Abade (649)
Juan Clímaco, Santo
O monte Sinai, com tantas recordações bíblicas, forma um maciço de cumes e vales pedregosos e muito secos, quase sem vegetação. Quando o visitou a religiosa Etéria (de naturalidade galega, do século IV ou V), o Sinai estava povoado de monges. Etéria viu diferentes mosteiros, capelas guardas por monges, covas em que moravam anacoretas “e uma igreja no alto do vale; diante da igreja há um ameníssimo jardim com água abundante, no qual está a sarça; muito perto, indica-se o lugar onde se encontrava São Moisés quando Deus lhe disse: «Desata a correia do teu calçado»”. O mosteiro de Santa Catarina, único a manter a vida monacal naquelas paragens agrestes, está situado a mais de 2 000 metros do sopé de Djebel-Musa ou monte de Moisés. Vive no mosteiro uma comunidade de monges ortodoxos gregos e conserva sua famosa biblioteca com 500 manuscritos antigos. No século XIX foi descoberto nela o Códice Sinaítico, do século IV, com todo o Novo Testamento e a maior parte da versão grega do Antigo. A recordação de Moisés e de Elias, aos quais falou Deus neste monte, atraiu desde os primeiros tempos muitos anacoretas. Estes viveram em recintos fechados e só se permitia a vida solitária dentro da clausura. Cada mosteiro regia-se a seu modo, sem regra comum; mas todas estas se inspiravam nos preceitos que S. Basílio dera aos monges. Os divinos ofícios duravam seis horas. O resto do dia ocupavam-no em trabalhos manuais e no estudo. Teciam para si os vestuários; túnica áspera de pelo de cabra ou de cordeiro, faixa, manta e sandálias. Preparavam pergaminhos, transcreviam e iluminavam códices. Comiam uma só vez ao dia e praticavam jejum rigorosíssimo na Quaresma e no Advento. A caridade em forma de hospitalidade era característica dos monges. Junto a cada mosteiro estava a hospedaria para peregrinos e viajantes. Nesse ambiente correu a vida de S. João Clímaco, o mais popular dos escritores ascéticos daqueles séculos, devido à sua única obra Escada do paraíso. Os poucos dados biográficos que chegaram até nós, conhece-mo-los principalmente pelo monge Daniel. Este redigiu-os pouco depois da morte do Santo, como introdução ao livro dele.
Juan Clímaco, Santo
João Clímaco viveu na segunda metade do século VI e primeira metade do VII. Era muito novo quando um dia se apresentou no mosteiro do Sinai, disposto a consagrar-se a Deus. Nem os bens de família, que eram muitos, nem a educação distinta que recebera, nem um porvir risonho, foram obstáculo para iniciar uma vida humilde e austera. Tudo foi esquecendo heroicamente com as instruções dum excelente religioso chamado Martírio, e depois de três anos de noviciado - a duração que preceituava a regra – entrou na comunidade de monges. Daniel afirma sem rodeios que ele era monge submisso e instruído em letras. Uns anos depois, morreu o monge Martírio e o nosso Santo retirou-se para o extremo do monte, a uns cem metros duma ermida. Ali vivia mais perto de Deus, num antro apertado ou cela natural, que foi testemunha, durante muitos anos, das suas prolongadas orações, contemplações, penitências e lágrimas. Aprendeu aí o que, alguns anos mais tarde, aconselharia ao abade de Raytun numa carta ainda existente: “entre todas as ofertas que podemos fazer a Deus, a mais agradável a seus olhos é indiscutivelmente a santificação da alma por meio da penitência e da caridade”. Aí venceu o demónio da gula, comendo pouco, ao mesmo tempo que dominava a vanglória, comendo de tudo o que lhe permitia a regra monástica, pois sabia que as abstinências extremas foram motivo de ostentação noutros monges. Passou 40 anos alheio à indolência, dado ao estudo e ao trabalho, sendo a oração prolongada e breve o sono, e mantendo-se parco no comer e benigno com os visitantes incómodos. No princípio viveu completamente isolado; correu porém a fama da sua erudição e santidade, e várias pessoas iam ter com ele em busca de conselho. João instruiu-as com toda a caridade. Não faltaram invejoso que o censuraram de charlatão, por isso ele mesmo se impôs a penitência de não ensinar com palavras, mas com obras de penitência, de doçura e de modéstia. Isto durou até que os mesmos que o tinham