sábado, 30 de março de 2013

Nº 1605-1 - (89-13) - SANTOS DE CADA DIA - SÁBADO SANTO - 30 de MARÇO de 2013 - 5º ano

antoniofonseca1940@hotmail.com

Nº 1605

30 de MARÇO de 2013

Bom

ANO D E 2 0 1 3


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SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR

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Nº 1605-1 - (89-13)


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E U  S O U

AQUELE  QUE  SOU

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Nº 1605-1 - (89-13)


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JOÃO CLÍMACO, Santo

Abade (649)
 
O Monte Sinai, com tantas recordações bíblicas, forma um maciço de cumes e de vales pedregosos e muito secos, quase sem vegetação. Quando o visitou a religiosa Etéria (de naturalidade galega, do século IV ou V), o Sinai estava povoado de monges. Etéria viu diferentes mosteiros, capelas guardas por monges, covas em que moravam anacoretas “e uma igreja no alto do vale; diante da igreja há um ameníssimo jardim com água abundante, no qual está a sarça; muito perto, indica-se o lugar onde se encontrava São Moisés quando Deus lhe disse: «Desata a correia do teu calçado».
O mosteiro de Santa Catarina, único a manter a vida monacal naquelas paragens agrestes, está situado a mais de 2000 metros do sopé do Djebel-Musa ou monte de Moisés. Vive no mosteiro uma comunidade de monges ortodoxos gregos e conserva uma famosa biblioteca com 500 manuscritos antigos. No século XIX foi descoberto nela o Códice Sinaítico, do século IV, com todo o Novo Testamento e a maior parte da versão grega do Antigo.
A recordação de Moisés e de Elias, aos quais falou Deus neste monte, atraiu desde os primeiros tempos muitos anacoretas. Estes viveram em recintos fechados e só se permitia a vida solitária dentro da clausura. Cada mosteiro regia-se a seu modo, sem regra comum; mas todas estas se inspiravam nos preceitos que São Basílio dera aos monges. Os divinos ofícios duravam seis horas. O resto do dia ocupavam-no em trabalhos manuais e, no estudo. Teciam para si os vestuários; túnica áspera de pelo de cabra ou de cordeiro, faixa, manta e sandálias. Preparavam pergaminhos, transcreviam e iluminavam códices. Comiam uma só vez ao dia e praticavam jejum rigorosíssimo, na Quaresma e no Advento. A caridade em forma de hospitalidade era característica dos monges. Junto a cada mosteiro estava a hospedaria para peregrinos e viajantes.
Nesse ambiente correu a vida de São João Clímaco, o mais popular dos escritores ascéticos daqueles séculos, devido à sua única obra Escada do paraíso. Os poucos dados biográficos que chegaram até nós, conhece-mo-los principalmente pelo monge Daniel. Este redigiu-os pouco depois da morte do santo, como introdução ao livro dele.
João Clímaco viveu na segunda metade do século VI e primeira metade do VII. Era muito novo quando um dia se apresentou no mosteiro do Sinai, disposto a consagrar-se a Deus. Nem os bens de família, que eram muitos, nem a educação distinta que recebera, nem um porvir risonho, foram  obstáculo para iniciar uma vida humilde e austera. Tudo foi esquecendo heroicamente com  as instruções dum excelente religioso chamado Martírio, e depois de três anos de noviciado a duração que preceituava a regra – entrou na comunidade dos monges. Daniel afirma sem rodeios que ele era monge submisso e instruído em letras.
Uns anos depois, morreu o monge Martírio e o nosso santo retirou-se para o extremo do monte, a uns cem metros duma ermida. Ali vivia mais perto de Deus, num antro apertado ou cela natural, que foi testemunha, durante muitos anos, das suas prolongadas orações, contemplações, penitências e lágrimas. Aprendeu aí o que, alguns anos mais tarde, aconselharia ao abade de Raytun numa carta ainda existente:  “Entre todas as ofertas que podemos fazer a Deus, a mais agradável a seus olhos é indiscutivelmente a santificação da alma por meio da penitência e da caridade». Aí venceu o demónio da gula, comendo pouco; ao mesmo tempo que dominava a vanglória,  comendo de tudo o que lhe permitia a regra monástica,  pois sabia que as abstinências extremas foram motivo de ostentação noutros monges. Passou 40 anos alheio à indolência, dado ao estudo e ao trabalho, sendo a oração prolongada e breve o sono, e mantendo-se parco no comer e benigno com os visitantes incómodos.
