros santos que se sabe floresceram nessa época. A catedral de Senlis foi queimada e com ela desapareceram todos seus arquivos, incluindo os antigos registos dos primeiros bispos. Segundo alguns relatos apócrifos, são Régulo foi convertido por são João Evangelista e acompanhou a são Dionisio Areopagita a França, onde, como bispo de Arles, governou aos fieis da colónia cristã fundada por são Trófimo. Foi depois a Paris em busca das relíquias dos mártires são Dionisio, são Rústico e santo Eleutério; depois empreendeu a conversão do povo de Senlis. Possivelmente houve dois bispos com o nome de Régulo, um de Arles e o outro de Senlis; e suas histórias foram confundidas; mas em qualquer caso, a relação com são João Evangelista é certamente uma ficção.
Segundo de Asti, Santo
Mártir,
Segundo de Asti, Santo
Martirológio Romano: Em Asti, na região transpadana, são Segundo, mártir. A história sucede em Asti, cidade da região de Piemonte, no noroeste de Itália. Sendo Sapricio prefeito de Asti, que devia ir a ver a Marciano, (prisioneiro cristão num povo chamado Terdón), para intentar obrigá-lo a oferecer sacrifícios aos ídolos, pediu que nesta viagem o acompanhasse como escolta um de seus homens de mais confiança: Segundo. Antes de iniciar-se a viagem uma pomba veio a pousar-se na cabeça de nosso protagonista, o que surpreendeu a Sapricio, a pomba se foi mas, um pouco depois, cruzando um rio, Segundo viu a um anjo do Senhor caminhando sobre as águas que lhe disse: “Segundo, abraça a fé cristã e caminharás sobre os idólatras igual a mim sobre a água“. Sapricio disse, “Segundo parece que os deuses te falaram” e seguiram o caminho mas aconteceu que que outro anjo se fez visível ao cruzar outro rio, e falou assim ”Segundo, ¿tens dúvidas ou crês em Deus?”, ao que Segundo respondeu: “creio na verdade de sua Paixão”. Sapricio, surpreendido pelo solilóquio que havia saído de boca de Segundo perguntou-lhe “¿Te passa algo?”. Segundo guardou silêncio. À entrada de Terdón, apareceu de repente São Marciano, ao que um dos anjos havia tirado da cadeia, e disse: “Segundo empreende o caminho da verdade para que possas receber a graça da fé”. Segundo ao averiguar-lhe Sapricio sobre o que estava passando, nem curto nem preguiçoso, respondeu: “para ti é como se sonhasses,mas para mim é um aviso e uma fonte de fortaleza “. A partir daqui, Segundo se separou de Sapricio e se dirigiu a Milão onde se encontrou com Faustino e Jovita, que haviam saído da cadeia com ajuda de um anjo e com um pouco de água de chuva o batizaram. Então apareceu outra pomba que trazia no bico a hóstia sagrada, o corpo e o sangue de Cristo, para que Segundo confortasse com tudo isso a São Marciano que, novamente estava numa cela em Terdón. Com ajuda de um anjo cruza o rio Pó e consegue levar a comunhão a São Marciano, pouco tempo antes de que o executassem. Segundo será quem enterrará o corpo do mártir. A história posterior está decorada com elementos fantásticos, coisa comum nos relatos das virtudes heroicas naqueles dias. O que se pode tirar em claro é que: havendo-se dado conta Sapricio da mudança que estava Segundo, e suspeitando que este se havia feito cristão, convidou-o a oferecer sacrifícios aos ídolos, como Segundo recusara o convite, ordenou que o prendam e torturassem, essa noite foi deixado numa cela com seus membros deslocados, mas um anjo acudiu a curá-lo nessa noite e, pelo que no dia seguinte para surpresa de Sapricio se apresentou ante ele totalmente são. Mandou que o encerrassem junto a Calocero, que de acordo a certos relatos —em algum encontro anterior— foi quem fizera conhecer a Segundo as noções do cristianismo. Tanto Calocero como Segundo seguiam negando-se a realizar sacrifícios aos ídolos, Sapricio enviou novamente a Calocero à cela mas ordenou que Segundo, em quem em algum momento havia posto toda sua confiança, fosse levado imediatamente fora da cidade e decapitado. O ano era aproximadamente em 119
