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Nº 1596
21 de MARÇO de 2013
Bom
ANO D E 2 0 1 3
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Nº 1596-1 - (80-13)
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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Nº 1595-1 - (79-13)
Morte de SÃO BENTO
Uns 40 dias depois de São Bento prestar os últimos serviços a Santa Escolástica, anunciou a alguns discípulos o dia da sua morte próxima. Só lhe faltavam seis dias de vida, mas nada levava a pressagiar um fim próximo. Mandou então abrir o coval, querendo sem dúvida dar a entender que para dissipar o horror da morte, o melhor remédio é tê-la sempre presente. Intenção sua era também ver de novo o corpo da irmã e morrer com a certeza de que os seus ossos repousariam junto dos dela. Logo a seguir, atacou-o uma febre violenta; no sexto dia da doença, fez que os discípulos o levassem para o oratório de São João Baptista, e lá recebeu, como viático de partida, o corpo e o sangue de Nosso Senhor. Depois sustentando pelos braços dos discípulos, com as mãos levantadas ao céu, de pé exalou o último suspiro, sussurrando ainda uma oração.
No dia próprio da morte, dois monges, um dos quais no mosteiro e outro muito longe, tiveram a mesma visão, segundo o que ele previa. Contemplaram uma escada elevar-se do ponto em que Bento tinha entregado a sua alma até ao céu; estava coberta com ricos panejamentos e iluminada por multidão de estrelas. No cimo encontrava-se um homem de aspecto venerável, irradiando luz divina, e disse-lhes: «É o caminho pelo qual Bento, o muito amado pelo Senhor, subiu ao céu”. Os que estavam ausentes tiveram então notícia, pelo sinal que lhes tinha predito, da morte do Santo, ao mesmo tempo que os irmãos que dela tinham, sido testemunhas. Os discípulos presentes depositaram o corpo do seu venerável Pai ao lado do da irmã Escolástica, no sepulcro que mandara preparar debaixo do altar de São João Baptista, no lugar precisamente do altar de Apolo que ele tinha derrubado (21 de Março de 543, segundo a opinião m,aios comum).
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
NICOLAU DE FLUE, Santo
Confessor (1417-1487)
Nicolau de Flue – observou Pio XII em 1947, ao celebrar a sua canonização – é o santo dos católicos suíços, “não só porque salvou a Confederação num momento de crise profunda, mas também porque traçou para o seu país as linhas dominantes duma política cristã”. A Suíça germânica do tempo de Nicolau de Flue, a dos séculos XIV e XV, está toda impregnada de correntes ascéticas e místicas, “favoráveis à manifestação duma vida de ascese e de visões”.
Nasceu o Santo em 1417, no ano em que ao grande cisma do Ocidente punha fim o Concilio de Constança, elegendo Martinho V. A ideia dos grandes místicos, que tomam parte nas complicadas atividades da vida política, não surpreende depois dos grandes exemplos de São Bernardo, santa Catarina de Sena, santa Brígida e Santa Joana d’Arc. São Nicolau de Flue representa a suprema encarnação do génio da Suíça, por ser o salvador e pacificador da pátria, o fundador da Confederação e o primeiro patriota confederado.
É curioso observar que já no século XVI, tanto católicos como protestantes se ocupam do Santo, naturalmente por motivos diferentes, Zuinglio, para repetir aos suíços que fujam das alianças estrangeiras, e os católicos a fim de lhe promoverem a canonização oficial. Mas esta só veio a chegar a bom porto uns 400 anos mais tarde; na demora intervieram também motivos políticos.
O que mais surpreende na vida de Nicolau é que se possam unir numa mesma pessoa o ordinário e admiravelmente perfeito, com o extraordinário e evidentemente divino. E o mais extraordinário dele não é fantasia; encontra-se perfeitamente garantido por testemunhos fidedignos.
Nos primeiros anos, foi “jovem casto, bom, virtuoso, piedoso e sincero”. Trabalhou na agricultura. Foi notado que tendia para a solidão e a oração, e não faltou quem descobrisse, embora os escondesse, os seus quatro jejuns por semana. Pelos 30 anos casou-se com Doroteia Wyss, de 16. Foram 20 anos de união matrimonial e 10 filhos. Um frequentou a universidade e o primogénito chegou a ser presidente da Confederação helvética. Das vigílias por ele consagradas à oração falaram a mulher e uma filha.
Com três anos de casado, tem de intervir na libertação de Nuremberga; o seu nome figura entre os dos 699 suíços que tomaram parte na expedição. E toma parte em mais duas ações guerreiras. É certo que o grande amigo da paz não podia tomar parte na guerra senão por ordem dos superiores. Mas, na hora de combater pela pátria, também não podia permitir, por falta de coragem, que triunfasse a insolência do inimigo.