No principio viveu completamente isolado; correu porém, a fama da sua erudição e santidade, e várias pessoas iam ter com ele em busca de conselho. João instruí-as com  toda a caridade. Não faltaram invejosos que o censuraram de charlatão; por isso ele mesmo se impôs a penitência de não ensinar com palavras, mas com obras de penitência, de doçura e de modéstia. Isto durou até que os mesmos que o tinham difamado, foram pedir-lhe que reavivasse os seus divinos ensinamentos. Passou horas de tristeza e de desânimo com vontade tudo deixar correr. Mas logo se tranquilizava pensando agradar a Jesus Cristo e terem muitos chegado à santidade por esse caminho.
Quando morreu o abade do Monte Sinai, os monges foram à procura de João e pediram-lhe que aceitasse o cargo de lhe suceder. O santo, operante a insistência, sempre aceitou e foi para o mosteiro acompanhando-os. Não se tinham equivocado: João desempenhou o cargo com sabedoria, bondade e carácter e vida exemplar.
Sendo abade, redigiu, ou pelo menos terminou, a Escada do paraíso, fruto de longa experiência ascética. Compõe-se de 30 graus, que são outros tanto capítulos em que o santo explica, em forma de aforismo e sentenças, as virtudes de monge e os vícios que terá que vencer. O estilo é muito simples e claro. Serve-se de exemplos vividos nos mosteiros. Assim diz-nos que, edificando-o a virtude do monge cozinheiro lhe perguntou uma vez como podia andar recolhido a cada momento, praticando um trabalho tão material. O cozinheiro respondeu-lhe: “Quando sirvo os monges, imagino comigo que sirvo ao próprio Deus na pessoa dos seus servidores, e o fogo da cozinha recorda-me as chamas que abrasarão os pecadores eternamente».
Os primeiros graus da escada do paraíso são: a renúncia à vida do mundo, aos afectos terrenos, ao afecto pelos parentes, e a obediência, a penitência, o pensamento da morte e o dom de lágrimas ou, como diz, a tristeza que nos causa alegria. “Caríssimos amigos – escreve o santo – na hora da morte o juiz supremo não nos lançará em rosto não termos feito milagres, ou não termos sabido subutilizar em  matérias elevadas de teologia, como também não termos chegado a um grau elevado de contemplação, mas sim de não termos chorado os nossos pecados de modo que merecêssemos o perdão». Os graus seguintes são: a doçura que triunfa da cólera, esquecimento das injúrias, fugir da  maledicência pois esta seca a virtude da caridade; amor ao silêncio, porque muito falar leva à vanglória; fugir da mentira, que é ato de hipocrisia; combater o enfado e a preguiça, uma vez que esta última destrói por si só todas as virtudes; praticar a temperança, porque gulosar é hipocrisia de estômago, o qual diz nos vamos saciar com aquilo que realmente não sacia. Contentando a intemperança, vem a impureza; daqui se segue que o grau seguinte seja o amor à castidade. A castidade – diz – é dom de Deus, e para obtê-lo convém recorrer a Ele, pois a natureza não a podemos vencer só com as nossas forças. Seguem-se os graus que tratam da pobreza, virtude oposta à avareza; do endurecimento do coração, que é a morte da alma; do sono; do canto dos salmos; das vigílias; da timidez efeminada; da vanglória; do orgulho e da blasfémia. depois, as virtudes tipicamente contemplativas; doçura da alma, humildade, vida interior, paz de alma, oração e recolhimento. O último grau do livro está dedicado às virtudes teológicas.
Levado pela caridade prática, mandou edificar uma hospedaria para peregrinos a pouca distância do mosteiro, Informado disto, o papa São Gregório Magno quis ajudá-lo, enviando-lhe uma quantia juntamente com uma carta, ainda conservada, em que se recomenda ás orações de Clímaco.
Morreu com a mesma simplicidade com que vivera. A sua escada do paraíso depressa se tornou famosa. O livro copiou-se e leu-se em todos os mosteiros, foi traduzido para latim, e o autor imortalizou-se com o sobrenome de Clímaco do grego clymax, que significa “escada”. Também lhe chamaram João o escolástico, designação que apenas se dava a pessoas de muita doutrina. João Clímaco é um dos Santos Padres da Igreja Grega.
 