difamado, foram pedir-lhe que reavivasse os seus divinos ensinamentos. passou horas de tristeza e desânimo, com vontade de tudo deixar correr. Mas logo se tranquilizava pensando agradar a Jesus Cristo e terem muitos chegado à santidade por esse caminho. Quando morreu o abade do Monte Sinai, os monges foram à procura de João e pediram-lhe que aceitasse o cargo de lhe suceder. O Santo, perante a insistência, sempre aceitou e foi para o mosteiro acompanhando-os. Não se tinham equivocado: João desempenhou o cargo com sabedoria, bondade de carácter e vida exemplar. Sendo abade, redigiu, ou pelo menos terminou, a Escada do paraíso, fruto de longa experiência ascética. Compõe-se de 30 graus, que são outros tantos capítulos em que o santo explica, em forma de aforismos e sentenças, as virtudes do monge e os vícios que terá de vencer. O estilo é muito simples e claro. Serve-se de exemplos vividos nos mosteiros. Assim diz-nos que, edificando-o a virtude do monge cozinheiro lhe perguntou uma vez como podia andar recolhido,a cada momento, praticando um trabalho tão material. O cozinheiro respondeu-lhe: “Quando sirvo os monges, imagino comigo que sirvo ao próprio Deus na pessoa dos seus servidores, e o fogo da cozinha recorda-me as chamas que abrasarão os pecadores eternamente”. Os primeiros graus da Escola do paraíso são: a renúncia à vida do mundo, aos afectos terrenos, ao afecto pelos parentes, e a obediência, a penitência, o pensamento da morte e o dom de lágrimas ou, como diz, a tristeza que nos causa a alegria. “Caríssimos amigos, – escreve o Santo – na hora da morte o juiz supremo não nos lançará em rosto termos feito milagres, ou não termos sabido subutilizar em matérias elevadas de teologia, como também não termos chegado a um grau elevado de contemplação, mas sim de não termos chorado os nossos pecados de modo que merecêssemos o perdão”-. Os graus seguintes são: a doçura que triunfa da cólera, esquecimento das injúrias, fugir da maledicência, pois esta seca a virtude da caridade; amor ao silêncio, porque muito falar leva à vanglória; fugir da mentira, que é acto de hipocrisia; combater o enfado e a preguiça, uma vez que esta última destrói por si só todas as virtudes; praticar a temperança, porque gulosar é hipocrisia do estômago, o qual diz nos vamos saciar com aquilo que realmente não sacia. Contentando a intemperança, vem a impureza; daqui se segue que no grau seguinte seja o amor à castidade. A castidade – diz – é dom de Deus, e para obtê-lo convém recorrer a Ele, pois a natureza não a podemos vencer só com as nossas forças. Seguem os graus que tratam da pobreza, virtude oposta à avareza, do endurecimento do coração, que é a morte da alma; do sono, do canto dos salmos; das vigílias, da timidez efeminada, da doçura da alma, humildade, vida interior, paz de alma, oração e recolhimento. O último grau do livro está dedicado às virtudes teologais. Levado pela caridade prática, mandou edificar uma hospedaria para peregrinos a pouca distância do mosteiro. Informado disto, o papa S. Gregório Magno quis ajudá-lo enviando-lhe uma quantia juntamente com uma carta, ainda conservada, em que se recomenda às orações de Clímaco. Morreu com a mesma simplicidade com que vivera. A sua Escada do paraíso, depressa se tornou famosa. O livro copiou-se e leu-se em todos os mosteiros, foi traduzido para latim, e o autor imortalizou-se com o sobrenome de Clímaco, do grego clymas, que significa “escada”. Também, lhe chamaram João o Escolástico, designação que apenas se dava a pessoas de muita doutrina. João Clímaco é um dos Santos Padres da Igreja grega. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuita.pt
COMPLEMENTO
SANTO ACÁCIO DE ANTIOQUIA
Bispo (250)
Sendo bispo de Antioquia da Pisídia (Turquia Asiática) foi preso durante a perseguição de Décio (248-251). Possuímos a ata do interrogatório que o prefeito Marciano lhe dirigiu. Acácio rejeita nela o politeísmo e mofa dos deuses do Império com grande desenvoltura. Foi necessário que esse Marciano fosse de todo agnóstico, ou secretamente cristão, para que o deixasse falar como ele fez e, sobretudo, para o absolver. Não se sabe quanto sobreviveu Acácio à libertação. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS.PT
