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Nº 1601
26 de MARÇO de 2013
Bom
ANO D E 2 0 1 3
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Nº 1601-1 - (85-13)
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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Nº 1601-1 - (85-13)
BRÁULIO, Santo
São Bráulio é uma das glórias da santidade e da ciência da Península Ibérica. É um dos que tiveram parte mais notável na cultura e no movimento intelectual da Igreja Visigoda hispânica, não tanto pelos seus trabalhos próprios, quanto pelo animo que infundia nos companheiros e pelo empenho que sempre mostrou de enriquecer a sua biblioteca. Toda a correspondência que deixou está cheias de noticias relativas a livros e manuscritos.
Foi irmão de um bispo de Saragoça, chamado João. Além deste, teve ainda outro irmão, o presbítero Fruminiano, e duas irmãs, Basila, a quem ele consolou por carta quando perdeu o marido, e Pompónia, abadessa dum mosteiro desconhecido.
O lugar onde nasceu Bráulio disputam-no com probabilidade Gerona, Sevilha, Toledo e Saragoça. Nasceu pelo ano de 585. Na cripta de Santa Engrácia, alcácer de mártires e arquivo de memórias, dava então aulas seu irmão João e lá recebeu Bráulio os primeiros ensinamentos: não só de ciência sagrada mas também de literatura clássica. Citando embora versos encomiásticos da antiguidade, considera a liturgia pagã como «vão palavreado, frivolidade que satisfaz a inquietação humana, fumo impalpável e vento de ostentação”.
Como Sevilha era então o centro da ciência nas Espanhas, porque lá ensinava Santo Isidoro – o homem mais sábio que havia na cristandade inteira –, Bráulio acorreu lá como discípulo do grande doutor. E foi-lhe proveitosíssima a estada, mesmo que não fosse senão pela amizade que estreitou com tal homem.
Conservam-se ainda seis cartas de Isidoro a Bráulio, e duas deste a Santo Isidoro. Os dois mostram empenho extraordinário pela cultura, pois sempre falam de troca de manuscritos. É interessante a carta de São Bráulio, pedindo ao amigo o livro das Etimologias: “Rogo-te com muita instância te peço, me envies o livro das Etimologias que, segundo me dizem, terminaste, graças a Deus. Lembra-te das promessas. Além disso, não te esqueças de que, nas fadigas da composição, te ajudei não pouco com os meus incitamentos e estímulos. Tenho, portanto, direito a receber o primeiro exemplar!”.
Santo Isidoro não se apressou muito em satisfazer os desejos do amigo, pois ainda anos mais tarde volta a insistir Bráulio no mesmo: «Já há sete anos, se não me engano, que te ando a pedir os livros das Etimologias, e tens protelado o assunto com diversos pretextos, dizendo que não estavam acabados, que não estavam copiados, que se tinham perdido as minhas cartas, e desta maneira chegamos ao dia de hoje sem eu conseguir nada. Pois não deixarei de importunar-te, não vá o meu silêncio fazer-te acreditar que desisto do meu interesse… Pensa que não tens direito a conservar escondidos os talentos, nem a fugir à distribuição dos alimentos que te foram confiados. Abre a mão, reparte os teus bens entre os necessitados, para que estes não pereçam de fome».
Nas correspondências dos dois Santos aparece também o coração terno e afetuoso das suas almas grandes. Numa carta diz Santo Isidoro: «Quando receberes algum escrito do teu amigo, abraça-o como se fosse o amigo mesmo, pois esta é a consolação única entre os ausentes. Envio-te um anel, paga do meu afecto, e um manto que sirva como que para proteger a nossa amizade. Não te esqueças de rezar por mim. O Senhor te inspire algum meio para eu te poder ver e para quer tornes a alegrar de novo aquele que encheste de tristeza com a tua partida. Adeus, amadíssimo senhor meu e caríssimo filho».
São Bráulio voltou a Saragoça e, por morte do irmão, foi elevado àquela sé (631). Assistiu aos concílios IV, V e VI de Toledo. No concílio IV, do ano de 633, viu pela última vez Santo Isidoro. Três anos mais tarde voltou a Toledo, mas Isidoro tinha morrido uns meses antes.