 

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

AMADEU DE SABÓIA, Beato

Duque (1435-1472)

Nascido em Thonon (Alta Sabóia), no dia 1 de Fevereiro de 1435, Amadeu IX, duque de Sabóia, era neto de Amadeu VIII, que foi eleito antipapa em 1438 e abdicou abnegadamente alguns anos depois. Aquele, prometido desde o nascimento a Iolanda, irmã de Luís XI, rei de França, desposou-a em 1451 e teve dela sete filhos.

Em 1465 sucedeu a seu pai Luís I, no Piemonte e na Sabóia, mas durante os sete anos do seu ducado, sofreu de ataques epilépticos e teve por isso de partilhar o poder com a duquesa, sua mulher. Aliás, a união entre os dois esposos foi perfeita, pois tanto um como outra apenas pensavam no bem temporal e espiritual dos súbditos.

Embora vivesse de acordo com a sua alta posição e estivesse preparado para enfrentar a morte a todo o momento, Amadeu nunca desejou oprimir os seus povos nem expô-los a derramar o sangue inutilmente. Só os libertinos, os concussionários e os blasfemadores eram objecto da sua severidade.

Seguindo o seu exemplo, Francisco Sforza, duque de Milão, impôs mulitas aos cortesãos que fossem apanhados a praguejar e, com as somas assim arrecadadas, construiu uma capela que pôde ornar com magnificência. Observando a extrema bondade e indulgencia que Amadeu testemunhava aos pobres, o mesmo príncipe disse-lhe uma vez: «Percorrendo os vossos Estados, fica-se com  a impressão de viver nos antípodas. Por toda a parte, em geral, é melhor ser rico do que pobre, mas, nos vossos Estados, os pobres é que são honrados e os ricos desprezados». O duque praticou sempre a oração e a penitência. Aos que pretendiam dissuadi-lo de jejuar tão rigorosamente, respondia que nada lhe era tão necessário à saúde.

Nos últimos anos da vida, agravaram-se-lhe os padecimentos. À esposa e aos familiares, que se entristeciam por o verem assim decaído, observava, ao terminarem as crises: “Por que vos afligis dessa maneira? As humilhações abrem o caminho para o reino de Deus”.

Morreu em Vercelli (Piemonte), na segunda feira de Páscoa, 30 de março de 1472, com trinta e oito anos.

 

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

AGOSTINHO SPÍNOLA, Beato

Bispo (1597-1649)

Nasceu em Génova no ano de 1597 e faleceu em Sevilha em 1649. Ainda muito novo, trouxeram-no para a corte de Espanha, onde foi pajem. Depois de estudar em Alcalá, voltou a Madrid, onde a notícia do falecimento da mãe o acabou de resolver a abraçar o estado eclesiástico.

O Papa Paulo V, informado do seu grande mérito, fê-lo cardeal-diácono com o título dos Santos Cosme e Damião (1621). Regressando ele a Espanha, Filipe IV (III de Portugal) apresentou-o para a diocese de Tortosa (1623), sendo sagrado na Capela Real no ano seguinte. deu à sua catedral uma urna de prata, com o corpo de Santo Ascênsio, mártir, Em 1627 foi o cardeal transferido para a sé arquiepiscopal de Granada e em 1630 para a de Santiago de Compostela, cuja primeira pedra de reconstrução ele iria benzer. Continuando ali, celebrou um sínodo em 1635, no qual estabeleceu leis muito salutares e santas, como diz um contemporâneo.

Mas Filipe IV considerava necessária a presença do Cardeal em Itália, para desbaratar os planos e intrigas de Richelieu, apostado a todo o custo em, indispor com a Espanha os príncipes italianos. Em 1637 despediu-se ele do Cabido de Compostela e passou a Madrid, na qualidade de Conselheiro de Estado.

Em 1642 acompanhou o rei na jornada de Aragão e, por motivo da entrada portuguesa na Galiza, resolveu deslocar-se a Pontevedra; e o rei nomeou-o governador e capitão-general interino da Galiza; desempenhou o cargo durante uns três meses. Pouco depois voltou a São Tiago.

Mas constituído arcebispo de Sevilha em 1645, tomou posse da sua última diocese, onde iria falecer uns quatro anos depois. Presidir à diocese sevilhana iria tornar bem notórias as suas excelsas virtudes, o que já sucedera desde o período de Tortosa. E deixou ofertas e legados em notável número, que realçaram mais ainda as virtudes íntimas que possuía.

