quinta-feira, 28 de março de 2013

Nº 1602 - (3) - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA (100) - 28 de Março de 2013

Nº 1602 - (3)

BOM ANO DE 2013

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Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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BEATO JOÃO XXIII

Beato João XXIII

Beato João XXIII

(1958-1963)

O Conclave teve uma escolha difícil e só na terceira semana, em 28 de Outubro de 1958, elegeu o patriarca de Veneza, Ângelo Roncalli, um homem de 78 anos, que tomou o nome de João XXIII, dizendo «Quem chega a papa com 78 anos não tem um grande futuro», referindo-se ao facto de João ser o nome usado por mais papas e alguns com pontificados muito curtos.

João XXIII, um papa com aparência de pároco de aldeia, revelou-se um pontífice excepcional, particularmente ao convocar o Concilio Vaticano II, decisivo para o futuro da Igreja Católica e muito influente nas confissões cristãs e não cristãs e até dos agnósticos e ateus.

Neste concílio, que teve a presença de representantes de 80 estados e organismos internacionais, tomaram parte 1540 padres conciliares, com  a assistência de representantes de diversas Igrejas dissidentes, protestantes e ortodoxas. No discurso de abertura, em 11 de Outubro de 1962, João XXIII mostrou uma orientação aberta e optimista, nada propensa a condenar, mas a usar a misericórdia para mostrar a validade da doutrina cristã.

A par do concílio, procurou iluminar o mundo com a sua voz autorizada e as suas encíclicas: Ad Petri Cathedram, de 29/9/1959, sobre a verdade, a unidade e a paz; Sacerdotti nostri primordia, de 31/7/1959, sobre o Santo Cura d’Ars; Grata recordatio, de 26/9/1959, sobre o rosário; Príncipes pastorum, de 28/11/1959, sobre as missões; Mater et Magistra, de 15/5/1961, sobre questões sociais, nova e renovada versão da doutrina social da Igreja; Aeterni Dei Sapientia, de 11/11/1961, sobre a unidade dos cristãos; Penitentiam agere, de 1/7/1962, como preparação para o Concilio; e a mais famosa de todas, a Pacem in terris, assinada em 11 de Abril de 1963, uma Sexta-feira Santa, sobre as exigências da justiça, da caridade e da liberdade em ordem à paz mundial, dirigida não só a todos os bispos, clero e fiéis católicos, mas também «a todos os homens de boa vontade».Estrela

O mundo compreendeu João XXIII e a prova do seu reconhecimento foi a concessão do Prémio Balzan da Paz.

O prestigio deste papa ajudou a minorar as tensões com as igrejas separadas e a prová-lo está a visita do primaz anglicano, arcebispo de Cantuária, Geoffrey Fisher, em 1960, depois de 426 anos de afastamento.

Ainda dentro da sua preocupação conciliadora, está a criação do Secretariado para a União dos Cristãos, chefiada pelo cardeal Bea, um jesuíta alemão e antigo reitor do Instituto Bíblico de Roma.

João XXIII faleceu quando ainda muito se esperava deste papa e com o concílio em funcionamento.

Já muito doente, quando se despediu dos fiéis para se preparar para o Pentecostes, estava bem perto de falecer o pontífice que o mundo chorou, chamando-lhe «o bom papa João», já adivinhando que este papa tão querido de todos chegaria aos altares.

A publicação que fez em 1961 dos seus diários, com o título Diário de Uma Alma, e do livro Cartas à Sua Família, editado posteriormente em 1969, atestam bem a sua simplicidade e humildade na pureza da sua vida espiritual.

Chefes de Estado e responsáveis de várias Igrejas mostraram-se consternados com a morte do papa e o secretário-geral das Nações Unidas, U. Thant, reconheceu João XXIII como «uma das vidas mais nobres e um dos espíritos marcados pelas mais altas qualidades humanas».

No que respeita a Portugal, a morte de João XXIII foi muito sentida. Ninguém esqueceu que antes de ser papa, apenas como cardeal Ângelo Roncalli, esteve no Carmelo, em 1956, para visitar a Irmã Lúcia, a vidente de Fátima.

Ainda como patriarca de Veneza, ao presidir às cerimónias de 13 de maio, em Fátima, proferiu estas palavras: «Abençoa, ó Mãe, esta nobre nação lusitana que escolheste para novo santuário das tuas maravilhas e que chamaste a gozar, antes das outras, os benefícios e os progressos da paz cristã».

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Estrela Esta transcrição é curiosa sobre vários aspectos – que não foram calculados… (apenas se verificou a junção de várias curiosidades) – que passo a enumerar. Hoje, dia 28-3-2013, é Quinta-feira Santa; O número de ordem que se encontra no cabeçalho desta edição é o nº 100; Amanhã, Sexta-feira Santa, completam-se 50 anos sobre a data em que foi publicada a enciclica PACEM IN  TERRIS aqui referida; No corrente ano, celebram-se 50 anos sobre a data de realização do Concílio Vaticano II. Em Junho próximo, passam 50 anos sobre a morte do Papa João XXIII .

 

Continua:…

Este Post era para ser colocado em 28-3-2013 – 10H30

ANTÓNIO FONSECA

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