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Mapa antigo de Israel
Terceiro Discurso de MOISÉS
CÂNTICO DE MOISÉS
32 - CÂNTICO DE MOISÉS – E Moisés fez ouvir a toda a assembleia de Israel as palavras deste cântico, até ao fim:
Escutai, ó céus, o que vos vou dizer: Ouça toda a terra as palavras da minha boca. Que o meu ensinamento as espalhe como chuva,
E o meu discurso se derrame como orvalho, Como o aguaceiro sobre as plantas, E com o as gotas espremidas sobre a relva!
Porque é o nome do Senhor que eu proclamo; Prestai homenagem ao nosso Deus! Ele é o nosso rochedo e a Sua obra é perfeita.
Todos os Seus caminhos são a própria justiça; Deus de verdade, jamais iniquo, Constantemente equitativo e recto (Jer 10, 10).
Foi Ele que condenou os Seus filhos? Não, foi a sua própria dignidade. Ó raça perversa e tortuosa! (Mt 17, 17; Lc 9, 41; Fil 2, 15).
É assim que recompensais o Senhor? Povo louco e insensato? Não é Ele o teu Pai, o teu Criador? Não foi Ele que te formou e te consolidou?
Recorda-te dos dias antigos. Medita os anais de cada século; Interroga teu pai e ele te ensinará. Os teus anciãos e eles te dirão!
Quando o Altíssimo deu a Sua herança às nações, Quando separou os filhos de Adão. Fixou os limites dos povos.
Segundo o número dos filhos de Israel (Act 17, 26). Porque este povo é a parte do Senhor, Jacob é o seu quinhão, a sua herança.
Encontrou-o numa região deserta. Nas solidões ululantes e selvagens; Protegeu-o e velou por ele.
Guardou-o como a menina dos Seus olhos. Como a águia vela pelo seu ninho. Ou paira sobre as sua águiazinhas;
Estende as asas para as recolher. E leva-as sobre as suas penas robustas. Só o Senhor o dirige.
E nenhum poder estranho o auxilia. Levou-o vitoriosamente às alturas da terra. E alimentou-o com os frutos dos campos;
Sustentou-o com o mel dos rochedos. Com o óleo da rocha pedregosa, Com a nata das vacas e o leite das ovelhas.
Com os cordeiros gordos, os carneiros de Basan e os cabritos. Com a medula delicada do trigo. E bebeste o sangue vermelho da uva.
Mas Yechurum engordou e revoltou-se. Estava muito gordo, muito cheio, muito bem alimentado - E abandonou o Deus que o criou.
E desprezou o seu rochedo tutelar! Irritaram-no com cultos estrangeiros; Ultrajaram-no com suas abominações.
Sacrificaram a demónios que não são Deus. A divindades que desconheciam. Divindades novas, recém-chegadas.
Que os vossos pais não haviam adorado. Desprezastes o Rochedo que te gerou. E esqueceste o Deus que te deu o ser.
Ao ver isto o Senhor indignou-se; Assim ultrajado pelos Seus filhos e pelas Suas filhas. Ele disse: Ocultar-lhes-ei o Meu rosto.
E vereis qual será o seu porvir; Porque é uma raça astuciosa, e são filhos desleais. Irritaram-Me com deuses sem valor:
Irritá-los-ei, então, por meio dum povo frívolo. E contristá-los-ei por meio duma nação indigna (Act 14, 15; Rom. 10, 19).
Sim, o fogo da Minha cólera inflamou-se. Devorando até às profundezas do abismo; Consumiu a terra e os seus produtos;
Abrasou os fundamentos das montanhas. Acumularei sobre eles todos os males; Contra eles esgotarei as Minhas setas.
Extenuados pela fome. Devorados pela febre e por pestes mortais. Excitarei contra eles o dente dos carnívoros.
E o veneno ardente dos répteis. serão vítimas da espada, no exterior. E no interior reinará o medo.
