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Nº 1542
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Nº 1542-1 - (26-13)
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Nº 1542-1 – (26-13)
1º Bispo de Éfeso – I século
São Timóteo, primeiro bispo de Éfeso, a quem São Paulo em muitos lugares da suas cartas chama seu discípulo caríssimo, seu amado filho e seu irmão, era muito provavelmente, natural de Listra, na Licaónia, província da Ásia Menor.
O pai de Timóteo era gentio, e a mãe, que se chamava Eunice, judia. Tinha abraçado a religião cristã, assim como Lóide, avó de Timóteo. Isto por ocasião da primeira viagem que São Paulo e São Barnabé fizeram a Listra.
Tanto Eunice como Lóide distinguiam-se muito pelo zelo e piedade. O mesmo Apóstolo São Paulo dá testemunho da fé de ambas quando escreve: «Desejo ver-te para me encher de alegria, trazendo à memória aquela fé que há em ti, não fingida, a qual habitou primeiro, não só em tua avó Lóide, mas também em tua mãe Eunice». (2 Tim 1, 4-5).
Foi Timóteo educado na fé e na piedade, bem como na ciência das Sagradas Escrituras, a cujo estudo se entregou desde criança; e tanto nele progrediu que – ao voltar São Paulo segunda vez a Listra, em companhia de Silas – encontrou Timóteo já homem formado na virtude, e por isso o escolheu para companheiro de peregrinações e trabalhos, na pregação do Evangelho.
Começou por fazer que Timóteo fosse circuncidado, não porque entendesse que este rito fosse de utilidade, mas para o habilitar a pregar a fé aos inumeráveis judeus que havia naquela província, os quais, doutro modo, fugiriam dele, tendo-o por infiel. E desde então, embora Timóteo fosse muito jovem ainda, São Paulo considerou-o sempre como seu companheiro no apostolado, como coadjutor e como irmão.
A estima em que o tinha, a ternura com que o amava tressaltam do elogio com que o Apóstolo fala dele nas suas cartas. Escrevendo aos Coríntios, diz São Paulo: «Se aí chegar Timóteo, cuidai que esteja sem temor entre vós, porque trabalha na obra do Senhor assim como eu» (2 Cor 26, 10). E no prólogo da Epistola que dirige aos fiéis da cidade de Filipos, iguala-o consigo mesmo, dizendo: «Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em jesus Cristo, que estão em Filipos». O mesmo repete na Epistola aos Tessalonicenses. E outra vez aos de Filipos: «Espero todavia no Senhor Jesus enviar-vos brevemente Timóteo, para que também eu esteja satisfeito, sabendo o que vos diz respeito. Porque não tenho ninguém tão unido de coração comigo e que mostre com sincero afecto cuidado por vós. Realmente todos buscam os seus interesses e não os que pretendem a Jesus Cristo. E como prova disto, sabei que, como um filho ajuda o seu pai, serviu comigo no Evangelho». (Fil 2, 19). Finalmente, escrevendo aos Colossenses, começa deste modo: «Paulo, Apóstolo de Jesus Cristo por vontade de Deus, e Timóteo, irmão».
A primeira viagem que São Timóteo fez em companhia de São Paulo foi à Província da Macedónia, onde tomou grande parte nas conversões que ali operou o Senhor por meio do seu Apóstolo. Seguiu-o depois a todas as cidades daquela Província até Bereia, onde São Paulo o deixou com Silas, considerando-o muito idóneo para trabalhar naquela recente vinha do Senhor e para confirmar os fiéis na fé.
Achando-se o Apóstolo em Atenas, chamou Timóteo para o ajudar naquela nova messe; porém, tendo notícia de que eram maltratados os cristãos de Tessalónica, enviou-lhes o seu querido discípulo para os fortalecer e preparar para a perseguição que já ameaçava a Igreja.
Mais tarde, foi Timóteo encontrar São Paulo na cidade de Corinto e acompanhou-o em todas as viagens que fez a Jerusalém, Grécia, Macedónia, Acaia, Ásia e Roma, compartilhando, por assim dizer, dos trabalhos que este grande Apóstolo sofria por Jesus Cristo.
Se Timóteo tomou tão grande parte nos trabalhos de São Paulo, não a teve menor nas suas conquistas. estando o Apóstolo em Roma, enviou-o a visitar diferentes Igrejas particulares, nas quais fez bens imensos pela glória de Jesus Cristo. Regressando a Filipos, foi ali preso pela fé, e pelo mesmo motivo tratado rudemente, o que muito o consolou por se lembrar que sofria por Jesus.
