sábado, 5 de janeiro de 2013

Nº 1521 - (3) VIDAS DOS PAPAS DA IGREJA CATÓLICA - 827)–5 de Janeiro de 2013

Nº 1521 - (3)
Desejo a continuação de
BOAS FESTAS e BOM ANO DE 2013
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Caros Amigos:
Desde o passado dia 11-12-12 que venho a transcrever as Vidas do Papas (e Antipapas)
segundo textos do Livro O PAPADO – 2000 Anos de História.
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SÃO DEODATO I (ou ADEODATO)
 
Adeodato I
 
São Deodato I (ou Adeodato)
(De 615 a 618)
 
Foi eleito em 19 de Outubro de 615, cinco meses após a morte de São Bonifácio IV, num tempo difícil, mas atuou de tal forma que dele ficou notícia da sua santidade e caridade e a lenda  de que curava os leprosos mais repelentes apenas beijando-os.
Conserva-se o seu selo pontifical, o mais antigo que se conhece, com a efigie do Bom  Pastor entre as ovelhas, encimada pelo Alfa e o Ómega, símbolo de Cristo, princípio e fim de todas as coisas e no verso «Deusdit Papa».
Julga-se que terá começado com  ele o costume de selar os documentos pontifícios com uma marca de chumbo, em forma de moeda ou medalha  (que em latim se chama bula e daí terem assim ficado conhecidos os documentos papais).
Terá sido. também, o primeiro papa a usar n os seus documentos a expressão, ainda hoje em uso, «Saúde e bênção apostólica».
Morreu, depois de três anos de pontificado, provavelmente vítima da peste, amado, chorado e considerado santo por todos os romanos.
 
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BONIFÁCIO V
 
Sabiniano_thumb[1]
 
Bonifácio V
(De 619 a 625)
 
Foi eleito em 8 de Novembro de 618, logo a seguir à morte de São Deodato, mas a sua consagração teve de esperar mais de um ano pela confirmação do imperador de Bizâncio, pelo que só aconteceu em 23 de Dezembro de 619,
O Liber Pontificalis diz que estabeleceu normas sobre as formalidades dos testamentos recebidos; confirmou o direito de asilo nas igrejas; estabeleceu atribuições dos acólitos, que ficaram proibidos, em favor dos subdiáconos de tocar nas relíquias dos mártires e de auxiliar nos baptismos celebrados em São João de Latrão.
Sabe-se que se interessou, no seguimento do que tinha sido feito por Bonifácio IV, pela organização da igreja na Inglaterra. Foi graças a um,a carta sua que o rei Eduíno resolveu convocar uma assembleia e abraçar o cristianismo.
Morreu chorado pelo povo e pelo clero. O seu epitáfio chama-lhe «munificente, sábio, casto , sincero e justo».
Neste pontificado iniciou-se, oficialmente, a religião muçulmana fundada por Maomé (570-632), dando-se a fuga (hégira) do profeta para Medina, onde se proclamou como enviado de Deus e chefe do povo árabe.
 
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HONÓRIO I
 
Honório I
 
Honório I
(De 625 a 638)
 
O seu pontificado, que teve início em 27 de Outubro de 625, ficou ligado a uma questão confusa em que os mais precipitados o julgaram mal.
Aconteceu que o patriarca Sérgio, de Constantinopla, informou Honório que muitos alexandrinos se mostravam dispostos a aceitar a fórmula que defendia as duas naturezas em Cristo e propunha-lhe que fizesse uma proposta conciliadora. Honório, apesar de rejeitar a fórmula herética, foi excessivamente condescendente, querendo contribuir para a aproximação dos monofisitas. No entanto, não sendo suficientemente explícito, provocou o reacender do monofisismo. por isso, o VI Concílio Ecuménico, o III de Constantinopla, ao condenar esta heresia, condenou igualmente o papa Honório. A verdade é que o papa foi condenado, não como herege, mas como negligente ou imprudente na guarda da doutrina.
Quando Leão I (682-683) ratificou o III Concílio de Constantinopla introduziu a atenuante já citada, a Honório, não o declarando herético.
Também o Concílio Vaticano I (1869) assim o reconheceu quando a questão foi abordada.
Com exceção deste grande problema, o pontificado de Honório I foi claramente positivo.
Tratou da reconstrução do Aqueduto de Trajano e das igrejas de Santa Luzia, São Severino e de Santa Inês, da reedificação da Basílica de São Pancrácio e da restauração da catacumba dos santos Pedro e Marcelino, além de outras obras de vulto, o que lhe mereceu o título de dux plebis («condutor do povo»), gravado na porta prateada de São Pedro.
Teve um bom trabalho missionário em Inglaterra, elevando Honório, bispo de Cantuária e Paulino, bispo de York, à maior dignidade cardinalícia , conferindo-lhes o pálio e conseguiu o retorno dos arianos à Igreja. Empenhou-se, igualmente, na valorização do clero e na conversão dos Anglo-Saxões.
Sabe-se que Honório I escreveu aos bispos da Península Hispânica e da Gália Narbonense reunidos no VI Concílio de Toledo, exortando-os a velar pela conservação da fé.
Também instituiu a festa da Exaltação de Santa Cruz.
Foi sepultado em São Pedro.
 
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Continua:…
Post colocado em 5-1-2013 – 11H00
ANTÓNIO FONSECA

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