Nº 1529 - (3)
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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SÃO SÉRGIO I
São Sérgio I
(687-701)
Quando o papa Cónon faleceu a Igreja viu-se confrontada com a agitação do povo dividido na eleição do novo pontífice. Uma das facções a favor do presbítero Teodoro (antipapa em 687) e outra pelo presbítero Pascoal (antipapa também em 687) – “e sobre os quais me debruçarei a seguir a este biografia” – , apoiado pelo exarca de Ravena.
Teodoro chegou a apoderar-se de Latrão, enquanto Pascoal ocupava os bairros exteriores. Como as facções não chegaram a acordo, o clero, o exército e a magistratura acordaram na eleição de um terceiro, o presbítero Sérgio, realizada em 15 de Setembro de 687. Ambos viriam a ser antipapas, com o fim que mereciam.
Começado o pontificado teve de enfrentar os caprichos teológicos de Bizâncio. Com efeito, o imperador Justiniano reuniu, sem representação da Sé Apostólica, um novo concílio que servisse de complemento, tanto ao VI, como ao V Concílio Ecuménico, recebendo por isso, o nome de «Quinissexto», mas o papa recusou-se a subscrevê-lo.
O imperador, furioso com esta atitude, mandou um emissário a Roma para se apoderar de dois conselheiros do papa e conduzi-los a Constantinopla e, ao mesmo tempo, mandou também Zacarias, chefe da sua guarda pessoal, um homem feroz, mas que nada conseguiu, pois o exército de Ravena e o povo de Roma opuseram-se, ficando ao lado do papa e em seu apoio.
Ocorreu então um episódio caricato, quando Zacarias, perseguido e cheio de medo, se escondeu nos aposentos pontifícios, debaixo do leito do próprio papa, onde desmaiou. Depois de reanimado, o papa, compadecido, evitou o seu linchamento.
Entretanto, em Constantinopla, o cruel Justino (ou Justiniano) era deposto por uma rebelião e arrastado para o hipódromo, onde foi cruelmente mutilado. Ao mesmo tempo, Roma, liberta das pressões de Bizâncio, ganha consciência do seu múnus pastoral e mais personalidade agrupada à volta do representante de Cristo.
Em 689, o papa Sérgio I batizou Ceadwalla, rei dos Anglo-Saxões, que desejou receber o baptismo em Roma, onde viria a falecer pouco depois.
Em 696, sagrou o bispo de Inglaterra, São Willbroad, apóstolo da Frísia, que viria a converter os Frisões.
Segundo o Liber Pontificalis, São Sérgio levou a efeito obras de reconstrução com destaque para o túmulo de São Leão Magno, o primeiro papa a ser colocado no interior de São Pedro.
Este pontificado ficou ainda marcado pelas tentativas apostólicas de trazer à ortodoxia algumas dioceses da Ístria, divididas pela questão dos «Três Capítulos» e também a cessação do cisma longobardo.
São-lhe atribuídas algumas inovações litúrgicas, tais como determinar que se cante o Cordeiro de Deus nas missas, talvez como reação contra uma determinação do «Quinissexto» que proibia a representação simbólica de Cristo por um cordeiro.
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TEODORO (ANTIPAPA)
(Em 687)
Depois da morte do papa Cónon, Roma viu o povo dividido em duas facções, uma, do exército, em apoio do presbítero Teodoro e outra de Pascoal, apoiado também pelo exarca de Ravena. Teodoro chegou mesmo a apoderar-se de Latrão, enquanto Pascoal ocupava os bairros exteriores.
Para resolver o conflito, as três forças mais influentes, exército, magistratura e clero, acordaram na eleição de um terceiro, o presbítero Sérgio, natural de Palermo. Teodoro aceitou a resolução, dando fim à sua aventura pontifícia, mas Pascoal continuou a recusar prostrar-se diante do papa Sérgio I.
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PASCOAL (ANTIPAPA)
(Em 687)
Depois da morte do papa Cónon, apareceram duas facções para a eleição do novo papa. Uma favorável à eleição do presbítero Teodoro, outra do arcediago Pascoal.
Teodoro ocupa Latrão e Pascoal os bairros exteriores. Não havendo acordo entre as facções, o exército, a magistratura e o clero sem nenhum dos pretendentes, resolvem eleger o presbítero Sérgio, de origem síria, mas natural de Palermo, com o nome de Sérgio I.
Teodoro aceita, mas Pascoal, apoiado pelo exarca de Ravena, um governador das províncias submetidas a Bizâncio, que tinha subornado, recusa prostrar-se ante Sérgio.
Considerando-se pontífice, este antipapa (Pascoal) manda emissários a Ravena a pedir auxilio, mas o exarca, ao deslocar-se a Roma, como Pascoal não tinha pago a quantia prometida e ao ver que não tem apoios, reconhece a legitimidade de Sérgio, abandonando Pascoal, que, pouco depois, é acusado de magia e encerrado num mosteiro, onde morreu.
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Continua:…
Post colocado em 14-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA
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