Aos 50 anos retira-se para a vida eremítica. à exceção da heroica esposa, todos começam por desaprová-lo mesmo os dois filhos mais velhos mas estes não tardaram em mudar de parecer; um ano depois foram ajudar a construir para o pai a capela de que este necessitava. Ficou num monte, perto de Ranft, onde estava a sua propriedade, que ele passou os últimos 20 anos, inteiramente entregue à contemplação, sem nunca voltar a casa, e foi lá também que morreu, rodeado pela mulher e pelos filhos, Notemos que o amor conjugal não pereceu entretanto nesta separação, apenas se transformou, um pouco antecipadamente, nesse amor que há-de manter-se no céu: o mesmo, mais belo, porém.
Nesse eremitério resolveu-se a aparente contradição que existe entre o infinito e o finito, entre o pouco que nós somos e a imensidade do amor divino; nessa cela com duas janelas pequeninas, uma a dar para a capela, outra para natureza esplêndida da região de Unterwald. A essa capelinha verá Nicolau acorrerem peregrinações.
Um dia, o bispo de Constança submeteu à prova a obediência do penitente, ordenando-lhe que interrompesse o jejum: não se fez esperar que seguisse o preceito. O carácter milagroso deste jejum foi já reconhecido no tempo de Alexandre VII (1655-1667), antes de Bento XIV mandar estudar o problema dos jejuns prolongados, exatamente a propósito deste de Nicolau. O seu único alimento durante estes anos foi a Sagrada Eucaristia. ”se durante 20 anos – diz Pio XII - ele se alimentou unicamente do pão dos anjos, este carisma foi o complemento e a paga duma longa vida de domínio de si mesmo e de mortificação por amor de Cristo”. Tal jejum foi o esplendor externo duma santidade interna, misteriosa e secreta.
Retirar-se do mundo não marcou todavia, para São Nicolau, o fim duma obra histórico-política. Foi antes um principio de mais pronunciada fase. Nicolau foi juiz e conselheiro do seu cantão. Foi deputado na Dieta federal de 1462 e recusou o cargo de chefe de Estado. O seu influxo nos assuntos federais mistura-se já evidente no tratado de paz perpétua com a Áustria, em 1473. Todavia, a sua obra pacificadora importante começa a partir de 1478. Evitando a guerra civil, fez renascer a unidade da Suíça, o que lhe valeu o título de “pai da pátria”. E em 1481, quando Unterwald estava decidido a separar-se de Lucerna e de Zurique, o que poria fim à existência da Confederação, um emissário da Assembleia, que se dispunha a homologar a ruptura, correu a trazer a notícia ao ermitão de Ranft. Nicolau passou a noite a redigir um projeto de constituição que, no dia seguinte, foi aprovado por unanimidade pela mesma Assembleia, o que reestabeleceu para sempre a unidade e a paz.
É certo que a história da Idade Média está cheia de intervenções dos santos, dos solitários, dos recolecto, que em horas trágicas chegaram a salvar as suas cidades. Recordemos, por exemplo, São Francisco de Assis e São Bernardino de Sena. Mas o que distingue São Nicolau de Flue, comparando-o com os outros, é que realizou, dalguma maneira, obra política tecnicamente, fazendo prevalecer, na prática e na teoria, a ideia duma comum pátria, indivisa e capaz de ultrapassar as preocupações e os interesses cantonais.
Mas não podemos deixar de reconhecer outra vez: a grandeza de Nicolau consiste em ter afirmado abertamente a primazia da vida interior – ele que teve uma vida pública tão fecunda e transcendente –, em se ter deixado possuir pouco a pouco pelos valores eternos. Porque só estes são capazes de equilibrar os temporais.
Não vamos referir as suas visões, mesmo da Santíssima Trindade. Os decretos de beatificação e de canonização tomam em conta unicamente o essencial, isto é, a santidade, as virtudes em grau heroico, dos Servos de Deus; não a realidade dos factos fora do comum.
Mas Nicolau passou o Jordão, digamos. Passou para o outro lado das coisas. Depois foi-lhe possível deixá-las tornar a si. E vieram não para o estorvar, mas para ser elevadas. Depois que resolveu prescindir delas, foram elas mesmas que entenderam não poder passar sem ele. Porque Nicolau foi, mais que tudo, titã ou gigante da oração.
Faleceu a 21 de março de 1487.
“Nicolau de Flue – diz Pio XII – encarna, com plenitude admirável, a união da liberdade terrestre com a liberdade celestial».
