terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Nº 1530 - (3) - VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (33) - 15 de Janeiro de 2013

Nº 1530 - (3)
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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JOÃO VI
 
João VI
João VI
(701-705)
 
Ascendeu ao trono pontifício em 30 de Outubro de 701, no tempo do imperador bizantino Tibério Aprímaro, o qual, por motivos que se desconhecem, deu mostras de hostilidade contra o papa, mandando que o seu exarca se dirigisse a Roma e o expulsasse, caso não cedesse a determinadas exigências. O povo, farto dos vexames de Bizâncio, veio de toda a parte para defender Roma e o sumo pontífice, a tal ponto que João VI teve de intervir para salvar o exarca.
Precisamente por essa altura, os Longobardos invadiam a Campânia apoderando-se de algumas cidades. Bizâncio não lhes prestou auxilio e foi o papa que, à custa de diplomacia, levou os invasores a evacuar as cidades ocupadas.
Tratou da reposição do bispo Wilfrido, de York, na sua sede episcopal, depois de ter sido deposto pelo monarca inglês.
Antes da sua morte, teve ainda a preocupação de mandar restaurar as basílicas de São Pedro e de São Marcos.
 
 
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JOÃO VII
 
João VII
 
João VII
(705-707)
 
Foi eleito em 1 de Março de 705 e ocupou o trono pontifício no mesmo ano em que o imperador Justiniano recuperou o trono com o auxílio dos Búlgaros.
O imperador envia a Roma os cânones do «Quinissexto» para que o papa, ao contrário de Sérgio I, os aprovasse. João VII devolve-os sem os subscrever, mas também sem qualquer recriminação. Uma atitude dúbia de quem se revela incapaz de assumir as suas responsabilidades.
Tratou da construção e melhoramentos de algumas igrejas, como uma capela construída em São Pedro, mandou decorar a antiga Basílica de Santa Maria e restaurou o mosteiro de Subiaco, destruído pelos Longobardos em 601.
 
 
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SISÍNIO
 
Sisínio
 
Sisínio
(708)
 
Foi eleito em 15 de janeiro de 708 e teve um pontificado de apenas vinte dias. O Liber Pontificalis diz que estava tão atormentado pela gota que nem conseguia servir-se das mãos para comer.
Mesmo assim, resolveu mandar reconstruir as muralhas de Roma para assegurar a tranquilidade dos seus habitantes, para o que organizou uma recolha de fundos.
A morte surpreendeu-o, repentinamente, pouco depois da eleição. Foi sepultado em São Pedro.
 
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CONSTANTINO I
 
Constantino
Constantino I
(708-715)
 
Foi o último dos sete papas orientais e assumiu o pontificado em 25 de Março de 708, perante a terrível vingança do imperador Justiniano, pois uma poderosa armada aportou à Sicília, dirigindo-se a Ravena, onde o exército imperial prendeu nobres e eclesiásticos atirando-os algemados para os porões dos navios, para os levar para Constantinopla. O chefe do movimento foi emparedado vivo e o arcebispo Félix, depois de lhe vazarem os olhos, foi mandado para o exílio.
Depois disto, o imperador convida-o para se deslocar a Constantinopla para discutirem a controvérsia do «Quinissexto». Mesmo sentindo-se aterrado, Constantino aceita o convite e parte para lá em 5 de Outubro de 710. Seria esta a última viagem de um papa a Constantinopla, até à visita do papa Paulo VI, em Julho de 1967, ao encontro do patriarca Atenágoras, em circunstâncias bem diferentes.
Recebido com todas as honras, encontra-se em Nicomédia com o imperador que lhe beija os pés.
Não se conhece o teor da conversação, mas São Gregório II (715-731), que o acompanhava, diz que Constantino aprovou os cânones que não pugnavam com a fé nem se opunham aos decretos romanos.
Um ano depois regressa a Roma e vê, com amargura, o resultado da prepotência e das pilhagens praticadas pelo exarca na sua ausência.
Passados três meses chega a notícia do assassinato de Justiniano, substituído por Filipe Bardas, herege monotelista que imediatamente, decreta a anulação do II Concílio de Constantinopla e envia a Roma a promulgação da sua profissão de fé. Constantino, porém, recusa-se a aceitá-la e o povo, revoltado. rejeita os decretos imperiais, fixando nos muros de São Pedro uma súmula dos seis concílios ecuménicos. O papa vai mais longe e recusa-se a receber Filipe Bardas como imperador, não permitindo que se cunhasse moeda com a sua efigie, em Roma.
Poucos dias depois chega a notícia da queda de Bardas, substituído por Anastácio II, ortodoxo, que envia ao carta uma carta amistosa em que declara aceitar o VI Concilio.
O papa morreu em 9 de Abril de 715, amargurado por saber a Península Hispânica invadida pelos muçulmanos. Apenas escapou uma pequena região montanhosa onde alguns sobreviventes se refugiaram sob o comando de Pelágio. A invasão tenha levado sete anos, mas a reconquista cristã arrastar-se-ia por oito séculos.
 
 
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Continua:…
Post colocado em 15-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA

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