SANTA BALBINA
Virgem
Balbina de Roma, Santa
Santa Balbina (ou Babina) encontrou lugar nos martirológios a partir do século IX em consequência dum mal-entendido. Havia em Roma, entre as vias Ardeatina e Ápia, um “cemitério de Balbina”, por causa do nome da matrona que o tinha dado à igreja. Mais tarde, veio a ser “cemitério de Santa Balbina”, e ficou desde então a julgar-se que era por uma “virgem e mártir”, chamada Balbina, lá ter sido enterrada. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS.PT
SÃO BENJAMIM
Mártir (422)
Benjamin, Santo
Sapor II, rei da Pérsia, tinha tentado sacudir o jugo dos romanos e ao mesmo tempo aniquilar a religião cristã no seu país. Depois da sua morte, foi restituída a paz à Igreja, mas em breve se desencadeou violenta perseguição que durou cerca de três anos. Foi nos começos deste período que foi preso o diácono Benjamim, cuja atividade e influência tinham desagradado a Isdeberge, o novo rei. Entabulavam-se, entretanto, negociações para restabelecer a paz entre este príncipe e o embaixador de Roma. Este pediu que Benjamim, fosse posto em, liberdade. O rei consentiu, mas impôs a condição de o diácono prometer não voltar a exercer o seu zelo entre os magos e sacerdotes da religião persa. Não houve forma de conseguir tal promessa do prisioneiro. Declarou que nunca fecharia aos homens as fontes da graça divina, nem deixaria de fazer brilhar diante dos seus olhos a verdadeira luz. «Doutra forma, acrescentou, eu próprio incorreria nos castigos que o Mestre reserva aos servos que enterram o seu talento». Apesar disso, foi posto em liberdade sob fiança do embaixador romano. Logo que se viu solto, Benjamim voltou a fazer prosélitos entre os magos e adoradores do fogo. Informado disso, o rei intimou-o a comparecer na sua presença e desta vez ordenou-lhe que adorasse o sol e o fogo. «Faz de mim o que quiseres – respondeu Benjamim – mas eu nunca renegarei o Criador do Céu e da terra, para prestar culto a criaturas perecedoras. Que juízo farias de um súbdito que prestasse a outros senhores a fidelidade que te é devida a ti?». Furioso com a resposta, Isdeberge ordenou que o torturassem. Espetaram-lhe por muitas vezes canas aguçadas entrasse as unhas e nas articulações. Como persistisse em não apostatar, aplicaram-lhe o suplicio da empalação, e ele expirou dando graças a Deus. passou-se isto pelo ano de 422. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS.PT
Boaventura (Tornielli) de Forli, Beato
Sacerdote Servita
Buenaventura (Tornielli) de Forli, Beato
Martirológio Romano: Em Udine, no território de Veneza, beato Buenaventura Tornielli, presbítero da Ordem dos Servos de María, que com sua pregação por diversas regiões de Itália moveu o povo à penitência, falecendo já octogenário, enquanto pregava um sermão quaresmal (1491). Etimologicamente: Buenaventura = Aquele que possui boa fortuna, é de origem latino. O Beato Buenaventura Tornielli, nasceu em Forli no ano 1411, e pertenceu a uma família acomodada. Parece que não ingressou na Ordem dos Servitas senão em 1448, quando tinha trinta e sete anos de idade, mas seu fervor e austeridade de vida cedo lhe permitiram recuperar o tempo perdido. Depois de sua ordenação, preparou-se para o trabalho apostólico com um ano de retiro e cedo começou a pregar com maravilhosa eloquência e muito êxito. Foi comissionado especialmente pelo Papa Sixto IV, para empreender esta missão apostólica e seus sermões produziram uma notável reforma de vida em todos os Estados papais e nas províncias de Toscana e Veneza. Em fins de 1488, foi eleito vigário geral de sua ordem, oficio em que deu mostras de suas grandes qualidades administrativas e de sua caridade. Ele, sem embargo, continuou ainda seu trabalho missionário e apenas havia terminado sua pregação de Quaresma em Udine, quando em Quinta-feira Santa de 1491 (31 de Março), foi chamado por Deus, esgotado pela idade e as penalidades da vida que havia levado. Suas relíquias foram finalmente levadas a Veneza, onde seu culto se acrescentou por causa das muitas curas milagrosas. Este culto foi confirmado em 1911 pelo Papa Pío X.
