Católicos Fiéis à Tradição
Entrevista com a cantora Elba Ramalho - Aborto, Religião, Feminismo e Nossa Senhora
Posted: 05 Feb 2013 07:37 AM PST
Entrevista concedida ao Diário de Pernambuco
http://www.diariodepernambuco.com.br/
Salve Maria!
Eu não conhecia estas posições da cantora Elba Ramalho, o que me surpreendeu! A abertura dela para falar contra o aborto, sua devoção à Nossa Senhora e tudo mais. É importante ver alguém famoso defender a Fé de forma tão aberta. Que Nossa Senhora a abençoe sempre! (Vale salientar que ela é consagrada a Nossa Senhora)
"Viajo o Brasil inteiro e até fora para palestrar sobre Nossa Senhora. Sou uma estudiosa e filha predileta de Nossa Senhora. Ela é tudo na minha vida." (Elba Ramalho)
[...]
Religião
Eu sempre fui religiosa. Ficava quietinha, do meu jeito. De uns 20 anos para cá estou no percalço de Nossa Senhora. Ela foi me mostrando muitas coisas bonitas. Essa pulseira (aponta para o braço direito) é minha pulseira de consagração. Acho que Deus é uma coisa de cada pessoa. Você pode contemplar uma árvore e ali falar com Deus. Eu medito, eu vou a missa, eu faço caridade. A religiosidade está na minha ação. Eu trabalho com caridade.
Aborto
Não adianta chorar o leite derramado. Todas as mulheres que fizeram aborto devem ter essa busca, da confissão. Eu vou para a igreja. Ao invés de ficar me autojulgando, porque foi um momento de muitos anos atrás, eu era muito jovem. Eu achava o que muitas meninas acham hoje, que não tinha vida, que não tinha nada. Eu fiz algo errado e hoje eu já salvei dezenas de crianças. Meu grande trabalho social é aconselhar as meninas: não é coagir, é aconselhar. Se elas ouvem meu conselho e desistem do aborto, é menos uma criança morta. É mais uma vida no mundo. Foi uma ordem natural: pare de chorar o leite derramado, se recomponha e vá salvar.
Perdão
Hoje me sinto completamente perdoada. A maior alegria da minha vida é quando alguém desiste do aborto. Todos nós devemos acreditar na misericórdia. Quem é que não é pecador? Quem é que não jogou pedra? Quem é que não feriu? Tudo lhe será cobrado um dia. O que eu acho mais maravilhoso em ser uma pessoa que tem fé e é que hoje eu procuro envelhecer com confiança na misericórdia. Ao invés de eu estar me lamuriando, estou fazendo coisas boas. Eu leio o evangelho e ele não está na minha mansão. Está na esquina, no Centro do Recife, na Cracolândia. Então eu procuro fazer aquilo que está na palavra.
Religião na prática
Toda religião deve ser de ação. Não adianta de nada eu ter fé aqui, dizer que eu faço o rosário, leio a Bíblia, sou vegetariana, se um pobre na esquina me pede uma esmola e eu viro o rosto. A melhor parte de mim hoje é a minha doação ao outro. O cotidiano da gente é uma dor. A gente não pode caminhar indiferente ao mundo. Lamentavelmente, a cultura de morte é algo que faz com que o jovem imediatamente já pense no aborto. Pela minha experiência do passado eu digo: olha, não faz (o aborto). Não faz porque depois você vai se arrepender. Vai chorar. Vai ficar com um peso em cima de você. Respeito quem decide fazer isso, mas não vai com meu aval.
Feminismo e perseguição
Já apanhei muito por conta dessa minha luta contra o aborto. Sou perseguida sim. As feministas veem o aborto como o resgate da identidade da mulher. A mulher tem o direito de fazer qualquer coisa com o corpo dela, só que aquela criança, no meu entender, é de Deus e do Estado. É preciso ter responsabilidade. Se toda mulher resolver matar seu filho, qual o futuro da humanidade? E se mata muito. Muitas dessas meninas não tem base. Se você não quer dá para adoção. Eu estou no meio artístico onde quase todos os artistas que eu conheço são a favor do aborto. As feministas me levantam várias faixas nos shows. Anunciam na internet que vão me apedrejar, vão me perseguir. Até isso eu já sofri. Só porque defendo os bebezinhos.
