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† 21-12-2012 – Aqui Jaz O Mundo
Dias atrás estava conversando com meu marido sobre o “fim do mundo“e ele leu um artigo pra mim o qual gostaria de compartilhar com vocês, segue na integra logo abaixo.
Porém, gostaria de fazer uma reflexão, enquanto eu lia novamente esse texto eu pensei: – Se tivéssemos fé, acreditássemos verdadeiramente em Deus nós ouviríamos a mídia, as pessoas com tanta atenção, dedicação e desespero sobre esse assunto? Se lêssemos mais, se buscássemos mais informações úteis no dia a dia, estaríamos em pânico? Se fossemos mais profundos, menos superficiais, o mundo nos trataria assim?
Quanto dinheiro não está envolvido em um cataclisma como esse? Quanto Holywood não faturou fazendo filmes como “2012″, The Book of Eli (O Livro de Eli), Day One (O Primeiro Dia), The Colony (A Colônia), e The Road (A Estrada), para você ter uma ideia o filme 2012 – faturou globalmente $760,331,011, apenas um filme…
Por que gostamos de nos sentir assim: desamparados, abandonados, desesperados? Por que desprezamos a confiança em Deus? Por que não sabemos nos abandonar do amor de Jesus? Por que não nos permitimos entregar nossas vidas Aquele que morreu por nós?
Quanto precisamos crescer na fé, no amor, no abandono em Deus…quando vamos nos interessar em não sermos mais ignorantes? Hoje nos preocupamos tanto em ter as coisas que o vizinho tem, que os amigos do face tem e esquecemos de buscar conhecimento,
Até quando vamos nos permitir ter e sermos ”analfabetos funcionais” (pessoas com o estudo, mas incapazes de fazer interpretação de texto, de fazer operações matemáticas além das básicas)??? Em 2005 o IBGE disse que 75% da população brasileira é formada por analfabetos funcionais, 38% desse público são de universitários (devido a péssima qualidade de ensino) e 7% da população é de total analfabetos. Enquanto na Suécia o valor de analfabetos é de 7%…
Será que é por isso que acreditamos em fim do mundo com tanta eloquência? Será que é por isso que avaliamos o governo Lula e Dilma como ótimos e excelentes? Será que é por isso que aceitamos o Mensalão, a falta de saúde e educação no Brasil? †
No fundo gostaríamos mesmo é que o mundo acabasse, pois seria bem mais fácil convivermos com isso ao invés de convivermos com a nossa falta de coragem, de sede de mudança, de educação…
Boa leitura!!! O texto abaixo é ótimo…
Precisamos de mais educação e informação científica – só assim ideias como a do fim do mundo não ganharão força. Essa é a opinião de Ulisses Capozzoli, doutor em história da ciência pela Universidade de São Paulo (USP) e editor-chefe da revista Scientific American Brasil. Para aqueles que acreditam no ocaso da humanidade no próximo dia 21, Capozzoli já “prevê” o futuro: “No dia 22, as pessoas deveriam morrer de vergonha de acreditar em uma coisa tão tola como o fim do mundo.”
Para o jornalista, os motivos para teorias apocalípticas ainda terem tanta força nos dias de hoje – afinal, 12% dos americanos acreditam neste “fim do mundo” - são muito complexos. Uma das causas são as crises atuais – como a econômica e a climática. Combinado a isso, temos as rápidas mudanças tecnológicas que ocorrem todos os dias.
“Eu acho que a gente está vivendo essa época de mudanças muito rápidas do ponto de vista tecnológico. Qualquer uma dessas geringonças que você vê compra aí de smartphone, dura um mês, dois meses. Tem outra versão, tem isso, tem aquilo. Não dá tempo de as pessoas aceitarem. (…) Se a gente der uma olhadinha, analisar, a gente vai ver que existe uma crise mais ou menos generalizada. As coisas que eram de uma maneira funcionavam de uma determinada maneira, não funcionam mais. Isso produz uma crise de identidade nas pessoas. Nesse caso, (ocorre) o retorno de, digamos, desses conceitos mágicos.”
Para o editor-chefe da Scientific American Brasil, o apego a teorias apocalípticas é uma forma de “colocar ordem nas coisas”. “Essa complexidade do mundo, e essa mudança, essa transformação, que a gente passa nessa época, traz às pessoas certa angústia emocional”. A teoria apocalíptica, para muitas pessoas, apareceria como uma solução mágica, quase bíblica, para os problemas do mundo. Para elas, depois do “fim”, viria uma “época de ouro”.
“Isso acontece em escala pessoal e em escala social. Países inteiros tiveram experiências dramáticas. Se você pegar o nazismo na Alemanha, você vai ver como é que a loucura se expressou. Em termos de cultura de massa, essa cultura de massa em que a gente vive neste momento, essas soluções fáceis ‘resolvem’ o problema. E elas se propagam, as pessoas querem acreditar que seja assim.”
