Ángela (Aniela) Salawa, Beata
Ángela (Aniela) Salawa, nasceu em Siepraw (Polónia), de pais muito pobres mas cristãos exemplares, a 9 de Setembro de 1881. Aos 16 anos foi para Cracóvia como empregada doméstica. Inscreveu-se na associação de Santa Zita. Fiel às moções do Espírito Santo e aos conselhos dos diretores espirituais, progrediu rapidamente nos caminhos da santidade. Cumpria com perfeição todos os seus deveres de empregada e aproveitava os tempos livres para leituras sobre ascética e mística, que lhe ensinaram a viver em comunhão com a Santíssima Virgem e a penetrar cada vez mais nos mistérios de Cristo através da meditação diária. Ligou-se a Deus com voto de castidade perpétua. Durante a primeira guerra mundial, não sem incómodos voluntariamente assumidos, prestava auxilio aos feridos e doentes no hospital de Cracóvia, onde todos a respeitavam e tinham na conta de santa. Não lhe faltaram grandes sofrimentos por vicissitudes e até injustiças, que suportou com paciência heroica , unindo-se à Paixão de Cristo com ardor de membro da terceira Ordem Secular de S. Francisco. Em 1918, forçada pelas dores, a abandonar o trabalho, recolheu-se a uma paupérrima cela, onde durante quatro anos viveu em íntima contemplação dos mistérios divinos, sustentada pela Comunhão Eucarística e a proteção da Santíssima Virgem. Aceitou à letra a recomendação de S. Tiago: “Meus irmãos, considerai como suprema alegria as provações de toda a ordem que vos assediam”. Oferecia ao Senhor todos os seus sofrimentos pela conversão dos pecadores, pela salvação das almas, pela expansão missionária da Igreja. Em Fevereiro de 1922, num último ato de devoção, ofereceu-se a Deus como vítima pela propagação do seu Reino na Polónia e no mundo. Levada para a enfermaria de Santa Zita, confortada com os santos sacramentos, faleceu serenamente a 12 de março de 1922, contando 40 anos e meio. Foi beatificada por João Paulo II no dia 13 de Agosto de 1991, durante a quinta visita que fez à sua pátria. AAS 79 (1987) 1396-9; L’OSS. ROM. 25.8.1991. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
92061 > Beata Angela (Aniela) Salawa Terziaria Francescana MR
Fina ou Serafina de San Geminiano, Santa
Josefina, cuja vida foi escrita por um autor quase com temporâneo, nasceu na aldeia de S. Geminiano, na Toscana, Itália, na primeira metade do século treze. No momento em que parecia mais vigorosa e robusta, Josefina, que era muito bela, foi atingida quase subitamente por uma doença grave. Uma espécie de contração dos nervos obrigou-a a ficar imóvel sobre o leito. Somente a cabeça não foi atingida pelo mal. Deus conservou-lhe a lucidez a fim de que se pudesse unir a Ele na oração e no sacrifício. Permanecia de dia e de noite deitada sobre o lado, sempre na mesma posição, formando-se com o tempo uma grande chaga onde se desenvolveram os vermes. Algumas vezes, quando estava só, além das moscas e dos mosquitos, vinham os ratos mordê-la, sem que pudesse fazer o mais leve movimento para os afastar. Todo este conjunto de horroroso martírio durou cinco anos sem que Josefina proferisse uma palavra de queixa. Colada ao pobre leito por suas chagas, era uma imagem viva de Cristo pregado à cruz. A sua pobreza tornou-se extrema. Tudo sofria com grande resignação. Durante a doença, foi provada por uma grande desgraça. Um dia sua mãe, ao entrar em casa, mal tinha transposto o limiar da porta, caiu pesadamente, como se alguém a tivesse atirado contra o chão. Josefina, que estava no andar superior, ouviu o ruído e chamou sua amiga Boaventura: “Minha irmã, desce depressa para ver o que aconteceu à minha mãe”. Boaventura desceu e encontrou a pobre mulher sem movimento e sem vida.”Pobre Josefina!”, exclamou chorando, “que há-de ser de ti? Tua mãe está morta, estendida por terra!” A estas palavras, a doente levantou os olhos ao céu para oferecer a Deus este terrível sacrifício. Entretanto, aproximou-se o fim do exílio de Josefina. Tinha grande devoção a S. Gregório papa, que lhe apareceu um dia e lhe disse: “Minha filha, prepara-te, no dia da minha festa (então a 12 de Março) virás ter connosco. O Esposo celeste espera-te na glória”. A partir deste dia, o seu corpo foi