Cristóbal Robinson, Beato
Cristóbal Robinson, Beato
Martirológio Romano: Em Carlisle, en Inglaterra, comemoração do beato Cristóbal Robinson, presbítero e mártir, que foi testemunha do martírio de são João Boste e, finalmente, sob o reinado de Isabel I, em dia não identificado, só pelo facto de ser sacerdote, também foi injustiçado, recebendo desta forma a palma da glória. (1597) Data de beatificação: 22 Novembro de 1987 pelo Papa João Paulo II, junto a outros 84 mártires de Inglaterra, Gales e Escócia. Cristóbal Robinson está em todas as antigas listas de mártires durante a Reforma Protestante, mas sua vida é ainda pouco conhecida. Sem embargo, sua memória nunca foi olvidada em Cumberland (hoje é parte de Cumbria), onde ele é o único mártir católico. Sua morte, evidentemente, causou uma profunda impressão, especialmente na sua terra natal: Carlisle. Cristóbal Robinson nasceu provavelmente em Woodside, perto de Carlisle, entre 1565 e 1570. Foi admitido, com outros seis jovens, em 17 de agosto 1589 no colégio de Douai como estudante. Esta escola havia sido fundada em 29 de setembro de 1568 por William Allen, um ex professor de Oxford e que mais tarde chegaria a ser cardeal. Os primeiros quatro sacerdotes foram enviados a Inglaterra em 1574, e nos próximos dez anos algo mais de uma centena seriam ordenados e partiriam para Inglaterra. De 1568 a 1594 o Colégio foi reassentado junto à Universidade de Reims e foi neste período que Cristóbal Robinson era estudante do Colégio. Imediatamente começou seus estudos teológicos e recebeu a tonsura e as primeiras Ordens Menores em 18 de agosto de 1590. Era tal a necessidade urgente de sacerdotes que haviam concedido ao Colégio uma dispensa geral para encurtar o tempo de formação para o sacerdócio que habitualmente é de seis anos. Cristóbal Robinson recebeu o resto de ordens menores e também as ordens do subdiaconato e o diaconato em cerimónias realizadas durante os três últimos dias do mês de março de 1591. Em 24 de fevereiro de 1992 foi ordenado sacerdote pelo Cardeal Philip Sega na sua capela privada em Reims. Partiu para Inglaterra em 1 de setembro de 1592. Cumberland e provavelmente parte de Westmorland iam ser seu campo de trabalho. Existe uma lista de 1596 em que junto a seu nome se indica “vive principalmente em Woodside, perto de Carlisle em Cumberland”. A única vivenda conhecida com certeza por haver sido visitada e usada por ele foi Johnby Hall, lar da familia Musgrave, a umas seis milhas de Penrith, perto de Castelo de Greystoke. Ele seguramente conhecia a John Boste, natural de Dufton, perto de Appleby, que era o sacerdote mais perseguido nos condados do norte. Ele seria eventualmente capturado junto de Brancepeth, no Condado de Durham, em 13 de setembro de 1593. Cristóbal Robinson se inteirou de sua captura e, tendo a segurança de que ninguém o reconheceria, cavalgou para assistir a seu julgamento. Depois escreveu um detalhado relato do processo e morte de John Boste. Este é o único documento de testemunho presencial de um martírio, escrito imediatamente após de ocorrerem os factos. Ele próprio foi detido três anos e meio depois, em 4 de março de 1597. Uma carta do P. Henry Garnett S.J., datada de 7 de abril de 1597 estabelece o seguinte: "Robinson, um sacerdote do seminário, foi recentemente encarcerado e enforcado em Carlisle. Durante a execução a corda partiu-se duas vezes e à terceira o P. Robinson reprovou ao comissário por sua crueldade, dizendo-lhe que, ainda que ele nunca cederia e se alegrava de sua luta, sem embargo a carne e o sangue eram fracos, pelo que pedia um pouco mais de humanidade para não atormentar a um homem durante tanto tempo. Quando eles optaram por usar duas cordas, ele disse: com isso tardarei mais em morrer, mas não importa, estou disposto a sofrer tudo”. O tempo se encarregou de fazer desaparecer os motivos porque Cristóbal Robinson fora julgado, mas há provas abundantes de que a única causa de sua execução foi ele ser um sacerdote católico. Também há muitas evidências de que em Carlisle o nome de Cristóbal Robinson não é só recordado mas também invocado como um verdadeiro mártir. responsável da tradução (para espanhol): Xavier Villalta
SÃO DANIEL
Negociante e mártir (1411)
