Nº 1607-6 - IN MEMORIAN do Padre Mário Salgueirinho - 30 de Março der 2013

Nº 1607-6

(Post para publicação em 30 de MARÇO de 2013 – 10,30 h).

(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)

Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.

Que descanse em paz com as honras do Senhor.

18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”

CAPACIDADE DE AMAR

Tive a feliz oportunidade de ouvir nesta emissora (Rádio Renascença) uma belíssima entrevista ao grande actor Rui de Carvalho

Quando o entrevistadior lhe perguntou sobre as suas convicções em relação ao Divino, respondeu que relacionava a vida com Deus. Que acreditava, que sentia que os talentos artisticos para o teatro, para a música, para qualquer espécie de arte ou ciência eram chamamentos de Deus.

E eu lembro que o célebre bispo brasileiro D. Hélder Câmara escreveu que os poetas, os compositores e outros artistas têm um toque especial de Deus.

Foi ainda perguntado àquele actor: «Qual o maior dom que agradece a Deus?»

Um silêncio longo. Esperávamos que dissesse ser o seu talento de actor.

Mas não. Respondeu: «O dom que mais agradeço a Deus é a capacidade de amar, a capacidade de amar os outrros que Ele me concedeu».

E explicou: «Faço passar ao largo as invejas, as ofensas, as deslealdades e traições. Tudo perdoo. E estou sempre pronto a ajudar os outros. É esta capacidade de amar o maior dom que agradeço a Deus».

Encantadora resposta.

É que todos recebemos esta capacidade de amar.

Mas uns deixam-na morrer muito cedo. E a sua vida é um caudal de ofensas, de violência e ódio.

Outros desenvolvem e fazem crescer a sua capacidade de amar; e a sua vida é uma torrente de obras de amor; de auxílio, de compreensão, de perdão, de reconciliação e paz.

Roguemos ao Senhor que aumente a nossa capacidade de amar os outros, mesmo àqueles que nos querem  mal... ou nos prejudicam de qualquer forma.

Porto, Dezembro de 1998

Mário Salgueirinho

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Do livro “Dar é receber”

SIMPATIA

A vida, com as angústias de toda a espécie que nos acabrunham, cria-nos muitas vezes um rosto sombrio, pesado, antipático.

O célebre inventor do pára-raios, Franklim, olhou-se certo dia ao espelho e disse: «Com este rosto que tenho, o único concurso que ganharia seria um concurso de feios. Não tenho outro remédio senão compensar esta fealdade com imensa simpatia».

A partir desse dia procurava embelezar o seu rosto com um sorriso simpático.

Muita gente descura esta face acolhedora nos seus relacionamentos, quer familiares, quer profissionais.

Quanta máscara dura, intolerante, em casa, para a esposa, ou paa o marido, ou para os filhos ou para os pais, criando um ambiente desagradável.

No campo profissional, quanta dureza, quanta antipatia nas respostas, nas informações, nos telefonemas, nos atendimentos directos, o que diminmui o valor das pessoas e até cria antipatia pelos serviços, quando nem toda a gente que aí trabalha é desagradável.

Quantos profissionais competentes - por exemplo, médicos - deixam o seu cliente acabrunhado ou com um silêncio que gera dúvida, ou sem qualquer palavra de esperança.

E em qualquer profissão, um sorriso amável, um gesto de colaboração, uma atitude simpática como aliás temos encontrado numerosas, levam à apreciação e respeito das pessoas.

Se não houver beleza física, como no rosto de Franklim, se houver razões para um rosto sombrio e ttriste, tentemos iluminá-lo com um sorriso de simpatia, chave do êxito em todos os campos.

Porto, Dezembro/2003

Mário Salgueirinho

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A publicar em:

30-Março-2013 - 10,30 horas

António Fonseca