Casta
Sempre querem me arranjar namorado. Por enquanto, estou fechada para um relacionamento. Estou sozinha. Tenho 60 anos. Perdi a virgindade aos 21. Casei umas três, quatro vezes. Estou dando meu testemunho de fé, de fidelidade a Deus. Sou separada, divorciada. Ser casta tem a ver também com a religião, é uma coisa muito pessoal. Uma decisão de cada um. Eu posso um dia encontrar um bom José e me casar de novo. Eu estou tranquila. Esses trabalhos todos que eu faço não me deixam tempo para pensar em ninguém. É muito show, tenho minhas filhas do coração, meu filho Luan, tenho muita coisa para fazer.
A Paixão de Cristo nos abriu as portas do Céu
Posted: 05 Feb 2013 12:00 AM PST
A PAIXÃO DE CRISTO NOS ABRIU AS PORTAS DO CÉU
«Temos confiança de entrar no santuário pelo sangue de Cristo» (Jo 12, 24)
Portas fechadas são um obstáculo a nos impedirem a entrada. Ora, os homens estavam impedidos de entrar no reino celeste por causa do pecado; pois, como diz a Escritura (Is 35, 8), haverá um caminho que se chamará o caminho santo e não passará por ele o impuro. Ora, há duas espécies de pecado que impedem a entrada no reino celeste:
1. Um é comum a toda a natureza humana, e esse é o pecado de nossos primeiros pais, o qual fechou ao homem a entrada do reino celeste. Por isso, como lemos na Escritura (Gn 3, 24), depois do pecado do primeiro homem, pôs Deus um querubim com uma espada de fogo e versátil para guardar o caminho da árvore da vida.
2. Outro é o pecado especial de cada pessoa, cometido por ato próprio de cada um.
Ora, pela Paixão de Cristo fomos liberados, não só do pecado comum de toda a natureza humana, tanto quanto à culpa como quanto ao reato da pena, porque Cristo pagou o preço por nós, mas também dos pecados próprios de cada um de nós, que comungamos com a sua Paixão pela fé, pela caridade e pelos sacramentos da fé. E assim, pela Paixão de Cristo se nos abriram as portas do reino celeste. E tal é o que diz o Apóstolo (Heb 9, 2): Estando Cristo já presente, pontífice dos bens vindouros, pelo seu próprio sangue entrou uma só vez no santuário, havendo achado uma redenção eterna. O mesmo significa a Escritura (Nm 35, 25) onde diz que o homicida ali ficará, i. é na cidade a que se tinha refugiado, até à morte do sumo sacerdote, que foi sagrado com o óleo santo; e morto este, poderia voltar aquele para sua casa.
Os santos Patriarcas, tendo praticado obras justas, mereceram a entrada no reino do céu pela fé na Paixão de Cristo, segundo aquilo do Apóstolo (Heb 11, 33): Os Santos pela fé conquistaram reinos, obraram ações de justiça; pela qual também cada um se purificava do pecado, o quanto condizia com a purificação da pessoa própria. Mas a fé ou a justiça de cada um não bastava para remover o impedimento proveniente do reato de toda a natureza humana. Mas esse impedimento foi removido pelo preço do sangue de Cristo. Por onde, antes da Paixão de Cristo, ninguém podia entrar no reino celeste, i. é, alcançando a beatitude eterna, consistente no gozo pleno de Deus.
Cristo pela sua Paixão mereceu-nos a entrada no reino celeste e removeu o obstáculo que no-lo impedia. Mas, pela sua ascensão, como que nos introduzia na posse do reino celeste. Por isso a Escritura diz (Mq 2, 13) que aquele que lhes há de abrir o caminho irá adiante deles.
IIIa q. XLIX a. VI
(P. D. Mézard, O. P., Meditationes ex Operibus S. Thomae.)
