quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Nº 1519 - (3) - A VIDA DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - (25) - 3 de Janeiro de 2012

 
Nº 1519 - (3)
 
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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JOÃO III
João III
João III
(De 561 a 574)
Este pontificado, iniciado em 17 de Julho de 561, teve logo de enfrentar uma grande tragédia: a invasão dos Longobardos, que semeou a destruição por toda a parte, ficando Roma sem exército organizado.
Em 565 morre o imperador Justiniano, que se tinha colocado de modo positivo ao lado da ortodoxia contra o arianismo, mas que com a sua ingerência autoritária foi longe demais no campo teológico, o que culminou com a questão dos «Três Capítulos».
A procura de hegemonia política à custa da fé levou a um empobrecimento teológico de que a Igreja não conseguiu sair durante muito tempo. Embora não tivesse favorecido a heresia e houvesse possibilitado o engrandecimento do catolicismo, prejudicou indiretamente a ortodoxia ao pretender conciliá-la com o monofisismo. Teve o mérito de mandar copiar toda a legislação romano-cristã no Corpus iuris civilis, base de todas as legislações posteriores.
Foi perante todos estes problemas que João III teve de viver toda uma dramática e amargurada situação até à sua morte.
Durante o seu pontificado mandou ultimar a construção da basílica dos apóstolos Filipe e Tiago. Ordenou 61 bispos e diversos presbíteros e diáconos.
O Liber Pontificalis atribui-lhe o restauro e preservação de algumas catacumbas que deixaram de servir de cemitério e passaram a ser veneradas pelos fiéis como santuário dos mártires primitivos.
Durante este pontificado nasceu em Meca (576) Maomé, que, mais tarde, iria dar início a uma nova religião com raízes bíblicas.
Na Península Ibérica (Galiza e Lusitânia) confirmou-se, em 563, a conversão dos suevos arianos ao cristianismo ortodoxo e do seu rei Teodomiro, sob a influência de São Martinho de Dume.
Em 572 voltou a celebrar-se um novo concílio em Braga sob a presidência de São Martinho de Dume, já à frente da metrópole bracarense.
Em data desconhecida, mas entre os dois concílios de Braga, chegou até nós o documento conhecido como Paroquial Suevo ou Divisão de Teodomiro, o qual estabelece a organização eclesiástica dividindo o reino em duas dioceses metropolitanas, Braga e Lugo. A primeira administrava sete bispados e cada um com determinado número de paróquias. Ao norte do Douro, os bispados de Braga, Dume e Porto, dos quais o de Dume seria honorífico, com jurisdição sobre o mosteiro. Os dois bispados geriam 55 paróquias. A Sul do Douro, quatro bispados: Lamego, Viseu, Conímbriga e Egitânia.
 
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SÃO BENTO I
Bento I
São Bento I
(De 575 a 579)
Pouco se sabe deste papa. Foi eleito logo a seguir à morte de João III, mas a sagração demorou onze meses e só se deu em 2 de Junho de 575, talvez à espera da confirmação imperial ou devido aos distúrbios provocados pela invasão dos Longobardos no Norte de Itália.
O Líber Pontificalis atribui-lhe a sagração de 21 bispos, 15 presbíteros e três diáconos.
Distinguiu-se pela auxilio às vítimas das invasões e, por diligências suas o imperador Justino II fez chegar a Roma uma nau carregada com trigo do Egipto para fazer face à fome da população.
Confirmou o V Concílio de Constantinopla, como consta de uma carta de Gregório, por ele nomeado arcediago, que seria, mais tarde, o papa Gregório Magno (590-604).
Quando morreu, os Longobardos cercavam Roma. Foi sepultado no vestíbulo da sacristia da antiga Basílica de São Pedro.
 
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PELÁGIO II
Pelágio II
Pelágio II
(De 579 a 590)
Assumiu o pontificado em 16 de Novembro de 579, quando Roma estava cercada e o Norte de Itália ocupado pelos Longobardos.
Pelágio, visto que Bizâncio, sem força e sem poder, não ajudava, pediu auxilio ao rei dos Francos.
Os Longobardos assaltam e saqueiam o Mosteiro de Monte Cassino mas os monges conseguem salvar a regra manuscrita de São Bento e refugiam-se em Roma com  a ajuda e proteção do papa.
Em 589, chuvas torrenciais provocam devastações, com o Tibre a alagar Roma. Pouco depois é a peste que fustiga a cidade e o próprio papa morre vítima dessa epidemia.
Pelágio teve ainda coragem para protestar junto do imperador contra o patriarca de Constantinopla, João, o Jejuador, que pretendeu usurpar direitos ecuménicos que lhe não pertenciam.
O Líber Pontificalis atribui-lhe o mérito de ter mandado revestir a Confissão de Pedro com lâminas de prata, restaurado a basílica de São Lourenço e convertido a sua habitação particular em albergue para os pobres e vítimas das calamidades, factos que tornaram heroico o seu pontificado, durante o qual a Cristandade floresceu na Península Ibérica. Recaredo, rei visigodo, que tinha abraçado a fé católica, logo que subiu ao trono convocou, por influência do bispo de Sevilha, São Leandro, uma assembleia de bispos arianos exortando-os a seguirem o seu exemplo para bem da unidade do reino. Assim foi celebrado o III Concílio de Toledo, que juntou 62 bispos, os quais, na presença do rei e da rainha, juraram a fé católica.
Tentou também tudo para acabar com o Cisma de Alquileia.
Entretanto,  em 580, falecera São Martinho de Dume, que tivera ação decisiva na contraversão dos Suevos.
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Continua:…
Post colocado em 3-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA
 

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