Bráulio revelou o espírito e a ciência no desagradável incidente surgido entre o episcopado hispânico e o Papa Honório I, como o reconheceu o VI Concilio toletano do ano de 338. O Papa escrevera aos bispos lamentando que tivessem sido pouco diligentes no problema judaico e chegou até a chamar-lhes canes muti, que não sabiam ladrar diante do perigo da casa do Senhor. Se bem que estivessem na assembleia os metropolitas de Narbona, Braga, Tarragona, Toledo e Sevilha, todos os Padres conciliares delegaram em São Bráulio para que respondesse. Fê-lo com o respeito e humildade que merece a cátedra de Pedro, mas ao mesmo tempo com decisão e verdade, segundo exigia a justa defesa do episcopado.
As glórias terrenas, os louvores e o poder não o tinham apegado à terra. Soube remontar-se às alturas e vivia da esperança cristã, que põe os bens acima das nuvens, para além da morte. A verdadeira sabedoria, que aprendeu em tantos livros e manuscritos antigos e novos, e pela qual trabalhou tanto, a ponto de ficar cego no fim da vida, deu-lhe o verdadeiro sentido da vida presente, que é o caminho para a outra, a eterna.
À sua irmã Pompónia escreveu, consolando-a pela morte de Basila. E termina dizendo: «O tempo foge insensivelmente, a morte aproxima-se em segredo, e a nossa cega esperança não vê senão as alegrias da vida. Felizes aqueles cuja alegria é Deus, e cujo gozo repousa na futura bem-aventurança.»
São Bráulio morreu pelo ano de 651.
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
LUDGERO, Santo
Bispo (743-804)
Nascido na Frísia (norte da Holanda) cerca do ano de 743, veio a falecer mais ou menos em 804. Evidenciou desde tenra idade grande aptidão para os estudos. Depois de receber educação elementar no mosteiro que São Gregório dirigia perto de Utrecht, partiu, em 667, para Iorque, onde durante quatro anos foi discípulo do célebre Alcuíno.
De regresso ao continente, ensinou algum tempo em Utrecht, recebeu a ordenação sacerdotal em Colónia, consagrou vários anos de vida a evangelizar a Frísia, e depois de passar três anos em Monte Cassino, a fim de se familiarizar, com as instituições beneditinas. Aí o encontrou Carlos Magno em 787 e mandou-o para o seu país, a fim de cristianizar os povos que habitavam no delta do Ems.
Ludgero trabalhou também na conversão da Saxónia e da Vestefália. Fundou um mosteiro em Werden, no condado de Mark, outro em Helmstadt e um terceiro em Mimigardefort, que deu mais tarde origem a Munster.
Elevado a bispo desta cidade em 802, Ludgero dedicou-se com toda a energia à formação de clero virtuoso e instruído. Ele próprio dava todos os dias um aula de Sagrada Escritura, vivia em grande austeridade e distribuía quase todos os rendimentos em obras de caridade. Serviu isto de pretexto para o acusarem a Carlos Magno de delapidar os bens da sua sé e negligenciar a conservação das igrejas. Carlos Magno mandou-o comparecer na corte. Ludgero obedeceu, e estava a rezar o breviário ou liturgia das horas quando um camareiro o avisou de que tinha chegado a sua vez para a audiência. Ludgero respondeu que iria depois de acabar. Quando se apresentou a Carlos Magno, este, vexado, disse-lhe: «Bispo, não é correto da vossa parte fazer-me esperar desta maneira”. – “Príncipe, respondeu Ludgero, não está Deus infinitamente acima da Vossa Majestade, e não vos obedeço eu colocando o seu serviço acima de tudo, como me recomendastes quando me nomeastes bispo? – “ Isso é verdade, respondeu, Carlos Magno, e sinto-me satisfeito por verificar que procedeis como eu esperava. Já agoira digo-vos mais, que não tornarei a dar crédito aos que interpretam mal o vosso procedimento».
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
QUADRADO, TEODORO, EMANUEL, SABINO
e mais 40 outros mártires, Santos
Mártires (Época indeterminada)
Parece que estes mártires sofreram na Ásia Menor. O grupo de 43 membros aparece em vários documentos.