Depois duma trasladação, o corpo foi depositado, em 1710, na igreja do Colégio da Companhia de Jesus, conforme ele indicara. Foi beatificado em 1987.

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

MANUEL DOMINGOS SOL, Beato

Sacerdote (1838-1909)

Sacerdote de Espanha, nascido em Tortosa em 1838 e falecido na mesma cidade em 1909. Seguiu a carreira eclesiástica com notável brilho e recebeu o presbiterado em 1860. Em 1863 foi-lhe conferido em Valência o doutoramento em teologia.

Exerceu por algum tempo, com zelo exemplar, a cura de almas em Tortosa, e a cátedra de Religião e Moral no Liceu da mesma cidade desde 1864. Os seus ministérios sacerdotais favoritos, foram o ensino do catecismo e a educação da juventude estudantil. Consagrou-se com ardoroso afã e raro tino ao ministério da direção das almas no confessionário, conseguindo formar na cidade de Tortosa e sua diocese uma verdadeira legião de excelentes mães de família e religiosas exemplares.

Foi diretor da Congregação de São Luís e fundador da revista El Congregante (O Congregado), órgão da mesma e de todas as semelhantes de Espanha. Graças a esta publicidade, organizou a famosa peregrinação da juventude espanhola a Roma em 1891. Estabeleceu conventos de religiosas em Vinaroz , Benicarló e Vali de Uxó.

Mas a sua principal glória foi ter sido apóstolo das vocações eclesiásticas em Espanha, por meio dos seus chamados Colégios de São José, para seminaristas pobres. Fundou o primeiro em Tortosa, em 1872, e passados anos em Valência, Múrcia, Orihuela, Almeria, Placência , Burgos e Toledo.

Para os dirigirem e lhes perpetuarem a existência, instituiu em 1886 a Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos do Coração de Jesus. Em 1892 estabeleceu em Roma o Pontifício Colégio Espanhol de São José, para nele se educarem e cursarem altos estudos eclesiásticos, alunos distintos de todas as dioceses de Espanha. Desde 1897, como superior geral da Irmandade, aceitou a direção espiritual, disciplinar e económica dos Seminários que vários bispos lhe foram confiando: Astorga, Toledo, Saragoça, Baeza, Ciudad Real, Jaén, Barcelona, Segóvia, Tarragona, etc. .

Também se encarregou, no México, dos de Chilapa, Puebla de los Angeles, Cuernavaca e Queretáro, que as alterações políticas dessa nação o obrigaram a abandonar. Em 1895 aceitou o seminário menor de Lisboa, que por análogos motivos teve de deixar, igualmente ao cabo de poucos anos.

Estabeleceu em Tortosa e difundiu pela sua diocese várias associações, principalmente a da Adoração noturna. Na sua cidade natal fundou ele mesmo, ou cooperou na fundação de diferentes publicações periódicas como o Correio Interior Josefino, órgão dos colégios e seminários do seu Instituto.

Em 1898 encarregou-se do Templo Expiatório Nacional de S. Filipe de Jesus, na capital do México, e em 1903 inaugurou o Templo da Reparação de Tortosa, construído à sua custa. Foi incansável fomentador da devoção ao Santo Anjo Padroeiro da Espanha. Fruto póstumo destes trabalhos foi constituir-se em Madrid, em 1919, a Real Associação Nacional do Anjo da Guarda do Reino, por iniciativa do soberano Afonso XIII.

Durante toda a vida, foi inesgotável, abnegada e sempre delicadíssima a sua caridade para com os pobres. A sua cidade natal dedicou-lhe uma lápide comemorativa na casa em que o viu nascer. Em 1912 erigiu-lhe, numa praça que ainda conserva o seu nome, um monumento magnifico, obra de Querol. Em Abril de 1926 foram solenemente trasladados os seus restos mortais, desde o cemitério até ao rico mausoléu de mármores e bronzes, construído no Templo de Reparação de Tortosa. Foi beatificado em 1987.

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

TERESA DO MENINO JESUS, Beata

MARIA DO PILAR, Beata e

MARIA DOS ANJOS, Beata

Mártires (1936)

Irmã Teresa do Menino Jesus

Eusébia Garcia, segundo o nome de batismo, nasceu a 5 de Março de 1909, em Mochales, Guadalajara, Espanha. Era a segunda de oito irmãos, um dos quais sacerdote chamado Julião. Seu tio, Cónego Florentino, Professor do Seminário e depois Secretário do Bispo de Siguenza, tomou conta pequenina e, juntamente com uma irmã, tia de Eusébia, educou-a piedosamente.