Zósimo de Siracusa, Santo
Bispo
Zósimo de Siracusa, Santo
Martirológio Romano: Em Siracusa, de Sicília, santo Zósimo, bispo, que foi primeiro humilde custódio do sepulcro de santa Lucía e depois abade do mosteiro desse lugar (c. 600). Os pais do santo foram terra tenentes sicilianos, que dedicaram seu pequeno filho ao serviço de Santa Lucía e o colocaram, com a idade de sete anos, num mosteiro que levava o nome da santa, perto de seu lar. Ali sua principal ocupação foi a de cuidar as relíquias da santa, tarefa que não ia com a maneira de ser do menino acostumado à vida de campo, chegando a escapar do convento. Foi devolvido com humilhação e após sonhar com Santa Lucía -que tinha um semblante de nojo- e ver a Santíssima Mãe interceder por ele, Zósimo prometeu que nunca faria de novo tais coisas, adaptando-se à vida do claustro. Durante 30 anos viveu quase esquecido; ao morrer o abade de Santa Lucía, recaiu no bispo de Siracusa designar ao novo abade, que elegeu a Zósimo, sendo ordenado logo uns dias depois como sacerdote. O santo governou o mosteiro com tal sabedoria, amor e prudência que superou a todos seus predecessores e a todos seus antecessores. Quando a sede de Siracusa ficou vacante, o Papa Teodoro designou a Zósimo e o consagrou. Durante seu episcopado, o santo foi notável por seu zelo no ensino do povo e por sua generosidade com os pobres. Santo Zósimo morreu no ano 660, com a idade de 90 anos.
Santos António Daveluy, bispo,
Pedro Aumaître, Martín Lucas Huin, presbíteros,
José Chang Chu-gi, Tomás Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, mártires
Na aldeia de Su-Ryong, na Coreia, santos mártires António Daveluy, bispo, Pedro Aumaître, Martín Lucas Huin, presbíteros, José Chang Chu-gi, Tomás Son Cha-son e Lucas Hwang Sok-tu, catequistas, que pela fé de Cristo foram decapitados (1866).
São Clino, abade
Perto de Aquino, no Lácio, santo Clino, abade do mosteiro de são Pedro de Silva (d. 1030).
São Domnino, mártir
Em Tessalónica, em Macedónia, são Domnino, mártir (s. IV).
Santos mártires de Constantinopla, mártires
Comemoração de muitos santos mártires, que em Constantinopla, em tempo do imperador Constâncio, por ordem de Macedónio, bispo ariano, foram desterrados o torturados com toda classe de tormentos (s. IV).
47800 > Beato Amedeo IX di Savoia Duca, Terziario francescano MR
47770 > Santi Antonio Daveluy, Pietro Aumaître, Martino Huin, Gius. Chang Chu-gi, Tomm. Son Cha-son e Luca Hwang Martiri MR
47760 > San Clino (o Clinio) Abate MR
91777 > Beato Damiano Eremita camaldolese e cardinale
93642 > Beato Dodone di Haske Premostratense
47710 > San Donnino Martire in Macedonia MR
47825 > Beato Gioacchino da Fiore
47750 > San Giovanni Climaco Abate MR
91629 > San Giovanni Gbec'i Eremita
93907 > Beato Gregorio Ascissio Mercedario
90114 > San Julio Alvarez Mendoza Martire Messicano MR
32800 > San Leonardo Murialdo Sacerdote MR
90241 > Beato Ludovico da Casoria Francescano MR
93905 > Beato Martino de Salvitierra Mercedario
47730 > Santi Martiri di Costantinopoli MR
47740 > Sant' Osburga di Coventry Badessa MR
90393 > San Pietro Regalado da Valladolid Francescano MR
47720 > San Regolo Vescovo MR
90397 > Beata Restituta Kafka Vergine e martire MR
47650 > San Secondo di Asti Martire MR
93870 > San Verono di Lembeek
Temporariamente, segundo informações do site www.santiebeati.it não é possível aceder às imagens dos santos acima descritos, pelo que agradeço a vossa compreensão. António Fonseca
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