O prometido é devido
Quando iniciei esta Página, o intuito que me guiou era de que todos os Sábados, em jeito de HOMENAGEM, incluiria aqui um ou mais textos que o Saudoso Padre Mário Salgueirinho - (de quem fui muito Amigo, desde os meus longínquos tempos de rapazinho “de 14 anos somente”, primeiro durante o meu internamento no ex-Hospital D. Manuel I <hoje conhecido por Hospital de Gaia>, depois num pequeno período de meia dúzia de anos, se tanto, (quando eu por vezes tinha ocasião de o contactar por via de estar integrado no Corpo Nacional de Escutas, como explorador, caminheiro e posteriormente como Chefe de Agrupamento, até cerca de 1960-62) - e mais tarde, dos anos 71 em diante até à data da sua morte ocorrida a 29 de Outubro do ano passado (2011) – em que já nos encontrávamos praticamente todas as semanas – porque vinha celebrar Missa na Igreja de S. Paulo - Comunidade do Bairro do Viso, essa Amizade foi crescendo mutuamente e como tal senti que tinha o dever de o recordar sempre que possa encontrar material escrito que ele foi deixando ao longo de vários anos, principalmente através do seu Vitral que era publicado na VOZ PORTUCALENSE (de que foi Diretor e Administrador), ou através de outros escritos, nomeadamente Poesia e Pensamentos sobre a Doutrina da Igreja e sobre os quais existem vários livros em casa de muitos católicos, e não só.
Logo que ocorreu o seu falecimento (que me deixou um pouco chocado, porque inclusivamente devo ter sido uma das poucas pessoas que com ele estiveram antes de falecer – apenas pouco mais de 24 horas do desenlace – ) daí partiu a minha determinação em cumprir o que prometi, pontualmente todos os sábados, recorrendo não só à Voz Portucalense, como a livros a que possa ter acesso e, também obtendo o endereço do seu blogue, em que aleatoriamente sem assuntos ou datas predestinadas, recolheria tudo o que pudesse para prosseguir esta missão.
Como devem ter reparado, ultimamente (talvez por falta de espaço ou tempo, ou outro motivo preponderante a Voz Portucalense não tem podido dar seguimento à publicação de Vitrais). Recorri já por várias vezes ao blogue que, ele escreveu, e que graças a Deus, vai permanecendo na Internet, e desta vez segui o mesmo critério, e resolvi recolher os textos que foram ali publicados no mês de Março de 2007, em 10, 16, 18 e 28 do referido mês, e que focam diversos assuntos tais como; O primeiro é o caso de um homem que para escapar à desgraça, matou a mulher e depois suicidou-se a ele próprio, o que lembra o caso passado na semana passada em Beja de um homem que se suicidou, depois de ter matado a esposa, a filha e a neta: O segundo texto é sobre a existência de um livro seu, em que exprime vários Pensamentos; o terceiro fala sobre a nomeação do Bispo D. Manuel Clemente para pastorear a Diocese do Porto; e finalmente o quarto é sobre a doença que acabou por levar à inatividade o também saudoso Bispo D. Armindo Lopes Coelho.
Uma nota curiosa: Por sinal esta publicação ocorreu 3 dias depois, de ser empossado como novo Bispo do Porto D. Manuel Clemente !!!
Espero que estes escritos sejam lidos ou relidos por todos os meus leitores e que também sejam pensados devidamente. Numa nota final quero ainda esclarecer que a publicação não foi alterada – a não ser na grafia que está atualizada – mas a sua disposição é mantida “aliás como sempre faço” e as datas estão em sentido descendente. Os meus cumprimentos. António Fonseca
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Wednesday, March 28, 2007
O Nosso Bispo Armindo
Ando, há tempos, com a ideia de escrever sobre D.Armindo, que a enfermidade feriu com gravidade e ensombrou o seu tempo de merecido repouso depois de tantos anos de trabalho.
Cada Pastor tem o seu estilo. Pode conduzir o seu rebanho para pontos altos ou para zonas de alimentos mais acessíveis.
O Bispo Armindo foi um Pastor atento, competente, culto, organizado, respeitador do seu presbitério e do redil a ele confiado.
Como adoeceu assim?
É difícil e pesada a função de um Bispo: guardar e defender a Fé, ensinar, corrigir, proclamar, e administrar a porção da Igreja confiada. Quanto sacrifício, quantos problemas, quantas angústias, quantos desgostos desanimantes. Tudo isso foi pesando noite e dia sobre os ombros humanos deste Bispo empenhado em servir quanto a saúde lhe permitia dar-se.
D. Armindo sonhou partilhar o seu tempo de justo repouso colaborando com o Pastor que lhe sucedesse, oferecendo a sua experiência proveitosa. Talvez a doença - de que tem melhorado visivelmente - não permita colaborar tanto quanto gostaria, mas há uma certeza para todos nós, homens de fé: será com a sua cruz uma alavanca de auxílio à Diocese que serviu e amou quanto soube e pôde. E talvez esse sofrimento pela sua Diocese tenha contribuído para a nomeação do seu sucessor - um Bispo com os predicados que a grande e exigente Igreja do Porto necessita nesta hora.
Não tivemos a oportunidade de agradecer solenemente ao Pastor D. Armindo a sua generosidade, a sua doação, o seu martírio.