Daniel, alemão de nacionalidade, veio no século XV estabelecer-se em Veneza, para assegurar ao seu negócio maiores ganhos. Os estorvos do tráfico não lhe impediam servir a Deus com fidelidade. Dava grandes esmolas e visitava muitas vezes os diversos santuários da cidade; frequentava especialmente a igreja dos convento dos camaldulenses, chamada S. Matias de Murano. Pediu aos religiosos o favor de ter um quarto no claustro de baixo, para nele viver com o maior recolhimento e ocupar-se mais da salvação da alma. Num testamento de 31 de Março dispunha de todos os bens em favor dos camaldulenses. Aí viveu, não como religioso, mas antes como hóspede, e continuou durante anos o seu negócio habitual. Em 1411, vieram ladrões que, julgando encontrar grandes tesoiros no seu quarto, nele o assassinaram. Os religiosos sepultaram-lhe o corpo num túmulo de pedra, diante da sala do capítulo. Muito depois, pretendeu-se depositar no mesmo túmulo um senador de Veneza, chamado Paulo Donat. E foi então encontrado intacto o corpo de Daniel, sem corrupção e a exalar um odor agradável; desde então, foi ele considerado como mártir. O corpo foi exposto sobre um altar numa urna, a fim de ser possível aos fieis venerarem-no. Os camaldulenses festejam-no a 31 de Março. Do livro SANTOS DE CADA DIA, DE WWW.JESUITAS.PT
Abade
Guido de Ponposa, Santo
Martirológio Romano: Em Borgo São Domnino, na região de Parma, são Guido, abade do mosteiro de Pomposa, em que recebeu a muitos discípulos e restaurou os edifícios, preocupando-se de modo especial pela oração, a contemplação e o culto divino, e buscando viver na solidão, atento só a Deus (1046). Etimologicamente: Guido = Aquilo que é de madeira ou relativo ao bosque, é de origem germânica. São Guido nasceu perto de Ravena e seus pais estavam orgulhosos dele. Principalmente para os agradar, foi muito cuidadoso em seu aspecto exterior e em sua vestimenta. Sem embargo, uma vez, foi severamente castigado por esta forma de vaidade. Foi a Ravena, onde se celebrava a festa patronal de Santo Apolinário, e, despojando-se de suas finas roupas, as deu aos pobres e vestiu as mais andrajosas que pôde encontrar. Para vergonha de seus pais, partiu para Roma com esta indumentária e, durante sua permanência ali, recebeu a tonsura. Por inspiração divina se pôs sob a direcção de um ermitão chamado Martín, que vivia numa pequena ilhota no rio Pó. Durante três anos permaneceram juntos e depois, o solitário o enviou à abadia de Pomposa, perto de Ferrara, para que aprendesse a vida monástica numa grande comunidade. Esse mosteiro e o de São Severo, em Ravena, estavam na realidade sob a direcção do ermitão, que decidia a nomeação dos superiores. Os sobre salientes méritos de Guido foram tais, que mereceu altos cargos, e chegou a ser abade, primeiro de São Severo e depois de Pomposa, por nomeação de Martín, confirmado pela votação dos monges. Sua reputação arrastou a muitos (incluindo a seu pai e a seu irmão) a unir-se à comunidade, de sorte que o número de monges foi duplicado e se fez necessário que Guido construísse outro mosteiro para acomodá-los a todos. Depois de um tempo, delegou a outros a parte administrativa de seu oficio e se concentrou no aspecto puramente espiritual, especialmente na direcção das almas. Em certas épocas do ano, costumava retirar-se a uma cela, distante aproximadamente cinco quilómetros da abadia, onde levava uma vida de tão intensa devoção e inquebrantável abstinência, que parecia sustentar-se com o jejum e a oração. Especialmente durante a Quaresma, tratava seu corpo com tal severidade, que suas torturas poderiam dificilmente superar-se e ainda assim, era extraordinariamente terno com os monges, que lhe tinham grande devoção. São Pedro Damião, que a pedido seu, deu lições de Sagrada Escritura na abadia de Pomposa durante dois anos, dedicou a São Guido seu livro De Perfectio ne Monachorum. Apesar de haver sido um santo, Guido não escapou à perseguição. Por alguma razão, Heriberto, arcebispo de Ravena, concebeu um ódio acerbo contra ele e se decidiu em verdade a destruir seu mosteiro. Advertido do ataque que se aproximava, a única medida de defesa do abade foi um jejum de três dias em companhia de toda sua comunidade. Quando o arcebispo e seus soldados chegaram às portas da abadia, Guido saiu a recebê-los, e com o maior respeito e humildade, os conduziu à igreja. O coração de Heriberto se comoveu: pediu perdão ao abade, e prometeu protegê-lo dali em diante.