enfraquecendo cada vez mais e a cabeça foi atacada de vivas dores. Ao aproximar-se a festa de S. Gregório, preparou-se a doente como uma noiva se prepara para o dia de núpcias: confissão geral, Eucaristia e Unção dos Enfermos, entretendo-se depois somente com Deus numa oração contínua. Foi encontrada morta na manhã de 12 de Março de 1353, com os lábios num sorriso e o corpo a desaparecer debaixo dum manto dessas violetas a que, ainda hoje, na região Toscana, chamam finas em memória da santa. Quando se levantou o corpo das tábuas que lhe tinham servido de leito, ficaram pegados à madeira, meio apodrecida, grandes pedaços de carne. Mas, ó maravilha! Exalava-se um perfume celeste de todas as úlceras. Deste modo, diz o historiador, glorificava a Deus a virgindade da sua heroica serva. Depois das orações do costume, o clero queria dar-lhe sepultura, mas a gente opôs-se, ficando o corpo exposto durante três dias na capela-mor da igreja. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
44650 > Santa Fina di San Gimignano Vergine MR
Inocêncio I, Santo
Inocêncio, nascido em Albano, perto de Roma, sucedeu ao Papa Santo Anastácio I, em 402. Mostrou-se ardoroso defensor das prerrogativas romanas, assegurou ao bispo de Tessalónica a preeminência sobre os outros bispos da Ilíria Oriental, continuou a obra de S. Cirício na organização da disciplina eclesiástica (celibato eclesiástico, administração dos sacramentos e jurisdição dos sínodos provinciais), e procurou, embora em vão, estabelecer a paz entre o fraco imperador Honório e Alarico, rei dos Godos, e interveio em favor de S. João Crisóstomo, exilado. Mas os seus esforços não puderam embargar Alarico de pôr a saque Roma, em 410.
Inocêncio I, Santo
Confirmou as atas de dois concílios realizados na África contra os pelagianos, e deu muitas provas de sabedoria e de ciência nas suas respostas às consultas dos bispos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
64800 > Sant' Innocenzo I Papa MR
Luis Orione, Santo
Luis Orione nasceu em 1872, em Pontecurone (Alessandria, Itália), e faleceu em São Remo (também Itália), a 12 de Março de 1940. No dia 26 de Outubro de 1980, Sua Santidade João Paulo II beatificou-o na Praça de S. Pedro e a ele se referiu com as seguintes palavras, na homilia então pronunciada: «Dom Luís Orione aparece-nos como maravilhosa e genial expressão da caridade cristã… Foi, total e alegremente, sacerdote de Cristo, percorrendo a Itália e a América Latina, consagrando a própria vida àqueles que mais sofrem por causa da má sorte, da miséria e da maldade humana. Basta recordar a sua ativa presença entre as vítimas dos tremores de terra de Messina e de Márcia. Pobre entre os pobres, levado pelo amor de Cristo e dos irmãos mais necessitados, fundou a obrazinha da Divina Providência, as Irmãzinhas Missionárias da Caridade e, em seguida, as Sacramentinas Cegas e os Eremitas de Santo Alberto. Abriu igualmente outras casas na Polónia (1923), nos Estados Unidos (1934) e na Inglaterra (1936), animado de autêntico espírito ecuménico. Depois, querendo concretizar de maneira visível o seu amor por Maria, erigiu em Cortona o grandioso santuário de Nossa Senhora da Guarda, Não posso deixar de sentir-me comovido pensando que Dom Orione teve sempre predileção pela Polónia e que sofreu enormemente quando em Novembro de 1939 a minha querida pátria foi invadida e retalhada. Sei que a bandeira polaca, branca e vermelha, que nesses dias trágicos ele transportou triunfalmente em cortejo para o santuário de Nossa Senhora, está ainda hoje dependurada numa parede do seu pobre quartinho de Cortona: foi ele mesmo que assim quis! E quando da sua última saudação, na tarde de 8 de Março de 1940, antes de se dirigir para São Remo, onde iria morrer, disse: – Gosto tanto dos Polacos,… e vós gostai sempre muito desses irmãos. Muitas vezes a Divina Providência o socorreu prodigiosamente, como ele conta neste caso:
“Certa ocasião vi-me obrigado a pagar uma letra bancária no valor de 25 mil liras, dívida que tinha contraído para pagar a factura do padeiro. Um dia chamou-me o Diretor do banco, nosso bom amigo, e disse-me que precisava urgentemente do dinheiro. Era um fim de semana e na segunda-feira tinha de ficar liquidada a conta. Passei o domingo a rezar ao Senhor. Sentindo que não me ia escutar, dirigi-me a Nossa Senhora. Continuei a rezar e pareceu-me que também Ela se fazia surda. Ocorreu-me então esta ideia. A minha mãe tinha-me dado os seus brincos, os que levou no dias do casamento. Toda a vida viveu tão pobre que a única coisa que me pôde deixar foram uns lençóis de linho e os brincos. Lembrei-me de os pendurar nas orelhas da imagem de Nossa Senhora da Divina Providência, que tínhamos na nossa capela de Tortosa. Assim, ver-se-ia obrigada a escutar-me. Continuei a rezar com grande fé toda a tarde de domingo e até durante a noite. Mas Nossa Senhora punha à prova a minha paciência. Tornou-se tão surda – pensei eu – que nem sequer notou que lhe furei as orelhas. Sim, nem Jesus nem Nossa Senhora respondiam à minha angústia. Que mais poderia fazer? Tive a inspiração de me dirigir às Almas do Purgatório. recordai sempre isto: Quando o Senhor não vos escutar imediatamente, recorrei à Santíssima Virgem. se também Ela não fizer caso, invocai a intercessão das benditas Almas do Purgatório e a graça cairá das mãos de Nossa Senhora. Todas as graças são-nos concedidas por Ela. Chegou a segunda-feira e ainda continuava eu a rezar. Experimentei então a persuasão que a minha oração seria escutada. Os empregados do Banco não tardariam a chegar… Fui à capela e encomendei-me a Nosso Senhor, à Virgem Maria, e praticamente a todos os Santos do Céu de que me lembrei. Voltei para o meu quarto. Nesse momento Zanocchi, nosso porteiro, bateu à porta e disse-me: – Chegou uma senhora que deseja com insistência encontrar-se consigo, o mais depressa possível. Vem vestida de luto, mas não me indicou o nome. Disse simplesmente que é uma benfeitora da casa. Saí logo e encontrei-me com ela à porta do meu gabinete. sem mais desculpas, disse-me: – Dom Orione, posso entrar no seu quarto? – Entrar no meu quarto? … – Sim, preciso de estar sozinha um momento. Tenho que tirar as meias. escondidas nela trago 25 mil liras para lhe entregar. Vendi o restaurante da Pomba e está aqui o produto da venda. É para si. Sem me dar tempo a refazer-me da impressão, acrescentou: – Tomei bilhete para Turim, porque pensava levar este dinheiro a Dom Bosco. Já no comboio pus-me a rezar o terço oferecendo-o pelas benditas Almas do Purgatório, pedindo-lhes que me ajudassem e defendessem de qualquer perigo e especialmente para que não me roubassem o dinheiro. Enquanto me demorava nestas considerações. o comboio chegou a Pontecurone. Pareceu-me ouvir uma voz interior que me dizia: Porque ir a Turim? Podias descer em Tortosa e deixar o dinheiro ao pobre Dom Orione. Ao aproximar-mo-nos de Tortosa, a voz tornou-se mais insistente e parecia que uma mão invisível me forçava a descer da carruagem. Pensei para comigo se Vossa reverência, que anda por todo o mundo, não estivesse em casa, eu continuaria viagem para Turim. A boa senhora passou para um quarto e ao cabo de dois minutos saiu com as 25 mil liras em notas de mil que foi contando, uma a uma. Quando apalpei tão de perto a graça que Deus acabava de me conceder, por meio das benditas Almas do Purgatório, notei que um nó me apertava a garganta e comecei a soluçar. A senhora, pensando que me acontecia qualquer coisa de grave, disse-me com muita amabilidade: – Que tem, Dom Orione? Não se encontra bem? Dá-me licença de lhe preparar uma xícara de chá de tília? Pouco a pouco, senti-me com forças para lhe explicar com todos os pormenores o que tinha acontecido, e exclamei: – Agora está bem claro que a senhora é a mão da Divina Providência. Ainda estávamos a falar quando Zanocchi se aproximou para me anunciar a chegada dum empregado do Banco. – Espere um momento – disse-lhe. Vamos primeiro rezar uma “Salve Rainha” pelas benditas Almas do Purgatório. Ajoelhamo-nos e rezamos juntos a “Salve Rainha” e um “De Profundis” pelas Almas. Ao terminar a oração, disse a Zanocchi: – Já lhe pode dizer que venha. A senhora continuou connosco, enquanto efetuávamos o pagamento. Faltavam uns juros pela demora em devolver o pagamento. Também a senhora os quis pagar para que tudo ficasse plenamente liquidado”.
