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Mapa com a distribuição das 12 tribos de Israel
Segundo Discurso de MOISÉS
9 – A INFIDELIDADE E AS MURMURAÇÕES DOS ISRAELITAS – «Escuta, ó Israel! passarás agora o Jordão para submeteres nações maiores e mais poderosas do que tu, com cidades importantes, cujas muralhas tocam nos céus, um povo numeroso e de alta estatura, filhos de Anak, que conheces e dos quais muitas vezes ouvistes dizer: «Quem poderá enfrentar os filhos de Anak?» Saberás, então, que é o Senhor, teu Deus, que marcha adiante de ti, como um fogo devorador; é Ele quem os destruirá e esmagará diante de ti, de tal forma que os vencerás e destruirás facilmente, como o Senhor te prometeu. Quando o Senhor, teu Deus, os tiver afastado da tua presença, não digas no teu coração: «Foi devido ao meu valor que o Senhor me introduziu na posse deste país». Mas foi por causa da perversidade das nações que o Senhor as despojou em teu proveito. Não é pelo teu valor nem pela rectidão do teu coração que entrarás na posse das suas terras, mas é devido à sua iniquidade que o Senhor, teu Deus, desapossa essas nações em teu favor para cumprir a palavra que jurou aos teus pais, Abraão, Isaac e Jacob (Tit. 3, 5). Sabe, pois, que não é pela tua virtude que o Senhor, teu Deus, te dará a posse dessa terra excelente, porque és um povo rebelde. Lembra-te, e não te esqueças, de como desgostaste o Senhor, teu Deus, no deserto. Desde o dia em que saístes do Egipto até que chegaste a este lugar, não cessaste de te revoltar contra o Senhor! Até no Horeb descontentaste o Senhor, e Ele irritado contra ti, quis destruir-te.
Quando me recolhi na montanha para receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o Senhor fez convosco, permanecei na montanha quarenta dias e quarenta noites, sen comer pão nem beber água (Mt 4, 2; Lc 4, 1s). O Senhor entregou-me as duas tábuas de pedra, escritas com o Seu dedo divino, e contendo todas as palavras que o Senhor vos dirigira sobre a montanha, do meio do fogo, no dia da Assembleia. Passados quarenta dias e quarenta noites, o Senhor entregou-me as duas tábuas de pedra, as tábuas da aliança. Disse-me, então: «Vai, desce imediatamente daqui, porque perverteram o teu povo, que conduziste opara fora do Egipto ; depressa abandonaram o caminho que lhes mandei seguir e fabricaram para si um ídolo!» Depois, o Senhor falou-me assim: «Observei este povo: é um povo indócil. Deixa-me destruí-lo pois quero apagar o seu nome debaixo do céu, e fazer de ti uma nação maior e mais numerosa do que esta». Desci do monte, que estava em fogo, trazendo nas mãos as duas tábuas da aliança. Vi, que efetivamente, tínheis pecado contra o Senhor, vosso Deus, fazendo para vós um bezerro de metal, dispondo-vos a abandonar o caminho que o Senhor vos indicara. Peguei com as minhas mãos nas duas tábuas, atirei-as e parti-as à vossa vista. Prostrei-me, depois, diante do Senhor, durante quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão e sem beber água, como da primeira vez, por causa do grave pecado que cometestes fazendo o que desagrada ao Senhor e ofendendo-O. Porque estava aterrado com a cólera e a indignação que o Senhor manifestava contra vós, a ponto de vos querer aniquilar. Contudo, o Senhor ouviu.-me, ainda desta vez (Heb 12, 21), Também Aarão irritara o Senhor a tal ponto que Ele o queria exterminar; mas eu intercedi igualmente por Aarão, peguei na vossa ímpia obra, no bezerro que fabricastes, e atirei-o ao fogo, reduzindo-o a bocados e a pó; depois, espalhei o pó na torrente que desce da montanha. Em Tabers (Nm 11, 1, 3), em Massa (Ex 17, 7), em Kibroth-Hattava (Nm 11, 4, 34), e por toda a parte irritastes o Senhor. E quando o Senhor quis que partísseis de Kadech-Barnea, dizendo: «Ide, para tomar posse da terra que vos dou», desobedecestes à palavra do Senhor, vosso Deus, e não tivestes fé n’Ele nem ouvistes a Sua voz». Sim, desde que vos conheço, fostes sempre rebeldes ao Senhor».
Fiquei, portanto, prostrado diante do Senhor quarenta dias e quarenta noites, porque o Senhor vos queria exterminar. Implorei ao Senhor, dizendo-Lhe: «Senhor, não extermines o Teu povo, a Tua herança, que salvaste com o Teu poder e fizeste sair do Egipto com a Tua invencível mão. recorda-te dos teus servos, Abraão, Isaac e Jacob. Não tomes em consideração a insubmissão deste povo, a sua perversidade, o seu pecado, para que não digam na terra donde nos fizeste sair: «O Senhor não tinha o poder de os introduzir na terra que lhes tinha prometido; ou então; Ele odiava-os, e, por isso, fê-los sair daqui a fim de os matar no deserto». E, no entanto, eles são o teu povo, e a Tua herança, que libertaste com o teu grande poder e com o Teu braço triunfante!»
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