NOTA: Leia-se a nota publicada em 10-12 às 15 horas
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CONCILIOS da Idade Média
9º Concílio – LATRÃO I
Ano 1123 (de 18 de Março a 6 de Abril). Papa Calisto II. Foi o primeiro realizado na Basílica de São João de Latrão. Convocado pelo papa. Matéria: Reforma da disciplina da Igreja. Confirmar a Concordata de Worms. Foram tomadas medidas no sentido de evitar guerras feudais durante certos dias de semana. Foi confirmada a Concordata de Worms, que punha fim à luta das investiduras e condenava a simonia, o concubinato clerical e o matrimónio dos clérigos.
10º Concílio - LATRÃO II
Ano 1139 (em Abril). Papa Inocêncio II. Matéria: cisma provocado pelo antipapa Anacleto II. Retomados os temas da reforma gregoriana.
11º Concílio - LATRÃO III
Ano 1179 (de 5 a 22 de Março). Papa Alexandre III. Convocado pelo Papa. Matéria: cisma dos antipapas Calisto III e Inocêncio III. Aprovou-se a Paz de Veneza e assinalou-se o procedimento a seguir para eleger os papas. Foram também condenados os cátaros, membros de uma seita herética que, a pretexto de defender a pureza dos costumes cristãos, não faziam mais do que seguir o maniqueísmo e, consequentemente, desrespeitar a hierarquia eclesiástica. Esta seita, de origem balcânica, espalhou-se pela Europa nos séculos XI e XII.
12º Concílio - LATRÃO IV
Ano 1215 de 11 a 30 de Novembro). Papa Inocêncio III. Convocado pelo Papa. Matéria: decisão no que respeita à confissão reparadora e à comunhão, anuais, à eucaristia, propriamente dita e à luta contra o islamismo. Foi o mais importante dos concílios lateranenses; estabeleceu a definição doutrinal do termo transubstanciação relativo à eucaristia e algumas regras disciplinares.
13º Concílio – LIÃO I
Ano 1245 (de 28 de Junho a 17 de Julho). Papa Inocêncio IV. Convocado a instâncias pelo Papa. Matéria: excomunhão de Frederico II e ritos da Igreja Grega. Foi condenado e excomungado o imperador Frederico II, da Alemanha, que tinha obrigado o papa a fugir de Roma, procurando-se sem resultado, destroná-lo. Acordaram-se medidas de auxílio aos cruzados. Neste concílio estiveram presentes, na qualidade de padres conciliares, quatro bispos portugueses que propuseram a substituição do rei D. Sancho I por seu irmão D. Afonso. O papa, após o concílio, expediu a bula pontifical Grandi non immerito, pela qual era entregue a D. Afonso a administração do reino.
14º Concílio - LIÃO II
Ano 1274 (de 7 de Maio a 17 de Julho) – Papa Beato Gregório X. Convocado pelo Papa. Matéria: ajuda a Jerusalém, tratando da cruzada à Terra Santa. Tentativa da união da Igreja Latina com a Grega, em face do perigo tártaro. Precisou o sentido da expressão filioque. Ainda que se tenha proclamado a união das igrejas Oriental e Ocidental, a fusão não se pôde consumar. A reforma da Igreja, tendo em vista a regulamentação da eleição pontifícia, que foi fixada, teve de ser feita em conclave.
15º Concílio - VIENNE
Ano 1311-1312. Papa Clemente V. Convocado pelo Papa a instâncias de Filipe IV, rei de França. Matéria: abolição da Ordem dos Templários. A Ordem foi abolida mediante uma regulamentação administrativa levada a cabo por uma bula papal. Foram também dissolvidos os begardos.
16º Concílio – CONSTANÇA
Ano 1414-1418 (de 5 de Novembro de 1414 a 24 de Abril de 1418). Papa Martinho V. Proposto pelo imperador Segismundo e convocado pelo antipapa João XXIII. Matéria: Grande cisma do Ocidente. Foram depostos três papas, Gregório XII, Bento XIII (antipapa) e João XXIII (antipapa), tendo sido eleito Martinho V. Foram condenadas as heresias de Wicle e de João de Hus. Foram introduzidas novas reformas em matéria de natureza tributária e de administração fiscal. O concílio declarou a total autoridade dos concílios ecuménicos sobre o papa, mas Martinho V recusou-se reconhecer tal resolução e fez publicar, em 10 de Maio de 1418, uma constituição repondo a autoridade e superioridade suprema do papa sobre os concílios.
17º Concílio – BASILEIA, FERRARA e FLORENÇA
Ano 1431-1439. Papa Eugénio IV. Convocado pelo Papa. Matéria: primazia da autoridade papa/concílio ou concílio/papa. O concílio visou prosseguir os trabalhos do Concílio de Constança – luta contra os hereges: reforma da Igreja e consagrar a autoridade dos concílios sobre o pontificado. Este último ponto levou à rotura com Roma (1437/1438) e à eleição de Amadeu VIII, de Saboia, como papa Félix V (antipapa de 1439 a 1447). O concílio continuou depois em Ferrara em 1 de Janeiro de 1438, por determinação do Papa Eugénio IV. Neste concílio tiveram assento não só os padres conciliares de Basileia, como igualmente João VIII, da família bizantina dos Paleólogos, e muitos prelados gregos, tentando-se a união das Igrejas Latina e Grega. Depressa se estabeleceram os principais pontos de unidade, tais como a cláusula do filioque, a questão do pão ázimo e a supremacia papal, tendo chegado a publicar-se (1439) uma bula em que se proclamava a união das igrejas Romana e Ortodoxa. Tal projeto de união foi muito efémero e ficou anulado com a queda de Constantinopla, em poder dos Turcos, desde 1453. Em 1439 o concílio foi transferido para Florença onde Eugénio IV se impôs ao antipapa e o concílio foi dissolvido.
18º Concílio – LATRÃO V
Ano 1512-1517 (de 10 de Maio de 1512 a 16 de Março de 1517). Papas Júlio II e Leão X. Convocado pelo papa Júlio II. Matéria: neo-aristotelismo. reforma geral da Igreja. Foi tratada a reforma geral da Igreja, reduzindo a pedaços a as resoluções tomadas no concílio não ecuménico, realizado em Pisa de 15 de Março a 7 de Agosto de 1409, no qual foram depostos o papa de Roma, Gregório XII, e o antipapa de Avinhão, Bento XIII, e eleito Alexandre V, o que ainda agravou mais o Cisma do Ocidente.
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Seguir-se-ão os Concílios da Idade Moderna
Post colocado em 10-12-12 – 20,10 horas
ANTÓNIO FONSECA
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