Uma vez disse Dom Orione numa prática sobre a confissão: “Ainda que um homem tenha deitado veneno na tigela da própria mãe, se se arrepender, é completamente perdoado”. Um homem mal encarado detém-no no caminho, diz que Dom Orione o conhece como ninguém, pede-lhe que o oiça de confissão… e o perdão fica completíssimo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it.
44750 > San Luigi Orione Sacerdote e fondatore MR
Ascolta da RadioRai:
• Jerónimo de Recanati, Beato
Sacerdote
Jerónimo de Recanati, Beato
Jerome Ghirarducci viveu no mosteiro Agostinho de Recanati (Macerata), Itália. Não se tem muita informação sobre a vida deste beato. Sabemos que seguiu um enérgico apostolado na Província de Picena, a que pertencia, dedicou seu esforço em lograr solucionar as constantes disputas e discórdias existentes entre as famílias e a cidade. Morreu em Recanati em 12 de Março de 1350. Se lhe credita o haver reconciliado as cidades de Ascoli e Fermo, que haviam declarado a guerra entre elas pelo que é venerado como um pacificador na região de Marche (Itália). Já em 1369 o povo de Recanati celebrava publicamente a festa deste beato no Segundo Domingo de Quaresma. Nestas datas, até tempos recentes, se escolhia a doze pacificadores de entre os cidadãos, seis homens e seis mulheres, cuja responsabilidade era solucionar disputas entre os concidadãos. Seu culto foi confirmado por Pío VII no ano 1804. Seus restos mortais se veneram na igreja de Santo Augustine em Recanati, Sua memória é recordada pela Família Agostinha em 12 Março.
90161 > Beato Girolamo da Recanati Sacerdote MR
• José Tshang-Dapeng, Santo
Mártir
José Tshang-Dapeng, Santo
José Tshang-Dapeng (ou Zhang-Dapeng) nasceu em Duyun na província de Guizhou (China) no ano 1754, sendo o primeiro de três filhos de uma família taoista, era um rapaz inteligente e curioso. Mudou-se para Guiyan no ano 1794, onde se dedicava ao comércio de seda, foi ali, que conheceu o cristianismo, através de um de seus contactos comerciais. Converteu-se ao cristianismo mas não pôde ser batizado já que tinha uma concubina, costume aceite na China dessa época. Uma vez que se separou dela pediu unir-se completamente à Igreja, recebendo o sacramento de baptismo no ano 1800, pese a forte oposição de sua família e sócios. Teve que abrir sua própria tenda, já que seus sócios não aceitavam sua nova fé. Iniciou seu ministério de ensino e pregação convertendo uma pequena casa em escola de religião. Assumiu a direção da escola em 1808, colaborando além disso como catequista de sua paróquia. Três anos depois durante uma nova perseguição anti-cristã liderada pelo Culto del Loto Blanco, José passou á clandestinidade, mas sem deixar seu labor catequístico. Em 1814 foi atraiçoado por seu cunhado e foi preso. Encarcerado junto a Pedro Wu, também catequista, juntos se dedicaram a evangelizar a seus companheiros de prisão. Se lhe ofereceu a liberdade em troca de renunciar à fé, o que não aceitou. Foi estrangulado até morrer em 12 de Março de 1815. Por sua valente defesa da fé foi beatificado em 2 de Maio de 1909 pelo Papa Pio X. Sua Santidade João Paulo II o canonizou em 1 de Outubro de 2000 junto a outros 119 mártires chinos.