Guido de Ponposa, Santo
No final de sua vida, São Guido de Ponposa, se retirou para a solidão, mas foi chamado a Piacenza pelo imperador Enrique III, que havia chegado a Itália e desejava consultar o abade, de cuja santidade e sabedoria tinha grandes referências. O ancião obedeceu muito a seu pesar e se despediu ternamente de seus irmãos, dizendo-lhes que nunca mais veria seus rostos. Havia chegado a Borgo San Donino, perto de Parma, quando foi atacado repentinamente por uma enfermidade, de que morreu ao terceiro dia. Se originou uma disputa pela custódia de seu corpo entre Pomposa e Parma. O imperador dirimiu a questão, fazendo levar as relíquias à igreja de São Juan Evangelista, em Speyer, que mais tarde foi rebatizada com o nome de São Guido-Stift. ¡Felicidades a quem leve seu nome!
Virgem
Juana de Toulouse, Beata
Martirológio Romano: Em Toulouse, em França, beata Juana, virgem, da Ordem das Carmelitas (s. XV). Etimologicamente: Juana = versão feminina do nome Juan = Deus é misericórdia, é de origem hebraica. A princípios do ano 1240, os Irmãos Carmelitas de Palestina se estabeleceram em Toulouse. Vinte e cinco anos depois, quando São Simon Stock cruzou Toulouse a caminho de Bordéus, se lhe aproximou uma mulher chamada Juana, a qual lhe suplicou que a admitisse na sua ordem. O prior Juan a admitiu, a cobriu com o hábito carmelita e lhe permitiu fazer o voto de perpétua castidade. No que foi possível, Juana observou estritamente a regra de Santo Alberto de Jerusalém e foi venerada, não só como a primeira terceira carmelita, mas como a fundadora das terceiras. Diariamente frequentava a igreja dos padres e combinava a penitência com o amor, privando-se quase das coisas necessárias da vida para ajudar aos pobres e enfermos. Costumava também dirigir os jovens nas práticas da santidade para os preparar a entrar na ordem carmelita. Costumava levar consigo uma imagem do Redentor crucificado, que ela estudava como se fosse um livro. A Beata Juana foi sepultada na igreja dos carmelitas de Toulouse e a sua tumba acudiam em grande número todos aqueles que buscavam sua intercessão. Foi venerada durante 600 anos e seu corpo foi várias vezes custodiado como relíquia, especialmente em 1805, quando um pequeno livro de orações manuscrito foi encontrado a seu lado. O anterior é um resumo da história da Beata Juana, cujo culto foi confirmado em 11 de Fevereiro de 1895.
