sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Vida dos Papas da Igreja Católica - (12) - 21 de Dezembro de 2012

 

Caros Amigos:

Desde o passado dia 11-12 que venho a transcrição das Vidas do Papas (e Antipapas)

segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.

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SANTO MARCELO I

Marcelo I

São Marcelo I

(De 308 a 309)

Depois da fase mais feroz da perseguição e eleito em 22 de Maio de 308, São Marcelo viu-se perante a enorme tarefa de reagrupar os crentes e reorganizar a desarticulada hierarquia eclesiástica.

São Marcelo ordenou dois diáconos, 25 padres, 21 bispos e escreveu uma carta aos bispos de Antioquia e ao tirano Maxêncio.

No seu pontificado reorganizou a diocese de Roma em 25 bairros ou paróquias, colocando à frente de cada uma delas um sacerdote que denominou cardeal.

Dedicou-se à fundação de novas Igrejas, consagrou novos bispos e sacerdotes e estabeleceu um cemitério na Via Salária.

Perante o problema dos lapsi, os que haviam apostatado mas queriam ser readmitidos na comunhão cristã, São Marcelo manifestou-lhes a obrigação de expiarem o seu delito com  lágrimas de penitência, pelo que o consideraram inimigo. Denunciado, foi vítima da crueldade do imperador Maxêncio, que o reduziu à escravidão, sendo condenado a tratar das cavalariças imperiais. Morreu pouco depois, em  16 de Janeiro de 309.

O seu corpo foi trasladado para Roma, ficando sepultado no Cemitério de Santa Priscila , na Via Salária.

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SANTO EUSÉBIO

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São Eusébio

(Em 309)

Foi eleito bispo de Roma em 18 de Abril de 309, mas não teve melhor sorte do que São Marcelo, pois teve de enfrentar os lapsi e uma rebelião comandada por um tal Heraclio.

Estando contra ele, tal como havia estado contra São Marcelo, o imperador Maxêncio desterra-os a ambos para a Sicília.

Santo Eusébio apenas esteve à frente da Igreja quatro meses. Morreu no exílio e os seus restos mortais foram mais tarde para o Cemitério de São Calisto, em Roma.

Entretanto, morria no Oriente o causador da mais violenta perseguição de todos os tempos, Galério, que, muito doente e, por fim, convencido de que os meios violentos nada conseguiam frente aos cristãos, publica um édito em que lhes permite praticar livremente a sua religião e que conclui com estas palavras: «Em reconhecimento da nossa benignidade, os cristãos devem pedir a Deus pela nossa saúde e para que a República usufrua de plena prosperidade e eles possam viver em segurança completa».

Palavras, por certo, ditadas pelo medo da morte que se aproximava, para um homem que durante o pontificado de São Marcelino tinha sido o instigador e o causador das mais violentas perseguições da história da Igreja.

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SÃO MILCÍADES ou MELQUÍADES

Melquíades

(De 310 a 314)

Foi eleito em 3 de Outubro de 310, mais de um ano depois da morte de Santo Eusébio.

São Milcíades iria ser um bispo de Roma venturoso, aproveitando o reconhecimento da Igreja, já que Maxêncio secundou o édito de Galério e restituiu à Igreja os edifícios e bens confiscados durante a perseguição e permitiu a eleição de um novo bispo de Roma.

A 28 de Outubro de 312 dá-se a célebre batalha sobre a ponte de Milvia, entre os dois Césares do Ocidente, Maxêncio e Constantino, o qual, vencedor, fica senhor absoluto do império do Ocidente. Diz a tradição que durante a batalha da ponte de Milvia terá aparecido no céu uma cruz com a inscrição in hoc signo vinces («com este sinal vencerás»), ao mesmo tempo que misteriosos mensageiros entregavam a Constantino um lábaro em forma de cruz com o mesmo dístico, que ele entregou aos seus soldados.

Em 313, pelo célebre Édito de Tolerância, de Milão, Constantino garante a consolidação definitiva da Igreja, proclamando a igualdade dos cristãos, a liberdade religiosa e a devolução dos bens.

Entretanto, em Cartago, os ânimos exaltavam-se devido aos donatistas, que impugnavam a sagração do bispo Ciciliano. O imperador convoca alguns bispos imparciais para discutirem o assunto em Roma na presença de São Milcíades. era, na  verdade, um mini-concílio que se reuniu em casa da imperatriz Fausta, esposa de Constantino.

Ciciliano, isento de culpas, sai confirmado no caso e Donato, seu feroz inimigo, vê-se condenado.

Segundo o Liber Pontificalis, São Milcíades proibiu os fiéis de jejuarem às quintas-feiras e domingos, por se tratar dos dias escolhidos pelos maniqueus para os seus jejuns. Teria igualmente ordenado que se distribuísse o fermentum (pão consagrado pelo bispo) pelas outras comunidades ou paróquias, como símbolo de perfeita união entre elas.

Durante o seu pontificado, ordenou seis padres, cinco diáconos e onze bispos.

Foi o último pontífice a ser sepultado na cripta papal do cemitério de São Calisto, em Roma.

Continua:…

Post colocado em 21-12-12 – 11H00

ANTÓNIO FONSECA

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