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Nº 1222-2ª Página
EVANGELHO DE S. JOÃO
EVANGELHO DE S. JOÃO
VI – A FESTA DA DEDICAÇÃO
11 - RESSURREIÇÃO DE LÁZARO – … Estava então doente um certo homem, Lázaro de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta. Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com perfume e Lhe tinha enxugado os pés com os cabelos; seu irmão Lázaro é que estava enfermo. Mandaram-Lhe, pois, dizer as suas irmãs: «Senhor, aquele que Tu amas está enfermo». Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa enfermidade não é de morte, é antes para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela». Ora, Jesus amava Marta, sua irmã Maria e Lázaro. Entretanto, ouvindo dizer que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Depois disse aos Seus discípulos: «Vamos outra vez para a Judeia». Disseram-Lhe os discípulos: «Rabbi, ainda agora os judeus procuraram apedrejar-Te e tornas para lá?» Jesus respondeu: «Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia não tropeça, porque vê a luz deste mundo, mas se andar de noite, tropeça, porque nela não há luz». Depois de ter falado assim, disse-lhes: «Lázaro, o nosso amigo, dorme; mas vou despertá-lo». Disseram então os Seus discípulos: «Senhor, se dorme, estará salvo». Jesus dizia isto da sua morte, mas eles pensaram que falava do sono natural. Então Jesus disse-lhes claramente: «Lázaro está morto e folgo, por amor de vós, por lá não ter estado, para que acrediteis; mas vamos ter com ele». Disse então Tomé, chamado Dídimo, aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele»: Ao chegar, Jesus verificou que já havia quatro dias que estava na sepultura. Ora Betânia distava de Jerusalém cerca de quinze estádios. E muitos judeus tinham ido até junto de Marta e de Maria para as consolar da morte do irmão. Ouvindo Marta dizer que Jesus estava a chegar, saiu-Lhe ao encontro: Maria, porém, ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se Tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido! Mas também sei ainda agora que tudo quanto pedires a Deus, Deus To concederá». Jesus disse-lhe: «Teu irmão há-de ressuscitar». Marta, respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus «Eu Sou a Ressurreição e a Vida; quem crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em Mim nunca morrerá. Crês tu isto?» Respondeu-lhe ela: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». Dito isto, partiu e chamou em segredo Maria, sua irmã, dizendo: «O Mestre está cá e chama-te». Logo que ouviu isto, ela levantou-se e foi ter com Ele. Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta lhe falara. Vendo os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria se levantara apressadamente e saíra, seguiram-na, dizendo: «Vai ao sepulcro para chorar ali». Ao chegar aonde Jesus estava, Maria lançou-se aos Seus pés, assim que O viu, dizendo-lhe: «Senhor, se Tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido!». Quando a viu chorar, e vendo também chorar os judeus que vinham com ela, Jesus comoveu-Se profundamente e perturbou-se, depois perguntou: «Onde o pusestes?» Responderam: «Senhor, vem e vê». Jesus chorou. Disseram então os judeus: Vede como o amava. Mas, alguns deles disseram: «Não podia Ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?» De novo, intimamente comovido, Jesus chegou ao sepulcro. era um gruta e tinha uma pedra posta à entrada, Jesus disse: «Tirai a pedra». Marta, irmã do defunto, disse-Lhe: «Senhor, já cheira mal, pois já tem quatro dias» Jesus respondeu-lhe: «Não te disse que, se cresses, verias a glória de Deus?» Tiraram, pois, a pedra e Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, graças Te dou por Me haverdes ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que Tu Me enviaste». Tendo dito isto, bradou em alta voz: «Lázaro, sai para fora». E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o rosto envolto num sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir».
OS CHEFES JUDEUS DECIDEM A MORTE DE JESUS – … Então, muitos dos judeus, que tinham vindo com Maria, ao verem o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e disseram: «Que faremos, uma vez que este homem realiza tantos milagres? Se O deixarmos assim, todos crerão n’Ele, e virão os romanos e destruir-nos-ão o Templo e a Nação». Caifás, um deles, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós nada sabeis. Não compreendeis que vos interessa que morra um só homem pelo povo e não pereça a Nação inteira!» Ora ele não disse isto por si próprio, mas, sendo Sumo Sacerdote, naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela Nação. E não somente pela Nação, mas também, para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos. A partir, pois, desse dia, resolveram matá-Lo. Jesus, por isso, já não andava abertamente entre os judeus, mas retirou-Se para uma região junto ao deserto, para uma cidade chamada Efraim, e por lá Se conservou com os discípulos.
Amanhã, dia 14/3/12, segue-se o Capítulo seguinte do Evangelho de SÃO JOÃO.
António Fonseca
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