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IPCO - Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
Eslováquia: Parlamento rechaça ‘casamento’ homossexual
Posted: 05 Feb 2013 01:41 PM PST
Agência Boa Imprensa (ABIM) - O Parlamento da Eslováquia rechaçou, por 129 votos contra 14, um projeto de lei apresentado por partidos de oposição para legalizar as uniões homossexuais.
Durante dois dias de intenso debate, os defensores do matrimônio segundo o…
É possível um relativismo absoluto?
Posted: 05 Feb 2013 02:32 AM PST
Reflexões sobre o atual ateísmo relativista
Pe. Anderson Alves
Roma, 28 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - Em um texto anterior[i], nos perguntávamos se fosse possível conciliar o relativismo e o ateísmo. E víamos que,…
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LUCERE ET FOVERE
Posted: 05 Feb 2013 01:27 PM PST
Um caminho já começado mas ainda não acabado: A Fé - Creio na Igreja
As duas questões principais do artigo da Fé sobre o Espírito Santo e a Igreja
Claro está que não pode ser nossa intenção desenvolver, no presente contexto, uma doutrina completa da Igreja; prescindindo das questões teológico-técnicas isoladas, tentaremos apenas identificar brevemente o verdadeiro motivo da irritação que nos acomete e atrapalha quando pronunciamos a fórmula "Santa Igreja Católica”, procurando, então, encontrar uma resposta condizente com a intenção implícita no texto da própria profissão de fé. […] Mesmo assim, convém exteriorizar aqui o que nos aflige nesta passagem. Se formos sinceros, teremos de admitir que gostaríamos de afirmar que a Igreja não é nem santa, nem católica. O próprio Concílio Vaticano II teve a coragem de não falar apenas da Igreja santa, mas também da Igreja pecadora; se há uma crítica a fazer ao concílio, só pode ser a de ter sido até muito tímido na sua afirmação tendo em vista a intensidade da impressão de pecaminosidade da Igreja na consciência de todos nós.
Para além da santidade da Igreja, parece-nos questionável também a Sua catolicidade. A túnica de uma só peça do Senhor foi rasgada em pedaços pelos grupos contraentes e a Igreja una foi dividida em muitas igrejas, cada uma das quais afirma com mais ou menos intensidade ser a única autêntica. Desta maneira, a Igreja tornou-se hoje para muitos o principal obstáculo à fé. Eles só conseguem ver os esforços humanos em demanda do poder e as táticas mesquinhas daqueles que, afirmando serem os administradores oficiais do cristianismo, mais parecem atrapalhar a manifestação do verdadeiro espírito cristão.
Não há nenhuma teoria que possa refutar definitivamente estes pensamentos de fundo meramente racional; por outro lado, eles também não são de origem puramente racional, misturados que estão com a amargura de um coração eventualmente muito decepcionado com as suas expectativas elevadas e que, no seu amor magoado e ferido, só é capaz de sentir que se desmorona a sua esperança.
Como responder, então? Em última análise, só nos resta confessar o motivo que nos leva, apesar de tudo isso, a amar esta Igreja na fé, a ousar reconhecer, mesmo por detrás desse rosto desfigurado, o rosto da santa Igreja. Mas comecemos, mesmo assim, pelos elementos objetivos. Já vimos que a palavra «santa» em todos esses enunciados não se refere à santidade de pessoas humanas - trata-se, na verdade, de uma alusão ao dom divino que concede a santidade no meio da imperfeição humana.
No«símbolo», a Igreja não é qualificada de «santa» por se pensar que os seus membros são todos seres humanos santos e sem pecados; esse sonho, que reaparece em todos os séculos, não combina com o contexto lúcido do nosso texto, por mais que corresponda à expressão de um desejo profundo do ser humano, que não o abandonará até que um novo céu e uma nova terra lhe dêem realmente o que este nosso mundo não é capaz de lhe proporcionar. […] Mas, voltemos ao ponto de partida: a santidade da Igreja consiste naquele poder de santificação que Deus exerce nela apesar da pecaminosidade humana. É esse o verdadeiro sinal da «nova aliança» em Cristo, o próprio Deus prendeu-Se aos homens, deixou-Se prender por eles. A Nova Aliança já não se baseia no cumprimento mútuo do acordo, porque ela é graça concedida por Deus, a qual não recua diante da infidelidade do ser humano. Ela é a expressão do amor ele Deus que não se deixa vencer pela incapacidade do ser humano; pelo contrário, Deus quer bem ao ser humano apesar de tudo e sem cessar; aceita-o precisamente como ser pecador, dirigindo-Se-lhe para o santificar e amar.