Posto em liberdade, foi ter imediatamente com São Paulo, que se achava em Roma, e em seguida fez com ele outra viagem ao Oriente. Chegados a Éfeso, separaram-se por algum tempo.
São Paulo, conhecendo a grande necessidade que esta Igreja tinha dum Pastor que particularmente se encarregasse dos seus destinos, comunicou-lhe a graça episcopal pela imposição das mãos. Tendo o Apóstolo de partir para a Macedónia, ordenou-lhe que se opusesse com todo o vigor à doutrina errónea que alguns procuravam espalhar, que regulasse as orações públicas e vigiasse pelo procedimento de todos os fiéis. A ambos custou muito separarem-se, e somente se resolveram, por compreenderem que tinham de preferir os interesses da Igreja de Jesus às complacências particulares.
Não pôde São Paulo estar muito tempo sem escrever ao seu amado discípulo. Na carta que lhe mandou, conhece-se a ternura paternal que sempre conservava para com Timóteo. Nela acentua as principais obrigações do bispo e as qualidades que devem ter aqueles que houverem de ser escolhidos para o ministério sagrado. Exorta-o a reprimir os falsos doutores que, sob hipócritas aparências e com palavras novas e artificiosas, procuram introduzir doutrinas dissolventes e corromper os costumes. Mostra-lhe os deveres de todos os cristãos em geral, sem distinção de condições ou estados. «Quero», dizia, «que a todos se torne familiar a oração e que a saibam fazer a Deus em todo o lugar e tempo; que as mulheres vistam honestamente, adornando-se com pudor e modéstia, e não com cabelos encrespados, ou com oiro, ou pérolas ou vestidos custosos; que os ricos não sejam soberbos, nem ponham as suas esperanças nas riquezas vãs e perecedoiras, mas sim na bondade de Deus, que nos dá os bens em abundancia; que sejam ricos em boas obras, com suas esmolas e liberalidades». Finalmente exorta o seu discípulo a que seja ele mesmo exemplo dos demais fiéis, servindo-lhes de modelo com regularidade de vida e a pureza de costumes. Todavia aconselha-o a que modere as suas excessivas penitências e ordena-lhe que beba um pouco de vinho por causa da sua grande fraqueza de estômago e dos achaques que padecia.
Voltando do Oriente, o Apóstolo passou por Éfeso para ver o seu querido discípulo; e quando chegou a Roma escreveu-lhe uma segunda epístola: «Não te envergonhes», dizia-lhe, «de dar testemunho de Nosso Senhor, nem de mim que estou em prisões pelo seu amor». Anima-o depois a que esteja firme nas contradições e perseguições dos falsos doutores e dos falsos irmãos. «Conserva», lhe diz, «com cuidado o depósito da fé, e da sã doutrina que aprendeste de mim. Prega, repreende, roga, admoesta com toda a paciência. Cumpre com diligência o teu ministério e não te desalentem as contradições. Virá tempo em que o prurido de ouvir novidades fará que busque cada um mestres que lhe falem ao seu paladar e desejos. Haverá homens cheios de amor próprio e de vícios que, com aparência de piedade ou com exterioridades de virtude, serão inimigos da religião. Deste número são os que se insinuam nas casas para dogmatizar e introduzir o erro, valendo-se de mulheres carregadas de pecados e arrastadas de diversas paixões, para dar crédito à sua perversa doutrina».
Timóteo não foi somente discípulo de São Paulo, mas em certo modo se pode dizer que o foi também de São João, porque, tendo-se retirado para Éfeso o Discípulo Amado, que daí governava todas as Igrejas da Ásia, não o amou menos que São Paulo e distinguiu-o dando-lhe uma espécie de inspeção geral sobre as Igrejas Asiáticas.
Supõe-se que São Timóteo foi aquele anjo da Igreja de Éfeso, de quem o mesmo Evangelista fala no seu Apocalipse, louvando-o muito pelo horror com que olhava os hereges, pelo zelo com que trabalha na vinha do Senhor, e pelo muito que havia padecido em promover a glória de Deus. Exorta-o depois a renovar o seu fervor, como São Paulo o tinha exortado na sua carta a que fizesse reviver a graça que tinha recebido pela imposição das mãos, quando foi ordenado.
Depois do desterro de São João, pouco tempo esteve o Santo Bispo na cadeira episcopal de Éfeso, porque bem cedo se lhe ofereceu ocasião de mostrar o seu zelo, reprimindo as dissoluções brutais que os pagãos cometiam numa das festas chamada Catagógia.
