ANO DA FÉ
Da VOZ PORTUCALENSE, de 5 de Dezembro de 2012, transcrevo a seguinte NOTA:
Nota da Vigararia Geral da Diocese do Porto
Disposições para alcançar as indulgências, na Diocese do Porto, propostas pelo Papa Bento XVI por ocasião do Ano da Fé
Ao comemorarmos o cinquentenário da abertura solene do Concílio Ecuménico Vaticano II, o Papa Bento XVI instituiu um Ano da Fé – iniciado a 11 de Outubro de 2012 e que terminará a 24 de Novembro de 2013 – concedendo a possibilidade de alcançar indulgências para o bem espiritual dos fiéis.
Durante este Ano
“poderão obter a Indulgência Plenária da pena temporal para os próprios pecados concedida pela misericórdia de Deus, aplicável em sufrágio das almas dos defuntos, todos os fiéis sinceramente arrependidos, confessando-se devidamente, comungando sacramentalmente, e que rezem segundo as intenções do Santo Padre”
(Decreto da Penitenciaria Apostólica de 14 de Setembro de 2012).
Igrejas designadas pelo Senhor Bispo onde se poderá obter a Indulgência Plenária:
1 – Igreja Catedral
II – Igreja de S. Gonçalo Amarante)
III - Igreja Matriz de Santa Maria da Feira
IV - Santuário de Nossa Senhora da Assunção (Santo Tirso)
V - Santuário de Nossa Senhora da Piedade (Penafiel)
VI - Santuário de Nossa Senhora de La Salette (Oliveira de Azeméis)
VII - Santuário de Santa Quitéria (Felgueiras)
VIII - Santuário Diocesano de Santa Rita (Ermesinde)
IX - Santuário do Menino Jesus de Praga (Avessadas – Marco de Canavezes)
XC - Santuário do Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia)
Porto e Domingo I do Advento, 2 de Dezembro de 2012
Padre Américo Aguiar – Vigário Geral
Padre António Coelho - Vigário Geral
Post colocado em 6-12-12 - 18H10
ANTÓNIO FONSECA
Por um mundo mais franciscano
ResponderEliminarPe. Geovane Saraiva*
Toda civilização precisa figuras exemplares e de referenciais, que mostrem concretamente ao mundo, os grandes sonhos e utopias, numa palavra, mostrem os valores últimos, no sentido de sustentar as motivações dos seres humanos, na sua relação e ação com seus semelhantes, com a natureza e o meio ambiente.
Hartmut Koschyk, Vice-ministro da Economia Alemã, em visita à Basílica de São Francisco de Assis – Itália, pronunciou as seguintes palavras: “Seria melhor uma Europa mais franciscana”. Segundo aparece no site www.sanfrancesco.org, o Vice-ministro alemão teria afirmado que “o pensamento franciscano é caracterizado pela fraternidade, bondade e solidariedade, virtudes que podem contribuir para uma nova ordem ética e econômica”.
A vida do pobrezinho de Assis não significou um abandono do mundo, do seu mundo de então, nas relações entre as pessoas, ao contrário, podemos ver na sua radical opção de vida, de um modo claro e explícito, uma dura crítica às forças dominantes do tempo por ele vivido, apontando para uma nova sociedade, baseada na solidariedade, com oportunidade para todos.
Francisco de Assis, na sua “loucura” por Deus e suas criaturas, iniciava uma nova forma de convívio humano, fazendo entender que qualquer privilégio em relação aos bens deste mundo, que são dons de Deus, só se justifica, quando o destino é o de favorecer os empobrecidos, indefesos e fracos.
O dia mundial do meio ambiente, comemorado neste dia 05 de junho, no mundo inteiro, nos faz pensar em um Francisco de Assis, que “chamava irmãos e irmãs as criaturas, mesmo as últimas, sabendo com clareza que todas e todos procediam de uma mesma e única fonte” – Deus. Daí na sua primeira ralação com a natureza, ser não de domínio e posse, mas de fraterno e terno convívio.
Que Deus nos dê a graça de sempre e cada vez mais compreender a vida humana na face da terra, aqui posta em questão no seu sentido último, a partir de Francisco de Assis, a nos dizer que temos que ter força, no sentido colocar nossos valores e projeto de vida como um todo, acima dos nossos interesses, num grande mutirão de solidariedade em favor do planeta.
Portanto, diante do clamor e de gemido da natureza, á beira do abismo, a humanidade é chamada e não tem alternativa para evitar sua própria autodestruição, a não ser fazer sua parte, tendo na mente, nos olhos e no coração, a vida do planeta como algo sagrado, inspirados nos sonhos e na força desta figura humana, que abraçou o projeto de Deus com uma comovedora ternura, tornando-se fascinado por Deus e por suas criaturas e foi exatamente este fascínio que o tornou extremamente humano.
*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, Escritor, Membro da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE), da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza e vice-presidente da Previdência Sacerdotal.
Pároco de Santo Afonso