Como a liberalidade da entrega do Senhor nunca foi revogada, a Igreja continua a ser sempre santificada por Ele e é nela que a santidade do Senhor se torna presente entre os homens. É verdadeiramente a santidade do Senhor que se torna presente e que escolhe como recetáculo da sua presença, num amor paradoxal, também e precisamente as mãos sujas dos homens. Ela é santidade que resplandece como a santidade de Cristo no meio do pecado da Igreja.[…]
Demos mais um passo em frente. No sonho humano de um mundo perfeito, a santidade é imaginada como isenção do pecado e do mal, e não como algo que se mistura com eles; […] O que escandalizava os contemporâneos de Jesus em relação à sua santidade era a ausência absoluta de uma atitude julgadora: Ele nem lançava um raio sobre os indignos, nem autorizava os zelosos a arrancarem a erva daninha que viam proliferar. Pelo contrário, a sua santidade manifestava-se precisamente na promiscuidade com os pecadores que eram atraídos por Jesus; essa mistura indiscriminada chegou ao ponto de Ele mesmo ser transformado "em pecado», tendo de carregar, pela sua execução, a maldição da lei, que o levou a associar inteiramente o seu destino ao dos perdidos (cf. 2Cor 5,21; Gal 3,13). Ele atraiu a Si o pecado, fazendo com que este se tornasse parte d'Ele, para assim revelar o que é a verdadeira "santidade»:
Não discriminação, mas união, não julgamento, mas amor que salva. Não é a Igreja simplesmente a continuação dessa atitude de Deus que se mistura com a miserabilidade humana? […]
Confesso que, para mim, essa santidade imperfeita da Igreja é um consolo infinito. Não deveríamos desesperar diante de uma santidade que fosse imaculada e que só pudesse manifestar-se julgando-nos e queimando-nos? E quem poderá afirmar que não precisa de ser apoiado e sustentado pelos outros? […]
A Igreja não está em primeiro lugar nos órgãos que a organizam, reformam, governam, e sim naqueles que simplesmente crêem e recebem nela o dom da fé que se torna a sua vida.
Com isto chegamos à outra palavra que o «Credo» usa para qualificar a Igreja:«católica». São muitas as nuances de sentido que acompanham este termo desde a sua origem. Mas existe nele uma ideia principal que pode ser comprovada desde o início: trata-se de uma palavra que remete duplamente para a unidade da Igreja; em primeiro lugar, ela indica a unidade local da Igreja: só a comunidade unida ao bispo é «Igreja Católica»; os grupos que se separaram dessa Igreja local por qualquer razão não são «católicos». Em segundo lugar, o termo refere-se à unidade das muitas igrejas locais entre si; elas não podem fechar-se em si mesmas, pois, para serem Igreja, precisam de estar abertas umas às outras, formando a Igreja una no testemunho comum da palavra e na comunhão da mesa eucarística que recebe a todos em qualquer lugar. […]. Os elementos fundamentais da Igreja são o perdão, a conversão, a penitência, a comunhão eucarística e, a partir dela, a pluralidade e a unidade: a pluralidade de igrejas locais que só podem ser consideradas Igreja na medida em que se inserem no organismo da Igreja una. O conteúdo da unidade é formado sobretudo pela palavra e pelo sacramento: a Igreja é una pela palavra una e pelo pão uno. A estrutura episcopal aparece no fundo como meio dessa unidade.
“Introdução ao Cristianismo”. Joseph Ratzinger. Principia. 2005. Pg 248-253
HÉLDER GONÇALVES
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