Desde pequena sentiu tal atração pela virtude da pureza, que aos nove anos fez voto de castidade, que daí por diante foi renovando anualmente até professar no Carmelo.

Quando estudava no Colégio, leu um livro que profundamente a impressionou e que marcou o rumo da sua vida. A História de uma Alma, Autobiografia de Santa Teresinha do Menino Jesus. No desejo de lhe imitar o exemplo, entrou no Carmelo de Guadalajara, aos 16 anos de idade, no dia 4 de Novembro de 1925. Jovem de grandes qualidades, mas também com certa altivez, combateu corajosamente as más inclinações . No seus Apontamentos Espirituais, escreveu: “Não me desanimam os meus defeitos. Pelo contrário , tenho mais ocasiões de merecer e lutar contra eles. Não gosto das vidas dos santos que só falam das suas virtudes, ocultando-lhes os defeitos e as lutas”.

Compreendendo que uma religiosa tem de se mortificar, escreveu também: “Se sou vítima, porque me queixo quando me cravam a faca? Às vítimas destinadas ao holocausto cravavam-lhes a faca e depois queimavam-nas, para que fosse consumidas. Assim devo eu deixar que me cravem a faca, me despedaçam e me consumam”.

Assim deslizou a sua vida até que o martírio a veio colher para o céu aos 27 anos.

Irmã Maria do Pilar

Jacoba Martinez Garcia, nasceu em Terazona, a 30 de Dezembro de 1877. No convento deram-lhe o nome de Maria do Pilar. Eram 11 irmãos, dos quais oito morreram crianças. Dos três restantes, um fez-se sacerdote e as duas meninas entraram no convento das carmelitas de Guadalajara, Vivia com a sua irmã Severiana na casa do tio sacerdote. Quando esta última professou, sentiu forte apelo da graça para a imitar. Aos 21 anos de idade, no dia 12 de Outubro de 1898, festa da Nossa Senhora do Pilar, cujo nome tomou, entrou no Carmelo. No dia 15 de Outubro, festa de Santa Teresa, do ano seguinte, 1899, fez a sua profissão na Missa, cantada e pregada por seu irmão. A mãe, presente à cerimónia, exclamava ao sair da igreja: «O Senhor fez-me feliz demais! O meu único filho é um santo e deu-me a comunhão… e as minhas duas queridas filhas estão aqui no convento, a comungar também de suas mãos”. Durante 38 anos viveu com toda a piedade e exatidão a regra do Carmelo. Ao estalar a revolução, exclama: «Se nos levarem ao martírio, iremos a cantar como as nossas irmãs mártires de Compiègne. Cantaremos: Coração Santo, tu reinarás». A 22 de Julho de 1936 dizia à Superiora: “Já pedi a Nosso Senhor que, se quiser alguma vítima, me leve a mim e poupe as outras Irmãs”. E assim aconteceu.

Irmã Maria dos Anjos

Como as anteriores, também Marciana – tal era o seu nome de baptismo – , pertencia a uma família numerosa. Era a mais nova de 10 irmãos. Tendo falecido seis, ficaram quatro meninas, das quais dizia seu piedoso pai: «Quatro filhas tenho, e a minha maior alegria neste mundo seria vê-las consagradas a Deus”. E assim aconteceu.

Contava Marciana três anos quando perdeu a mãe. O pai, numa carta para uma filha, Religiosa carmelita, escrevia: “Algumas vezes, a pequenina faz-me chorar. Acorda de noite e desde a sua camita diz-me: «Papá, estamos tão sozinhos».

Aos 24 anos de idade, 14 de Julho de 1929, despede-se do seu idoso pai e entra no Carmelo de Guadalajara, onde toma o nome de Maria dos Anjos.

A sua ânsia, que o Senhor satisfez plenamente, era o martírio, como escreve nos seus Apontamentos Espirituais: “Meu Deus, recebei a minha vida entre as dores do martírio e em testemunho do meu amor para convosco».

O Martírio

As três Irmãs, Maria do Pilar, Maria dos Anjos e Teresa do Menino Jesus, tiveram de deixar, como todas as outras Religiosas, o convento no dia 24 de Julho de 1936. Apesar de terem tirado o hábito, são reconhecidas por um bando de milicianos e milicianas comunistas, uma das quais grita para os camaradas: – “São freiras! Dispara!”.