Por este motivo, segundo uma tradição muito antiga, foi preso, arrastado pelas ruas e por último apedrejado e espancado. Os seus discípulos retiraram-no semimorto e, conduzido a um monte próximo, aí consumou o seu martírio na perseguição de Domiciano ou Nerva. Como fiel depositário dos tesouros que lhe confiara São Paulo, cumpriu até à morte o conselho do mestre: «Ó Timóteo, guarda o depósito que te confiei».
Biografia recolhida através do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
TITO, Santo
Bispo – I século
A festa de São Tito entrou no Missal Romano no ano de 1854, no tempo de Pio IX. Sobretudo os Padres gregos apresentam extraordinárias ponderações sobre a santidade e o zelo deste discípulo predileto do Apóstolo das gentes; e os bizantinos dão-lhe mesmo o título de apóstolo, seguindo São Paulo que lhe chama “apóstolo das igrejas e glória de Cristo”. A sua basílica da ilha de Creta remonta pelo menos ao século VI.
Nada sabemos ao certo sobre a sua origem e lugar de nascimento. Uns dão-no como natural de Creta; São João Crisóstomo como de Corinto; e as Actas de Tecla, no século II, como de Icónio. Outros julgam que nasceu em Antioquia, pois foi lá que se relacionou com São Paulo e se converteu à fé. Uma coisa é certa: que era gentio, não judeu; e é provabilíssimo que se tenha convertido devido à pregação de São Paulo, pois este chama-lhe “filho verdadeiro seu, segundo a fé».
Pelo ano de 48 a 50, subiu São Paulo a Jerusalém para o Concílio e levou Tito; apresentou-o aos Apóstolos e opôs-se energicamente a que fosse circuncidado, como desejavam os cristãos judaizantes.
Na terceira viagem apostólica, Tito substitui Silas, cristão de Jerusalém, e segue constantemente São Paulo nas suas várias missões e fundações. Os dois detiveram-se longamente em Éfeso, e daqui passou Tito a Corinto com, uma incumbência difícil. Devia substituir Timóteo, carácter mais suave e ingénuo, pacificar os ânimos dos fiéis e organizar a colecta para os pobres de Jerusalém. O zelo, a ponderação e a energia conseguiram a finalidade que São Paulo se propusera. A paz voltou à Igreja de Corinto e todos ficaram reconhecidos ao missionário.
São Paulo seguira, com verdadeira inquietação, o desempenho de tal incumbência, pois reconhecia quanto era melindrosa. Não ficou sossegado enquanto não conheceu os felizes resultados e deu o ósculo da paz ao discípulo, na Macedónia. Aqui trocaram impressões e Paulo animou-se a destinar Tito para uma segunda viagem a Corinto, onde anunciasse a sua próxima chegada e completasse a recolha das esmolas que devia levar ele próprio a Jerusalém.
Já não volta São Lucas a falar de Tito. Sem as pastorais de São Paulo perderíamos completamente os vestígios dele, dum dos operários mais notáveis da Igreja primitiva.
A carta a Tito, provavelmente escrita da Macedónia depois da viagem à Hispânia, pelo ano de 65, não revela que tenha ficado à frente da Igreja de Creta. São-lhe dadas instruções para que proveja de bons superiores aqueles fiéis e saia depressa a caminho do Epiro, onde Paulo conta invernar na cidade de Nicópolis.
Tito encontrou dificuldades grandes no seu apostolado, sobretudo por parte dos judeus, sempre inimigos da propagação do Evangelho. Teve de seguir as indicações de São Paulo e pôr-se a caminho para o Epiro. O mestre e o discípulo encontraram-se na Dalmácia, quando foi escrita a segunda carta a Timóteo.
Os factos posteriores relativos a este grande companheiro de São Paulo, são-nos desconhecidos. Eusébio, Teodoreto e Santo Isidoro dizem-nos que voltou a Creta e continuou evangelizando aquelas gentes até à morte. São Jerónimo acrescenta que manteve sempre a castidade virginal.
Tito deve ter sido mais idoso e experimentado que Timóteo, o outro companheiro inseparável de São Paulo. Não sendo judeu, teve mais aceitação entre os cristãos de origem pagã. Filho querido, irmão e precioso colaborador de São Paulo, seguiu sempre pelos caminhos deste, os do Evangelho, os de Cristo.
Biografia recolhida através do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
MIGUEL KOZAL, Santo
Bispo (1893-1943)
No dia 14 de Junho de 1987, Sua Santidade o Papa João Paulo II presidiu em Varsóvia ao encerramento do segundo congresso eucarístico. Nesse ato solene elevou às honras dos altares um bispo seu compatriota, que foi sacrificado pelos nazis na última guerra mundial. Trata-se do Servo de Deus, Miguel Kozal, que nasceu em Nowy Folwart (Polónia) a 25 de Setembro de 1893, de família muito piedosa.