Oferecerão igualmente o adolescente a virgem juvenil. O menino de peito e o ancião (2 Cor 7, 5)
Teria destruído por completo. E apagado do meio dos homens a sua recordação. Se não temesse a apalavra insultante do inimigo.
E a cegueira dos seus perseguidores. Que exclamariam: «É o nosso poder que triunfa. Não foi o Senhor quem fez tudo isto.
Porque é uma raça com ideias falsas. Desprovida de inteligência. se fossem sábios, refletiriam.
E ficariam aturdidos com o que lhes aconteceu: Como poderia um só homem perseguir mil. E dois pôr em fuga dez mil.
Se o seu Protetor os não tivesse abandonado. Se o Senhor não lhos tivesse entregado? Porque o seu Protetor não se parece com o nosso.
E os nossos inimigos são duma raça diferente. Na verdade, a sua vinha provém da vinha de Sodoma. E os seus terrenos dos campos de Gomorra.
As suas uvas são bagos venenosos. E os seus cachos são amargosos. O seu vinho é a baba das serpentes.
Um veneno mortal de víboras! – Certamente este é o Meu segredo. Que está selado nos Meus arquivos (Rom 2, 5).
Pertencem-Me a vingança e as represálias. Aproxima-se a hora em que o seu pé vai resvalar; Porque o dia da sua ruína está próximo.
E o que os espera não tardará! (Rom 12, 19; Heb 10, 30). Sim, o Senhor estará do lado do Seu povo. E voltará a ser propício a Seus servos.
Quando os vir extenuados. sem apoio e sem recursos. Então Ele dirá: «Onde estão os seus deuses. Essas rochas tutelares em que confiavam,
Que consomem, a gordura das suas vítimas. E bebem o vinho das suas libações? Que se levantem para vos socorrer!
Que vos sirvam de salvaguarda!… Reconhecei agora eu Eu é que sou Deus. Eu só, e nenhum outro Deus, além de Mim!
Que só Eu é que dou a vida e dou a morte. Eu firo e curo. E nada pode isentar-se do Meu poder. Sim, levanto a Minha mão ao céu.
E afirmo a Minha existência eterna; Quando afiar a Minha espada resplandecente. Quando a Minha mão se armar para o castigo.
Desforrar-Me-ei dos Meus adversários. E darei a paga aos Meus inimigos! Inebriarei de sangue as Minhas setas.
E a Minha espada fartar-se-á de carne: do sangue dos agonizantes e dos cativos. Do crânio dos capitães inimigos.
Louvai, ó Nações, o seu povo. Porque Deus vinga o sangue dos Seus servos. Castiga os Seus inimigos E reabilita a Sua terra e o Seu Povo! (Roma 15, 10; Ap, 10, 6; 19, 2).
A seguir, Moisés fez ouvir ao povo todas estas palavras deste cântico e Josué, filho de Nun, estava com ele. Quando acabou de proferir estas palavras a todo o Israel, disse-lhes: «Tomai a peito as palavras com que hoje vos admoesto e que deveis recomendar aos vossos filhos, a fim de que observem cuidadosamente todas as palavras desta lei. Porque ela não é para vós uma coisa indiferente, é a vossa própria existência, e só por meio dela é que conseguireis largos dias sobre a terra que ides possuir, depois de passar o Jordão:
Nesse mesmo dia, o Senhor falou a Moisés nestes termos: «Sobe ao cimo do Abarim, ao monte Nebo, situado na terra de Moab, frente a Jericó, e contempla a terra de Canaã, cuja posse darei aos filhos de Israel. Morrerás sobre a montanha que vais subir e reunir-te-ás a teus pais, como teu irmão Aarão morreu sobre o monte Hor e foi reunir-se a seus pais. Porque pecaste contra Mim no meio dos filhos de Israel, por ocasião das Águas de Meriba, em Kadech, no deserto de Cin, não Me santificando no meio dos filhos de Israel. Somente verás, de longe, a terra que darei aos israelitas, mas não entrarás nelas».
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