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Mártires da Alexandria
34 Virgens mártires (339)
Sendo restabelecido Santo Atanásio na sé de Alexandria pelo ano de 337, foi levantada uma perseguição pelo partido ariano no tempo do imperador Constâncio (339). Ia sobretudo contra o bispo, cujo regresso causara grande alegria entre os católicos, em todas as igrejas da região. Na sexta-feira santa, os arianos e os pagãos, armados com paus e espadas, invadiram a igreja. “As virgens santas, escreveu Atanásio, foram então despojadas dos vestidos e tratadas da maneira mais indigna; foram espezinhados monges e outros espancados cruelmente; os altares profanaram-se e arrastaram-se para os tribunais sacerdotes e leigos; outros cristãos foram vergastados, além de virgens serem encarceradas. O intruso Gregório de Capadócia atreveu-se a penetrar ele mesmo na igreja, levou o prefeito a prender imediatamente 34 virgens ou senhoras cristãs, ao mesmo tempo que homens livres; flagelaram-nos publicamente e carregaram-nos de ferros».
Santo Atanásio, que mal pôde escapar a esta cena tumultuosa, descreveu-a numa carta encíclica, na Segunda Apologia, e na Vida de Santo Antão. Essas desordens realizaram-se de 18 a 22 de março. A Igreja comemorou essas vítimas no antigo Martirológio, mencionando-as a 21 de Março.
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
BENEDITA CAMBIAGIO FRASSINELLO, Beata
Fundadora (1791-1858)
Veio ao mundo em Langasco (Itália) a 2 de Outubro de 1791, última de 7 filhos de uma família verdadeiramente cristã. Aos 13 anos emigrou com os pais e irmãos para Pavia, onde já se encontrava uma grande colónia de genoveses. Por volta dos 20 anos, desejando ser religiosa, afastou-se de casa e escondeu-se num lugar retirado para se entregar à oração e penitência. Todavia, no dia 7 de Fevereiro de 1816 contraiu matrimónio com João Baptista Frassinello, operário de Ronco Scrivia, que tinha também ele emigrado para Pavia.
O marido, admirado com a grandeza de alma e o ardor da vida espiritual da esposa, esforçou-se por imitá-la, de tal forma que dois anos depois do matrimónio, com a aprovação do diretor espiritual, fizeram voto de castidade. Ambos descobriram que Deus os chamava à vida consagrada. Havia, no entanto, um impedimento. Tinham em sua casa uma irmã de Benedita atacada de cancro intestinal, que eles tratavam com incansável caridade e amor. Quando ela faleceu, a 9 de Julho de 1825, João Baptista ingressou como irmão leigo na Ordem dos Clérigos Regulares de Somaschi, e a esposa nas Ursulinas de Capriolo (Bréscia). permaneceu lá pouco tempo, porque uma doença a obrigou a voltar para Pavia.
Confortada com uma visão de São Jerónimo Emiliano (1486-1537) que a curou da enfermidade, e encorajada pelo Bispo, em meio a enormes dificuldades e extrema pobreza, que a obrigou a pedir esmola de porta em porta, deu início à obra de assistência às meninas pobres e abandonadas e às raparigas da rua.
O cavalheiro Domenico Pozzi (1829), impressionado com a obra de Benedita Cambiagio, foi em seu auxilio, proporcionando-lhe uma casa convenientemente equipada para escola, a primeira deste género em Pavia, No espaço de pouco tempo, a casa, aprovada pelo Bispo e pala autoridade civil, quadruplicou o número das asiladas, que em 1831 ultrapassavam a centena.
Para levar por diante obra de tamanha envergadura, ela foi formando um grupo de jovens que a auxiliavam; depois, com algumas delas, fundou o Instituto das Irmãs Beneditinas da Divina Providência.
Não lhe faltaram perseguições, que a obrigaram inclusive a retirar-se de Pavia e estabelecer-se em Ronco Scrivia, onde passou os últimos 20 anos da sua vida. Lá faleceu santamente, a 21 de março de 1858. Foi beatificada no domingo, 10 de maio de 1987. AAS 77 (1985) 1183-9; L’OSS. ROM. 17.5.1987; DIP 2, 12-3.
Transcrição direta através do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
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Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
Outros assuntos que venham aparecendo emergentes dos acontecimentos que surjam tanto em Portugal, como no estrangeiro; e, ainda, alguns vídeos musicais (ou outros) que vão sendo recolhidos através do Youtube e foram transferidos para o meu canal “antónio0491” que se encontra inserido logo após o Título e sua descrição.
Registe-se também que através de Blogs Católicos, União de Blogs Católicos, etc., estou inscrito em muitos blogs que se vão publicando em Portugal, Brasil, e outros países, que, por sua vez, também publicarão este blogue. Há ainda mais algumas alterações que já fiz e vou continuando a efetuar na parte lateral do blogue, retirando ou colocando vários complementos.
Como também já deve ser do conhecimento de muitos, encontro-me inscrito na rede social, Google + Facebook, e outros, individualmente e, também ali poderão encontrar este blogue. O meu correio electrónico foi modificado e será inscrito no início de cada página (pelo menos na primeira, de cada dia).
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