domingo, 20 de janeiro de 2013

Nº 1535-3 - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA–(35) - 20 de Janeiro de 2013

Nº 1535 - (3)
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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ESTÊVÃO II
 
Estevão II ou III
Estêvão II
(752-757)
 
Alguns historiadores apresentam-no como Estêvão III, todavia, o sacerdote romano que após a morte de Zacarias foi eleito papa, com o nome de Estêvão II, em 22 de Março de 752, morreu quatro dias depois sem ter recebido a sagração.
Assim, este é, de facto, Estêvão II, que foi eleito por unanimidade em 26 de Março de 752, mas teve um pontificado difícil porque o rei longobardo, Astolfo, depois de conquistar Ravena e outras localidades, ameaçava apoderar-se de Roma.
Estêvão II, alarmado, envia-lhe o diácono António, seu irmão e auxiliar, para negociar a paz. Chegaram a um acordo de tréguas para quatro anos, porém, passados quatro meses, Astolfo quebra o juramento e pretende que Roma se lhe submeta e os habitantes sejam tributados.
O papa mandou legados a Bizâncio, a pedir ajuda, mas o imperador não se interessou.
Perante o perigo, resolve ir à Gália pedir ajuda a Pepino, o Breve, rei dos Francos. Foi acolhido favoravelmente, e a 28 de Julho de 754, em Saint-Denis, o papa ungiu com os santos óleos de batismo o rei, Clóvis Pepino, a rainha Bertrades e seus dois filhos, dando-lhes o nome de patrícios romanos, com  a incumbência de se tornarem protetores da Igreja.
Tanto o papa com o o rei dos Francos tentaram entrar em acordo com Astolfo, mas este não cedeu. Pepino atravessou então os Alpes com o seu exército, infligindo-lhe pesada derrota e obrigando Astolfo a prometer que restituiria os territórios ocupados e deixaria de ameaçar Roma, mas Astolfo, mais uma vez, faltou ao prometido. Mal o exército franco se afastou, atacou a cidade, que resistiu por trás das muralhas, com os arredores devastados.
Chamado pelo papa, Pepino regressa com os seus exércitos e obriga os Longobardos a levantar o cerco.
Na mesma altura, chegam três legados bizantinos que, em vão, tentam convencer Pepino da autoridade do imperador sobre territórios colocados sob o patrocínio de São Pedro.
O poder bizantino chegava ao fim. O papa era considerado pelo rei dos Francos como senhor de Roma e chefe espiritual de toda a Itália, verdadeiro representante da República romana dentro do Império do Ocidente. Não era rei temporal, embora lhe pertencessem as províncias que rejeitaram tanto Bizâncio como o domínio longobardo.
Não era ainda o poder temporal, mas os alicerces estavam lançados. Começa a Itália uma nova fase da sua história.
A par desta atividade política, Estevão II não descuidou a disciplina eclesiástica e incrementou o monaquismo.
Foi sepultado no Vaticano.
 