Depois da ordenação sacerdotal, dedicou-se intensamente ao trabalho pastoral em diversas paróquias e mais tarde à formação espiritual da juventude, como diretor de uma escola secundária. deu mostras do mesmo zelo e empenho quando o mandaram para o seminário de Gniezno, onde leccionou durante doze anos.
Em 1939 foi designado pela Santa Sé, Bispo auxiliar da diocese de Wloclawek. Duas semanas depois da consagração episcopal, deflagrou a guerra mundial e a Polónia foi invadida pelas tropas alemãs. Os chefes nazis, ominados pelo ódio contra a fé católica, fecharam igrejas e colégios, prenderam padres e proibiram todas as manifestações religiosas. O novo bispo reagiu, defendendo os direitos da fé. Foi admoestado, perseguido e por fim, preso.
No cárcere ofereceu generosamente a Deus a própria vida como holocausto pela libertação dos sacerdotes. Quanto sofreu e quanto rezou nos três anos de prisão, é difícil imaginar. Contudo, ele preocupava-se mais com os sofrimentos dos outros do que com os seus. Foi, por assim dizer, o anjo tutelar dos sacerdotes que juntamente com ele penavam nos calabouços nazis.
Era grande a sua alegria quando lhe era possível distribuir ocultamente a eucaristia aos presos. Dizia-lhes: «Dou-vos o dom, mais precioso, Jesus Eucarístico. Deus está connosco. Deus nunca nos abandona».
O Bispo Miguel Kozal não foi apenas mártir, mas verdadeiro mestre de mártires. Com o seu exemplo e palavras, na sexta-feira da Paixão de 1942, todos os presos puderam conhecer melhor o mistério da dor, todos sentiram que participavam, um pouco nos sofrimentos do Salvador pela salvação dos homens.
Com 50 anos incompletos, faleceu em Dachau, a 26 de Janeiro de 1943, depois de uma injeção letal aplicada por um médico. AAS 79 (1987) 1126-29.
Biografia recolhida através do Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Paula, Santa
Padroeira das Viúvas
Paula, Santa
Martirologio Romano: En Belén, de Judea, dormición de santa Paula, viuda, la cual pertenecía a una noble familia senatorial y, renunciando a todo, distribuyó sus bienes entre los pobres, retirándose con su hija, la beata virgen Eustochio, junto al pesebre del Señor (404).
Santa Paula nació el 5 de mayo de 347. Por parte de su madre, tenía parentesco con los Escipiones, con los Gracos y Paulo Emilio. Su padre pretendía ser descendiente de Agamenón. Paula tuvo un hijo, llamado Toxocio como su marido y cuatro hijas: Blesila, Paulina, Eustochio y Rufina.
Paula era muy virtuosa como mujer casada y con su marido edificaron a Roma con su ejemplo. Sin embargo ella tenía sus defectos, particularmente el de cierto amor a la vida mundana, lo cual era difícil de evitar por su alta posición social. Al principio Paula no se daba cuenta de esta secreta tendencia de su corazón, pero la muerte de su esposo, ocurrida cuando ella tenía 33 años, le abrió los ojos. Su pena fue inmoderada hasta el momento en que su amiga Santa Marcela, una viuda romana que asombraba con sus penitencias, la persuadió de que se entregara totalmente a Dios. A partir de entonces, Paula vivió en la mayor austeridad.
Su comida era muy sencilla, y no bebía vino; dormía en el suelo, sobre un saco; renunció por completo a las diversiones y a la vida social; y repartió entre los pobres todo aquello que le pertenecía y evitó lo que pudiera distraerla de sus buenas obras.
En una ocasión ofreció hospitalidad a San Epifanio de Salamis y a San Paulino de Antioquía, cuando fueron a roma. Ellos le presentaron a San Jerónimo, con quien la santa estuvo estrechamente asociada en el servicio de Dios mientras vivió en Roma, bajo el Papa San Dámaso.
Santa Blesila, la hija mayor de Santa Paula, murió súbitamente, cosa que hizo sufrir mucho a la piadosa viuda. San Jerónimo, que acababa de volver de Belén, le escribió una carta de consuelo, en la que no dejaba de reprenderla por la pena excesiva que manifestaba sin pensar que su hija había ido a recibir el premio celestial. Paulina, su segunda hija, estaba casada con San Pamaquio, y murió siete años antes que su madre. Santa Eustoquio, su tercera hija, fue su inseparable compañera. Rufina murió siendo todavía joven.