Mas, em expressão de admiração e de gratidão, evoco neste meu "Vitral" simples o Bispo D. Armindo, para que a luz possibilite compulsar o tamanho da sua personalidade e da sua ação episcopal.
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Sunday, March 18, 2007
O Novo Bispo do Porto
O próximo dia 25 de Março será um dia grande para a Diocese do Porto, porque nesse dia novo Bispo da Diocese, D. Manuel Clemente vai assumir o pastoreio do seu redil, na Sé catedral do Porto.
Esperamos que seja escasso o espaço para a cerimónia da tomada de posse, porque a gente da Diocese estará presente em massa, para acolher o seu Pastor " que vem em nome do Senhor".
D. Manuel Clemente, pelo que dele conhecemos, é um Pastor solícito, bem preparado na sequência dos seus ilustres antecessores. Começará por conhecer, como disse na sua primeira Saudação, essa mole imensa que é a Diocese do Porto: o seu presbitério, as congregações religiosas masculinas e femininas, as Instituições numerosas e variadas, a população crente e não crente, etc..
Mas a alegria com que é esperado e recebido, nesta hora de sofrimento do seu antecessor e daqueles que partilham da sua dor, é um compromisso de colaboração, de empenhamento nos trabalhos pastorais propostos, de conhecimento da voz do seu Pastor. " Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem a minha voz" - disse Jesus, o Bom Pastor.
Esta recepção acolhedora será uma manifestação de disponibilidade para colaborar com o seu novo Bispo,ouvindo a sua palavra, acatando as suas orientações, apoiando as suas iniciativas, aceitando as suas decisões e partilhando dos seus momentos difíceis.
O povo do Porto costuma ser simpático, espontâneo, generoso e atento aos problemas da sua Igreja. Será interessado pelo percurso do seu novo Pastor, suavizando o ónus que ele assume, para que não se sinta só, mas sim rodeado de pessoas de boa vontade, disponíveis, entusiastas e fiéis.
É fundamental que os membros da Igreja portucalense - clero e leigos - estejam presentes na Sé catedral com o seu Bispo: com as suas orações com as suas saudações calorosas, os seus cânticos de júbilo, de ação de graças e de esperança, "bendizendo o que vem em nome do Senhor".
posted by Maia @ 5:46 PM 0 comments
Friday, March 16, 2007
Obras
Coleção «Pensamentos Belos»
(organizada por Mário Salgueirinho)
É uma colecção, com boa apresentação e preço acessível, constituída pelos títulos seguintes:
1 - AMIZADE
2 - MÃE
3 - FELICIDADE
4 - AMAR
5 - NATAL
6 - ALEGRIA
7 - DEUS
8 - JUVENTUDE
9 - PAI
10 - GRATIDÃO
11 - BONDADE
Outras obras:
- REZAR COM VIDA
posted by Maia @ 11:56 AM 0 comments
Saturday, March 10, 2007
A força do desespero
Há uma faixa etária extremamente abandonada, ingratamente tratada: é constituída pelos idosos, essa pléiade de homens e mulheres com a vida prolongada porque a sua estrutura física e cuidados médicos permitiram viver mais tempo que os seus avós e seus pais.
Os idosos pobres e os doentes em fase de dependência total, estão abandonados, não obstante algumas manifestações de apoio do Estado ou da Igreja.
Não precisei de abrir o meu jornal diário, pois a notícia bárbara vinha logo na primeira página. Para quem não leu (há gente que não gosta de ler notícias tristes...) - para quem não leu, eu sintetizo.
Um homem idoso, morador numa terra do sul do país, tinha a esposa gravemente doente, acamada numa situação de total dependência. O marido procurou interná-la em hospitais mas não conseguiu. Tentou interná-la num lar, mas também não conseguiu, porque não tinha dinheiro suficiente. Que fez ele então?
Aturdido pelo desespero, pela incapacidade de tratar da mulher, matou-a e seguidamente suicidou-se.
Duas vidas anuladas por falta de acolhimento, de assistência conveniente a que todos têm direitos constitucionais.
Pouca gente deve saber o quanto custa conseguir um lugar num lar. Os lares de idosos são muitos. Numa pequena rua da cidade há cinco ou seis mas a quantia que pedem é inatingível para a maior parte dessas pessoas carentes. Recorre-se a influências, algumas de peso, promete-se a reforma do interessado, mas a resposta é negativa: ou porque não há vagas ou porque não pertence a essa área geográfica ou porque exigem uma entrada elevada e uma mensalidade também alta.
Tive ocasião de verificar tudo isto.
Não me surpreendeu a dor e a atitude tresloucada daquele marido, cansado de pedir, desesperado pela situação grave da mulher.
É preciso que quem tem obrigação olhe atentamente para a carência penosa desta gente, que serviu a nação, que gastou as suas energias e envelheceu ou adoeceu com uma pensão insuficiente para o essencial quer para a alimentação, quer para a medicação quer para obter um lugar de repouso para fechar seramente o ciclo da sua vida terrestre.
Padre Mário Salgueirinho
posted by Maia @ 5:30 AM 0 comments
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Autoria do Padre Mário Salgueirinho Barbosa.
Do blog http://padremariosalgueirinho.blogspot.com,
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ANTÓNIO FONSECA
para publicar neste blogue, em 3-3-2012 – 10,20 horas
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