 
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SÃO PAULO I
São Paulo I
São Paulo I
(757-767)
Com a morte de Estevão II gerou-se um movimento que pretendia eleger como papa o filobizantino Teofilato, mas a facção maioritária do clero e da nobreza romanos, propensa à aliança com os francos, elegeu em 29 de Março de 757, o diácono Paulo, irmão do falecido papa Estevão II.
Logo que foi eleito, escreveu ao rei Pepino, o Breve, dando-lhe conta da eleição. O rei respondeu amigavelmente, enviando-lhe uma madeixa de cabelo da sua filha Gisela e rogando-lhe que se dignasse ser seu padrinho. Ao mesmo tempo escreveu à nobreza e ao povo de Roma recomendando total fidelidade a São Pedro, á Igreja e ao papa.
A concordância foi unânime comunicada ao rei, mas para além desta adesão ao papa, o senado e os magistrados compreendem a necessidade do apoio ao rei dos Francos, a quem  chamaram «patrício romano».
Bizâncio, que não abandonava a ideia de reaver a Itália imperial, mostra-se ameaçadora.
Paulo I recorda ao rei dos Francos as suas raízes religiosas e, fosse por pressão de Pepino, fosse por desejar ter o rei dos Francos do seu lado, os Longobardos restituem a Roma as cidades reclamadas, como Paulo I comunicou ao rei em Abril de 764. Pepino renova ao papa a sua fé ortodoxa, confirmada por um concílio particular, de 767, que aprova a discutida veneração das imagens.
Paulo I, como fizera seu irmão, Estevão II, dedicou-se ao restauro e construção de alguns edifícios religiosos, como a capela em honra de Santa Petronila, junto à basílica do príncipe dos apóstolos.
Com o a auxilio de Pepino, salvou e restaurou as catacumbas devastadas pelos Longobardos, trasladando diversas relíquias dos mártires para as igrejas de Roma.
Distinguiu-se pela sua extrema caridade para com os mais necessitados, visitando os encarcerados, usando a sua influência para comutação das penas, dos condenados à morte e chegando a pagar as dívidas dos encarcerados para que fossem libertados.
A sua bondade foi ao ponto de transformar o palácio que pertencia à família em mosteiro para receber os monges orientais acossados pelos impios.
Morreu, vítima de febres malignas em São Paulo Extramuros, sendo trasladado , três meses depois, para a Basílica de São Pedro.
 
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CONSTANTINO II  -  (ANTIPAPA)
 
Constantino II – antipapa
(767-769)
 
Em 767, ainda com Paulo I moribundo, seu irmão, o duque de Nepi, entra com os seus soldados em Roma para impor a sua nomeação como papa e para isso obriga o bispo Jorge de Preneste a conferir-lhe as ordens sacras.
A seguir, com forte escolta, dirige-se a São Pedro, onde Constantino foi sagrado papa.
A legalidade foi reposta treze meses depois, com a intervenção do rei longobardo, sendo eleito Estevão III, em 7 de Agosto de 768, e nesse mesmo mês Constantino foi feito prisioneiro, cegado e encerrado num convento.
A sua deposição foi confirmada pelo sínodo lateranense de 769, que estabeleceu a regra de que o papa deveria ser eleito pelo colégio dos cardeais.
 
 
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ESTEVÃO III
Estevão III ou IV
Estevão III
(768-772)
 
Com Paulo I ainda moribundo, o duque de Nepi avança com os seus soldados sobre Roma para impor a eleição de seu irmão Constantino (antipapa de 767 a 769) e como o irmão era um simples leigo, obriga o bispo Jorge de Preneste a conferir-lhe ordens sacras. A seguir, com grande escolta, dirige-se a São Pedro, onde Constantino foi sagrado e proclamado à força, numa eleição inteiramente ilegal.
Treze meses depois, com a  intervenção do rei longobardo, que avança sobre Roma com  o seu exército e derrota os usurpadores, estabelecem-se as condições para uma eleição legal, sendo escolhido Estevão III, que foi sagrado a 7 de Agosto de 768.
O novo papa decide reunir um concílio para esclarecer as questões jurídicas relativas à eleição pontifícia, para se evitarem, no futuro, acontecimentos semelhantes e que os papas seriam apenas eleitos pelos votos do clero, reservando-se ao laicado apenas um direito consensual prévio à entronização. Com esse fim escreveu a Pepino pedindo-lhe que enviasse a Roma alguns bispos dos seus territórios. O rei franco já tinha falecido, mas os seus filhos aceitam o pedido e o concílio inicia-se em Latrão a 12 de Abril de 769.
Interveio para evitar manejos cismáticos por parte dos bispos de Ístria e Alquileia e, durante o seu pontificado, seguiu sempre uma política cautelosa entre o poderio longobardo e o franco.
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FILIPE  -  (ANTIPAPA)
 
Filipe  -  antipapa
(768)
 
Após a morte de Paulo I, Constantino II foi eleito papa, com auxilio da nobreza e dos militares de Roma.
Os Longobardos reagiram em desacordo e elegeram Filipe, um frade, que foi nomeado em 31 de Julho de 768, sem receber a sagração. De seguida foi expulso e teve de voltar para o seu convento.
 
 
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Continua:…
Post colocado em 20-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA

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