Cuanto mas progresaba Santa Paula en el gusto de las cosas divinas, mas insoportable se le hacía la tumultuosa vida de la ciudad. La santa suspiraba por el desierto, y deseaba vivir en una ermita, sin tener otra cosa en que ocuparse más que en pensar en Dios. Determinó, pues, dejar su casa, su familia y sus amigos y partir de Roma. Aunque era la más amante de las madres, las lágrimas de Toxocio y Rufina no lograron desviarla de su propósito. Santa Paula se embarcó con su hija Eustoquio, el año 385; visitó a San Epifanio en Chipre, y se reunió con San Jerónimo y otros peregrinos en Antioquía. Los peregrinos visitaron los Santos Lugares de Palestina y fueron a Egipto a ver a los monjes y anacoretas del desierto. Un año más tarde llegaron a Belén, donde Santa Paula y Santa Eustoquio se quedaron bajo la dirección de San Jerónimo.
Las dos santas vivieron en una choza, hasta que se acabó de construir el monasterio para hombres y los tres monasterios para mujeres. Estos últimos constituían propiamente una sola casa, ya que las tres comunidades se reunían noche y día en la capilla para el oficio divino, y los domingos en la Iglesia próxima. La alimentación era escasa y mala, los ayunos frecuentes y severos.
Todas las religiosas ejercían algún oficio y tejían vestidos para sí y para los demás. Todos vestían un hábito idéntico. Ningún hombre podía entrar en el recinto de los monasterios. Paula gobernaba con gran caridad y discreción. Era la primera en cumplir las reglas, y participaba, como Eustoquio, en los trabajos de la casa. Si alguna religiosa se mostraba locuaz o airada, su penitencia consistía en aislarse de la comunidad, colocarse la última en las filas, orar fuera de las puertas y comer aparte, durante algún tiempo. Paula quería que el amor a la pobreza se manifestase también en los edificios e iglesias, que eran construcciones bajas y sin ningún adorno costoso. Según la santa, era preferible repartir el dinero entre los pobres, miembros vivos de Cristo.
Paladio afirma que Santa Paula se ocupaba de atender a San Jerónimo, y le fue a éste de gran utilidad en sus trabajos bíblicos, pues su padre le había enseñado el griego y en Palestina había aprendido suficiente hebreo para cantar los salmos en la lengua original. Además, San jerónimo la había iniciado en las cuestiones exegéticas lo bastante para que Paula pudiese seguir con interés su desagradable discusión con el obispo Juan de Jerusalén sobre el origenismo. Los últimos años de la santa se vieron ensombrecidos por esta disputa y por las preocupaciones económicas que su generosidad había producido. Toxocio, el hijo de Santa Paula, se casó con Leta, la hija de un sacerdote pagano, que era cristiana. Ambos fueron fieles imitadores de la vida de su madre y enviaron a su hija Paula a educarse en Jerusalén al cuidado de su abuela. Paula, la joven, sucedió a Santa Paula en el gobierno de los monasterios. San Jerónimo envió a Leta algunos consejos para la educación de su hija, que todos los padres deberían leer. Dios llamó a sí a Santa Paula a los 56 años de edad. Durante su última enfermedad, la santa repetía incansablemente los versos de los salmos que expresaban el deseo del alma de ver la Jerusalén celestial y de unirse con Dios.
Cuando perdió el habla, Santa Paula hacía la señal de la cruz sobre sus labios. Murió en la paz del señor, el 26 de enero del año 404.
Santa Paula, ruega por nosotros.
Alberico, Santo
Abade
Alberico, Santo
Martirologio Romano: En el monasterio de Cister, en Borgoña (hoy Francia), san Alberico, abad, que, siendo monje en Molesmes, fue uno de los primeros religiosos que fundaron el nuevo monasterio y, habiendo sido elegido abad, dirigió el cenobio sobresaliendo por su celo en procurar la formación de sus monjes, como verdadero amante de la Regla y de los hermanos (1109).