Mártir
Natália Tulasiewicz, Beata
Martirológio Romano: Na aldeia de Ravensbrück, na Alemanha, beata Natália Tulasiewicz, mártir, que ao ser ocupada Polónia militarmente foi recolhida num campo de concentração pelos nazis e, por causa da inalação de gases, entregou sua alma ao Senhor (1945). Etimologicamente: Natália = Aquela que há nascido, é de origem latina. Natália Tulasiewicz nasceu na região polaca de Rzeszów na Polónia em 9 de Abril de 1906. Se cria num ambiente familiar católico e os valores aprendidos no lar não os perderá quando mais adiante se instale na cidade de Poznan. Todo o contrário. Natália não faz oposições entre suas ânsias juvenis de entrega e de serviço com a vivência sincera de sua fé. Ela há entendido que a vida e a fé vão da mão e que a santidade pode ser vivida no quotidiano. Por estes tempos os laicos vão tomando maior consciência de sua missão de santificar o mundo e Natália se une ao grande movimento de apostolado laical que se dá na Igreja, convertendo-se numa entusiasta animadora deste tipo de apostolado. A meados de Setembro de 1939, a católica Polónia vai a sofrer um dos períodos mais dolorosos de sua história. Quase simultaneamente é invadida por oeste pela Alemanha nazi de Hitler e por este pelo Exército Vermelho soviético de Estaline. Estes dois regimes eram abertamente contrários ao catolicismo e no lapso de poucos anos exterminaram a mais de seis milhões de polacos. A Natália, como a toda sua geração, lhe tocou presenciar com impotência como sua nação era aniquilada. Ela confiava em Deus e sabia que o mal nunca tem a última palavra, por mais que por momentos pareça invencível. Carregada de valor se entrega a infundir esperança entre seus compatriotas, animando-os a esperar no Senhor e a confiar-se à sua protecção. Mas seu apostolado não se ficou nos conselhos, ao inteirar-se de que muitas mulheres polacas estavam sendo enviadas a Alemanha a realizar trabalhos forçados, ela parte livremente com elas para poder ajudá-las espiritualmente. Em Abril de 1944 a GESTAPO, que era a polícia secreta política do regime nazi, descobre sua acção e a prendeu. Foi atrozmente torturada e humilhada publicamente para ser logo enviada ao campo de concentração de Rawensbruck. Era Sexta-feira Santa de 1945, suas forças são poucas logo depois dos mau tratos sofridos; sem embargo, esta admirável mulher sai de sua barraca e proclama um emotivo discurso sobre a Paixão e Ressurreição do Senhor que enche de esperança aos crentes. O Senhor tem um formoso gesto de ternura até sua filha Natália, pois dois dias depois, em 31 de Março, Domingo de Ressurreição, é trasladada a câmara de gás onde entrega sua alma ao Senhor da Vida. Em 13 de Junho de 1999, o Papa João Paulo II, beatificou a 108 vítimas da perseguição nazi, entre os quais se encontrava a laica Natália Tulasiewicz. Para ver mais sobre os 108 mártires de Polónia durante a Segunda Guerra Mundial faz "click" AQUI
Bispo de Mérida
Renovato (Renato), Santo
Etimologicamente: Renato = Aquele que volta a nascer, é de origem latina. Etimologicamente: Renovato = Aquele que há sido restaurado, é de origem latina. O XIV bispo de Mérida, Renovato, encerra a época gloriosa de santidade e esplendor emeritense: foi um varão equitativo, justo e engenhoso. Mestre acabado por sua doutrina e exemplaridade de vida. Depois de governar a Igreja durante muitos anos morreu na paz de Deus no ano 633. Seu corpo, junto com os de seus bispos predecessores (Masona e Inocente), descansam sepultados com as maiores honras numa mesma cripta em Mérida, na cripta da Igreja martirial de Santa Eulália. Ante seus sepulcros deram-se contínuos sinais de protecção; daqui que seu culto se iniciasse por assentimento ou aclamação da igreja local na liturgia, ao uso da época. É o último biografado pelo autor das "Vitas" que diz: ´O santo Renato, homem adornado de todas as virtudes; godo de origem, nascido e insigne pelo lustre de sua família. Era esbelto de corpo, de distintos modos, de singular estatura... era maior ainda por dentro sua formosura, inundado na posse do Espírito Santo. Antes havia sido abade do mosteiro de Cauliana. Se distinguiu nas artes e nas ciências eclesiásticas, especialmente nas Sagradas Escrituras. Seu agudo engenho o fez mestre de não poucos discípulos. Sua festa se celebra em 31 de Março.
Santo Agilolfo, bispo
Em Colónia, em Austrásia, santo Agilolfo, bispo, preclaro pela austeridade de vida e a pregação (751/752).
47960 > Sant' Agilulfo (Agilolfo) Vescovo MR
47950 > Santa Balbina di Roma Martire MR
93903 > Beato Bartolomeo Blanco Mercedario
48000 > San Beniamino Diacono e martire MR
92017 > Beato Bonaventura (Tornielli) da Forlì Sacerdote servita MR
47980 > Beato Cristoforo Robinson Martire MR
93527 > Beato Daniele de Ungrispach Martire camaldolese
47970 > Beata Giovanna di Tolosa Contessa, terziaria carmelitana MR
90844 > San Guido di Pomposa Abate 31 marzo MR
93268 > San Mauricillo (Maurilio) Vescovo di Milano
92951 > Beata Natalia Tulasiewicz Martire MR
Temporariamente, segundo informações do site www.santiebeati.it não é possível aceder às imagens dos santos acima descritos, pelo que agradeço a vossa compreensão. António Fonseca
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