44730 > San Giuseppe Zhang Dapeng Catechista e martire MR
• Maximiliano de Tébessa, Santo
Mártir
Maximiliano de Tébessa, Santo
A "PAIXÃO" de São Maximiliano é um dos mais valiosos documentos de uma pequena coleção. É o relato autêntico de um contemporâneo, sem adornos teóricos, do julgamento e morte de um dos primeiros mártires. Se desenvolve como segue: Durante o consulado de Tuscus e Anulinus, em 12 de marzo, em Tebessa, Numidia, compareceram ante a corte Fábio Víctor e Maximiliano. O juiz, Pompeyano, abriu o caso com estas palavras: "Fábio Víctor está ante o comissário de César, Valeriano Quintiniano. Exijo que Maximiliano, filho de Víctor, conscrito apropriado para o serviço, seja medido". O procônsul Dion perguntou ao jovem por seu nome e ele contestou: "¿Que caso tem responder? Não posso ser anotado nas listas, posto que sou cristão". O procônsul não o atendeu e ordenou que medissem sua estatura. Mas o jovem insistiu: "Não posso servir; não posso fazer mal a ninguém. Sou cristão". O procônsul repetiu a ordem e o <ujier< (!) informou que Maximiliano media 1.75 m. Logo o procônsul disse que se lhe deveria dar o emblema militar, mas Maximiliano persistia: "¡Nunca! Não posso ser soldado". Dion: Deves servir ou morrer. Maximiliano: Nunca servirei. Podem decapitar-me, mas não serei um soldado deste mundo, já que sou um soldado de Cristo. Dion:: ¿ De onde tiraste essas ideias? Maximiliano: De minha consciência e d’Aquele que me há chamado. Dion:: (A Fábio Víctor): Corrige a teu filho. Víctor: Ele tem suas ideias e não mudará. Dion:: (A Maximiliano): Sê um soldado e aceita o emblema do imperador. Maximiliano: Nunca. Já levo comigo a marca de Cristo meu Senhor. Dion:: Te enviarei a teu Cristo imediatamente. Maximiliano: Não posso pedir nada melhor. Fá-lo rápido, que lá está minha glória. Dion: (Ao oficial de recrutas): Dá-lhe o emblema. Maximiliano: Não o aceitarei. Se tu insistes, lhe tirarei a efígie do imperador. Sou um cristão e não se me permite portar no pescoço esse emblema, posto que já levo o sagrado sinal de Cristo, o Filho de Deus Vivo a quem tu não conheces, o Cristo que sofreu por nossa salvação e a quem Deus nos entregou para que morresse por nossos pecados. É a Ele a quem todos nós os cristãos servimos, a Ele a quem seguiremos, pois Ele é o Senhor da Vida e o Autor de nossa salvação. Dion:: Une-te ao serviço e aceita o emblema, ou se não, perecerás miseravelmente. Maximiliano: Não perecerei: meu nome está já desde agora diante de Deus. Me recuso a servir. Dion:: És um homem jovem e a profissão das armas vai de acordo a teus anos. Sê um soldado. Maximiliano: Meu exército é o de Deus e não posso pelejar por este mundo; como te digo, sou cristão. Dion:: Há soldados cristãos ao serviço de nossos soberanos Diocleciano e Maximiano, Constantino e Galério. Maximiliano: Isso é coisa deles. Eu também sou cristão e não posso servir. Dion:: Mas ¿ que dano podem fazer os soldados? Maximiliano: Tu o sabes bem. Dion:: Se não fazes teu serviço, te condeno a morte por desacato ao exército. Maximiliano: Não morrerei. Se me vou deste mundo, minha alma irá com Cristo meu Senhor. Dion:: Anotem seu nome. ..Tua rebeldia te faz recusar o serviço militar e serás castigado por isso para escarmento dos demais. Procedeu então a ler a sentença: Dion:: Maximiliano há recusado o juramento militar por rebeldia. Deverá ser decapitado. Maximiliano: ¡Louvado seja Deus! Maximiliano tinha vinte e um anos três meses e dezoito dias de idade. De caminho ao sitio da execução, falou aos cristãos: "Amados irmãos, apressem-se a alcançar a visão de Deus e a merecer uma coroa como a minha, com todas suas forças e o mais profundo anseio". Estava radiante. Depois se dirigiu a seu pai: "A túnica que me tinhas preparada para quando fosse soldado, dá-la ao lictor . O fruto desta boa obra será multiplicado centos de vezes. ¡Deixa-me que te dê a boa vinda no céu e glorifique a Deus contigo! " Ao primeiro