Los esfuerzos de San Alberico por encontrar un instituto religioso que correspondiese a sus aspiraciones de gran perfección arrojan una luz que nos hace temblar, sobre el temperamento de acero de los monjes del siglo XII. No sabemos nada de la niñez de Alberico. Cuando oímos hablar de él por primera vez, formaba parte de un grupo de siete ermitaños que vivían en el bosque de Collan, no lejos de Chatillon-sur-Seine. Ahí habitaba cierto abad Roberto, hombre de buena familia y muy reputado por su virtud. A pesar de que había fracasado anteriormente en el gobierno de una comunidad de monjes revoltosos, los ermitaños lograron con cierta dificultad que Roberto aceptase ser su superior, y en 1075, emigraron a las cercanías de Molesmes, donde construyeron un monasterio. Roberto era el abad y Alberico el prior. Pronto empezaron a llover regalos al monasterio; la comunidad aumentó, pero el fervor decayó. Durante cierta época, un grupo de monjes se rebeló contra la disciplina religiosa. Roberto, desalentado, se retiró del monasterio. Alberico ocupó su lugar e intentó restablecer el orden; pero los monjes le golpearon y le encerraron finalmente. Alberico y un inglés llamado Esteban Harding, no pudiendo ya soportar tal estado de cosas, abandonaron también el monasterio. Probablemente cuando el pueblo se enteró de la rebelión, las limosnas empezaron a escasear y entonces los rebeldes prometieron enmienda. Roberto, Alberico y Esteban re tornaron al monasterio. Pero pronto reaparecieron los síntomas de la relajación, y Alberico parece haber lanzado la idea de partir con un grupo de los más fervorosos a fundar aparte una comunidad más observante.
Así se hizo y, en 1098, veintiún monjes se establecieron en Cister, un poco al sur de Dijón, a unos cien kilómetros de Molesmes. Tales fueron los principios de la gran Orden Cisterciense. Roberto, Alberico y Esteban fueron elegidos abad, prior, y subprior, respectivamente. Pero poco después, San Roberto retornó a la comunidad de Molesmes, y Alberico le sucedió en el cargo de abad, de manera que a él deben atribuirse con toda probabilidad, algunas de las principales características de la reforma cisterciense. Se trataba de una restauración de la primitiva observancia benedictina, pero con mucho más austeridad. Una de las manifestaciones externas del cambio fue la adopción del hábito blanco, con escapulario negro y capucha, para los monjes de coro. Según la leyenda, este cambio se debió a un deseo que comunicó la Santísima Virgen a San A1berico en una aparición. Una modificación más profunda fue la institución de una clase especial de "fratres conversi" o hermanos legos, a los que se confió el trabajo casero y, sobre todo, la explotación de las granjas distantes del convento. Sin embargo, todos los monjes estaban obligados en alguna forma al trabajo manual. El coro fue simplificado y abreviado; y se dejó más tiempo para la oración privada.
Alberico no gobernó durante mucho tiempo, y probablemente muchos de los rasgos característicos en la organización definitiva del Cister se deben a su sucesor, San Esteban. Fue él quien nos dejó la noticia más personal sobre San Alberico, en una exhortación que pronunció con motivo de la muerte de éste, ocurrida el 26 de enero de 1109: "A todos nos afecta igualmente esta gran pérdida -dijo-, y difícilmente podré consolaros yo, que necesito de consuelo tanto como vosotros. Vosotros habéis perdido a un padre y a un director de vuestras almas; yo no sólo he perdido a un padre y un guía, sino también a un amigo, a un compañero de armas, a un valiente soldado del Señor, a quien nuestro venerable padre Roberto había educado con ciencia y piedad admirables, desde los primeros días de nuestro instituto monástico... Ha quedado entre nosotros el cuerpo de nuestro amado padre como una forma de su presencia, y él nos ha llevado consigo al cielo en su corazón... El guerrero ha triunfado, el atleta ha recibido el premio merecido, el vencedor ha ganado su corona; dueño ya del triunfo, pide que también a nosotros no sea concedida la palma de los vencedores... No lloremos por el soldado que descansa ya; lloremos más bien por nosotros que seguimos en el frente de batalla, y transformemos en oraciones nuestras palabras de tristeza, rogando a nuestro padre triunfante que no permita que el león rugiente y el feroz enemigo nos derroten".
Agustín Erlandsön, Santo
Bispo
Agustín Erlandsön, Santo
Martirologio Romano: En la ciudad de Nidaros (hoy Trondheim), en Noruega, san Agustín (Eystein) Erlandsön, obispo, que rigió la Iglesia que le había sido encomendada como primer obispo, procurando su crecimiento y defendiéndola ante los príncipes (1188).
Agustín (Eystein) Erlandssön es conocido en la historia a medieval Noruega como un obispo que se esforzó con celo por el progreso de la Iglesia.
Perteneció a una familia muy estimada y conocida en la Noruega del siglo XII, fue capellán de la corte del rey Inge "Krokrygg" (Krokygg = el jorobado), quien en 1157 lo nombró arzobispo de Nidaros, siendo consagrado algún tiempo después.
Parte de su existencia se desarrolló a la sombra del trono noruego de aquellos tiempos; coronó rey al joven Magnus V, hijo de Erling Stakke, y mantuvo buenas relaciones con sus partidarios, pero no se puede decir lo mismo de sus relaciones con el rey Sverre Sigurdsson (1151-1202) quien en 1182 derrocó a Magnus V para hacerse con la corona; este cambió le obligó a vivir fuera de su patria por tres años, hasta que se reconcilió con el rey Sverre.