À frente aparece Quadrado (ou Codrat) qualificado de bispo, mas sem o nome da sé: o menológio do imperador Basílio apresenta sobre ele alguns pormenores: “Foi expulso da sua cidade episcopal pelos idólatras locais, recebeu a proibição de ensinar em nome de Jesus Cristo, se ele queria assegurar a vida. Sem fazer caso desta ameaça, continuou o ministério, batizou os catecúmenos, visitou os cristãos detidos nas prisões, e animou-os a manterem-se firmes na fé. Os perseguidores, vindo a ter conhecimento destes factos, apoderaram-se de Quadrado e decapitaram-no depois de variados tormentos”. Emanuel é também chamado Manuel; não há pormenores sobre ele, como também sobre Teodósio.
Dos 40 companheiros lê-se este elogio num sinaxário: «Eram originários do Oriente: vendo os idólatras chacinarem cristãos todos os dias decidiram morrer também eles por Cristo. Foram apresentar-se ao governador da província e declararam-se cristãos; as testemunhas desta cena ficaram pasmadas todas. O governador, primeiro, mandou-os prender; ao cabo dalguns dias, tentou abalar-lhes a constância. Mas, não o conseguindo, mandou-os suspender em postes. E os algozes receberam ordem para rasgar-lhes os corpos e os estender sobre uma cama de espinhos e, por fim, de os decapitar.
Alguns manuscritos acrescentam o nome de Sabino a esta série.
O lugar do suplicio ficou desconhecido: julga-se que decorreu no tempo de Diocleciano.
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
EUTÍQUIO
e mais 4 outros mártires em Alexandria, Santos
Mártires (Época indeterminada)
O suplicio destes cristãos leva-nos à quaresma de 356, quando, sendo imperador Constâncio, a perseguição de Alexandria era dirigida pelo falso bispo Jorge, usurpador da sé de Santo Atanásio. Em nome do príncipe ariano, este intruso lançou perturbação na comunidade dos fiéis, desde a semana da Páscoa até à oitava do Pentecostes. Era ajudado neste empreendimento pelos soldados e pelo crédito do duque Sebastião, maniqueu de quem dependia a milícia do Egipto.
Estes furiosos, cuja brutalidade causava horror até mesmo aos pagãos, apoderaram-se dum subdiácono de grande virtude, chamado Eutiquio, a quem feriram, azorrando-o com inaudita violência. Pouco faltou para a vítima morrer com os açoites. Eutiquio foi, em seguida, mandado para as minas de Feno, monde era o clima tão insalubre que mal se conseguia lá viver por alguns dias. Para intimidarem os outros cristãos de Alexandria, os arianos aceleraram a partida de Eutiquio, e este morreu no caminho. Entre aqueles que lhe mostravam compaixão no momento da partida, os arianos apoderaram-se de quatro homens de grande probidade; o duque Sebastião mandou que os flagelassem e os lançassem na prisão. Mas, obrigados a restitui-los à liberdade a instâncias da multidão, os perseguidores vingaram-se suspendendo as esmolas que davam aos pobres de Jesus Cristo.
Todas estas desordens da Igreja Da Alexandria não deixaram que os fiéis notassem o dia em que morreu Eutiquio e que fosse celebrada a memória deste subdiácono e dos seus companheiros. Tomaram lugar, nos martirológios, a 26 de Março e a 21 de maio, datas que parecem assinalar o principio e o fim da perseguição ariana em Alexandria.
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
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Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
Outros assuntos que venham aparecendo emergentes dos acontecimentos que surjam tanto em Portugal, como no estrangeiro; e, ainda, alguns vídeos musicais (ou outros) que vão sendo recolhidos através do Youtube e foram transferidos para o meu canal “antónio0491” que se encontra inserido logo após o Título e sua descrição.
Registe-se também que através de Blogs Católicos, União de Blogs Católicos, etc., estou inscrito em muitos blogs que se vão publicando em Portugal, Brasil, e outros países, que, por sua vez, também publicarão este blogue. Há ainda mais algumas alterações que já fiz e vou continuando a efetuar na parte lateral do blogue, retirando ou colocando vários complementos.
Como também já deve ser do conhecimento de muitos, encontro-me inscrito na rede social, Google + Facebook, e outros, individualmente e, também ali poderão encontrar este blogue. O meu correio electrónico foi modificado e será inscrito no início de cada página (pelo menos na primeira, de cada dia).
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