golpe o decapitaram. Uma matrona chamada Pompeya obteve o corpo de Maximiliano e o levou na sua liteira a Cartago, onde o sepultou perto de São Cipriano, não longe do palácio. Víctor foi para sua casa regozijado, agradecendo ao Senhor por lhe permitir. enviar tal presente ao céu. Não tardou muito em seguir a seu filho. Ámen. O texto da "paixão" está na Acta Sanctorum, Março, vol. II e Acta Sincera, de Ruinart. Veja-se Histoire des Persécutions, de Allard, vol. IV; Les Passions des martyrs, de Delehaye, pp. 104-110. No século III, o exército romano estava formado principalmente por voluntários, mas os filhos dos veteranos tinham a obrigação de servir. A recusa de São Maximiliano a esta obrigação há ocasionado controvérsias entre certos escritores (por exemplo Paul Allard); os pontos de vista da Igreja primitiva sobre o serviço militar se podem examinar convenientemente (sem que seja necessário aceitar todas suas conclusões) na obra do escolástico protestante Dr. C. J. Cadoux, The Early Christian Attitude to War. Cf. San Victricius (agosto 7) y São Martinho de Tours (Novembro 11). No Martirológio Romano, São Maximiliano é chamado Maximilianus, e erroneamente se considera a Roma como o lugar de seu martírio. Se crê que o martírio pode ser em algum lugar perto de Cartago. para isso se usa como referência o penúltimo parágrafo. A menção de Tebessa pode ser um erro de transcrição de um copista.
lictor:Entre os romanos, ministro de justiça que precedia com as fasces aos cônsules e a outros magistrados.
44700 > San Massimiliano di Tebessa Martire MR
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Ascolta da RadioRai:
• Paulo Aureliano de Leão, Santo
Bispo
Pablo Aureliano de León, Santo
Martirológio Romano: Na cidade de Léon (hoje Saint-Paul-de-Léon), na Bretanha Armórica, são Pablo Aureliano, primeiro bispo de esta cidade (s. VI).Etimologicamente: Pablo = Aquele que é pequeno ou débil, é de origem latino. Os bretões tiveram a fortuna de haver podido escrever em seu país, antes de ficar destruído pelas invasões dos nórdicos, a vida de um dos pais da cristandade, com alguns dos detalhes peculiares de seu autor. Este era um monge de Landévennec, chamado Wrmonoc, que conhecia bem a região de León. Terminou de escrever sua obra no ano 884. O seguinte é o resume deste documento. Pablo Aureliano (mais tarde conhecido como San Pablo de León) foi o filho de Perplises, chefe britânico. Nasceu em Penychen (ou em outro lado), em Gales do Sul. Na escola monástica para a qual pediu ser enviado, tinha por companheiros aos santos David, Sansão e Gilas: isto sucedia em Ynys Byr, em tempos de San Illtyd e Pablo esteve presente no conhecido milagre del alargamento dessa ilha. Quando cumpriu 16 anos, seu patrono lhe permitiu retirar se a um lugar solitário,mas em outro lado (¿Llanddeeusant, em Carmarthenshire?). Pablo se dirigiu a um sitio onde construiu umas celas e uma capela. Ali levou durante vários anos uma vida de oração, meditação e estudo; depois se ordenou sacerdote e reuniu a doze companheiros para os levar consigo a viver em celas próximas à sua. De seu retiro foi tirado para um mundo de problemas pelo rei Marco, que lhe pediu que se mudasse para "Villa Bannheddos" e evangelizar a seu povo. Isto o fez com tão bom êxito, que todos quiseram elegê-lo bispo; mas ele recusava aceitar e, enquanto pensava no que convinha fazer, um anjo lhe apareceu e lhe disse que sua vocação se encontrava mais além do mar. O rei Marco estava pouco disposto a deixá-lo ir e com aspereza se negou a dar-lhe como presente de despedida a campainha que pedia, uma das sete que se tocavam antes das comidas. Apesar de tudo o santo partiu com seus doze companheiros e chegou à costa de Armónica ou Británica. Mas antes de se afastar da costa, deteve-se numa baía (¿Cornwall?), onde sua irmã levava uma vida solitária em companhia de umas quantas monjas(1). Ela o convenceu para que permanecesse alguns dias e, na véspera