Ouvem-se tiros e silvos de balas. Como pombas perseguidas, batem as inocentes Irmãs à porta de duas famílias amigas. Como ninguém lhes abre, voltam à rua. Um tiro direto ao coração prostra no chão a Irmã Maria do Anjos, que falece pouco depois.

A Irmã Maria do Pilar teve martírio mais doloroso. As balas destroçaram-lhe a coluna vertebral, atravessaram-lhe o ventre e fracturaram-lhe um joelho e os ombros. Estendida no chão a esvair-se em sangue, um algoz ainda lhe atravessou a região lombar com um punhal. Entre horríveis tormentos, dores e sede abrasadora, exclamava, como Cristo no alto da cruz: “Tenho sede… Meu Deus, perdoai-lhes porque não sabem, o que fazem!”. Beijando o crucifixo que lhe aproximou dos lábios uma Irmã de Caridade do Hospital, para onde a irmã Pilar foi trasladada, entregou placidamente a sua alma a Deus.

A Irmã Teresa do Menino Jesus, ao fugir, viu-se cercada por um bando de milicianos. Aparece de repente outro camarada que lhes ralha fortemente, mando-lhes soltar aquela alma inocente. Os colegas deixam-na e ele exclama em tom amigo e paternal: “São uns bandidos. Estou aqui para te proteger. Vem comigo. levo-te a um refúgio seguro. Não temas. Tem confiança em mim”. A boa Irmã deixou-se levar, acreditando nestas palavras.

Depois de atravessarem algumas ruas, chegam ao descampado, perto do cemitério. Então o lobo tira a pela de cordeiro e descobre toda a sua maldade. Promete a liberdade e um futuro belo e feliz se a Irmã ceder aos seus vergonhosos desejos. Ela repele-o energicamente e procura escapar-se. Cercam-na outros milicianos. Pretendem que dê vivas, que repugnam, à sua pureza e à sua fé. Como resposta, ouvem este grito: «Viva Cristo Rei!» Cai mortalmente ferida com o rosto por terra, trespassada pelas balas. Desfeita em sangue, sozinha como Cristo no Jardim das Oliveiras, agonizou em grande paz, com a fé e a virgindade intactas.

Assim morreram as três Carmelitas de Guadalajara que no dia 29 de Março de 1987 subiram aos altares.

Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

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  • Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos:
  • “REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”

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  • NOTA:
  • Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.


    Assim, a principiar pela imagem principal, a partir de hoje, e se possível todos os dias, ela será modificada mediante o que eu for encontrando passível de aproveitamento para isso. A partir de Quarta-feira de Cinzas, acrescentei mais 2 páginas (uma que vigorará só na Quaresma e outra que será diária) – São elas VIVER A QUARESMA e ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS e, por conseguinte haverá mais 2 números a incluir que serão o 7 e o 8.
  • (sendo a Pág. 1Vidas de Santos; Pág. 2O Antigo Testamento; e Pág. 3O Papado – 2000 anos de história). Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6In Memorian.
  • Outros assuntos que venham aparecendo emergentes dos acontecimentos que surjam tanto em Portugal, como no estrangeiro; e, ainda, alguns vídeos musicais (ou outros) que vão sendo recolhidos através do Youtube e foram transferidos para o meu canal “antónio0491” que se encontra inserido logo após o Título e sua descrição.

    Registe-se também que através de Blogs Católicos, União de Blogs Católicos, etc., estou inscrito em muitos blogs que se vão publicando em Portugal, Brasil, e outros países, que, por sua vez, também publicarão este blogue. Há ainda mais algumas alterações que já fiz e vou continuando a efetuar na parte lateral do blogue, retirando ou colocando vários complementos.

    Como também já deve ser do conhecimento de muitos, encontro-me inscrito na rede social, Google + Facebook, e outros, individualmente e, também ali poderão encontrar este blogue. O meu correio electrónico foi modificado e será inscrito no início de cada página (pelo menos na primeira, de cada dia).

    Para terminar, gostaria de que os meus leitores se manifestassem, bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato
    Desculpem e Obrigado mais uma vez – António Fonseca

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    Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
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    http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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  • Meus endereços:
  • Nome do blogue: SÃO PAULO (e Vidas de Santos)
  • Endereço de Youtube: antonio0491@youtube.com
  • António Fonseca
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