En este punto hace falta indicar su función de obispo durante el reinado de los hijos del rey Harald IV: Sigur Mund, Inge Krokrygg y Eystein II, quienes gobernaron juntos. Fue en esta etapa que se organizó la Iglesia noruega; en 1152 los susodichos reyes negociaron un acuerdo con el Legado Pontificio el Cardenal Niccolò di Albano, erigiendo la sede Arzobispal de Nidaros (la ciudad actualmente se llama Trondheim), nombrando al primer arzobispo de la nueva provincia eclesiástica, que hasta ese momento pertenecía a la Arquidiócesis de Land.
La iglesia preexistente en Nidaros, construida en estilo románico, con una sola nave, por el rey Olaf Kyrre (†1093); resulto ser ya muy pequeña para las celebraciones y queriendo Noruega tener una catedral más bella, se inició la construcción de una nave transversal, obra que no se había aun terminado en 1161.
Cuando Agustín Erlandssön volvió de su destierro en 1183, empezó una completa reconstrucción de la catedral pero en estilo gótico; en 1188 acaecida la muerte de este santo obispo, la imponente obra todavía no había sido concluida.
Agustín enseguida fue venerado como santo por las virtudes de su vida y por el celo que prodigó en la defensa los derechos de la Iglesia ante las prepotencias y abusos de los reyes y de los jefes feudales. responsable de la traducción: Xavier Villalta
José Gabriel del Rosario Brochero, Venerable
Sacerdote,
José Gabriel del Rosario Brochero, Venerable
Martirologio Romano: En Villa del Transito, Córdoba, Argentina, Venerable José Gabriel del Rosaro Brochero, sacerdote diocesano († 1914)
José Gabriel del Rosario Brochero nació el 16 de marzo de 1840 en Santa Rosa de Río Primero, Córdoba.
Entró al Seminario Mayor de Córdoba “Nuestra Señora de Loreto”, el 5 de marzo de 1856, cuando tenía 16 años. Un amigo suyo escribió: “Muchas veces le he oído contar [a Brochero] que la constante preocupación de su juventud fue el sacerdocio… No sabía qué vocación seguir: la laical o la sacerdotal… Su espíritu fluctuaba y su corazón sufría con esta indecisión. Un día, dominado por esta preocupación, asistió a un sermón en que se bosquejaron las exigencias y sacrificios de una y otra… y apenas concluyó de escucharlo, la duda ya no atormentaba su alma, y ser sacerdote era para él una resolución inquebrantable” (CÁRCANO, RAMÓN J., José Gabriel Brochero, en: Periódico Los Principios, Córdoba, 30 de enero de 1916.)
Es ordenado presbítero el 4 de noviembre de 1866 por el Obispo Vicente Ramírez de Arellano. El 10 de diciembre del mismo año celebra su primera misa en la capilla del Colegio Seminario “Nuestra Señora de Loreto”, cuando ésta se encontraba en la casa detrás de la Catedral, donde hoy se encuentra la Plazoleta del Fundador.
En diciembre de 1869 asume el Curato de San Alberto, siendo San Pedro la villa que hacía de cabecera en aquel departamento. Por aquel tiempo el extenso Curato de San Alberto (de 4.336 kilómetros cuadrados) contaba con poco más de 10.000 habitantes que vivían en lugares distantes sin caminos y sin escuelas, desperdigados por las Sierras Grandes de más de 2.000 metros de altura. Era triste el estado moral y la indigencia material de la gente. El corazón apostólico de Brochero no se desanima, sino que desde ese momento dedicará su vida toda no sólo a llevar el Evangelio sino a educar y promocionar a sus habitantes.
Al año siguiente de llegar, comenzó a llevar a hombres y mujeres a Córdoba, para hacer los Ejercicios Espirituales recorriendo unos 200 kilómetros cruzando las sierras. Dicha travesía requería tres días a lomo de mula y las caravanas muchas veces superaban las quinientas personas. Más de una vez fueron sorprendidos por fuertes tormentas de nieve. Al regresar, luego de nueve días de silencio, oración y penitencia sus feligreses iban cambiando de vida, siguiendo el Evangelio y buscando el desarrollo económico de la zona.
En 1875, con la ayuda de sus feligreses, comenzó la construcción de la Casa de Ejercicios de la entonces Villa del Transito (localidad que hoy lleva su nombre). Fue inaugurada en 1877 con tandas que superaron las 700 personas, pasando por la misma, durante el ministerio parroquial del Siervo de Dios, más 40.000 personas. También construyó la casa para las religiosas, el Colegio de niñas y la residencia para los sacerdotes.