de sua partida, lhe rogou chorando que lhe obtivesse um favor de Deus. O lugar, ainda que conveniente a seus propósitos, estava demasiado perto de "familiares molestos". "É fácil para ti, disse-lhe, obter o que quero somente pedindo-o a Deus: pede que o mar se recolha em seu leito e a terra possa ser um pouco mais larga". Então São Paulo e sua irmã ajoelharam-se na margem a rezar, depois de pôr duas fileiras de pedras ao longo do limite das águas baixas. Imediatamente, o mar retrocedeu, deixando a terra seca e as pedras cresceram até se converter em poderosas colunas que formaram um dique. São Paulo e seus discípulos chegaram à ilha de Ushant, ao lugar que agora se chama Porz-Pol. Ali construíram celas e viveram felizmente durante um tempo, até que o anjo que São Paulo havia visto antes, indicou-lhe que avançassem mais adiante. Ao chegar ao continente, se internaram e estabeleceram-se em Ploudalmezeau. Logo Paulo, novamente instado pelo anjo, dirigiu-se ao senhor do distrito, um bom cristão chamado Withur, que se fez amigo seu e deu-lhe a Ilha de Batz, onde se estabeleceu Paulo e construiu um mosteiro. Contam-se relatos maravilhosos sobre os benefícios que dispensou o santo. Matou um dragão que havia causado grandes danos, ensinou à gente como obter mel, agrupando as abelhas selvagens e colocando-as em painéis, e domesticou a um javali, cujos descendentes permaneceram em León por muitas gerações. Um dia, quando Paulo estava conversando com Withur, um pescador aproximou-se mostrando um peixe que havia pescado. Na sua cabeça tinha encaixado uma sineta que (curiosamente) resultou ser a mesma que o rei Marco havia recusado a São Paulo. (Como prova da autenticidade deste incidente, os camponeses de León assinalam a antiga sineta que se guarda em sua catedral, feita com uma junção de cobre e prata. São-lhe atribuídas propriedades milagrosas). A gente que havia sido beneficiada com os ensinamentos e os milagres de São Paulo, começou a pedi-lo como bispo. Withur também o desejava, ~mas sabia a indisposição do santo para aceitar tal dignidade e portanto, teve que recorrer a um estratagema. Deu-lhe uma carta e pediu-lhe que a levasse ele mesmo às mãos do rei Childeberto, em París, já que continha assunto de grande importância. Na realidade, era uma petição para que designassem bispo a São Paulo. Este protestou com tenacidade, mas o rei o fez consagrar e logo o mandou de regresso a León, onde foi recebido entre aclamações. O nome de "Oppidum" onde se achava sua sede, mudou-se para St-Paul de León, em sua memória. Aí levou a mesma vida austera de antes, alimentando-se só de pão e água, com exceção dos dias festivos, em que comia um pouco de pescado. Parece que Withur lhe cedeu sua casa na Ilha de Batz, como mosteiro para seus monges. Aí gostava de se retirar o santo bispo para se dedicar à oração e contemplação. Viveu até idade muito avançada e renunciou a seu cargo alguns anos antes de morrer. Terminou seus dias no mosteiro de Batz, logo de haver visto morrer a dois bispos que ele mesmo consagrou para que lhe sucedessem. São Paulo gozava do dom de profecia e previu as incursões dos nórdicos, segúndo Wrmonoc, a testemunha que relata os últimos momentos do santo em forma simples e emocionante. Para a discussão desta narração, que de nenhuma maneira deverá tomar-se como válida em toda sua extensão, o leitor pode remeter-se às obras mencionadas posteriormente. Pode agregar-se que existem muitas pistas de São Paulo Aureliano em Gales e em Cornwall, em Paul, perto da margem ocidental de Mount´s Bay. Se o pequeno mosteiro de sua irmã estava de verdade perto, no Lago Gwavas (como acreditou Charles Henderson), é uma coincidência interessante, que, quando a Revolução Francesa o desterrou, o último bispo de León, Juan Francisco de la Marche, arribara a Mount´s Bay em 1791, nove dias antes da festa de São Paulo. Esta festa se observa agora na diocese de Quimper e no mosteiro de Caldey.