Contribui para isso a falta de conhecimento, de esclarecimento científico. E Capozzoli não poupa em críticas as universidades (que não conseguiriam da formação científica para as pessoas), nem a mídia. “O noticiário que sai nos jornais, sai com muitos problemas. Outro dia, por exemplo, a moça do tempo disse que a maior proximidade da Terra em relação ao Sol, por causa da órbita elíptica, é o que causa a estação do ano. É uma coisa que a gente aprendeu na escola…”
O jornalista diz que estamos saturados de ciência de tecnologia, mas essas coisas não fazem sentido para muita gente. Ele cita uma teoria espalhada pela internet de que o planeta Marte estaria se aproximando da Terra e chegaria a um ponto de ficar do tamanho da Lua Cheia. “Isso é uma evidência muito clara de que as pessoas não têm a mínima, mas não têm a mínima ideia de como as coisas funcionam. Qual força que vai deslocar Marte da órbita dele para chegar próximo da Terra? Se você tivesse uma coisa dessas, você tumultua o Sistema Solar inteiro. Não tem pé, não tem cabeça, não tem a mínima possibilidade.”
“A gente vive um mundo da espetacularização, da superficialidade total das coisas. Você abre o jornal e está escrito lá que a fulaninha está com o namorado na praia. Gente sem nenhuma importância. Ou a coisa dos ‘famosos’. Cara, ninguém está interessado nos famosos. Você quer uma informação que tem certa relevância social. Que te explique um pouco porque a terra treme. Porque o céu é azul. Isso te insere na natureza. Isso diz respeito à sua vida, onde você está, o que você está fazendo. Se você fizer uma enquete na rua, você vai descobrir que as pessoas não têm a mínima ideia. As pessoas não sabem que o Sol é uma estrela! É um analfabetismo científico. Uma crueldade enorme. É uma impotência da ciência em se aproximar das pessoas.”
Retorno à Idade Média
Para Capozzoli, um fenômeno como o de 2012 traz como perigo o retorno a um pensamento místico por parte da população, algo que ocorria muito na Idade Média, antes de Isaac Newton explicar o movimento dos corpos celestes.
“Antes disso, toda vez que aparecia um cometa no céu, os padres badalavam os sinos da igreja e anunciavam o fim do mundo. Eles fizeram isso inúmeras vezes. O que acontecia: as pessoas, especialmente as pessoas mais ricas, iam lá e faziam doações. E os padres aceitavam, apesar de o mundo estar perto de acabar. É um terrorismo barato. (…) O que está acontecendo agora é um retorno desse pensamento mágico.”
A era da internet
A internet é uma ferramenta com muito potencial. Mas a maior parte do que encontramos na rede em nada contribui para a formação do pensamento crítico das pessoas. O editor-chefe chama boa parte do conteúdo da web de “tolices, as mais imbecis”, coisas que se escreve nas paredes de banheiro público. “Mas não quer dizer que a internet seja só lixo. O problema não é a internet em si, mas o uso que a gente faz dela. Você encontra conteúdos interessantes.”
“A busca de informação mais relevante depende do nível daquele que está precisando. Como todo mundo tem acesso, você vê, nessas coisas do dia a dia, nos comentários: primeiro os caras não sabem escrever. E as opiniões são quase sempre rasas, as mais simplórias.”
Esoterismo e realidade
Para o jornalista, o esclarecimento científico acaba com o esoterismo e outras ideias míticas. Capozzoli afirma que a natureza é espetacular o suficiente para que não precisemos de coisas mágicas. “Não preciso de um esoterismo. A realidade é maior que qualquer esoterismo que eu possa criar.”
“No fundo, a ciência que está aí e que explica coisas fascinantes não está ao alcance mínimo das pessoas, e elas são mantidas em uma ignorância. Ou as pessoas, para ter algum amparo, algum sentido na vida, elas correm para a igreja, ou elas ficam desamparadas. A gente nem pode censurar, ninguém pode criticar alguém por ter uma religião. É um direito natural dela. Agora, quando é exploração (…) você tem uma grande carência, as pessoas acreditam em qualquer tolice, qualquer coisa que seja fácil de imaginar.”
Depois dos maias
Para quem ainda acredita no fim do mundo supostamente previsto pelos maias, Ulisses Capozzoli dá um recado: “No dia 22, todas as pessoas que acreditaram nessa tolice deveriam fazer uma reflexão com elas mesmas: ‘como eu pude acreditar numa ideia tão besta?’ E em todas as manhãs que vierem, que elas olhem a beleza do céu. Olhem o Sol nascendo. Que compreendam minimante o funcionamento e a manifestação da natureza para que elas não fiquem presas ao obscurantismo da Idade Média.”
Seja Feliz, carregando sua cruz!!!
Karina Perri
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_funcional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabetismo_funcional
http://noticias.terra.com.br/ciencia/fim-do-mundo/noticias/0,,OI6375972-EI21082,00-A+dias+do+fim+do+mundo+vivemos+o+mundo+da+espetacularizacao.html
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