Nº 1591-6 - IN MEMORIAN do Padre Mário Salgueirinho - 16 de Março de 2013

Nº 1591-6

(Post para publicação em 16 de MARÇO de 2013 – 10,30 h).

(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)

Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.

Que descanse em paz com as honras do Senhor.

18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”

UMA PALAVRA...

No ano passado (1997...) quando falei na actualização dos endereços e números telefónicos da minha agenda, como faço todos os anos, riscando uns e acrescentandndo novos amigos, alguém que ouviu telefonou-me dizendo: «Escreva então aí o meu número, para subsitituir algum que eliminou...

Este ano foi o contrário. Alguém me telefonou dizendo: este ano vai riscar o meu número...

Nós não imaginamos os dramas, as angústias, as tentações escondidas por detrás de um sorriso de felicidade aparente.

Quantas vezes estamos a falar com alguém que parece vender alegria e o seu íntimo é um mundo de trevas: de sofrimento físico ou moral.

Há um mundo negro que temos de saber descobrir, como que adivinhar, para iluminar com uma palavra de esperança cristã e de encorajamento psicológico.

Há dias, um amigo meu doente contava-se com visível satisfação. Um colega telefonara-lhe dias antes, dizendo-lhe: «essa doença pode desanimá-lo. Quando estiver moralmente caído, telefone-me a qualquer hora, que eu vou aí, ou lhe dou uma palavra de conforto e lenitivo».

Há que estar atentos às horas de trevas dos outros, porque há muitas formas - e algumas bem simples - de iluminá-los, de aliviá-los e de segurá-los na vida...

Porto, Dezembro de 1998

Mário Salgueirinho

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Do livro “Dar é receber”

ORAÇÃO DO MUÇULMANO

Todos nós verificamos que as nossas súplicas nem sempre são atendidas por Deus. Pedimos uma vez, muitas vezes, mas, sem sabermos porquê, a graça não nos é concedida.

Um muçulmano piedoso fazia as suas orações todos os dias, rogando a Deus uma graça que precisava obter. A graça não lhe era concedida, mas o muçulmano continuava a insistir na sua prece.

Certo dia, diz a lenda - no fim da sua oração apareceu-lhe um anjo que lhe disse: «Venho comunicar-te que Deus não te concede a graça que pedes».

O homem deu um salto de alegria e correu para a praça pública pedindo ao povo que participasse do seu júbilo, contando o que lhe comunicara o anjo.

O povo não compreendeu e perguntou ao muçulmano: «Como é que te alegras por Deus te ter comunicado que não te concede a graça que lhe vens pedindo?»

Ele respondeu: «É verdade que Deus não me concedeu, mas assim eu sei que  a minha oração chegou ao Senhor. Que mais posso desejar? e continuou a manifestar e a repartir a sua alegria.

As nossas orações, por mais perseverantes que sejam, podem não merecer resposta da parte de Deus. Mas é consolador para nós saber que a nossa súplica chegou ao coração de Deus, manifestando-lhe a nossa humildade, a nossa confiança, o nosso amor de filhos que recorrem ao Pai Celeste.

Porto, Dezembro/2003

Mário Salgueirinho

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A publicar em:

16-Março-2013 - 10,30 horas

António Fonseca