domingo, 6 de janeiro de 2013

Nº 1522-(3) - VIDAS DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (28) - 6 de Janeiro de 2013

Nº 1522 - (3)
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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SEVERINO
Severino
Severino
(Em 640)
 
 
Foi eleito em 12 de Outubro de 638, no mesmo dia da morte do papa Honório I, por fácil consenso, mas a tomada de posse demorou 17 meses, pois só ocorreu em 28 de Maio de 640.
O imperador bizantino, Heraclio, aproveitando o avanço dos monoteístas com a atitude dúbia e imprudente de Honório I, pretendeu que Severino subscrevesse uma declaração de fé, Ectesis (=exposição=), que, propondo o mistério da Santíssima Trindade e da Encarnação, segundo o Concílio de Calcedónia, afirmava uma só vontade em Cristo. O patriarca Sérgio e o clero bizantino assinaram sem dificuldade, mas Severino recusou-se obstinadamente, por mais que o imperador, para o forçar, lhe retardasse o reconhecimento da eleição.
Mas teria de sofrer ainda mais devido à sua teimosia. O exarca de Ravena deixou de pagar às tropas dizendo não ter dinheiro e inventou que havia grandes tesouros em Latrao, o que levou ao assalto do palácio.
O exarca Isaac veio então a Roma, desterrou os membros mais preponderantes do clero e apoderou-se do tesouro constituído por vasos de ouro e prata. Depois, para acalmar o povo, Isaac anunciou, finalmente, a aprovação imperial para a eleição de Severino.
Ao papa poucos meses de vida lhe restaram, somente três, e apenas teve tempo para um hipotético sínodo do qual saiu uma profissão de fé que está conservada no Livro Diurno e onde se condenam os erros contidos na Ectesis.
 
 
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JOÃO IV
João IV
João IV
(De 640 a 642)
 
 
Foi eleito 4 meses depois da morte do papa São Severino, em 24 de Dezembro de 640.
Mandou construir uma capela junto ao baptistério de Latrão, dedicada a São Venâncio, mártir da sua terra natal e fez trasladar as suas relíquias da Dalmácia para a capela.
Bizâncio, a apoiar o monofisismo preocupava João IV, que em janeiro de 641 promove um sínodo em Roma para condenar novamente a heresia.
Falecido o imperador Heraclio e assassinado, quatro meses depois, o filho Constantino III, o novo patriarca Pirro começou a enviar escritos a diversos bispos e igrejas, invocando abusivamente a autoridade do papa Honório. João IV decide intervir e esclarece todas as questões num documento que ficou conhecido por Apologia do Papa Honório.
Ficaram de João IV diversas cartas, pelas quais se depreende uma grande atividade a favor dos monges da França e da Itália. Foi sepultado em São Pedro.
 
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TEODORO I
Teodoro I
Teodoro I
(De 642 a 649)
 
O exarca Isaac, de Ravena, que forçou a eleição de Teodoro, pretendia que este fosse mais sensível ao monotelismo, mas o novo papa, eleito em 24 de Novembro de 642, manteve a mesma linha de pensamento e atuação dos seus antecessores, sem ceder às pressões imperiais.
Em 643, os bispos de Chipre mostraram-se solidários com  a fé romana e condenaram o édito de Heraclio, de teor monofisita. Por essa altura, São Máximo, ex-secretário de Heraclio, refuta e confunde, em debate público, o patriarca Pirro.
Pirro, abandonado pelo imperador, dirige-se a Roma, mostra-se arrependido junto de Teodoro I e este, acreditando nele, recebe-o com benevolência. Era tudo falsidade, pois Pirro, regressando a Ravena, volta à heresia, o que levou o papa, em sínodo, a proferir contra ele a sentença de excomunhão. Perante uma petição de bispos de África, Teodoro escreve a Paulo, patriarca de Constantinopla, convidando-o a regressar à fé católica, mas ele permanece obstinado, o que leva Teodoro I a depô-lo por não rejeitar o Ectesis de Heraclio. Perante esta atitude, Constante II decide abolir o Ectesis, substituindo-o por outro édito, o Typus, que em vez de se ocupar das questões teológicas proibia simplesmente qualquer discussão a esse respeito, sob severas penas. tratava-se de uma falsa paz, pois silenciava Roma na defesa da ortodoxia e não repudiava o monofisismo, pondo-o apenas ao abrigo das intervenções da Santa Sé.
Teodoro I morreu, ao que parece, vítima de envenenamento, antes de poder protestar contra tal arbitrariedade. Foi sepultado em São Pedro.
Durante o seu pontificado, acrescentou ao título de pontífice o de soberano e reorganizou o clero romano.
 
 
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Continua:…
Post colocado em 6-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA

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