Con sus feligreses construyó más de 200 kilómetros de caminos y varias iglesias, fundó pueblos y se preocupó por la educación de todos. Solicitó ante las autoridades y obtuvo mensajerías, oficinas de correo y estafetas telegráficas. Proyectó el ramal ferroviario que atravesaría el Valle de Traslasierra uniendo Villa Dolores y Soto para sacar a sus queridos serranos de la pobreza en que se encuentran, “abandonados de todos pero no por Dios”, como solía repetir.
“Un sacerdote que vivió una verdadera pasión por el evangelio que testimonió y transmitió en medio de una considerable transformación cultural en nuestro país después de los acontecimientos de la organización nacional. Sin ingenuidad, pero también sin ceder a lamentos o enfrentamientos estériles se dedicó con empeño y con espíritu constructivo a la maravillosa tarea de la evangelización. De su pasión por el evangelio brotaba también su pasión por sus hermanos y el deseo de brindarles las condiciones de una vida digna. Por eso trabajó incansablemente por levantar templos o capillas, la casa de ejercicios espirituales en la Villa del Tránsito, escuelas y otras obras que aseguraran a todos una existencia que mereciera el título de humana y cristiana.” (Mons. Carlos Ñáñez, homilía Misa Crismal 1º de abril de 2010).
Pocos días después de su muerte, el diario católico de Córdoba escribe: “Es sabido que el Cura Brochero contrajo la enfermedad que lo ha llevado a la tumba, porque visitaba largo y hasta abrazaba a un leproso abandonado por ahí”. Debido a su enfermedad, renunció al Curato, viviendo unos años con sus hermanas en su pueblo natal. Pero respondiendo a la solicitud de sus antiguos feligreses, regresó a su casa de Villa del Transito, muriendo leproso y ciego el 26 de enero de 1914.
S.S. Benedicto XVI firmó el 20 de diciembre de 2012 el decreto con el cual se reconoce un milagro gracias a la intercesión del Venerable José Brochero, lo cual permitirá su próxima beatificación.
• Timoteo y Tito, Santos
Enero 26 Obispos y Discípulos de San Pablo
• Miguel Kozal, Beato
Enero 26 Obispo y Mártir
• Otros Santos y Beatos
Enero 26 Complentando el santoral de este día, 26 de enero
• Paula, Santa
Enero 26 Patrona de las Viudas
• Alberico, Santo
Enero 26 Abad
• Agustín Erlandsön, Santo
Enero 26 Obispo
• José Gabriel del Rosario Brochero, Venerable
Enero 26 Sacerdote
Santos Jenofonte y María, Juan y Arcadio, monjes
En Jerusalén, santos Jenofonte y María, con sus hijos Juan y Arcadio, los cuales, renunciando a la dignidad senatorial y a todas las posesiones, abrazaron la vida monástica en la Ciudad Santa con gran devoción (s. VI).
San Teógenes, mártir
En la ciudad de Hipona, en Numidia (hoy Argelia), san Teógenes, mártir, acerca del cual san Agustín predicó un sermón (c. 257).
Beata María de la Dive, mártir
En la región de Anjou, en Francia, beata María de la Dive, mártir, que, siendo viuda, fue degollada por su fidelidad a la Iglesia durante la Revolución Francesa (1794).
91529 > Sant' Agostino (Eystein) Erlandsson Arcivescovo 26 gennaio MR
38900 > Sant' Alberico di Citeaux Abate 26 gennaio MR
93941 > Beato Arnaldo de Prades Mercedario 26 gennaio
93940 > Beato Claudio di San Romano Mercedario 26 gennaio
90859 > Beato Gabriele Maria (Giovanni Stefano) Allegra Sacerdote francescano 26 gennaio
95971 > Beato Giuseppe Gabriele del Rosario Brochero Sacerdote 26 gennaio
38740 > Beata Maria de la Dive Vedova, martire 26 gennaio MR
92092 > Beato Michele (Michal) Kozal Vescovo 26 gennaio MR
38700 > Santa Paola Romana Vedova 26 gennaio MR
38720 > Santi Senofonte, Maria e figli Martiri 26 gennaio MR
38710 > San Teogene di Ippona Martire 26 gennaio MR
22450 > San Timoteo Vescovo 26 gennaio - Memoria MR
22475 > Santi Timoteo e Tito Vescovi 26 gennaio - Memoria MR
22500 > San Tito Vescovo 26 gennaio - Memoria MR
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