sábado, 29 de dezembro de 2012

Nº 1514-6 - IN MEMORIAN do Pde Mário Salgueirinho–29 de Dezembro de 2012

 
Caros Amigos:

 

Apenas hoje, é que verifiquei o lapso que cometi durante este mês, por não ter publicado nenhum dos textos dos livros “DAR E RECEBER” e “CAMINHO DA FELICIDADE”, de autoria do saudoso Padre Mário Salgueirinho, o que «é imperdoável” da minha parte, porquanto eu prometi que todos os sábados faria essa publicação e não cumpri a promessa. Conforme podem verificar a última publicação foi no passado dia 1. Bem, mas nada está perdido, pois retomo a partir de hoje (29) a referida publicação, que será agendada para todos os sábados que se seguem, se Deus quiser.

(Post para publicação em 29 de Dezembro de 2012 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”
DIAS SOMBRIOS

Há dias muito sombrios, muito pesados, mesmo quando o solo sorri e aquece abertamente.
Ontem vivi um desses dias.
Diante de mim passaram duas senhoras, cada qual com o seu fardo de angústias.
Uma que veio de longe, trazida por estas minhas mensagens da manhã.
Uma palavra nossa, que vai pela rádio, parece ter uma certa força de magia encorajadora e transformadora.
Era uma senhora de terceira idade, desgastada pelo tempo, pela doença e sobretudo pelos desgostos numerosos sofridos.
Ouvi-a com a paciência que a vida me tem ensinado a ter para ouvir: ouvir sobretudo os mais prolixos, os mais repetitivos, os mais demorados, os mais doentes.
- Que mais a faz sofrer presentemente? – perguntei!
- É a solidão! – respondeu. Não tenho ninguém, mesmo ninguém.
Estava ali mais uma vítima dessa chaga terrível do nosso tempo que é a solidão. Mesmo num mundo populoso, mesmo num prédio de muitos moradores, há solidões sepulcrais. Solidões que angustiam, que sufocam, que desesperam, que matam lentamente, cruelmente. Morre-se de amor e morre-se por falta de amor, que a solidão é sentir que não há uma palavra, um sorriso, um carinho, uma visita, um telefonema, uma expressão de interesse e de afecto.
A senhora partiu mais leve, mais encorajada, com um pouco mais de vontade de viver a sua vida difícil.
E outra senhora passou com  a sua angústia. Ainda nova, com um tumor no cérebro.b A sua fé supera toda a incerteza ao caminhar para uma intervenção cirúrgica.
- Vamos orar! Seu sofrimento físico e moral é oração! – disse-lhe eu.
Partiu sem poder dizer-me «obrigada», porque a emoção não permitiu.

Por detrás daquelas lágrimas, o sol da esperança num Deus que é Pai e a quem nada é impossível.

Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”

A IMPORTÂNCIA DE UMA LIVRARIA

 

Passamos nas ruas das cidades por lojas atraentes de vestuário, de calçado, de muitos outros artigos. E muita gente para diante das montras aliciantes para admirar ou entrar para escolher e para comprar.
Há no entanto, de longe em longe, algumas lojas diante das quais se detêm menos pessoas, porque muita gente não reconhece a sua importância. São as livrarias.
Livros expostos: livros novos que chegam como pão fresco, livros reeditados, livros de ensino ou de distração, livros para crianças, para jovens, para todas as idades, livros de cultura cívica ou religiosa.
Comparo as livrarias a postos de venda de pão. Ai não se vende pão para o estômago mas sim pão que fortalece e enriquece o espírito.
As livrarias são como que fontes generosas, implantadas nos desertos materializados das cidades, reconfortantes, oferecendo uma corrente de conhecimento de valores.
Não podemos passar diante da montar de uma livraria sem fazer ecoar em nós a sua mensagem de apelo à cultura: de ler, de aprender, de saber, de enriquecer-nos de valores científicos, artísticos ou religiosos.
A televisão e a informática, para além do interesse cultural importantíssimo que oferecem, têm um efeito negativo; afastam o livro, fazem esquecer esse amigo sempre presente, sempre disponível, para iluminar, para encorajar, para distrair, para valorizar.
Muita gente de todos os estratos sociais abandonou a leitura, baixando no nível cultural. E o nível de uma classe ou de uma nação mede-se também – ou sobretudo – pelo nível cultural de cada classe, pelo nível cultural do seu povo.
 

Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf
A publicar em:
29-Dezembro-2012 - 10,30 horas
António Fonseca

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