93363 > San Paolo Aureliano di Leon Vescovo MR
SÃO VICENTE ABADE, SÃO RAMIRO
e 12 Companheiros
Mártires (555)
Vicente, Ramiro e 12 Companheiros, Santos
Esta biografia já foi publicada ontem neste blogue.
Os suevos, estabelecidos no antigo reino da Galiza, adeptos da heresia ariana, procederam contra os católicos com mais rigor talvez do que os pagãos. Reuniram um conciliábulo em Leão no tempo em que se encontrava ali S. Vicente – abade do mosteiro dos Santos Cláudio, Lupércio e Vitórico, - um dos mais vigorosos defensores da Divindade de Jesus Cristo, que era o ponto principal da renhida controvérsia. Citado por estes a comparecer no conciliábulo, com intenção de o obrigarem a subscrever a impiedade da seita, o insigne prelado apresentou-se e, cheio de valor, não só condenou a execrável blasfémia com energia inexcedível, mas declarou aos hereges que nem creria nem confessaria jamais outra fé senão a definida no 1º Concílio de Niceia, por cuja defesa estava pronto a dar a vida. Os hereges, levados de extraordinário furor, despiram-no imediatamente e, colocando-o no meio do conciliábulo, retalharam-lhe o corpo com açoites; porém, horrorizados à vista do sangue a correr pelo chão, resolveram encerrá-lo numa hedionda enxovia e fazer-lhe sofrer os maiores tormentos. Mandaram os arianos que o santo comparecesse pela segunda vez no conciliábulo, e ficaram atónitos ao observar a maravilha da sua cura prodigiosa. Persistindo, porém, no intento, logo lhe intimaram, com terríveis ameaças, que subscrevesse a heresia, mas debalde. Persuadidos de que a fortaleza de Vicente era invencível, condenaram-no à morte, com a circunstância de ser executado à porta do seu mosteiro, para aterrar os monges. Levaram-nos os verdugos ao lugar marcado, e descarregando-lhe um golpe mortal sobre a cabeça, separaram-lha do corpo, no ano de 555. Os monges, valendo-se do silêncio da noite, deram-lhe sepultura, próximo do lugar onde descansam os ilustres mártires Cláudio, Lupércio e Vitórico, patronos do mosteiro. Algum tempo depois, S. Vicente aparecendo, preveniu os monges que a perseguição recomeçaria, portanto que os dispostos a tudo suportar a esperassem no mosteiro, mas que os menos corajosos procurassem onde se refugiar. Bem cedo se verificou o aviso de S,. Vicente, pois os hereges resolveram, acabar com os monges de S. Cláudio. O que tinha ficado a fazer as vezes de superior depois da morte do santo, era Ramiro, varão perfeito em todo o género de virtudes. Depois de exortar os monges à defesa da fé, mandou para as montanhas da Galiza aqueles que se não achavam com valor para entrar no combate e, descendo à igreja com doze ilustres religiosos, postos todos em oração, ficaram à espera de ser vítimas dum instante para outro do furor ariano. Não tardaram a aparecer os hereges, que se apresentaram armados, batendo às portas com grande ruído. Foi o santo prior abrir as portas e, ao vê-los, começou a entoar com os outros monges o Símbolo de Niceia, repetindo acentuadamente as palavras condenatórias do arianismo. Os hereges acometeram-nos com fúria diabólica e despedaçaram-nos à força de cutiladas. Ficaram espalhados pelo chão os santos cadáveres, que os católicos puderam recolher, sepultando-os todos juntos no mesmo mosteiro, excepto o de S. Ramiro, que depositaram num sepulcro de pedra tosca. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
90573 > San Bernardo di Capua Vescovo
94499 > San Brian Bòruimhe Re d'Irlanda, martire
44720 > Sant' Elfego il Vecchio MR
92852 > Beata Giustina Bezzoli Francucci Vergine benedettina MR
91383 > San Mamiliano di Palermo Vescovo e martire
44680 > Santi Migdonio, Eugenio, Massimo, Domenica, Mardonio, Pietro, Smeraldo e Ilario Martiri di Nicomedia MR
44690 > Santi Pietro (detto Cubicolario), Doroteo e Gorgonio Martiri di Nicomedia MR
44850 > San Simeone il Nuovo Teologo Abate
44860 > San Teofane Martire MR
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