Caros Amigos:
Conforme escrevi em 11-12 continuo a transcrição das Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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SANTO LÚCIO I
Santo Lúcio I
(De 253 a 254)
Eleito em 25 de Junho de 253, teve um pontificado muito curto, cerca de nove meses.
Desterrado para a Sardenha, como o seu antecessor, São Cornélio, voltou a Roma a seguir à morte do imperador Galo.
Lúcio I morreu poucos meses depois, de morte natural, dado que o imperador Valeriano se mostrava condescendente com os cristãos.
Tomou duas decisões que se recordam: proibiu que homens e mulheres que não fossem do mesmo sangue coabitassem e declarou ilícito que os eclesiásticos convivessem com as diaconisas, embora estas os acolhessem por razões de caridade.
Ordenou também que o pontífice, nas suas viagens, fosse acompanhado por três diáconos e dois sacerdotes, pelo menos.
Segundo São Cipriano deixou escrito, São Lúcio condenou os hereges novacianos, que se recusavam dar a absolvição e a comunhão aos pecadores arrependidos.
Ao morrer o seu corpo foi sepultado no Cemitério de São Calisto, onde se encontrou uma lápide sepulcral com o seu nome. Atualmente os seus restos mortais estão na Igreja de Santa Cecilia, em Roma, e algumas das suas relíquias em Bolonha.
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SÃO ESTÊVÃO
Santo Estêvão
(De 254 a 257)
Assumiu o pontificado em 12 de Maio de 1254, pouco depois de o imperador Valeriano subir ao trono.
Travou grande polémica com São Cipriano, bispo de Cartago, por uma questão melindrosa no campo doutrinal. Tudo porque durante o pontificado de São Fabião, um édito do imperador Décio (249) ordenara que todas as famílias romanas oferecessem um sacrifício propiciatório aos deuses. Os que anuíssem receberiam um certificado de cidadania livre e pacifica. O édito pretendia atingir principalmente os cristãos e foram muitos os que obedeceram ao decreto imperial. Os crentes condenaram, esta atitude considerando-os apóstatas separados da Igreja.
A maioria deles, porém pretendiam continuar a ser cristãos e participar nos sacramentos. E por isso se gerou uma divergência fundamental: podiam ser admitidos, sem mais, depois da indispensável penitência, ou deveriam ser de novo batizados?
O bispo de Cartago, São Cipriano, opunha-se intransigentemente à readmissão sem baptismo, sendo Santo Estevão de opinião contrária, afirmando que o batismo não se poderia, de modo algum, repetir, pois os pecados, mesmo a heresia ou apostasia, não o conseguiam anular.
São Cipriano, teimando na sua teoria, chega mesmo a reunir dois sínodos em Cartago, em 255 e em 256, nos quais faz prevalecer os seus argumentos, o que anuncia a Santo Estevão.
São Cipriano e o papa continuaram em desacordo, mas é de destacar o bom senso de Santo Estevão, que, mesmo não transigindo, preferiu evitar qualquer atitude drástica, permitindo que o bispo de Cartago continuasse a julgar-se dentro da ortodoxia. Um século depois, Santo Agostinho, analisando esta questão, não hesita em afirmar que a tradição mais genuína estava a favor de Santo Estevão.
No ano de 257, reacendeu-se a perseguição aos cristãos, movida por Marciano, um ministro de Valeriano, que pretendia encher os cofres do Estado à custa do espólio dos cristãos, sendo Santo Estevão uma das vítimas da perseguição, pois, segundo o Liber Pontificalis terá sido degolado em 2 de Agosto de 257, quando celebrava a missa. O seu corpo, junto à cadeira em que foi crucificado, sepultaram-no no cemitério de São Calisto, de onde trasladaram a cabeça para Colónia, onde ainda continua a ser venerada.
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SÃO SISTO II
São Sisto II
(De 257 a 258)
Assumiu o pontificado em 30 de Agosto de 257, no mesmo dia em que os guardas do imperador prendiam São Cipriano, bispo de Cartago.
São Sisto não fez qualquer cedência doutrinal quanto à questão da divergência de São Cipriano com o seu antecessor Santo Estevão, mas aceitou o abraço com que São Cipriano se reconciliou com a Igreja de Roma, antes de ser martirizado.
As perseguições aumentam. O acólito São Tarcísio é desfeito em pedaços e São Lourenço, diácono de São Sisto, ao ser imitado pelo prefeito da cidade para lhe entregar os tesouros da Igreja, aponta-lhe uma multidão de pobres, enfermos, órfãos e viúvas, gritando «Eis os tesouros da Igreja!», sendo por isso condenado a morrer queimado e, segundo a tradição, assado numa grelha.
A ferocidade era tanta que alguns cristãos surpreendidos pelos soldados a celebrar a eucaristia numa cripta da Via Salária ali foram emparedados vivos. Em Útica, decapitaram 150 mártires, celebrados por Santo Agostinho, num sermão em que ficaram conhecidos por «massa cândida».
O próprio São Sisto foi degolado na cadeira onde instruía os cristãos no Cemitério de Pretextato, a 7 de Agosto de 258.
Continua:…
Post colocado em 18-12-12 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA
Olá,
ResponderEliminarPasso, com calma, bem antes da data, para desejar-lhe, com carinho fraterno, que vc tenha Boas Festas neste fim de ano!!!
"A felicidade é com a gota de orvalho numa pétala de flor, brilha tranquila, depois que leve oscila e cai como a lágrima de amor".
Que vc seja muito abençoado e feliz!!!
Abraços fraternos de Boas Festas
Muito obrigado pelas belas palavras que escreveu. Com muito carinho também reenvio os votos que me mandou.
EliminarSÃO PAULO (e Vidas de Santos)- www.antoniofonseca1940@hotmail.com http://lh3.ggpht.com/-pzK1FdIEomM/UKdubhaVmdI/AAAAAAAAR-Q/5QxNSJB6z4w/photo_thumb%25255B123%25255D.jpg?imgmax=800